She Will Be Loved escrita por Carol Munaro


Capítulo 8
Park


Notas iniciais do capítulo

Hello, guys! Esse era o capítulo q era pra eu postado quando tive q excluir a fic. Entao, finalmente, capítulo novo pra vcs o/ Boa leitura :3



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- Que você tá afim de mim. - Alice deu um sorriso vitorioso e eu fiquei olhando pra ela me perguntando como a convenceria do contrário por pura vergonha.

Ri tentando parecer descontraído.

- Não se iluda, Alice. Não quero te ver chorando por minha causa depois. - Dessa vez quem riu foi ela.

- Manera nas ervas aí, colega. - Ri alto. Não to exagerando. As pessoas em volta olharam pra nossa mesa. Quando consegui, respirei fundo.

- Vai querer sorvete? - Perguntei logo depois de engolir o último pedaço.

- Na aposta não tinha sorvete!

- Eu sei que não. Tu vai querer?

- Não. - Ela disse se levantando. Fiz o mesmo. - Você já começou a decorar? - Ela perguntou assim que saímos da lanchonete. Franzi a testa.

- Decorar o que?

- As falas pra apresentação. Se eu tirar uma nota ruim por sua causa, eu mato você.

- Ah... Eu esqueci. - Sorri amarelo e ela revirou os olhos. - Vou ler o texto hoje. Não vou esquecer as falas. Relaxa.

- To confiando em você. - Ri dando de ombros.

- Vai fazer mais o que hoje? - As palavras escaparam da minha boca sem a minha permissão.

- Colocar pijama e ver filme meloso até dormir.

- Não tem nada menos tedioso?

- Não até agora. - Ela disse me olhando.

- Já que você insiste, te levo pra um parque que tem do outro lado da cidade. - Alice sorriu.

- Que horas?

- Só vou chegar em casa e tomar banho.

- Tudo bem. - Sorri, assim como ela.

(...)

- Tá fazendo o que? - Perguntei da porta do quarto da Alice. Eu já estava arrumado, mas ela parecia enrolar.

- To me arrumando. - Ela disse ainda de frente pro espelho.

- Tá me enrolando?

- Óbvio que não, idiota. To secando o cabelo. Não to afim de ficar resfriada. - Entrei no quarto e sentei na cama. Ela ainda estava de costas pra mim, mas eu a via pelo espelho.

- Tá sem maquiagem. - Falei e ela corou um pouco.

- Não passei ainda.

- Não precisa.

- Você já me disse isso. - Dei de ombros.

- E você insiste. - Ela me olhou pelo espelho.

- Como você é chato. Meu Deus! - Ri baixinho. - Pronto. Acabei, então. Agora vamos. - Sorri me levantando. Eu já achava ela linda. Mas sem maquiagem era mais. Bem mais.

(...)

- Parece que eles vão pisar em mim. - Alice disse me fazendo rir. Tinha alguns pernas-de-pau no parque.

- Será que eu ganho de você no tiro ao alvo também?

- Gracinha. - Ela falou sorrindo irônica.

- Duas fichas, por favor? - Pedi pro moço no caixa.

- Então, é sério, Andrew? - Ela perguntou.

- Lógico que é sério. - Ele me entregou e eu paguei. - Obrigado. - Andamos até a barraquinha, entreguei uma ficha e peguei uma arma.

- Isso é um absurdo! Eu nunca nem peguei nisso.

- Para de resmungar, garota. E eu também não. Mas minha mira é boa.

- Claro que é boa. Se não fosse, você não jogava basquete. - Sorri. Mirei e atirei, acertando.

- Se acertar três, ganha qualquer um. Se acertar dois, qualquer um das duas primeiras fileiras. - O cara disse apontando. Assenti. Olhei pra Alice. Ela já estava de olho nos ursos da fileira de cima. Eram os maiores. Atirei de novo e acertei. E acertei de novo. Ela olhou esperançosa pra mim.

- Escolhe. - Disse dando de ombros e ela sorriu.

- Aquela ali! O maior! - Ela falou pro homem da barraca, apontando pro urso.

- É maior que minha irmã isso. - Falei.

- É bonitinho.

- Agora é a sua vez. - O cara entregou a arma pra ela, que entregou o urso pra mim.

- Eu não sei nem segurar essa joça. - Deixei o urso em cima da bancada e fui ajudá-la.

- Coloca a outra mão como base pra diminuir o peso. - Disse e percebi que ela se arrepiou. - E deixa o braço reto. Desse jeito, você tá apontando pro teto da barraca.

- É capaz do tiro pegar em mim. - Ri.

- Não vai ser tão trágico. - Desgrudei minhas mãos dos braços dela. - Atira. - Ela atirou, mas com o barulho, pulou de susto. Gargalhei. E o cara da barraca também.

- Tá rindo de que, palhaço? - Ela perguntou pra ele e eu segurei o riso. - Vou tentar de novo. É assim? - Alice perguntou olhando pra mim.

- É. - Ela atirou e acertou. É um milagre! - Sorte de iniciante. - Ela me deu a língua.

- Ninguém te perguntou.

- Tenta de novo, então. - Maldita! Ela acertou de novo.

- Ha-há. - Revirei os olhos. - Eu vou querer o Nemo! - Ela disse pro cara, que pegou e entregou pra ela. - Não é grande, mas é bonitinho.

- Parece que esse troço tá olhando pra mim. - Alice revirou os olhos.

- O Nemo vai pular a janela do meu quarto de madrugada, escalar a parede da sua e te asfixiar enquanto você dorme. - Olhei pra ela.

- Engraçadinha. - Ela sorriu carregando os dois bichos de pelúcia.

- Agora foi o segundo desejo. - Alice disse ainda sorrindo. Sorri também.

- Não tinha pensado nisso. - Sério, nem tinha lembrado da lista.

- Posso dar uma flor pra sua namorada? - Um palhaço perguntou parando nós dois. Ela corou quase se escondendo atrás do urso gigante e eu devia estar mais vermelho que o Papai Noel.

- A gente não... Não namoramos. - Falei. O palhaço sorriu mais ainda olhando pra nós dois. Ele estendeu a mão com a flor pra mim e indicou que era pra eu entregar pra ela. Sorri. Peguei a flor. Alice ainda se escondia atrás do urso. O palhaço continuava olhando pra mim, como se me incentivasse. Se tivesse um buraco aberto aqui no chão, eu me enfiava. - Ahn... Pra você, então... É... Isso aí... - Ela pegou a flor da minha mão.

- Obrigada. - O palhaço saiu, mas deixou nós dois constrangidos.

- Quer ir embora? - Perguntei tentando quebrar o gelo.

- Tá. Eu to com vergonha. Mas... É só uma flor, não é?

- É... Quer ficar?

- Quero. Mas se você quiser ir, tudo bem.

- Não quero. Quer ir onde, agora?

- Em qualquer um. Menos na montanha russa que vira de ponta cabeça.

- Sério que você tem medo?

- É lógico que eu tenho.

- Você não vai ser jogada do brinquedo. - Disse rindo e ela estremeceu.

- Que horror! Então... Na outra montanha russa. - Concordei. Pegamos a fila e esperamos o outro povo sair.

- Na frente? - Perguntei.

- Pra dar mais emoção?

- É mais legal.

- Acho que no meio tá bom já.

- Medrosa. - Ela revirou os olhos.

- Não to com medo.

- Então, por que não quer ir na frente?

- Porque... Porque não, oras!

- Deixa de ser medrosa. E deixa os ursinhos aí com o cara. - Disse e ela colocou dentro da cabine que o homem estava.

- É muito rápido. - Ri baixinho e sentamos na frente. O carrinho começou a andar depois de um tempo. Foi devagarzinho até que caiu. Alice soltou um berro ensurdecedor. Gargalhei até me engasgar com o vento que entrou na minha boca. A cada curva que o carrinho fazia, ela apertava ainda mais meu pulso. Quando o carrinho parou, Alice ainda me segurava.

- Pode soltar já. - Disse rindo. Já tínhamos saído do carrinho.

- Jesus! Acho que não sinto minhas pernas. - Ela abaixou pra pegar os ursinhos. - Olha! Tem foto. - Realmente. Tinha uma foto da gente na tela da televisão que ficava do lado de fora da cabine do maquinista. Na foto, Alice estava berrando, mas continuava linda. Já eu... Saí com um olho piscando e o outro meio aberto, e parecendo que eu ia botar os pulmões pra fora.


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Notas finais do capítulo

Amanhã já tem outro novo. Xoxo! :3