She Will Be Loved escrita por Carol Munaro


Capítulo 19
Cookies


Notas iniciais do capítulo

Hello! Bom, era pra eu ter postado sexta. Porém, fiquei entretida demais com o show da Bey no RiR e.e E ontem eu fui pra uma feira de profissões, então nem deu pra escrever. Alias, hoje era pra eu ir no show da Bey, porém escolhi o show do Bieber. Enfim, boa leitura :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/394904/chapter/19

- Isso tem dedo dele. Eu tenho certeza! - Ouvi do meu quarto meu pai berrando no andar de baixo falando com a minha madrasta. Ele tinha acabado de desligar o telefone com a minha mãe. E pelo pouco que eu ouvi, se fosse pessoalmente, eles iriam praticamente se agredir.

Escutei minha madrasta falar alguma coisa. Mas, como ela estava calma, não dava pra ouvir.

- Ele quer acabar com a minha vida! - Eu quase ri! Meu pai estava tendo um ataque de histeria. Ouvi uma música e atendi o celular. Era a Alice.

- Ahn… Tá tudo bem? - Ela perguntou.

- Tá. É que minha mãe pediu minha guarda. Mas só isso.

- Hm… Eu preciso te pedir um favor.

- Se eu não tiver que levantar, tudo bem.

- Idiota. Minha psicóloga pediu pra você ir lá.

- Eu? Mas… Eu fiz alguma coisa?

- Ela nem sabe a sua cara. Ela só quer falar com você. Não sei pra que.

- Hmmmmm… Então, você fala de mim…

- Eu falo sobre tudo pra ela.

- Falou o quanto eu sou lindo?

- Eu não minto pra ela, Andy.

- Não seria uma mentira. Se fosse no seu lugar, eu iria dizer que você é linda. - Ela ficou quieta.

- Isso seria uma mentira. - Alice disse rindo depois de um tempo.

- Cala a boca. E quando eu tenho que ir lá?

- Semana que vem. Eu marquei as 16h30.

- Por que marcou mais tarde?

- Porque você tem treino até 15h30. Não sabia se você ia aceitar, então achei melhor marcar mais tarde dessa vez.

- Hm… Obrigado. Tá afim de sair? - Disse olhando no relógio e me lembrando da lista.

- A gente vai voltar tarde?

- Não. Você quer?

- Tudo bem. Eu tenho que me arrumar? Se não, só vou me trocar.

- Hm… Acho que não. Também só vou me trocar e to descendo. Cinco minutos.

- CINCO MINUTOS?!

- Não berra na minha orelha.

- É muito pouco tempo!

- Tu disse que só ia se trocar.

- Mas… Droga, Andrew! Tá, tá. Até daqui a pouco. - Ela desligou na minha cara! Mereço uma coisa dessas?

Fui até o armário e me troquei. Dei uma ajeitada no cabelo e depois peguei dinheiro que minha mãe me deu pra colocar gasolina. Desci e meu pai ainda estava puto, andando de um lado pro outro.

- Vai onde? - Ele me perguntou. Pensei em responder “não te interessa”, mas não to afim de discutir com ele de novo.

- Na casa da minha vó. - Disse saindo pela porta. Tirei o carro da garagem. Quando olhei pelo retrovisor, vi a Alice de cara emburrada vindo até o carro. - Olha só. Tá virando uma menina pontual.

- Cala a boca. Eu to o demônio! - Ri.

- Tá bonitinha. - Ela soltou um muxoxo.

- Onde a gente vai? - Perguntou.

- Então… Pensei na sua lista. Ainda não tá concluída. E chegamos na metade. Bom, não sei se vai ser pra você, mas, pra mim, minha vó tem os melhores cookies do mundo. - Ela sorriu.

- Mas… São quase 17h00 já.

- Não tem problema. É não é muito longe. - Alice riu. Olhei confuso pra ela enquanto dirigia.

- Você vai querer realizar todos? É sério?

- É. Por que não?

- Boa sorte com o sexto e o sétimo. - Ri pelo nariz.

(…)

Toquei a campainha da casa da minha vó. Alice estava parada do meu lado olhando pra fachada da casa. Logo a porta foi aberta.

- Resolveu lembrar onde eu moro? - Minha vó fingiu estar magoada e eu sorri, indo abraçá-la.

- Eu estava com saudade.

- Sei… E quem é a moça bonita? - Alice sorriu envergonhada.

- O nome dela é Alice, vó. Minha amiga. - Falei entrando e a Alice veio atrás de mim.

- Deixa eu adivinhar… Quer cookie? - Minha vó perguntou e eu sorri amarelo olhando pra ela. - Ainda bem que resolvi fazer hoje de tarde.

- Me ama tanto que até pressentiu que eu vinha. - Fui seguindo minha vó até a cozinha.

- Só não esquece de lavar louça e fazer um suco pra vocês.

- Mas… Eu só sei fazer suco de saquinho.

- E isso por acaso é suco que preste? O espremedor tá no armário em cima do fogão. - Que?! - Vou ver meu programa de culinária. Qualquer coisa me chama. - Ela me deu um beijo na bochecha e foi pra sala. Alice começou a rir.

- Tá rindo de que?

- Você deve ser uma negação na cozinha.

- É por isso que você vai me ajudar.

- Não vou, não. A vó não é minha.

- Mas você também vai comer. Vai, pega as laranjas em cima da mesa e vai cortando ao meio pra eu espremer.

- Se vira.

- Se vira você, sua mal agradecida.

- Nossa, que estresse. - Alice disse se levantando e pegando as laranjas.

- Isso mesmo, escrava branca. Tra-ba-lhan-do.

- Vou enfiar essa laranja na sua bunda, Andrew. - Ri.

- Nossa, que estresse. - Imitei a voz dela.

- Eu não falo assim. E minha voz não é tão fina.

- Um pouquinho só. - Ela me empurrou com a bunda. Empurrei-a de volta do mesmo jeito. Depois, passei um braço por seu pescoço e puxei pra mim, dando um beijo nela.

- “Amiga” né? - Ouvi a voz da minha vó e nos afastamos. Alice estava mais vermelha que um pimentão. - Sua mãe ligou. Ela está vindo pra cá.

- É por que eu to aqui? - Perguntei espremendo as laranjas.

- É. Ela me contou sobre o advogado.

- Isso ainda vai dar bosta, vó.

- Mais bosta do que já tá, é impossível.

- Sempre dá pra piorar. - O telefone tocou.

- Já volto. Vou atender o telefone. Deve ser a Bety pra me contar fofoca. - Ri pelo nariz enquanto minha vó saía da cozinha.

- Acho que a gente não devia ter vindo. - Olhei pra Alice.

- Por que não?

- Sua mãe tá vindo pra cá!

- E o que tem?

- É a sua mãe!

- Para de histeria. Minha mãe não é um bicho de sete cabeças.

- Eu to constrangida. Muito constrangida. - Alice disse rindo nervosamente.

- É só a minha vó. Ela é de boa.

- Mesmo assim né. - Me aproximei pra dar um selinho nela, que foi pra trás. - Sua vó já vai voltar.

- Vai nada. Ela está fofocando no telefone. - Roubei um selinho dela, que sorriu envergonhada. Roubei outro. E depois outro.

- Para, menino. - Roubei mais um. - A gente não vai terminar o suco hoje, desse jeito.

- Nem ligo. - Ela me deu a língua. Ri beijando a bochecha dela.

- Tá muito carente pro meu gosto.

- Eu sempre to carente. - Alice riu.

- Seria uma pena se eu não me comovesse.

- Você é uma menina sem coração.

- É… Alias, vou te matar essa noite.

- Tem que ser de uma forma bem sexy.

- Claro que vai. Eu vou estar vestida de mulher gato.

- Vai me enforcar com o chicote. To até vendo. - Ela riu.

- Quem é mais idiota? Eu ou você?

- Você. Claro. - Falei como se fosse óbvio.

- Não sei não… To em dúvida ainda. - Minha vó voltou pra cozinha e ela se calou. Juro que nunca vi a Alice com tanta vergonha. Era bonitinho. Ela parecia até meiga. E pra piorar tudo pra ela, minha vó não foi nada discreta e perguntou logo de cara se estávamos namorando. Respondi que não.

- Esses jovens de hoje em dia… Não querem mais relacionamentos. - Eu e a Alice nos entreolhamos. Senti que meu rosto estava quente. Olhei na panela de inox que tinha na minha frente. To mais vermelho que sangue.

Mas… Pensando no que minha vó disse, não quero apressar as coisas. E também não to querendo namorar. Só que sempre tem o “mas”. A Alice não ficou com mais ninguém e eu muito menos. Eu nem to saindo pra festas. Alias, não to saindo pra lugar nenhum. As coisas estão mais sérias do que eu pensei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero q tenham gostado. Bye :3