Imagine Me & You (ouat Version) escrita por ElizaWest
Notas iniciais do capítulo
Mais um chapter õ Espero que gostem!
– Ah, eu estou ótimo! – Neal dizia para Granny e Gepetto que não disfarçavam suas risadas. – Eu tô falando sério, gente, eu não tô nervoso, nem um pouquinho!
– E está tremendo tanto por quê? – Gepetto o desafiou.
– Ér... Por causa do... Ahn... Frio...? – ele encolheu os ombros.
Granny deu uma gargalhada estrondosa. – Claro, vamos fingir que acreditamos nisso, querido. Mas fique tranquilo, vai dar tudo certo. Emma é uma garota maravilhosa.
– Ela é – os lábios do noivo curvaram-se em um sorriso que quase ia de orelha a orelha.
– Com licença – alguém o cutucou. Quando ele se virou, encontrou uma bela morena de olhos negros parada em sua frente com uma prancheta nas mãos. – Você é o noivo, certo? Eu sou Regina – ao ver que ele não a reconheceu, ela sorriu e acrescentou: - eu cuidei das flores.
– Ah, você é a Regina que Mary Margaret tanto falou! – ele deu um leve tapa em sua cabeça, fazendo-a rir. – Eu sou o Neal, muito prazer.
– E o prazer é todo meu – Killian enfiou-se entre os dois e segurou a mão de Regina, dando um leve beijinho nas costas de sua mão. – Me chamo Killian. Killian Jones.
– Muito prazer, Senhor Jones – a morena puxou sua mão e apoiou-a na prancheta, sorrindo. Killian era um homem alto, moreno e de olhos verdes, daqueles que todas as mulheres pedem em suas orações antes de pegar no sono, mas ele não despertou tanto interesse em Regina quanto ela pareceu despertar nele.
– As flores estão maravilhosas – Neal a elogiou. – Não é, Killian?
– Sim – o homem sorriu. – Eu não sei diferenciar nenhum tipo de flor, mas...
– Elas estão maravilhosas – o noivo deu uma cotovelada nas costelas do padrinho, que sorriu para Regina e afagou discretamente o lugar onde Neal o batera.
* * *
O silêncio dentro do carro estava se tornando insuportável. Emma não parava de mexer em seu buquê, por mais que Mary Margaret a tivesse proibido de fazer isso. “Vai estragar as flores, Emma, pare já com isso!”. O motorista e melhor amigo de David, Leroy, havia colocado uma música animada no rádio na intenção de diminuir o nervosismo da loira, mas “You Shook Me All Night Long” do AC/DC não era bem o que Emma tinha em mente para seu curto trajeto até a igreja.
– Ahn... Há quanto tempo estão casados? Você e Mary Margaret – Ruby perguntou ao David, quebrando o silêncio.
– Casados há vinte anos, mas juntos há vinte e cinco – ele respondeu com pesar. – Se eu a tivesse matado naquela época, hoje já estaria fora da cadeia - disse pensativo, fazendo a garota com mechas vermelhas nos cabelos arregalar os olhos e Aurora, que estava desinteressada, engoliu em seco e começou a prestar atenção. – Eu seria um homem livre – ele continuou, atraindo a atenção de sua filha.
– Como foi o seu casamento, pai? – Emma percebeu que, em toda sua vida, nunca havia perguntado isso para ele, perguntara apenas para sua mãe.
– Bom, eu me lembro de que durante todo o caminho até a igreja eu queria me jogar do carro em movimento – ele olhou para fora da janela e suspirou. – Ou gritar “parem o carro, parem o carro!”. Leroy estava comigo. Se lembra disso, não é?
– Como se fosse hoje – Leroy olhou de canto para os quatro no branco de trás do carro. – Foi um sufoco.
– Foi mesmo – David assentiu. – Mas enfim, como eu não poderia fazer aquilo, eu apenas fiquei lá, sentado, enquanto o motorista me conduzia para o mais moderno modo de escravidão...
– Parem o carro! – Emma gritou mexendo-se nervosamente no banco. Todos arregalaram os olhos, preocupados, e quanto Aurora se preparou para dizer alguma coisa, a loira sorriu divertida. – Eu tenho que fazer xixi.
Todos dentro do carro soltaram a respiração que nem perceberam estar segurando e então caíram na gargalhada. Leroy parou o carro em frente a uma lanchonete e Emma saltou do carro, com as garotas atrás dela para segurarem seu vestido. Todos dentro da lanchonete olharam assustados ao ver a noiva e suas duas damas de honra rindo e correndo até o banheiro.
– Você me deu o maior susto! – Aurora falou do lado de fora da cabine.
– Nunca mais faça isso – Ruby, que segurava o vestido de Emma, deu um beliscão em sua coxa.
– Ai! – Emma reclamou, mas sorriu logo em seguida. – Bom, acho que não terei outra oportunidade.
– Espero que não. Agora se apresse – Aurora disse impaciente. – Noivas que se atrasam é um charme, mas não dá pra abusar. O Neal já não tem um coração muito saudável...
As três riram e Emma se vestiu, indo em direção a pia para lavar as mãos.
– É hoje – ela disse para si mesma e para suas amigas enquanto as três olhavam-se no espelho. As duas garotas sorriram para ela e a puxaram para fora do banheiro, correndo até o carro.
* * *
- Tá tudo bem, acabou o pânico, nós já chegamos! – Mary Margaret gritou, atraindo a atenção de todos.
– Não dava pra ser mais discreta, mãe? – Henry virou os olhos enquanto era arrastado por ela até Neal.
– Dá um desconto, Henry, eu estou nervosa! – ela exclamou.
– E a Emma? – Neal indagou passando a mão direita nervosamente pelos cabelos castanhos. – Ela vem, não vem? Ou ela desistiu? Não, ela não pode ter desistido... Ah meu Deus, Mary, ela desistiu?!
– Fica calmo, Neal, ela vai vir – Henry riu. – E por favor, respire entre as frases, ok?
– Oi pra você também, pirralho – ele respirou fundo e bagunçou os cabelos do garoto.
Alguns passos longe deles, Regina arrumava a flor na lapela do terno preto de Killian.
– Eu faço academia – Killian disse com ar de “convencido”.
– Sério? – Regina tentou parecer interessada.
– Sim. Todos os dias – ele continuou. – Meu abdômen não é tanquinho...
– Não? – ela franziu as sobrancelhas teatralmente.
– É, na verdade tá mais pra máquina de lavar...
– Eu não gosto de homens musculosos – a morena disse.
– Mas o importante é que eu sou sensível – ele destacou. – Entendo as mulheres, sabe?
– Sei... – Regina riu, dando dois tapas no ombro do homem de olhos verdes parado a sua frente. – Prontinho Senhor Jones.
– Neal, eu tenho uma pergunta – Henry cutucou a cintura do cunhado.
– Henry, pelo amor de Deus, o que eu lhe disse sobre essas perguntas... – Mary Margaret começou, mas foi interrompida por Neal.
– Manda – ele disse.
– O que acontece quando uma força que não pode ser parada bate em um objeto que não pode ser derrubado? – o garoto falou com naturalidade.
Todos ficaram em silêncio e se encararam por alguns segundos, curiosos, olhando finalmente para o noivo, esperando uma resposta.
– Ahn... – Neal começou. Ele ficara confuso. – Não sei, Henry...
– Ótimo! – Mary quase gritou, fazendo com que Killian e Regina dessem um pequeno “pulinho” no lugar onde estavam. – Agora, por favor, deixe o seu cunhado se casar em paz.
Henry começou a se afastar, cabisbaixo, mas Regina se manifestou.
– Isso não acontece – ela disse, atraindo a atenção de Henry. Mary, Killian e Neal também pararam para ouvir. – Se há uma coisa que não pode ser parada é impossível existir uma coisa que não possa ser derrubada, e vice-versa – ao ver que o garoto estava sorrindo, a morena continuou. – Não podem existir ao mesmo tempo, entendeu? É uma pegadinha... Não tem resposta.
– Ela pode sentar comigo? – ele perguntou maravilhado enquanto sua mãe o lavava para dentro da igreja.
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Kisses ♥