Uma Virada Do Destino [Dramione] escrita por Mione Malfoy


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Meus amores e minhas amoras, como prometido vim trazer pra vocês um capítulo novo.
Nesse temos a continuação da cena da ala hospitalar e mais algumas coisinhas. Eu realmente espero que vocês gostem.



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Capítulo 3

Ela tinha razão. Eu não tinha escolha. Enquanto pensava naquilo ela continuava lá sentada, com a cara amarrada me olhando de lado.

- Tem razão Granger, não tenho escolha. Mas isso não te dá o direito de achar que quero conviver em paz com você.

- Você é idiota demais pra isso não é Malfoy?

- E você se acha a dona da verdade não é?

Ficamos nos encarando com raiva, olhos nos olhos, cinza no castanho, até que ela simplesmente virou a cabeça pro outro lado com as faces vermelhas. Ela estava com vergonha? De que? Ouvi um barulho do meu outro lado e vi madame Pomfrey entrando com alguns frascos de poções embaixo do braço. Virei de volta pra Granger, mas ela continuava olhando pra janela no outro lado. Fiquei sem entender.

- Vamos Sr. Malfoy, preciso lhe avisar que isto vai doer um bocado, mas seja corajoso, logo a dor passa e o senhor vai se sentir aliviado. Você Srta. Granger pode me ajudar aqui, por favor? Preciso que me ajude a segurar o menino para que eu possa aplicar o remédio corretamente.

- Segurar como? – Olhou de mim para Pomfrey com uma expressão assustada.

- Quero que a Srta. segure o outro braço dele e que não permita que ele se mecha demais. – Virou-se para mim – Vou ter que esticar seu braço machucado e isso vai doer, mas preciso que você fique calmo porque o remédio vai doer ainda mais. – Olhou de volta pra Granger - Segure a mão dele e não deixe que ele se mecha demais. Prontos? - Granger pegou minha mão esquerda com a direita dela e logo em seguida enrolou o braço direito junto ao meu braço pra prender e não deixar que eu me mexesse demais. Aquilo me deu uma sensação estranha.

- Pronta.

- Ok, vai.

Madame Pomfrey esticou meu braço e a dor foi lancinante, me segurei para não gritar, pois não queria demonstrar nenhum tipo de fraqueza na frente da sangue-ruim, apertei a mão dela e quando senti o remédio sendo colocado nas minhas feridas fechei os olhos e inclinei a cabeça pra trás. Senti-a apertando minha mão de volta e ouvi ela dizer a enfermeira:

- Madame Pomfrey, ele realmente precisa sentir tanta dor?

- Já vai passar. Normalmente as pessoas desmaiam depois de tanta dor, mas o Sr. Malfoy aqui provou ser bem corajoso.

- Preocupada comigo Granger? – disse quase como um gemido.

- Qualquer ser humano com o mínimo de compaixão se aflige ao ver alguém sofrendo. – Ela ainda segurava meu braço e minha mão. Olhei praquilo e ela rapidamente me soltou. – Já está melhor?

- Agora que você me soltou, sim.

- Você é um babaca Malfoy. – Virou-se para Madame Pomfrey – Posso ir?

- Pode ir sim e se não se importar pode me fazer o favor de avisar ao professor Hagrid que o menino vai ficar bem?

- Claro. – Dizendo isso, virou-se e foi em direção à saída.

***

Passei uma semana na Ala Hospitalar e quando me senti melhor Pomfrey me liberou pra voltar as minhas atividades normais desde que eu usasse uma tipoia e evitasse esforço físico. Quando finalmente voltei às masmorras, haviam alguns bilhetes na minha cama. Um deles era do meu pai, outro da Pansy e um de ninguém menos do que a sangue-ruim. Peguei o do meu pai e abri para ler.

Draco,

Eu e sua mãe ficamos muito assustados com o que aconteceu. Obviamente aquele imbecil do Hagrid não é qualificado para ser um professor. Já escrevi ao ministro pedindo para que ele tome alguma providência sobre o ocorrido. Pedi a demissão dele do cargo e a pena de morte para aquela criatura abominável. Sua mãe manda avisar para que assim que você receber este recado entre em contato conosco e nos informe sua situação.

Lúcio Malfoy.

Ótimo, papai havia metido o ministro nisso. Como se o Fudge conseguisse resolver alguma coisa. Peguei o bilhete da Pansy e abri.

Draquinho,

Fiquei super preocupada quando vi você saindo carregado por aquele imbecil grandalhão do Hagrid. Tentei te visitar na Ala Hospitalar, mas aquela idiota que se diz enfermeira não me permitiu entrar. Avisei aos seus pais o que aconteceu, acho que Dumbledore também mandou uma coruja mas nunca se sabe que mentiras ele pode contar. Assim que você voltar me procure, estou com saudades.

Da sua Pansy.”

Mas que droga, porque ela simplesmente não me deixa em paz? Peguei o bilhete da sangue-ruim e abri.

Malfoy,

Bem, provavelmente eu nem deveria estar escrevendo, mas me senti na obrigação de te informar que eu fiz cópias das minhas anotações e do material das aulas extras para que você não fique perdido quando voltar às aulas. Como não sabia quando você iria sair da Ala Hospitalar não enviei eles pela coruja para que os seus amigos não descobrissem nada sobre nossos novos colares. Imagino que você não tenha contado, já que foi uma das recomendações da prof.ª Minerva. Quando quiser, ou se quiser, as cópias estarão comigo, é só avisar que envio uma coruja pra você.

Hermione Granger.”

Cópias com o material das aulas extras? Eu nem tinha pensado nisso, mas realmente iria precisar, assim como iria precisar do material das outras aulas. Saí do meu quarto e fui até o salão comunal atrás do Blázio para pedir o material dele para que eu pudesse copiar e me arrependi na mesma hora. Pansy veio correndo ao meu encontro.

- Draquinho, como você está? Fiquei tão preocupada. Te trataram bem? Você vai se recuperar?

- Me larga Pansy, você vai machucar meu braço. – Disse empurrando ela pra longe de mim.

- Me desculpa. – fez um biquinho e juntou as mãos – Eu só queria saber se você está bem mesmo.

- Estou sim. Agora se me dá licença vou falar com o Blás.

- Porque é que você está sendo tão grosso comigo hein?

- Porque você precisa ficar grudada em mim hein?

- Ora Draco, você sabe muito bem que eu gosto de você.

- Sei sim, mas eu também já falei que odeio essa sua mania de ficar grudando. Nada contra você Pansy, você é gatinha, mas eu não quero uma namorada.

Ela fez uma cara de raiva e virou as costas indo direto para o alojamento feminino. Ora como se eu me importasse. Ela que fosse chorar bem longe de mim. Olhei pra poltrona perto da lareira e vi Blázio aos risos. Me dirigi até lá e sentei na poltrona ao lado.

- O que é tão engraçado?

- Você e a Pansy. Ela é caidinha por você e você nem liga. Metade dos garotos da casa quer ficar com ela.

- Você também se inclui nesse meio?

- Longe de mim tentar pegar a garota do Malfoy. – E deu uma sonora gargalhada.

- Vai rindo. Eu não sei por que diabos essas meninas não me deixam em paz.

- Você tem certeza disso?

- Tenho sim. Mas não foi pra falar da Parkinson que eu vim até aqui. Quero que você me empreste seu material das aulas que perdi enquanto estava na Ala Hospitalar.

- Porque não pega o do Crabbe ou do Goyle?

- Aqueles dois imbecis? Ora Blás, sabe perfeitamente que aqueles dois só andam comigo pra que eu possa usá-los como escudo. Eles só estão onde estão pelos pais que tem. Ajude seu melhor amigo sim?

- Claro Draco. Mas antes quero que me responda porque tinha uma carta da sangue-ruim na sua cama.

- Você leu? – Olhei pra ele sobressaltado.

- Calma Draco. Eu não li, não se preocupe.

- Bom.

- Tem algo importante escrito lá é? Porque ela te mandou um bilhete?  Vocês estão escondendo um romance é?

- Você bebeu Blás? Romance com a sangue-ruim? HÁ-HÁ-HÁ. Não, não temos nada. Eu vou lhe contar porque você é meu melhor amigo e sei que não iria espalhar nada disso. A verdade é que eu ando tendo aulas extras.

- Aulas extras? Como? Mal temos tempo pras aulas normais. E o que a Granger tem a ver com isso? – me interrompeu ele afobado.

- Quer me deixar terminar de contar? – ele assentiu com a cabeça – Bem, como eu ia dizendo, eu ando tendo aulas extras. Segundo meus pais e a McGonagall como eu tenho excelentes notas nada melhor que ter algumas aulas extras para que eu tenha mais chances de escolher uma profissão melhor quando me formar. Eu fui meio contra, mas meu pai disse que eu iria fazer as aulas extras. Até aí tava tudo bem, mas quando fui até a sala da Minerva pra saber como eu iria fazer isso encontrei a Granger lá. Ela também ia ter aulas extras e por causa disso McGonagall resolveu que seríamos parceiros. Ela nos deu vira-tempos.

- Jura? Me deixa ver depois? Eu sabia que existiam, mas nunca tinha visto um.

- Depois. Mas voltando ao assunto, ela escreveu o bilhete me avisando que fez cópias do material das aulas para que eu não me prejudicasse.

- Hmm. – disse ele com uma cara de quem sabe algo.

- O que foi?

- Sei não. Acho que ela tá afim de você. HÁ-HÁ-HÁ.

- Não é impossível, todas as meninas nessa escola tem uma queda por mim mesmo. Mas eu jamais iria me rebaixar a esse nível. Se um dia eu quiser ficar com alguma delas eu pego a Pansy e pronto.

***

No dia seguinte eu já havia copiado todo o material do Blázio e estava indo junto com o restante dos sonserinos pra aula de Poções. Entramos na sala do Snape e eu, Blás, Crabbe e Goyle nos sentamos na nossa mesa de costume. Olhei pra mesa ao lado e lá estava a Granger com os amiguinhos Potter e Weasley. Ela me viu e virou o rosto. Fiquei conversando com Blás até o Snape entrar na sala.

- Abram o livro na página 254, organizem as mesas e peguem seus materiais. Hoje vou lhes ensinar a preparar uma Poção Redutora.

Quando as mesas foram organizadas para acomodar os caldeirões e ingredientes para a poção, acabei ficando na mesma mesa que o trio de imbecis.

- Professor, teremos que fazer a poção sozinhos? Como vê eu não tenho como fazer sem ajuda já que meu braço ainda está na tipoia e Madame Pomfrey disse que não posso me esforçar demais.

- Claro Malfoy. – Virou-se pros três e disse – Granger, você fará dupla com o Sr. Malfoy por hoje, ajude-o a cortar as raízes de margarida.

- Mas professor eu...

- Sem mas, Srta. Granger. Garanto que Potter e Weasley podem sobreviver a uma aula de poções sem sua companhia.

Com a cara amarrada ela veio pro meu lado e cochichou enquanto preparava os ingredientes:

- Já não me bastasse ter que aturar ser sua parceira durante as aulas extras agora também vou ter que ajudar você em Poções?

- Não se preocupe Granger, é só por hoje. Logo eu vou tirar a tipoia e você vai poder voltar a ficar com seus namoradinhos. Afinal com qual dos dois é que você fica? Com o retardado do Potter ou com o pobretão do Weasley?

- Não é da sua conta Malfoy. E eu já disse que não tenho namorado.

- Claro. Quem iria querer namorar uma irritante sabe-tudo sangue-ruim?

- Você podia deixar de ser tão idiota pelo menos por esse ano? Eu não estou nada afim de ser expulsa por matar você. Ai! – olhei pra baixo, ela tinha cortado o dedo com a faca de prata enquanto tentava descascar o pinhão.

- Você mal consegue se controlar não é Granger? Tá pensando em me matar com essa faca? – eu ri e ela me olhou com fúria estampada nos olhos castanhos.

- Morre Malfoy. - Ri baixo e comecei a preparar o caldeirão para receber os ingredientes.

- A propósito Granger, como é que está seu amigo Hagrid? Ele já foi demitido?

- Vai se catar Malfoy. Não é da sua conta, e mesmo que fosse Hagrid não será demitido.

- Eu duvido muito, meu pai já soube da história e foi reclamar com o ministro. Queremos aquele animal nojento morto e seu amiguinho de volta as florestas de Hogwarts que é de onde ele nunca deveria ter saído.

- Hagrid não teve culpa nenhuma de você ser um completo imbecil e ter ido contra as recomendações dele.

- Veremos quem está com a razão.

O restante da aula transcorreu normalmente. Como sempre o pobre trapalhão do Longbottom fez uma bagunça com a poção dele, mas nada fora do comum. Me dirigi para a saída e encontrei a Granger me esperando na porta da sala.

- Toma Malfoy. – Disse me entregando um monte de papéis.

- O que diabos é isso?

- São as anotações das aulas extras. – Disse num sussurro. – Você não me mandou a coruja então tive que trazer pra você não é?

- Sim mas, tudo isso? Eu perdi uma semana de aulas, não um mês.

- Eu disse que fiz cópia de minhas anotações também.

- Tá tá. – Guardei os papéis que ela tinha me dado e peguei meu horário de aulas. Merda, Runas de novo. – Que droga. Mais uma aula com você.

- É. Merlin não deve ter ido com a minha cara. – Deu um sorriso irônico e se virou indo embora.

Eu nunca vou entender o que passa na cabeça dessa idiota.


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Notas finais do capítulo

É isso povo, eu fiquei realmente feliz, o número de leitores tá aumentando e isso é muito bom.
Obrigadinha ♥



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