04.

Harry entrou, olhou pela volta do quarto. Estava tudo da mesma maneira de sempre.

- O que você quer? – perguntou Harry se virando para Snape.

- Me desculpa Harry – pediu Snape – Queria pedir desculpas.

- O que? Pelo o que? – perguntou Harry.

- Eu fui um idiota Potter... Eu amo você. Eu te machuquei. Me desculpa. Eu só queria pedir desculpas por causa disso... Por causa da sua nota... E dos pontos que eu tirei da sua casa. E por essas coisas... Me desculpa... Eu te amo, e vou entender se você não me amar mais, mas eu te amo, acho que deveria saber disso... – Snape tinha se enrolado com a fala, e estava envergonhado.

Harry o olhou timidamente, mas deixou um sorriso enorme sair de seus lábios.

- Também amo você Sev...

Eles ficaram se olhando por um longo segundo até que Snape o pegou pela cintura e o beijou. Foi um beijo simples, um selinho. Depois de uns instantes eles se separaram e se olharam timidamente.

- E-eu... Ér... – gaguejou Snape. Ele não sabia o que dizer.

- Sev?

Snape odiava o apelido “Sev” mas sendo pronunciado por Harry ficava uma coisa tão linda... Tão sexy... Soava tão perfeito.

- O que Harry?

- Acho que a gente precisa conversar. – disse Harry mordendo o lábio inferior.

- Sim.

Harry e Snape caminharam até uma mesa, se sentaram nas cadeiras, frente a frente.

- Então – começou Severus.

- O que nós temos Sev?

O mais velho ficou calado. O que tinham? Namoro? Rolo? Amizade coloria? Então Severus pensou em uma coisa e disse:

- Aceita namorar comigo? De novo. – perguntou sorrindo de lado.

- Então. Eu aceito...

- Mas? – perguntou Severus desconfiado de que havia um “mas”.

- Mas se alguém perguntar o que a gente tem, nós vamos falar que estamos juntos. E a gente vai ter vida social, vai namorar como um casal normal. Nada de escondido.

Severus engoliu em seco.

- Isso ou eu vou cair fora – disse Harry.

O mais velho sentiu seu coração se assustar. Seu corpo tremia. Ele engoliu em seco duas vezes. Sua voz saiu meio falha, mas disse:

- Tudo bem. Eu aceito os termos.

Harry sorriu abertamente, se levantou da cadeira rapidamente e foi para o outro lado da mesa. Ele abraçou Severus e sussurrou no ouvido dele:

- Amo você.

- Eu também amo você, meu pirralho. – Disse Snape correspondendo ao abraço.

XXX

Enquanto isso, Minerva dentro de seu quarto só pensava em duas coisas: Severus Snape com Harry Potter, e em Albus Dumbledore. E cada vez que pensava em Albus sentia seus olhos se enxerem d’água. O amor podia fazer as pessoas muito felizes. Mas também podia fazê-las muito infelizes também.

- Que droga. – resmungou Minerva se deitando mais embaixo das cobertas. – Por que eu te amo tanto hein Albus? – perguntou-se Minerva enquanto pensava no mais velho.

Já Albus, que estava em seu quarto também, não conseguia parar de pensar no por que Minerva tinha saído chorando dali! Eram melhores amigos! Por que ela não podia contar quem ela amava???

- Que droga Min. Isso não pode piorar. – disse ele se levantando da cama, colocando suas pantufas e saindo de seu quarto.

Ele caminhou até o quarto de Minerva e hesitou antes de bater na porta. Mas tomou coragem e bateu na porta. Meio minuto depois Minerva abriu a porta do quarto. Ela estava com seus cabelos soltos, suas vestes de dormir iam até os pés. Assim que o viu, cruzou os braços e suspirou.

- Éér... Eu... Ah Min, eu não sei o que fiz para você chorar, me desculpa, eu não queria te magoar. Eu nunca quis te magoar e machucar... Me desculpa... Eu só achei que melhores amigos confiam coisas tipo aquelas nos outros... Desculpa se eu te magoei... Não era minha intenção. – disse Albus desesperado. Queria que Minerva o desculpasse... Não iria conseguir viver sem ela...

- Tudo bem Albus – disse Minerva suspirando.

O mais velho sorriu alegremente e por impulso a abraçou. Mas quando viu o que tinha feito, desfez o abraço, e ficou encarando o chão. Ele estava corado.

- Eu... eu te amo – sussurrou ele.

- O que? – perguntou ela.

- Nada não... Eu vou dormir. Desculpas – pediu ele se virando. Antes de dar um passo sentiu a mão de Minerva segurar seu pulso.

- Eu também te amo. – respondeu Minerva.

Ele olhou para trás, sorriu abertamente, virou o corpo, se aproximou dela e a beijou. Um beijo bem simples... Mas foi o suficiente.

- Promete que você nunca mais vai chorar? – pediu ele depois do beijo dos dois.

- Prometo.

Ele sorriu, deu um beijo nela (de língua) e foi embora, todo contente, para o seu quarto.