One Last escrita por Bia Mazzi


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu tava ouvindo essa musica e acabei tendo a ideia da fic, fica mais legal se acompanhar com a musica. One Less Bell To Answer/ A House Is Not A Home - http://www.youtube.com/watch?v=1BM9F5nBbPE Boa leitura!



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Eu estava sentada no sofá da sala quando ouvi a porta ser destrancada e ela entrar com os olhos baixos. Ela trancou a porta e quando se virou me viu encarando-a do sofá. Veio até mim e me beijou na bochecha, o que tinha se tornado “comum” nesses últimos dias.

– Boa noite, Quinn. – Ela disse baixo.

– Boa noite, Rachel. – Respondi um pouco seca, eu acho.

– Vou tomar um banho e fazer o jantar, podemos conversar depois?

– Eu já fiz o jantar – ela olhou para a mesa posta – Vai tomar seu banho e vem jantar.

Ela se virou e foi pro quarto. 40 minutos depois ela saiu do quarto com um vestido preto, de mangas compridas que marcava as curvas dela. Eu amava aquele vestido. Ela foi direto pra mesa e eu a segui. Ela sentou-se e eu sentei a frente dela. Começamos a jantar em um silencio ensurdecedor. Nós terminamos o jantar e ela me chamou pra tal conversa. Ela disse que tínhamos coisas a resolver. Depois que eu descobri que ela me traiu, minha vida se resumiu a chegar, jantar, banhar-me e deitar, tentar dormir e esquecer o inferno vazio que esses dias estavam sendo. Eu queria por fim a essa agonia. Ela queria ser livre. Nós já não nos pertencíamos mais. Nós éramos apenas dois corpos vagando no vazio do que um dia foi amor. Ela levantou e foi até o sofá que eu estava sentada quando ela chegou. Eu abaixei a cabeça, respirei fundo:

– Vou tomar um banho e quando eu voltar nós conversaremos! – Eu disse e saí andando sem esperar uma resposta. Saí da mesa e fui até o banheiro, tirei minha roupa e entrei no box, liguei o chuveiro frio e deixei a água escorrer pelo meu corpo, talvez ela levasse um pouco dessa agonia que eu estava sentindo. Saí do banheiro e parei em frente ao closet e reparei que o lado dela estava meio aberto, quando eu o abri percebi que as coisas dela já não estavam ali e que tinham duas malas no canto do quarto. Eu sabia o que renderia aquela conversa e eu só queria mais uma coisa. Coloquei uma camisa social branca, uma calça preta e belos sapatos pretos. Penteei o cabelo e fui até a sala, ela estava sentada no mesmo lugar olhando para as próprias mãos, sentei a frente dela e pedi que ela começasse a conversa e com poucas palavras ela disse-me que não poderíamos ficar mais juntas e que ela estava cansada de chorar. Eu pedi uma ultima coisa. Um dança. Começamos nela e terminaremos nela.

“ – Hey Quinn, vai ficar sem ninguém hoje mesmo? – Santana me perguntou quando voltou pro bar depois de ter voltado do banheiro.

– Parece que sim, San... – Eu respondi e caí na risada.

– Não acredito que a “senhora Fabray-pego-a-mulher-que-eu-quiser vai ficar sozinha hoje?

– Pois acredite. Eu disse e logo senti uma morena baixinha bater nas minhas costas. Quando me virei pra olhar eu fiquei hipnotizada com o sorriso que ela tinha no rosto.

– Desculpaaaaa, por favor! E ela começou a gargalhar, obviamente já bêbada, mas eu não me importava nem um pouco, eu já não ficaria sozinha essa noite. Talvez mais nenhuma...

– Só desculpo se você dançar comigo?! – Eu arqueei minha sobrancelha e ela me perguntou meio enrolada:

– Mas eu nem sei seu nome...

– Não seja por isso, Quinn Fabray. Estendi a mão pra ela, que pegou e eu levei a dela até os lábios e deixei um beijo olhando nos olhos dela.

– Eu sou Berry – Ela chegou perto do meu ouvido e falou com uma voz extremamente sensual: Rachel Berry, mas você pode me chamar do que quiser hoje, e deu um sorrisinho encantador.

– Legal da parte de vocês apresentarem-se e tal, mas eu sou Santana! – ‘ela tinha que se manifestar agora né’.

– Tá bom San, depois a gente se fala... E puxei a baixinha pra pista de dança.

Eu fui até o som e coloquei uma musica em especial. A melodia começou a tocar e eu estendi a minha mão a seu encontro. Ela aceitou. Coloquei minhas mãos ao redor da cintura dela, que passou os braços ao redor dos meus ombros. Deitei a cabeça no ombro dela e comecei a balançar levemente no ritmo da musica. Ela me acompanhava e eu já sentia as lágrimas dela molharem minha camisa. Tirei uma de minhas mãos da cintura dela para encostar junto á dela. Eu fui guiando-a e olhando nos olhos dela. Eu podia ver a alma dela por aquelas orbes castanhas. Ela já não era mais feliz. Eu não a fazia mais feliz e já não podia fazer mais nada.

Ela não parava de chorar e eu não aguentei, me entreguei às lágrimas junto dela. Eram lágrimas silenciosas, prévias da saudade. Eu não deveria me sentir assim agora, ou deveria?! Eu me perguntava e não tinha respostas. Eu só queria saber onde tudo se perdeu, onde eu errei por deixa-la ir, eu já não era mais a casa dela e eu entendi que hoje, o que estava em ruinas desabou. Eu vou ama-la pra sempre. Eu sei que vou, ela é a mulher da minha vida e sempre vai ser, mas eu não sou mais a dela e tudo que eu posso fazer por ela é esperar que ela encontre alguém que a faça feliz de verdade.

Nossas almas não se pertenciam mais. Eu a girei e no fim da volta a abracei pela ultima vez. Foi um abraço de adeus. Não existiria mais nada depois daquele abraço. Ali foi definitivamente o fim. Soltei-a do abraço e acompanhei os passos dela ate a porta. Suas malas já tinham sido levadas. Eu abri a porta e a deixei passar. Não tinha mais o que fazer, nem pelo que lutar. Não existia mais amor, só tristeza e vazio. Ela passou pela porta sem olhar pra trás. Eu não sei se esperava pelo menos por um olhar, mas mesmo assim não veio, a decisão dela já estava tomada desde que ela se entregou a outra pessoa. Eu fechei a porta e tudo ficou pra trás. Agora eu não era mais completa. Eu apenas seria uma metade a vagar só.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem *-*