She Will Be Loved escrita por Carol Munaro


Capítulo 27
I dont wanna you go


Notas iniciais do capítulo

Hello! Era pra eu ter postado a sexta da semana passada. Então, culpem o Nyah. E ontem postei i hate you e quando vim postar she will be loved, o site só dava erro (: Fiquei puta da vida. Mas enfim né... Boa leitura! :3



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– Tá tudo bem? - Perguntei pra Alice. Como eu não podia nem descer as escadas, estava dormindo na sala de estar. E estávamos vendo filme.

– Tá.

– Achei você estranha no hospital.

– É que… Eu to pensando em uma coisa.

– E o que seria?

– Não quero mais ir na psicóloga. Mas minha mãe não quer que eu pare o tratamento. Ela quer que eu vá até o fim.

– Fala com ela.

– Já falei.

– Quer que eu fale com ela?

– Não precisa.

– Já que eu não posso mais treinar, vou em todas as consultas com você, então. Aí depois vamos no Mc Donald’s.

– Até o fim do mês eu não vou mais andar. Vou rolando pros lugares.

– Exagerada. Mas… Aceita?

– Claro. Você que vai pagar.

– Ah… Então você quer me ver vendendo até as calças pra pagar dívida? - Alice rolou os olhos.

– Exagerado.

– Minha mãe vai falar com o treinador amanhã cedo. E se eu não for pra faculdade, Alice?

– Como assim “se eu não for pra faculdade”? Tá pensando que vou te sustentar pra sempre? - Lá vem… Não sabe nem a metade da história e quer dar opinião.

– To com a perna quebrada, se você não percebeu. Não posso jogar desse jeito.

– Se as suas notas fossem boas, não teria esse desespero no final do seu ultimo semestre na escola. - Vi de canto de olho que a Alice revirou os olhos disfarçadamente.

– Se não tivesse gente enchendo o saco, também não.

– Tá folgado demais pro meu gosto. Tá achando que é quem, moleque? - O telefone começou a tocar. Meu pai atendeu e logo depois jogou no meu colo, saindo da sala.

– Alo?

– Filho, to passando pra te pegar. Achamos melhor você ficar aqui enquanto estiver com a perna quebrada. Sabemos que seu pai vai implicar com você.

– “Achamos”? “Sabemos”?

– Eu e o Paul.

– Ah… O cara lá. - Falei revirando os olhos. Minha mãe riu.

– Você é tão bonitinho com ciúmes.

– Mãe!

– Tá, tá. To saindo daqui. Daqui a pouco chego.

– Tá. Até daqui a pouco. - Desliguei. - Aquele cara já foi morar com a minha mãe.

– Ele pareceu ser legal. E trata você bem.

– É… Menos mal. Agora eu tenho que subir pra arrumar minhas coisas.

– Vai passar a noite lá?

– Até minha perna melhorar. - Alice fez bico.

– E minhas escapadas de noite? - Ri.

– Não é tão longe daqui.

– Ah, claro. Vou de pijama até o outro lado da cidade.

– Não. Iam mexer com você.

– Você acha? - Ri de novo e puxei ela pro meu colo.

– Para de drama. Vou te ver toda manhã.

– Só no colégio.

– Peço pro Peter te levar lá. E hoje você vai comigo. Nem terminamos de ver o filme. - Apontei pra televisão.

– Tá. E como eu volto?

– Peço dinheiro pra minha mãe e você vem de táxi.

– Não. Eu peço pra minha.

– Tanto faz. Só me ajuda a subir.

– Pode deixar que eu faço uma mala pra você. - Alice levantou e subiu as escadas.

– Não quero que você vá. - Escutei uma vozinha vindo de trás do sofá.

– Vem cá, Bia. - Chamei. Ela botou a cabeça pra fora e veio até mim com um bico do tamanho do Monte Everest na cara.

– Por que você vai?

– Porque eu já fiquei muito com o pai. Minha mãe também precisa de mim.

– Papai não precisa de você. - Hm… É. Ele não precisa. - Mas lá não tem eu.

– Você vai me ver sempre.

– Mas não todo dia. - Bia, não complica…

– Vou vim te ver sempre que possível. E você vai lá também.

– Eu vou poder levar minha Barbie?

– Pode levar até a casa, se você quiser.

– Posso montar no seu quarto? - Ri. Peter ia zoar até a minha quinta geração.

– Pode.

– Quero levar minha bicicleta também.

– Pode levar o que você quiser, Bia.

– Até meu travesseiro de fada?

– Sim. Até seu travesseiro de fada. - Ela saiu do meu colo.

– Mamãe! Quero levar meu travesseiro de fada também! - Bia disse correndo pra cozinha.

(…)

– April já está em casa. - Minha mãe disse animada no carro. Alice bufou sem fazer barulho. Reprimi o riso.

– Quem é April? - Bia perguntou. - É aquela que vai virar irmã do Andy?

– Ela não é nem vai ser minha irmã, Bia. - Falei.

– Acho bom mesmo! - Bia disse cruzando os bracinhos. Rimos.

– E… Chegamos. Seu quarto continua a mesma coisa, Andy. Tá aquela bagunça de sempre.

– Quando meu quarto não tá bagunçado, mãe? - Perguntei rindo. Paul saiu e me ajudou a levantar e entrar em casa. Quando eu já estava sentado no sofá, vi ele entrando com a mochila da Bia e com a minha mala. Me senti inútil. To odiando essa perna quebrada.

– Onde eu deixo? - Alice perguntou sobre a mochila dela pra minha mãe.

– No meu quarto. Paul tá indo pra lá. - Respondi.

– O que seu pai falou da perna quebrada? - Minha mãe perguntou quando estávamos sozinhos, já que a Bia foi pulando atrás da Alice.

– Que ele não vai me sustentar pra sempre. Dane-se.

– Dói?

– Não.

– April! Vem cá, querida. - Olhei pro corredor. Vi uma menina ruiva, alta, bonita e envergonhada vindo até nós. - Esse é o meu filho. Andrew.

– Oi. - Disse pra ela, que só sorriu. Ainda envergonhada.

– Tá com fome? - Minha mãe perguntou pra mim. - Vou pedir pizza. Quer de que?

– Não sei. Pede de calabresa. - Lembrei que a Alice gostava.

– E você, meu bem? - Minha mãe perguntou pra April.

– Pra mim tanto faz. O que pedirem tá bom. - Minha mãe pegou o telefone e foi pra cozinha acho que pra procurar o telefone. E o silêncio se instalou. A televisão estava ligada em um jogo qualquer de futebol.

– Então… - Comecei a puxar assunto. - Seu pai disse que você estava num internato. Saiu quando de lá?

– Ontem. Ele me disse que me matriculou na mesma escola que você.

– Hm… - Alice chegou resmungou na sala. - Oi. - Ela falou sorrindo irônica. Segurei o riso.

– Oi. - April cumprimentou sorrindo.

– Sou Alice. Tem namorado? - Meu Deus… Mais direta, impossível.

– Não. Vocês namoram né?

– Sim. - Alice respondeu. Gente, to namorando!

– Hm… - Alice ficou encarando a coitada da April.

– Peguei de brócolis também. Preciso manter minha dieta. - Minha mãe disse voltando pra sala.

– Dieta? Pra que dieta? - Perguntei.

– Pras gordurinhas. - Revirei os olhos.

– Cadê a Bia? - Perguntei pra Alice.

– No teu quarto.

– Não. To aqui. - Ela pulou em cima de mim! Meu Deus! Vou morrer!

– Bia! Qual é! - Reclamei.

– Tá com vergonha? - A cara de pau perguntou pra April, que sorriu ainda envergonhada. Juro que nunca vi uma menina tão tímida que nem ela. - Quero montar minha casa da Barbie.

– Sério que você trouxe isso? - Perguntei.

– Sim! E mamãe disse que vai me dar outra. Aí deixo uma aqui e outra em casa.

– O quarto é meu, sabia?

– Sabia. Mas e daí?

– Sua folgadinha, meu quarto. Meu espaço. - Ela me deu a língua! Absurdo.

– Tá folgada demais. Sério. - Bia escondeu o rosto no meu pescoço. Ela sempre fazia isso quando levava bronca.

– Você deixou.

– Só a casa da Barbie. Mais nada. - Bia sorriu. Alice continuava encarando a coitada da April. Dei um cutucão nela. To com medo dessa menina com ciúmes. E algo me diz que essa noite vai ser longa. Muito longa.


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Notas finais do capítulo

O prox cap já tá postado no anime. Porém, quero meu reviews, claro rerere Então, se um numero razoavel comentar, amanha tem cap novo uhu Bye! ♥