She Will Be Loved escrita por Carol Munaro


Capítulo 29
New life


Notas iniciais do capítulo

Ooi!! Boa leitura! :3



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– E se eles não aceitarem? Eu to com a impressão de que vão rir da minha cara. - Falei enquanto eu e minha mãe esperávamos a diretora e o treinador chegarem pra reunião.

– Fica quieto, menino! Vai dar tudo certo. - É o que sempre dizem…

– Davis! Mas que merda acontecer isso logo com você! - O treinador disse entrando na sala, seguido pela diretora.

– Isso é jeito de falar, senhor Peterson?! - A diretora disse. Reprimi o riso. - Bom dia, senhora Evans e senhor Davis.

– Bom dia. - Cumprimentamos.

– Bom… Deixa eu pegar suas notas. - A diretora disse e começou a mexer no computador. Eu quase me encolhi na cadeira. Não que eu tivesse nota abaixo da média. Se eu tivesse, não estaria no time. Porém, estava quase lá.

– Eu pensei em algo. - O treinador disse. - A menina que mexe no site da escola grava quase todos os jogos. Podíamos pedir os vídeos e mandá-los pras faculdades. - Olhei pra minha mãe.

– Eles aceitariam? - Perguntei. - Mesmo não me vendo jogar pessoalmente?

– É melhor do que não tentar. - Minha mãe falou.

– Tudo bem. Falo com ela no fim da aula.

– Melhor nos mandar o mais rápido possível. - O treinador falou. - E a perna? Tá doendo ainda?

– Um pouco. Acostumei já.

– Eu ainda não acredito que perdi o melhor jogador do time. - O treinador disse.

– E eu não aguento mais ficar sem jogar. - A diretora me passou uma lista de faculdades pra onde eu e o treinador poderíamos mandar os vídeos. E me deu um sermão pelas minhas notas. “A vida não é só futebol” e blahblahblah. Depois disso, voltei pra sala e minha mãe foi embora.

(…)

– Resolveu querer sair comigo depois desse tempo todo? - Emily perguntou quando ligamos o Skype. Ri.

– Não. Queria falar com você sobre a Alice.

– O que seria? Conselho? Já vou avisando que ela odeia frescura.

– Isso eu sei. Quero saber se você ainda tem raiva dela. - Emily suspirou e não olhou pra tela nem pra câmera.

– Nunca tive raiva da Alice.

– Tá brincando comigo?

– Tipo, nunca tive ódio por ela. Só… Só fiquei magoada por ela gostar do mesmo menino que eu e eu ser rejeitada por ele. - Era difícil imaginar uma menina como a Emily sendo rejeitada.

– Ela nunca falou nada. Mas sei que ela sente sua falta.

– Também sinto a dela.

– Então! - Ela riu. - Facilita as coisas. - E me ajuda a ganhar uma barca!

– Não é tão simples. Eu disse coisas que nunca deveriam ter saído da minha boca.

– Chama ela pra uma conversa.

– E se ela não quiser falar comigo?

– Ela vai querer.

– Ela te disse isso?

– Não. Mas eu sei que vai. - Emily pareceu pensar por longos segundos

– É… Acho que sim… Vou ter que desligar. - Nos despedimos e saí do skype. Fiquei mais um pouco no computador. Depois desliguei. Fui com a minha cadeira pro jardim. Não estava afim de ficar em casa, mas não tinha pra onde eu ir, já que não posso dirigir.

– Vai sair? - Perguntei pra April, que passava perto da porta da cozinha, pra puxar assunto.

– Ahn… Não que eu saiba. - Ela disse vindo até onde eu estava e se sentando. - Ela não gosta de mim né? - Olhei pra April sem entender.

– Quem?

– Alice. Quem mais?

– Ah… Não é que ela não gosta de você. É que… - Ri baixo. - Ela tem ciúmes. Só isso.

– Não entendo como ela pode ter ciúmes de mim. - Olhei pra ela.

– Como assim?

– É só olhar pra ela e depois pra mim. - April disse rindo baixo.

– Alice é bonita. Assim como você. - Ela corou. - E já tem gente te querendo lá na escola. - Disse rindo enquanto me lembrava dos meninos falando dela. Se a April já estava corada antes, imagina agora. Parecia que a menina ia explodir!

– Só sei do seu amigo que não parou de me cantar até eu achar minha sala. - Ri.

– É a cara do Peter essas coisas. Mas já vou avisando que ele não presta.

– Percebi. - Ela disse rindo também. Depois disso ficamos em silêncio. Começou a ventar e April me levou pra dentro.

– Obrigado. - Disse quando ela me deixou na sala. - Sabe se minha mãe tá aí?

– Ela e meu pai vão jantar fora. Estão se arrumando. - A campainha tocou e April foi lá atender.

– Oi, April! - Ouvi a voz do Peter. Mas o que ele tá fazendo aqui?

– Porra… Não me dá um dia de folga… - Falei quando eles chegaram na sala.

– Minha mãe tá de mau humor. Quando ela fica assim, não faz janta.

– Aí você resolve filar boia na minha casa.

– Hm… É.

– Que pena, porque minha mãe não vai jantar em casa. Ou seja, estamos sem janta também.

– Nem uma pizza?

– Vai se foder, Peter! - Ele riu.

– Eu to com fome!

– Tem bolo na cozinha. - April respondeu. Ele sorriu e piscou pra ela. Revirei os olhos.

– Pronto, galã de novela, já tem o que você comer.

– Não fica com inveja, Andrew. Dizem que você é bonito também. - Ele disse indo pra cozinha.

– Peter é um idiota. Não liga. - Disse pra April. Ela riu baixo.

– Ele é divertido, pelo menos.

– Já avisei que ele não presta. - Ela corou.

– Não disse nada com segundas intenções.

– Quem fez o bolo? - Peter reapareceu na sala.

– Eu. - April respondeu.

– Tá muito bom!

– Obrigada. - Ela disse corada.

– Achei que você só fosse tímida na primeira vez que visse a pessoa. - Ela não falou nada. - Isso é bonitinho. - April sorriu tímida. - Gosta de filmes?

– Quem não gosta né? Algum preferido? - Será que eles também tão sentindo esse cheiro? É de vela. Vai ver só eu estou sentindo porque a vela em questão sou eu.

– De repente 30. - Até eu olhei pra ele. Como assim?!

– Sério?! - April perguntou tão chocada quanto eu.

– Claro. Já viu os peitos da atriz? - Eu e a April reviramos os olhos. - Mas sério, eu realmente gosto do filme. Acho bonitinho. Você tem cara de quem gosta de A Ultima Música, como a donzela do meu lado direito. - Ele apontou pra mim.

– Que absurdo! Não que eu não goste, mas também não amo.

– Eu gosto de A Ultima Musica. Mas prefiro Como se Fosse a Primeira Vez.

– É bonitinho também. - Pensei no filme. Se já foi difícil fazer a Alice se apaixonar por mim uma vez, imaginem todos os dias? Eu ia morrer tentando a segunda vez.

Peter ficou mais algumas horas lá em casa. Ele e a April conversaram sobre várias coisas. Filmes, séries, livros (não fazia ideia de que o Peter lia), programas de televisão, música… E eu fui deixado de lado.

Peter foi embora, deixando a April sorrindo. Olhei pra ela.

– Lembra do que eu te falei, não lembra? - Perguntei e ela me olhou.

– Lembro, Andrew. Não tenho amnésia ainda.

– É que parece que você tá esquecendo. - Disse rindo.

– Não to interessada no Peter. - Ela disse rindo também. - Ele é legal. Mas não tenho queda por canalhas.

– Menos pior. - Ela me olhou, mas não falou nada. Só aumentou um pouco a televisão.

(…)

Final da tarde de sexta. Estou eu no meu quarto lendo o livro que a Alice me emprestou tranquilamente…

Mentira.

Tranquilamente é a ultima palavra que eu posso usar. Duas amigas da April vão passar o fim de semana aqui e estão no quarto com ela, que é do lado do meu. Elas não param de falar. Já decorei até o nome dos meninos que elas gostam. Mike, Leo, Jake e Max.

Já estava quase indo até lá matar cada uma delas quando tudo fica em silêncio. Elas morreram? Coloquei a cabeça na parede, na qual a cama estava encostada.

– Eu não acredito nisso! - Uma delas falou alto e elas recomeçaram a falar. Dei um soco na parede e elas pararam de falar de novo. Depois de um tempo bateram na porta do meu quarto. Falei pra entrar.

– Elas não param de falar né? - April disse ainda da porta.

– Parece que vocês estão aqui dentro do meu quarto. - Ela riu.

– Desculpa. A gente vai lá pra cima.

– Não precisa. Vocês tão no seu quarto. Eu vou pra cozinha comer alguma coisa. - Puxei a cadeira e me coloquei lá com a ajuda dela. O bom da casa da minha mãe é que tinha dois quartos no andar de baixo, além dos dois lá de cima. Aí “me mudei” pra cá.

– Quer que eu te empurre até lá?

– Não precisa.

– Ô, April! Já tá pegando teu “novo irmão”? - Ouvi berrarem do quarto dela. Senti meu rosto esquentar e vi que a April também estava corada.

– Desculpa por isso. Katherine é meio…

– Extrovertida? - Perguntei.

– Louca. E exótica. Não liga.

– Ela gosta de qual?

– Que? - April parou do meu lado com a expressão confusa.

– To curioso. Qual dos garotos? Mike, Leo, Jake ou Max?

– Ah… Jake. Eu vou voltar pra lá.

– Até depois. - Ela acenou e entrou no quarto, enquanto eu fui pra cozinha.

Enquanto eu comia, fiquei trocando mensagens com o Peter. Quando ele soube que tinha 5 meninas de uns 15, 16 anos aqui em casa, ele me ligou.

– Por que você não me ligou antes? - Ele perguntou assim que eu atendi.

– Mas você não tá com a Emily? Ou com a Natalie? Ou com as duas?

– Emily já era. Ela me trocou por um qualquer lá de Toronto. E disse que eu moro longe demais. Natalie… Tu é burro? Ela não vai ficar comigo. Eu to sozinho. - Ri. - Cala a boca. Eu preciso de alguém.

– Então não demora pra vim. - Ele desligou. Em menos de meia hora, Peter tocou a campainha. Alguém foi atender e pouco tempo depois o vi entrando na cozinha.

– Deixa eu te perguntar… - Disse enquanto abria a geladeira. - Vai sossegar o rabo quando?

– Tá querendo dizer “namorar”?

– É.

– Espero que nunca.

– Eu ainda tenho a esperança de te ver namorando, Peter. - Ele riu.

– Vá sonhando.


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Notas finais do capítulo

Bom, esse capítulo foi mais pra vcs entenderem como será a vida dele daqui pra frente. Ahn... Sei que o final do cap ficou um pouco estranho e parecendo que não tá concluido, mas é q tá tarde né .-. Eu nao ia postar essa hora, mas precisei estudar e meu sono tbm nao ajuda. Espero q tenham gostado mesmo assim. E semana q vem já vai ser BEM mais fácil pra eu arranjar tempo pra escrever rererere adoro. Enfim, bye