Capítulo 11

拘留

Detenção

Sasuke lhe encarou como se tentasse descobrir se ela esperava por alguém a esta hora. Sem esperar por sua manifestação retirou-se de cima da rosada que ajeitou sua camisola levantada para segui-lo.

Os toques na porta eram insistentes e nem mesmo ela fazia idéia de quem poderia ser, até é claro, sua mente bombardear pensamentos ruins e fazê-la estremecer só de imaginar que fosse alguém vindo buscá-la.

Fez menção a abrir a porta, mas Sasuke colocou-se como uma muralha a sua frente abrindo-a primeiro.

— Meu senhor... Precisamos de sua ajuda. — disse alarmado um dos soldados da ANBU.

— O que aconteceu? — perguntou friamente.

— Pegamos dois ninjas tentando intimidar a Hokage Tsunade, um deles foi morto por nossos homens, outro ficou bastante machucado, mas o deixamos vivo... Não sabemos de onde vieram, estamos tentando entender o que vieram fazer em Konoha, mas se negam a falar algo além de terem vindo atrás de alguém... — explicou o soldado.

— Quem? — perguntou cortante.

— Estavam procurando por ela Senhor. — disse o soldado mostrando-lhe uma foto. Sakura atrás de si fechou os olhos sentindo as lágrimas caírem e Sasuke poderia matar um batalhão pela raiva que sentia ao ver a foto da rosada num papel surrado do qual o homem a sua frente estendera.

— Estou indo até a detenção. — disse recebendo um aceno do soldado que saiu num piscar de olhos. Sasuke virou-se encontrando Sakura encolhida aos prantos, então ergueu-lhe o queixo ao invadir-lhe a alma com um único olhar.— Vista-se. Você vem comigo. — disse apenas vendo-a correr para seu quarto. Passou a mão pelo cabelo, e escorou a cabeça na porta esmurrando a parede ao lado. Odiava o fato de ela estar escondendo algo, odiava não estar no controle de tudo. Daria um fim a isto.

Ao chegar à detenção de Konoha, onde usavam provisoriamente para torturarem ninjas de povos inimigos, ou suspeitos, como era o caso... Sakura ficou na recepção e Sasuke adentrou a cela onde guardava o tal homem que estava jogado ao chão.

— Por que não me matam logo?— perguntou o energúmeno.

— O farei de bom grado, mas antes... Vai me responder quem é esta garota e o que quer com ela. — disse assustadoramente mostrando-lhe a foto de Sakura.

— É uma médica... Sakura Haruno, uma fugitiva... Está por aqui, em suas terras por algum lugar e mais cedo ou mais tarde, iremos encontrá-la. — disse o verme quase que confrontando-lhe fazendo a sanidade do Uchiha chegar a um tris.

— Por que estão atrás dela?

— Ela tem algo que pertence àquele que me enviou, somente ela tem.

— Quem te enviou?

— Hahaha... Não irei dizer. — disse fazendo com que o Uchiha perdesse o resto da paciência que lhe restava e atingiu-lhe fazendo com que cuspisse sangue.

— Ah é melhor você dizer... — disse suave e ameaçadoramente com aquele olhar congelante fazendo com que o homem a sua frente percebesse que não estava de brincadeira.

— Orochimaru. — disse tossindo mais algumas vezes tentando recuperar o fôlego. — Ele quer a cura... E só aquela vadiazinha tem. — disse tentando apoiar-se em seus próprios braços, mas ao proferir aquelas ultimadas palavras os teve arrancados pelo Uchiha. Que o matou demoradamente arrancando-lhe membro por membro.

Sakura abraçava-se a si mesma, tentando proteger-se dos gritos do homem que repercutiam pelo corredor chegando a seus ouvidos, quando viu Sasuke Uchiha parado a sua frente sujo de sangue, olhando-a demoradamente.

— Sakura! Oh meu Deus, querida não fique assim. — Tsunade surgiu abraçando a rosada que chorava de maneira descontrolada. — Acalme-se meu bem, pronto... — tentou confortá-la enquanto caia o olhar sobre as vestes de Sasuke que estava puro sangue e deduziu que havia matado o ninja que lhe atacara há pouco.

— És cúmplice disso tudo não é? — perguntou Sasuke friamente à Tsunade.

— Não podíamos contar Sasuke... Este não é um assunto que lhe confere, e suas atitudes são precipitadas demais. Sakura já sofreu tanto... — explicava Tsunade ao ser interrompida pela rosada.

— Eu vou contar tudo a ele Hokage... Nunca deveríamos ter escondido de Sasuke, eu nunca deveria ter vindo para Konoha, me refugiar aqui... Onde estava com a cabeça? Não posso ser protegida... Eles sempre sentem meu cheiro, vão me caçar até a morte. Foi imprudência minha vir e ameaçar a paz de Konoha... Eles estão aqui, podem fazer-lhes mal, por Deus onde estava com a cabeça! — dizia Sakura aos prantos e trêmu-la.

Sasuke apenas lhe observava ali tão frágil, tão culpada, tão indefesa... Diabos!

Se tinha a porcaria de uma cura, então por que fugir? Respostas, odiava não tê-las!

— Está bem... Antes me deixe cuidar de você... E Sasuke, você também precisa ir se banhar comer alguma coisa, se possível descansar também, acabou de chegar de missão.

— A quero em minha casa dentro de uma hora. — delegou retirando-se dali sem esperar qualquer tipo de aceitação.

Acatando a ordem do Uchiha, dentro do horário estabelecido Sakura estava no distrito Uchiha, agora banhada e mais calma. Tsunade havia lhe dito que não precisaria ir, mas ela não quis contestar, precisava redimir-se logo com ele e sair de Konoha. Claro que ele não a queria por perto sabendo que sua presença ameaçava a paz de sua cidade.

Sakura foi recebida pela mesma empregada da ultima vez, e foi orientada para que subisse.

Os serviçais que passavam por ela, lhes lançavam um olhar como se desejassem força para encarar o dono daquela casa que estava o próprio demônio de tão irado. Aquele clima fúnebre da mansão Uchiha não ajudava em nada, mas quando foi que teve alguma ajuda do destino mesmo? Nunca. Encheu os pulmões de ar e subiu.

Não sabia bem ao certo se devia ou não entrar no quarto de Sasuke, então delicadamente empurrou a porta, entrando em passos lentos. Não havia sinal dele por ali... Então escutou um barulho vindo da porta à frente e entrou vagarosamente deparando-se com o Uchiha dentro de sua banheira de madeira redonda, com os braços recostados nas laterais e a cabeça tombada para trás... No mesmo instante em que Sakura teve coragem para fitar o rosto de Sasuke, ele abriu seus olhos focalizando a rosada paralisada à sua frente. Suas pernas ficaram bambas, seria a hora da verdade.