Uma Virada Do Destino [Dramione] escrita por Mione Malfoy


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Meus amores me desculpem por não ter postado o capítulo ontem. Juro pra vocês que não foi minha intenção, mas eu tive uns probleminhas no pc e acabei perdendo a parte mais nova da fic ~le capítulos 16, 17 e 18~ e não vi a Júlia *aka meu Backup humano* online, então tive que procurar no outro HD.
Acabei tendo que reescrever parte do 16 e o começo do 17 mas aqui está o capítulo.

Enjoy!



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Capítulo 16

- Beco Diagonal, Sorveteria do Sr. Fortescue, você estava na rua, batendo o pé feito um garoto mimado, reclamando com sua mãe que queria um sorvete. Você entrou e pediu um sorvete de limão, e então veio falar comigo. – Hermione me encarava com as mãos na cintura e uma cara de reprovação. Só então lembrei aquele dia.

- Meu deus era você?

- Sim, era eu. – ela pareceu ficar chateada. Eu havia esquecido completamente aquele encontro.

- Eu não... – mas ela me interrompeu, irritada demais pra sequer pensar em me ouvir.

- Ora me poupe de suas mentiras Malfoy. Você me reconheceu antes da cerimônia de seleção das casas. Eu lembro do momento em que você resolveu me ignorar quando descobriu quem eu era.

- Hermione, juro pelo que há de mais sagrado: Eu não me lembrava disso! Eu acho que depois desses praticamente três anos me esforçando pra te odiar eu simplesmente tirei isso da cabeça.

- Se esforçando pra me odiar? – ela me encarava confusa.

- Não foi isso que eu quis dizer.

Estávamos no corredor e algumas pessoas já tinham passado por nós nos olhando curiosas. Aquilo não ia dar certo, olhei pros lados e empurrei Hermione de volta pra sala de aula de Runas.

- Mas o que merda você está fazendo?

- As pessoas estavam passando, quer mesmo que o castelo inteiro saiba da nossa conversa?

- Claro, tinha que ser. – ela disse levantando os braços e balançando as mãos - Você é um Malfoy, deve manter as aparências. Ficar falando com uma sangue-ruim como eu não é bem visto.

- Ah para de fazer tempestade em copo d’água. Do jeito que você fala até parece que não ia ligar se o Potter ou o Weasley soubessem.

- São coisas completamente diferentes.

- Hipócrita.

- Quer calar a boca?

- Mas que droga Hermione, foi você que veio falar comigo pra começar.

- Tem razão. Mas estou desistindo agora mesmo.

Hermione se dirigiu para porta com passos firmes, mas quando passou por mim não consegui deixar que fosse embora. Puxei-a pelo braço e fiz com que ficasse de frente pra mim. Estávamos muito perto e eu já não conseguia me lembrar da conversa que estávamos tendo. A única coisa que vinha em minha mente era beijá-la ali e nunca mais deixar ela sair da minha vista. Olhei pra Hermione, sua respiração estava pesada e ela me encarava com os olhos castanhos demonstrando um misto de raiva e desejo.

Eu não conseguia resistir, a boca dela a centímetros da minha, e eu sabia que ela também queria isso, sentia na pele dela, onde minha mão a segurava, estava arrepiada. Me aproximei ainda mais, deixando o espaço entre nossas bocas ainda menor. Podia sentir o hálito fresco dela, eu precisava beijá-la. Hermione colocou uma mão em meu ombro e lentamente subiu a mão até meu rosto, encostou o nariz dela no meu, subiu a mão pra minha nuca. Eu sabia que ela ia me beijar e eu queria isso. Mas então...

- Hram Hram. – ouvimos alguém pigarreando atrás de nós. Nos soltamos e vimos o professor nos encarando. – O que é que vocês estavam fazendo crianças? Não deveriam estar em outra aula?

- Desculpe professor. Nós já estamos saindo.

Peguei Hermione pelo braço e saímos da sala de aula. Fui puxando ela pelos corredores, aproveitando o fato de ela ainda estar meio em choque. Fui subindo as escadas pelos corredores vazios, graças a Merlin todos os outros estavam em aulas ou bem longe dali.

Levei ela até a torre de Astronomia e assim que chegamos eu a soltei, só então ela pareceu perceber onde estava.

- O que estamos fazendo aqui Draco? – ela disse enquanto eu me dirigia pra beirada da torre.

- Nós vamos terminar nossa conversa, aqui ninguém vai nos perturbar.

- Ficou maluco? Estamos atrasados pra aula do Hagrid precisamos ir embora.

- Que se dane aquele maldito guarda-caça. – gritei me virando para encará-la - Hermione foi você quem começou isso, agora façamos o favor de resolver de uma vez.

- Resolver o que? – ela ficou calada por alguns minutos. Eu estava com raiva demais pra falar alguma coisa. Então ela pareceu lembrar de algo. – Draco, quer me explicar o que você quis dizer quando disse que se esforçava pra me odiar?

- O que?

- Você ouviu. Quer me explicar?

- Não. Não preciso explicar nada pra você.

- Meu deus, quer parar de agir como uma criança mimada? Eu comecei essa conversa pra tentar voltar a nossa amizade, ou trégua, defina como quiser, e você só está piorando as coisas.

- Trégua? Amizade? – me aproximei dela de novo – Você nem sabe o que sente Hermione. Diz que ama o Potter e o que ia fazer? Me beijar na sala de Runas.

- Eu não ia fazer isso. – ela baixou os olhos para o chão.

- Ah não? – me aproximei ainda mais e levantei seu rosto. – Olha nos meus olhos e diz isso de novo.

- Eu... eu... Eu não...Eu não ia beijar você.

- HIPÓCRITA! Você fala sobre estar apaixonada por mim e depois diz que ainda ama o Potter, mas na primeira oportunidade você não iria hesitar em me beijar. Eu sei Hermione, não adianta você negar. Você IA me beijar, eu consigo sentir a maneira como você fica quando eu chego perto demais. Eu posso ver o desejo nos seus olhos. Você só não consegue é admitir pra si mesma o que você realmente sente. Foi por isso que me afastei de você, foi por isso que comecei a namorar a Pansy. Porque ela sabe o que quer e não fica enrolando.

- Ok, tem razão. Eu ia beijar você. Mas se eu sou hipócrita você também é. Quer que eu tome uma decisão que ainda é impossível pra mim, e fala sobre eu não querer admitir, como se você o fizesse. Quer que eu tenha coragem pra assumir algo que eu nem sei ser o certo, mas fica se escondendo e me empurrando pra salas de aula vazias porque não quer ser visto com a garota sangue-ruim.

- Ao contrário de você eu já admiti o que eu sinto, e o que você fez? Simplesmente me desprezou. Pisou no meu orgulho e resolveu ficar com o Santo Potter.

- Não foi assim, eu não sei o que tá acontecendo tá legal? Eu fiquei confusa Draco. Eu tinha certeza sobre amar o Harry, e agora não tenho mais. Eu não sei o que tá acontecendo, só sei que gosto de você. Mas não posso agir como idiota e negar que ainda sinto algo pelo Harry. Seria horrível e só iria magoar você. E acredite em mim, magoar você é a última coisa que quero.

- Você já me magoou Hermione. – saí de perto dela e voltei pra perto da beirada da torre.

- Me desculpa Draco. Eu sei que magoei você e já disse que não era a minha intenção. Eu só eu acho que você podia tentar entender o meu lado.

- Você já tentou entender o meu? – ela ficou calada, me encarando, o rosto triste – Vê? Você tá tão acostumada a ter sempre razão que acha que só o seu lado da história é o certo. Só que nesse caso eu tenho uma novidade pra você. Nenhum de nós dois tem razão. Isso não é algo que se resolva sozinho. Eu sei o que eu quero Hermione, e eu quero você. Mas não vou ficar correndo atrás de alguém que nem tem certeza sobre os próprios sentimentos. – virei e me encaminhei pras escadas – Só quero que fique bem claro que eu não sinto absolutamente nada pela Pansy, então, se quando você decidir o que quer e se sua decisão for ficar comigo, é só me avisar que eu acabo esse namoro tão rapidamente quanto ele começou.

POV Hermione Granger

Vi Draco indo embora e me deixando sozinha na torre. Eu realmente teria muita coisa na qual pensar. Essa nossa conversa foi por demais perturbadora para minha pobre mente já cheia de problemas. Mas uma coisa Draco tinha razão, eu precisava descobrir de quem afinal eu gostava. Nessas horas uma amiga me fazia tanta falta, eu não podia contar com a Gina, ela era tão apaixonada por Harry quanto eu e eu não falava com outras garotas da Grifinória tanto assim para sair contando meus problemas amorosos, principalmente porque envolviam um certo loiro de olhos cinzas. Resolvi então pedir conselhos a única que eu sabia que me ouviria e que saberia o que me dizer, eu iria mandar uma coruja pra minha mãe.

Usei o vira-tempo e me dirigi pra aula de Hagrid, eu precisava dar apoio a ele, ainda mais agora que eu tinha certeza que não poderíamos salvar o Bicuço. Escreveria pra minha mãe depois que voltasse da Cabana.

POV Blázio Zabini

Onde diabos Draco tinha se enfiado? Eu sabia que ele ia pra aula de Runas e depois iria encontrar conosco, mas ele já estava demorando. Pra piorar o professor de Trato havia dispensado a turma e ele não sabia então eu teria que procura-lo.

Fui voltando, indo em direção ao castelo quando vejo Hermione passar por mim.

- Hey! Granger!

- O que é que você quer Zabini?

- Viu o Draco? Ele deveria vir encontrar comigo após a aula de vocês, mas ainda não apareceu. – ela pareceu ficar um pouco nervosa.

- Eu vi. Eu estava conversando com ele. Ou tentando pelo menos. Ele ficou irritado e foi embora, não pensei que ele não viesse pra cá. Aliás, onde é que você está indo afinal?

- Seu amiguinho Hagrid dispensou a turma. Acho que ele está deprimido por causa do hipogrifo.

- Deve ser. Bem, nesse caso eu vou fazer outras coisas. – ia saindo, mas se virou pra me dizer uma última coisa – Ah e Blázio, sei que você deve estar chateado comigo, mas eu queria deixar claro que não é só você que se importa com ele.

- Só vou acreditar nisso quando vir com meus próprios olhos. Você só tem feito mal a ele. Deixe-o em paz que é melhor pra todos nós.

Depois que disse isso nem esperei pra ouvir a resposta dela. Tentar afastar os dois não era meu plano, mas como os dois são teimosos, isso talvez funcione pra juntá-los. Fui na direção do nosso salão comunal, Draco provavelmente iria se dirigir para lá, pelo horário a lógica é que estaria vazia e conhecendo ele como conheço ele deve estar querendo ficar sozinho.  Assim que entrei vi que estava certo, Draco fitava uma das poucas janelas que temos nas masmorras, uma vista do Lago Negro, até bonita por sinal.

- Draco. – Ele pareceu sair de um transe quando me ouviu chamar seu nome.

- Oi Blás. O que é que você está fazendo aqui? – ele continuava de costas pra mim, encarando o lago.

- O guarda-caça liberou a turma, acho que ele deve estar deprimido, você sabe.

- É sei.

- O que aconteceu?

- Eu sou um idiota, só isso.

- Quer me explicar?

- Eu sei que disse que não correria atrás dela, e eu não estou, mas ela veio falar comigo e eu fiquei tão... tão tentado. Eu a quero Blás, quero aquela maldita.  – Ele virou-se em minha direção e me encarou - E o pior foi que eu esqueci.

- Esqueceu? De quê?

- Dela. Eu a conheci antes de virmos pra Hogwarts. Blás eu falei com ela no Beco Diagonal, nós tomamos sorvete e eu ia ensinar feitiços básicos pra ela. Eu me esforcei tanto pra odiá-la que até tinha esquecido do porquê. Nós não poderíamos ser amigos e eu queria ser amigo dela, mas eu tinha que odiá-la porque ela era uma sangue-ruim. Tem ideia do quão absurdo é isso? Eu já precisava dela desde aquela época. Eu só posso estar ficando maluco.

- Ou não. Talvez isso seja apenas, amor.


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Notas finais do capítulo

É isso babies. Se gostaram comentem, se não gostaram comentem também. Eu amo quando vcs comentam, seja pra elogiar ou fazer críticas, isso me ajuda a escrever capítulos melhores e me esforçar na fic pra deixar ela perfeita pra vocês que são meus leitores amados. ♥

Obrigada a todos e até a próx.



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