Só quero ver o que vai acontecer quando eu chegar em casa!

[...]

Estava voltando para casa e imaginando a reação de minha mãe. Eu parecia um peixe a milanesa. Eu tinha rolado na areia para tentar escapar das cócegas de Duda e de Matheus, as pessoas amam fazer cocegas em mim! Parece que tenho um ímã.

Me sacudi mais uma vez na tentativa falha de, pelo menos, tirar um pouco de areia. Encarei a porta e tomei coragem para entrar, encontrando meu pai e minha mãe se agarrando, ou melhor, se comendo, na sala. Se fosse qualquer outro dia, que eu não tivesse completamente coberta por areia, eu interromperia, mas estando do jeito que estava, fiz o maior silêncio possível e contornei a sala, indo na direção na escada.

Já estava no meio da escada, achando que eu iria escapar, mas como nada é perfeito, ouvi meu nome sendo chamado..

- O que a senhorita esta fazendo ai? Nesse estado? - falou meu pai sério..

- É que... que... estávamos na praia... d-dai Matheus me jogou no chão - disse gaguejando nervosa.

Estava esperando o maior sermão do mundo, mas o que eu escutei fui muito diferente disso: risadas.

Olhei curiosa para meus pais que quase se mijavam de rir na minha frente.

- O que foi? - perguntei, agora ficando com raiva.

- Você parece um bife a milanesa! - minha mãe disse ainda rindo. Revirei os olhos.

- Já sei disso. Posso tomar banho agora, já que vocês pararam de rir de mim? - eles concordaram ainda com um sorriso no rosto. Quando estava no último degrau gritei. - Eu não quero um irmãozinho ainda! - ri.

Entrei no meu quarto e peguei um pijama, indo para o banheiro para tirar toda aquela areia. Ainda não sei como o ralo ainda não entupiu, toda vez que vou tomar banho levo quase toda a areia da praia comigo.

Entrei de baixo do chuveiro e tomei um banho longo, relaxando, estava louca para dormir.

Sai do box, me sequei e coloquei meu pijama, saindo do banheiro, me jogando na cama. Me ajeitei e logo peguei no sono.

"Abri meus olhos, me deparando com uma caverna escura, não conseguia enxergar quase nada a minha frente. Uma porta foi aberta e um monstro horroroso surgiu da mesma. Acho que já tinha ouvido falar desse monstro: Campe, um dos monstros mais temidos e mais venenosos. O que será que esse sonho queria me mostrar?

- O dia tão esperado está chegando. Não vejo a hora de poder ter o sangue daquela filha de Hera e minhas mãos e finalmente reerguer Gaia. - o que? Ela queria meu sangue para reerguer Gaia? - Sump e Torque! Venham aqui - ela gritou.

Um tempo depois dois ciclopes apareceram na porta.

-Sim senhora - responderam os dois em uníssuo

- Já está tudo certo com Ma Gasket? 

- Sim senhora, nós já arrumamos tudo  - respondeu um deles

- Muito bom. A hora de você irem atrás dessa semideusa esta chegando, espero que não fracassem, se não vocês vão ganhar uma viagem bem rápida para o Tártaro.

Os monstros se encolheram assim que ela falou 'Tártaro', acho que já tinham passado umas férias lá.

Campe começou a farejar o ar, como se procurasse alguma coisa.

- Estamos sendo observados. - assim que ela terminou de falar, olhou para mim e interrompeu meu sonho.

Se você acha que terminou por ai e eu acordei, estas muito enganado. Fui levado para outro sonho mais estranho ainda.

Agora estava em uma rua deserta, não havia ninguém a vista, mas eu podia ouvir (não sei como) o barulho de respirações em um beco que tinha ali.

Fui até lá, encontrando duas pessoas escondidas atrás de um tele-entulho, mas logo percebei que uma dessas pessoas era Beta. O que ela estava fazendo ali?

- Brunna! Graças aos deuses! Sei que você não é minha protegida, mas quando você veio para o Acampamento sua mãe disse que queria passar a proteção dela para você. Consigo falar com você agora através de sonhos, mas não tenho tempo para mais explicações. Eu preciso te ajuda, tem um monstro atrás de mim e de Sam, não consigo deter ele sozinho, além do mais que Sam não tem experiência. Fale com Quíron, ele saberá o que saber. - falando isso, o sonho foi se desfazendo e finalmente eu acordei."

Sentei na cama e um pulo, para que eu precisava ter aqueles sonhos? Para saber que eu iria morrer?

Eu estava suando, estava totalmente grudenta, nem parecia que eu tinha tomado banho antes. Me levantei e peguei outra roupa, precisava tomar outro banho.

Entrei no box e fiquei pensando, precisava falar com Quíron sobre Beta, não só ela estava em perigo, mas também Sam, sua protegida.

Sai do banheiro e fui tentar dormir novamente.

POV JÚLIA

Algumas horas antes..

Nico tinha chegado em casa depois de uma semana puxada no mundo inferior. 

Estávamos sentados na sala olhando tv, quando Nico começou a me beijar, aquilo já estava ficando mais quente, quando ouvimos passos na escadas e encontramos Brunna coberta de areia.

Dai você já sabe o que aconteceu..

Queria esclarecer uma coisa para vocês.. Seus leitores tarados... Eu nunca transei com Nico. Ainda sou virgem! Sou santa!

Se eu quiser ainda posso entrar em um convento, okay?  u.u

Quando Brunna disse que ainda não queria irmãozinho fiquei completamente vermelha, parecia um pimentão, Nico me olhou e riu.

- Não precisa ficar assim, isso é normal - escondi minha cabeça em seu pescoço e sentamos novamente no sofá, olhando tv.

Depois decidimos ir para o quarto, dormir, Nico estava muito cansado.

Me deitei e esperei Nico sair do banheiro para dormir, o mesmo só saiu de cueca, o que me fez corar novamente, e deitou ao meu lado. Me virei de lado e fechei os olhos, mas aquilo estava muito desconfortável e felizmente Nico percebeu isso.

- Quer que eu coloque uma calça? - ele perguntou com um sorriso no rosto. Apenas assenti. Ele pegou um calção e voltou para cama. - Melhor? - Assenti novamente e me aconcheguei e seu peito, logo adormecendo..

Continua....