O Dia Da Caça escrita por Kelly S Cabrera


Capítulo 4
IV - Devil May Cry


Notas iniciais do capítulo

Enfim o quarto cap ;)

Boa Leitura =D



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Ametista olhou pela terceira vez para trás só para ter a certeza de que Shamash ainda os seguiam, apesar de senti-lo um pouco mais afastado. Era incrível o fato de demônios se esconderem tão bem e com Shamash não era diferente.

Assim que saíram de casa, logo de manhã, Ametista entregou a pequena garota ao demônio que não hesitou em pega-la e desde estão ele estava seguindo o caminho para a loja de Dante, sem ao menos ser visto. Sabia, também, que se houvesse algum problema Shamash saberia resolvê-lo sem machucar Lita. Não queria admitir, mas depois de cinco anos empunhando aquela foice, confiava completamente naquele demônio.

Encostou sua cabeça no ombro de Zero enquanto seguiam de moto.  Sabia que a Devil May Cry  não era o melhor lugar para uma criança , não por conta de Dante que jamais machucaria uma garotinha e sim pelo ambiente em si. A loja era um caos de tanta bagunça. Havia tantas caixas de pizza e garrafas de bebidas espalhadas naquele local que Ametista não sabia como conseguia andar ali sem tropeçar em algo. E claro, apesar de não machucar uma criança, Dante não era a pessoa mais delicada do mundo.

-Não é como se tivéssemos escolha agora – Pensou alto, voltando a se calar, antes que Zero fizesse alguma pergunta.

Assim que Zero parou a moto, em frente à loja, Shamash surgiu com a criança no colo agarrada a seu pescoço. Ametista a pegou de Shamash sem problemas, a não ser Lita ter parecido gostar de estar com ele. Em suas próprias palavras infantis Shamash era “quente” o que fez não só a mestiça rir, como Zero.  Entretanto, o demônio de fogo permaneceu indiferente, dizendo apenas que esperaria do lado de fora.

E como Ametista pensou Dante não gostou nem um pouquinho de ficar de cuidando de uma criança e por mais que Ametista explicasse, mais teimoso ele parecia ficar em relação a situação.

Deuses, ele é pior que o Zero, a mestiça ponderou. Sabia que ele iria relutar, mas não esperava que o caçador relutasse tanto.

Dante era o filho mais novo de Sparda, responsável por manter o Mundo Humano limpo de demônios. Possuía os cabelos curtos e brancos, como os dela, entretanto seus olhos eram de um límpido azul gelo que geralmente pareciam até complacentes. Usava roupas de couro em um tom vermelho e botas.

Lita aquela altura, olhava para tudo com curiosidade, sentada do sofá próxima a mesa onde Dante ficava. Uma hora ou outra ela soltava um muxoxo entediada pela falta de atenção e pela pequena discussão que se formava.

-Por acaso na minha porta está escrito “Creche”? – Dante perguntou.

-Não, Dante, não está. – Pela milésima vez Ametista suspirou – Eu só preciso de ajuda ok? Minha casa não é o melhor lugar e você sabe o motivo – Falou irritada.

-Eu não posso cuidar de uma criança – Dante replicou, cruzando os braços.

Porém antes de Ametista responder, Zero começou a falar:

-Pra começo de conversa, Filho de Sparda, não estamos pedindo pra você cuidar e sim pra ajudar, seu lerdo!

-Quem é Sparda? – A garotinha perguntou.

-Ninguém que venha ao caso agora – Zero rebateu.

Dante deu os ombros resmungando quando ouviu a porta abrir. Dela surgiram mais duas pessoas: Lady e Trish. Lady era humana como Zero, possuía o corpo curvilíneo, marcado pelas roupas que usava: um terninho cinturado e um short e era a parceira de caçadas de Dante. Tinha os cabelos negros, curtos e repicados e possuía heterocromia nos olhos - um era azul e o outro anormalmente vermelho-, dando um ar sensual e intimidador. Trish também era parceira de Dante, porém era um demônio criado para ser idêntica a mãe do caçador. Tinha os cabelos longos e loiros e olhos azuis e vestia roupas de couro negro. E foi ela a primeira a falar.

-Há um demônio estranho lá fora – Comentou.

-Está comigo – Ametista respondeu – Não se preocupem.

Então, no meio da zona que aquela loja representava, Lady e Trish repararam na visita inesperada, uma pequena garotinha, encolhida no sofá.

-Dante... – Lady falou por entre os dentes, passando a mão no rosto.

-Eu não tenho nada a ver com isso! – O outro se defendeu.

Então os olhos das duas caíram sobre Zero e Ametista, como se indagassem o que estava ocorrendo por ali.

-Ela também não tem nada a ver comigo! – Zero falou, levando uma cotovelada de Ametista na barriga – Digo, não diretamente.

-Ela está comigo também. Um demônio matou a família dela e eu não tinha para onde leva-la. E repetir isso já está começando a me cansar... – Suspirou.


                Então Ametista começou a contar a historia novamente, para as duas. De como havia encontrado a garotinha e o perigo de deixar Lita em sua casa. No final de tudo as duas pareciam solicitas.

-Entendo – Lady falou – Demônios... Bem, farei o que puder, se ela precisar de um lugar por enquanto, acho que ela pode ficar comigo.

-Espera – Dante se intrometeu – O que você fez com a Lady? Devolva-a agora!

-Cale a boca, seu vagabundo. Ao invés de ficar sentado ai faça algo útil. – Respondeu dando um sorriso irritado no que ele bufou.

-Tá bem! – Dante se deu por vencido – Vocês vão me dever essa eternamente. – Avisou.

-Como se eu já não te devesse eternamente – Ametista respondeu de forma animada.

A mestiça então pediu para que Zero e Dante voltassem à casa da pequena menina, apesar de não querer denunciar que o pingente pertencesse a um demônio. Estava curiosa acima de tudo e ela poderia ir por si só, entretanto estava decidida a procurar pela energia que sentiu junto a Shamash.

Lady por sua vez se aproximou da garotinha que estava agarrada a Ametista. Essa pareceu bastante surpresa ao ver os olhos de Lady, soltando um leve grito de surpresa.

-São incríveis – Lita disse, com a boca aberta fazendo Lady dar uma pequena risada e agradecer.

-Ótimo, estou perdendo para os olhos da Lady! – Ametista fingiu estar ofendida.

-Nãão – a menininha rebateu – Os seus são incríveis também, Ame.

Assim Lady a pegou no colo alegando que a deixaria em seu apartamento, enquanto buscaria roupas decentes para a pequena menina. Porém, antes que saísse, Ametista pegou o pingente de Lita. A garota esperneou um pouco dizendo que aquele pingente era importante, porém, a mestiça prometeu que logo devolveria. Assim, Lady saiu da loja, deixando Trish para trás que soltou um suspiro aliviado.

-Crianças são um caos – Disse tranquilamente, vendo Ametista colocar o colar no pescoço – Você não vai fazer o que penso que vai, vai?

-Não tenho escolhas, Trish – Rebateu a olhando nos olhos e Trish pode ver aquele olhar cheio de certezas de Ametista. Realmente parecia que ela não temia nada.

-Você fala de Dante, mas não é tão diferente.

Ametista riu, antes de continuar:

-Deve ser algum defeito de mestiços – E sorriu enfim. 


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Notas finais do capítulo

Dante, gentil como uma porta né XD

Beijinhos ♥



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