She Will Be Loved escrita por Carol Munaro
Notas iniciais do capítulo
Ooi!! Boa leitura! :3
– E se eles não aceitarem? Eu to com a impressão de que vão rir da minha cara. - Falei enquanto eu e minha mãe esperávamos a diretora e o treinador chegarem pra reunião.
– Fica quieto, menino! Vai dar tudo certo. - É o que sempre dizem…
– Davis! Mas que merda acontecer isso logo com você! - O treinador disse entrando na sala, seguido pela diretora.
– Isso é jeito de falar, senhor Peterson?! - A diretora disse. Reprimi o riso. - Bom dia, senhora Evans e senhor Davis.
– Bom dia. - Cumprimentamos.
– Bom… Deixa eu pegar suas notas. - A diretora disse e começou a mexer no computador. Eu quase me encolhi na cadeira. Não que eu tivesse nota abaixo da média. Se eu tivesse, não estaria no time. Porém, estava quase lá.
– Eu pensei em algo. - O treinador disse. - A menina que mexe no site da escola grava quase todos os jogos. Podíamos pedir os vídeos e mandá-los pras faculdades. - Olhei pra minha mãe.
– Eles aceitariam? - Perguntei. - Mesmo não me vendo jogar pessoalmente?
– É melhor do que não tentar. - Minha mãe falou.
– Tudo bem. Falo com ela no fim da aula.
– Melhor nos mandar o mais rápido possível. - O treinador falou. - E a perna? Tá doendo ainda?
– Um pouco. Acostumei já.
– Eu ainda não acredito que perdi o melhor jogador do time. - O treinador disse.
– E eu não aguento mais ficar sem jogar. - A diretora me passou uma lista de faculdades pra onde eu e o treinador poderíamos mandar os vídeos. E me deu um sermão pelas minhas notas. “A vida não é só futebol” e blahblahblah. Depois disso, voltei pra sala e minha mãe foi embora.
(…)
– Resolveu querer sair comigo depois desse tempo todo? - Emily perguntou quando ligamos o Skype. Ri.
– Não. Queria falar com você sobre a Alice.
– O que seria? Conselho? Já vou avisando que ela odeia frescura.
– Isso eu sei. Quero saber se você ainda tem raiva dela. - Emily suspirou e não olhou pra tela nem pra câmera.
– Nunca tive raiva da Alice.
– Tá brincando comigo?
– Tipo, nunca tive ódio por ela. Só… Só fiquei magoada por ela gostar do mesmo menino que eu e eu ser rejeitada por ele. - Era difícil imaginar uma menina como a Emily sendo rejeitada.
– Ela nunca falou nada. Mas sei que ela sente sua falta.
– Também sinto a dela.
– Então! - Ela riu. - Facilita as coisas. - E me ajuda a ganhar uma barca!
– Não é tão simples. Eu disse coisas que nunca deveriam ter saído da minha boca.
– Chama ela pra uma conversa.
– E se ela não quiser falar comigo?
– Ela vai querer.
– Ela te disse isso?
– Não. Mas eu sei que vai. - Emily pareceu pensar por longos segundos
– É… Acho que sim… Vou ter que desligar. - Nos despedimos e saí do skype. Fiquei mais um pouco no computador. Depois desliguei. Fui com a minha cadeira pro jardim. Não estava afim de ficar em casa, mas não tinha pra onde eu ir, já que não posso dirigir.
– Vai sair? - Perguntei pra April, que passava perto da porta da cozinha, pra puxar assunto.
– Ahn… Não que eu saiba. - Ela disse vindo até onde eu estava e se sentando. - Ela não gosta de mim né? - Olhei pra April sem entender.
– Quem?
– Alice. Quem mais?
– Ah… Não é que ela não gosta de você. É que… - Ri baixo. - Ela tem ciúmes. Só isso.
– Não entendo como ela pode ter ciúmes de mim. - Olhei pra ela.
– Como assim?
– É só olhar pra ela e depois pra mim. - April disse rindo baixo.
– Alice é bonita. Assim como você. - Ela corou. - E já tem gente te querendo lá na escola. - Disse rindo enquanto me lembrava dos meninos falando dela. Se a April já estava corada antes, imagina agora. Parecia que a menina ia explodir!
– Só sei do seu amigo que não parou de me cantar até eu achar minha sala. - Ri.
– É a cara do Peter essas coisas. Mas já vou avisando que ele não presta.
– Percebi. - Ela disse rindo também. Depois disso ficamos em silêncio. Começou a ventar e April me levou pra dentro.
– Obrigado. - Disse quando ela me deixou na sala. - Sabe se minha mãe tá aí?
– Ela e meu pai vão jantar fora. Estão se arrumando. - A campainha tocou e April foi lá atender.
– Oi, April! - Ouvi a voz do Peter. Mas o que ele tá fazendo aqui?
– Porra… Não me dá um dia de folga… - Falei quando eles chegaram na sala.
– Minha mãe tá de mau humor. Quando ela fica assim, não faz janta.
– Aí você resolve filar boia na minha casa.
– Hm… É.
– Que pena, porque minha mãe não vai jantar em casa. Ou seja, estamos sem janta também.
– Nem uma pizza?
– Vai se foder, Peter! - Ele riu.
– Eu to com fome!
– Tem bolo na cozinha. - April respondeu. Ele sorriu e piscou pra ela. Revirei os olhos.
– Pronto, galã de novela, já tem o que você comer.
– Não fica com inveja, Andrew. Dizem que você é bonito também. - Ele disse indo pra cozinha.
– Peter é um idiota. Não liga. - Disse pra April. Ela riu baixo.
– Ele é divertido, pelo menos.
– Já avisei que ele não presta. - Ela corou.
– Não disse nada com segundas intenções.
– Quem fez o bolo? - Peter reapareceu na sala.
– Eu. - April respondeu.
– Tá muito bom!
– Obrigada. - Ela disse corada.
– Achei que você só fosse tímida na primeira vez que visse a pessoa. - Ela não falou nada. - Isso é bonitinho. - April sorriu tímida. - Gosta de filmes?
– Quem não gosta né? Algum preferido? - Será que eles também tão sentindo esse cheiro? É de vela. Vai ver só eu estou sentindo porque a vela em questão sou eu.
– De repente 30. - Até eu olhei pra ele. Como assim?!
– Sério?! - April perguntou tão chocada quanto eu.
– Claro. Já viu os peitos da atriz? - Eu e a April reviramos os olhos. - Mas sério, eu realmente gosto do filme. Acho bonitinho. Você tem cara de quem gosta de A Ultima Música, como a donzela do meu lado direito. - Ele apontou pra mim.
– Que absurdo! Não que eu não goste, mas também não amo.
– Eu gosto de A Ultima Musica. Mas prefiro Como se Fosse a Primeira Vez.
– É bonitinho também. - Pensei no filme. Se já foi difícil fazer a Alice se apaixonar por mim uma vez, imaginem todos os dias? Eu ia morrer tentando a segunda vez.
Peter ficou mais algumas horas lá em casa. Ele e a April conversaram sobre várias coisas. Filmes, séries, livros (não fazia ideia de que o Peter lia), programas de televisão, música… E eu fui deixado de lado.
Peter foi embora, deixando a April sorrindo. Olhei pra ela.
– Lembra do que eu te falei, não lembra? - Perguntei e ela me olhou.
– Lembro, Andrew. Não tenho amnésia ainda.
– É que parece que você tá esquecendo. - Disse rindo.
– Não to interessada no Peter. - Ela disse rindo também. - Ele é legal. Mas não tenho queda por canalhas.
– Menos pior. - Ela me olhou, mas não falou nada. Só aumentou um pouco a televisão.
(…)
Final da tarde de sexta. Estou eu no meu quarto lendo o livro que a Alice me emprestou tranquilamente…
Mentira.
Tranquilamente é a ultima palavra que eu posso usar. Duas amigas da April vão passar o fim de semana aqui e estão no quarto com ela, que é do lado do meu. Elas não param de falar. Já decorei até o nome dos meninos que elas gostam. Mike, Leo, Jake e Max.
Já estava quase indo até lá matar cada uma delas quando tudo fica em silêncio. Elas morreram? Coloquei a cabeça na parede, na qual a cama estava encostada.
– Eu não acredito nisso! - Uma delas falou alto e elas recomeçaram a falar. Dei um soco na parede e elas pararam de falar de novo. Depois de um tempo bateram na porta do meu quarto. Falei pra entrar.
– Elas não param de falar né? - April disse ainda da porta.
– Parece que vocês estão aqui dentro do meu quarto. - Ela riu.
– Desculpa. A gente vai lá pra cima.
– Não precisa. Vocês tão no seu quarto. Eu vou pra cozinha comer alguma coisa. - Puxei a cadeira e me coloquei lá com a ajuda dela. O bom da casa da minha mãe é que tinha dois quartos no andar de baixo, além dos dois lá de cima. Aí “me mudei” pra cá.
– Quer que eu te empurre até lá?
– Não precisa.
– Ô, April! Já tá pegando teu “novo irmão”? - Ouvi berrarem do quarto dela. Senti meu rosto esquentar e vi que a April também estava corada.
– Desculpa por isso. Katherine é meio…
– Extrovertida? - Perguntei.
– Louca. E exótica. Não liga.
– Ela gosta de qual?
– Que? - April parou do meu lado com a expressão confusa.
– To curioso. Qual dos garotos? Mike, Leo, Jake ou Max?
– Ah… Jake. Eu vou voltar pra lá.
– Até depois. - Ela acenou e entrou no quarto, enquanto eu fui pra cozinha.
Enquanto eu comia, fiquei trocando mensagens com o Peter. Quando ele soube que tinha 5 meninas de uns 15, 16 anos aqui em casa, ele me ligou.
– Por que você não me ligou antes? - Ele perguntou assim que eu atendi.
– Mas você não tá com a Emily? Ou com a Natalie? Ou com as duas?
– Emily já era. Ela me trocou por um qualquer lá de Toronto. E disse que eu moro longe demais. Natalie… Tu é burro? Ela não vai ficar comigo. Eu to sozinho. - Ri. - Cala a boca. Eu preciso de alguém.
– Então não demora pra vim. - Ele desligou. Em menos de meia hora, Peter tocou a campainha. Alguém foi atender e pouco tempo depois o vi entrando na cozinha.
– Deixa eu te perguntar… - Disse enquanto abria a geladeira. - Vai sossegar o rabo quando?
– Tá querendo dizer “namorar”?
– É.
– Espero que nunca.
– Eu ainda tenho a esperança de te ver namorando, Peter. - Ele riu.
– Vá sonhando.
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Bom, esse capítulo foi mais pra vcs entenderem como será a vida dele daqui pra frente. Ahn... Sei que o final do cap ficou um pouco estranho e parecendo que não tá concluido, mas é q tá tarde né .-. Eu nao ia postar essa hora, mas precisei estudar e meu sono tbm nao ajuda. Espero q tenham gostado mesmo assim. E semana q vem já vai ser BEM mais fácil pra eu arranjar tempo pra escrever rererere adoro. Enfim, bye