Disgusting escrita por Reed


Capítulo 3
Where it all begins.


Notas iniciais do capítulo

"Onde tudo começa."

Olá, amoras e amores ♥ não era pra eu postar esse capítulo até amanhã à tarde, quando provavelmente vou terminar de digitar o próximo, mas como vocês são muito lindas, eu resolvi ser legal e postar ele agora *u*
Eu sei que é quase meia-noite e talz (escrevendo as notas loucamente ~vou responder os reviews assim que terminar~), mas meu relógio estava atrasado, e eu achei que fosse mais cedo, poxa ç.ç
Anyway, acho que só tenho um avisinho sobre esse capítulo, e é sobre a questão de idade dos personagens. O James tem 17, o Albus tem 16, e a Lily tem 14. Ou seja, esse seria o último ano do nosso querido Jay-Six em Hogwarts :D
Enfim, não vou dar muito spoiler. Tenho que avisar também que pode ter um pouco de Harry/Ginny no capítulo, mas é só porque eu amo os dois e acho que eles formam um casal muito fofo ♥ (não que eu não shippe eles com outras pessoas também, mas aqui eles amam um ao outro, e só *chora*)
Ah, na minha imaginação, os Potter moram em uma casa tipo A Toca, também em Ottery St. Catchpole. Perto o bastante, mas não no mesmo lugar que o Sr. e a Sra. Weasley moram, certo? E o meu navegador fica dando uma de bitch pra cima de mim, e não está me deixando postar o capítulo de forma correta, então, se estiverem aí por volta desse horário de agora em que estou postando novamente (00:12), e o capítulo estiver confuso, voltem daqui a uma meia hora que talvez eu tenha conseguido arrumá-lo ç.ç
Sem mais enrolações, ao capítulo! *u*
Espero que tenham uma boa leitura >.<~



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"Escuridão. É como tem sido desde que consigo me lembrar. Escuridão, para todos os lados, em todos os sentidos, todas direções. É um vazio de sombras, frio e melancolia. Não há calor. Não há toques, conforto, carinho... Nem mesmo outros como eu. Se houvesse, eu saberia. Estou aqui desde... Bem, desde sempre. A solidão tem sido minha única companheira há muito, realmente muito tempo. E não há nada que possa ser feito por mim para mudar isso. Sou um espectro, uma sombra do passado. Um cavaleiro negro solitário, um homem perdido no cosmo."

Foi na noite de 31 de Agosto, quando todos estavam dormindo, que James Sirius se levantou de sua cama. O relógio em sua cômoda marcava que já quase passava da uma da manhã — um bom horário. O rapaz observou o quarto durante alguns instantes, desde os móveis de madeira em tons escuros, até a lâmpada recentemente trocada no teto. Era um cômodo relativamente grande, confortável, e tudo ali tinha um toque dele: desde os pôsteres de Quadribol colados na parede, às fotos de família grudadas no guarda-roupa, e meias jogadas pelo chão.

Aquele momento foi a primeira vez desde que ele tivera aquela ideia maluca, que James considerou a hipótese de voltar atrás. E ele se sentiu impotente, como jamais acontecera em toda sua vida. Se sentiu irritado, por saber que não havia como impedir, que não podia mudar de ideia agora, por saber que nada jamais seria como costumava ser para ele.

Nunca mais.

Com saudosa tristeza, o garoto Potter se pôs a trabalhar. Pegou uma mochila enfeitiçada por tia Hermione — aquela mesma que ele usava quando a família ia acampar — e começou a juntar suas coisas. Blusas, casacos, calças, tudo o que podia; até mesmo sapatos. Limpou o guarda-roupa e a cômoda. Pendurou a mochila nas costas, checou se a varinha realmente estava no bolso interno de sua blusa de frio, e foi até a porta.

Então, James hesitou. Considerou dar uma última olhada no quarto. Olhar uma última vez para seus pôsteres tão cuidadosamente selecionados e espalhados pelas paredes ao longo dos últimos dez anos. Olhar uma última vez para as fotos do guarda-roupa, e aquela na moldura preta, perto da cabeceira de sua cama.

Não podia. Não podia, porque sabia que bastaria um único olhar para aquelas coisas, e tudo se desfaria. Seu plano escorreria por água abaixo, ele jogaria tudo para o alto, e desistiria.

James suspirou antes de sair do cômodo.

Sua caminhada pela casa foi feita em silêncio. De olhos apertados, lançava rápidos olhares pelo lugar que fazia parte da maioria de suas memórias. Juntamente com Hogwarts, A Toca, e aquele chalé que Harry alugava quando ele e seus irmãos eram mais novos, aquela casa fazia parte de sua infância, de sua vida. Havia muita coisa dele ali também, tanto quanto em seu quarto. Como aquela pequena rachadura numa das janelas da cozinha, de quando ele e Albus não passavam de pirralhos e estavam brincando de Quadribol no quintal. Como um jardim que Ginny tivera há muito tempo, destruído quando ele escorregou no pequeno degrau da porta da frente e caiu de costas, amassando todas as begônias das quais sua mãe cuidara fervorosamente. Nem todas as lembranças eram divertidas, mas é assim mesmo, não é?

Momentos bons, e momentos ruins.

Ele queria se lembrar só dos momentos bons, e era o que estava fazendo.

Talvez isso tenha lhe dado uma pitada a mais de coragem. Quando James abriu a porta da frente e por ela saiu, ele se sentia forte. Mais forte do que se sentira nos últimos meses. Mais decidido do que jamais se sentira antes. Pela primeira vez em um longo tempo, aquilo era algo que ele queria, e que seria realizado.

E, por isso, o primogênito dos Potter não olhou para trás.

***

Ginny acordou num sobressalto, quando o Sol começava a despontar no horizonte. Em consequência de seus movimentos bruscos, Harry também levantou de supetão, alerta para quaisquer que fossem os perigos.

Não havia nada. Nada além de uma sensação amarga na boca do estômago, um coração batendo desenfreado, a sensação de que algo ali estava errado.

Harry demorou-se alguns instantes observando o ambiente antes de constatar que realmente estavam seguros, para só então voltar seu olhar para a esposa. Mesmo depois de tanto tempo, mal podia acreditar que alguém tão incrível como ela estava com ele. Ginny era uma benção em sua vida, e ele a amava de todas as formas possíveis e imagináveis — não conseguia se imaginar sem ela, não mais.

— O que aconteceu? — ele perguntou, calmo, colocando uma mecha do cabelo ruivo da esposa atrás da orelha da mesma.

Ginny o encarou, ainda um pouco ofegante, ainda um pouco assustada, mas já começando a deixar de lado — Harry tinha esse efeito tranquilizante nela.

— Nada, eu só... — balançou a cabeça. — Tive um pesadelo. — voltou seus olhos castanhos para o despertador ao lado da cama. Eram 08:30. Ela ainda tinha uma boa meia hora para descansar antes de começar a acordar seus filhos para que terminassem de arrumar as malas.

Era primeiro de Setembro, afinal. O dia de volta às aulas. Nenhum deles gostaria de se atrasar, e ela sabia que todos provavelmente já tinham arrumado os materiais na noite anterior, mas era sempre bom prevenir. Um trânsito ruim, uma plataforma cheia de pessoas... Havia vários fatores que podiam fazê-los perderem o horário, e ela não era o tipo de mulher que gosta de arriscar as chances.

— Quer falar sobre isso? — Harry, como sempre, estava sendo um verdadeiro cavalheiro.

Ginny o encarou novamente, e viu a preocupação do marido refletida nos lindos olhos verdes que ele tinha. A Sra. Potter sorriu.

— Não. Tudo bem, Harry. — apertou os olhos, afastando levemente as cobertas de seu corpo. — Acho que vou adiantar o café da manhã das crianças, aproveitar que já estou de pé.

Ele sorriu de volta, aquele sorriso de um milhão de dólares, e seus olhos brilharam da mesma forma que havia feito com que ela se apaixonasse por ele na primeira vez em que o viu. Mesmo depois de tantos anos, ela ainda se encantava por aquele olhar.

— Ok.

— Vai me fazer companhia? — ela se espreguiçou.

— Hum... — Harry lhe lançou um olhar manhoso, e Ginny riu.

— Tudo bem, seu preguiçoso! Quando der o horário te chamo. — balançou a cabeça, depositou um beijo casto nos lábios do marido, e se dirigiu ao banheiro.

Acreditava que aquele seria como todo 1º de Setembro.

Bem, não podia estar mais enganada.

***

A casa estava agradavelmente silenciosa quando Ginny desceu as escadas, já arrumada, para preparar o café. Ao entrar na cozinha, porém, antes que pudesse levantar a varinha e recitar o feitiço que prepararia parcialmente a comida, seus olhos fixaram-se em um bilhete vermelho grudado com um ímã na geladeira.

Ela tinha certeza de que quando fora dormir, aquilo não estava lá. Quase sem perceber, a Potter prendeu a respiração, caminhando até o móvel e esticando o braço para pegar o papel. Suas mãos estavam trêmulas.

Repentinamente, era como se houvesse algo pressionando seu peito, uma sensação ruim, um mau-agouro. Ginny não queria abrir o bilhete, mas, ao mesmo tempo, sua curiosidade a impulsionava a fazê-lo. Seus dedos agiram quase que contra sua vontade, abrindo-o de forma abrupta para acabar logo com o suspense.

Seus olhos passearam quase que superficialmente pelas palavras, e arregalaram-se, enquanto sua boca se entreabria em choque. A mão que segurava o bilhete crispou-se, amassando levemente o papel, enquanto a outra subia ao rosto para cobrir os lábios.

Meu Deus.

Sem que pudesse refletir sobre aquilo, antes que pudesse se impedir de fazê-lo, Ginny começou a gritar o nome de Harry. Seu peito subia e descia num ritmo acelerado, e seus olhos enchiam-se de lágrimas que já começavam a correr por seu rosto sem controle. Houve um pequeno rebuliço quando Albus e Lily acordaram, surgindo no topo das escadas quando seu marido descia por elas correndo.

— Ginny?! — os braços dele seguraram seus ombros, e seus olhos correram frenéticos pelo corpo da esposa, procurando ferimentos inexistentes. — Ginny, querida, o que aconteceu?!

Tudo que ela pôde fazer foi esticar-lhe o bilhete, soluçando, e à essa altura tanto Albus quanto Lily já estavam na cozinha, ambos ainda de pijama, completamente acordados e com expressões que se misturavam entre confusão e preocupação. Harry encarou o pequeno pedaço vermelho de papel, sentindo um arrepio trespassar sua coluna antes de puxá-lo para lê-lo.

E ali, na caprichosa caligrafia dourada de seu filho mais velho, havia algo ruim o bastante para fazer com que até mesmo ele, o famoso Harry Potter, O Menino Que Sobreviveu, O Eleito, o homem que lutara contra Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, sentisse seu mundo — antes perfeito — começar a ruir.

"Mãe... Pai... Desculpem-me por não me despedir. Por favor, não venham atrás de mim. Eu ficarei bem. Amo vocês."

Ele não assinara.

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Notas finais do capítulo

O que acharam? Pedradas? Críticas? Será que chegamos aos 15 reviews? xD
Deixem suas opiniões! *.*