Hit Me Like A Man And Love me Like a Woman escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 5
Capítulo 4 - Bandit Heart


Notas iniciais do capítulo

Primeiro: Olá, povão! Acho que nem demorei...
Então né, tô meio que me sentindo decepcionada comigo mesma. Cara... Que saco! Estou tendo uma falta de inspiração ENORME!Então a Effy terminou de novo o capítulo.
Bem... Obrigado a todos vocês pelos comentários legais que vocês nos mandam.



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POV Eve

Vi a cara zangada do Collins ao desligar o telefone bruscamente. Ué, eu posso fazer o que se ele tá revoltado? 

Acenei para ele, sorrindo abertamente.

–  O que eu disse? Tá vendo! Eu não estava mentindo – alarguei mais o sorriso, gargalhando. 

– Fique quieta Barbie Girl – rosnou. – Juro que se você falar qualquer coisa eu vou te jogar na ponte – sorriu ao ver meu silêncio. 

Revirei os olhos, ignorando o brutamontes. Só agora que eu tinha percebido como a Itália era bonita, tá que  eu preferia Paris mas aqui era bom.O único problema era me comunicar com as italianas metidas que existiam nessa bagaça toda.

– Ei, Barbie retardada. Vai ficar parada aí? 

Só agora eu tinha percebido que o carro tinha parado em frente ao shopping. Sorri amarelo, saindo de dentro do carro. Observei Collins trancar todo o carro para depois irmos, não sem antes Collins grudar no meu braço.

– Preste atenção, pegue as roupas e sapatos que quiser e algumas frescuras de mulher. Tem vários seguranças espalhados pelo shopping se por acaso você quiser fazer alguma gracinha, então seja civilizada e faça o que eu mandei – estranhei sua voz fria e arrogante, era como se ele me tratasse como um cachorro.

Com uma voz centrada e cheia de arrogância, devolvi o seu tom de voz, colocando uma expressão maléfica no rosto. 

– Não precisa ser tão grosso, baby. Nem vou demorar tanto... 

5 horas depois...

–Eve! Eu não vou mais esperar, você está ficando louca?! Olhe o tanto de coisa que você comprou! Andy vai me matar... – Collins olhava desesperado para o tanto de sacola que ele segurava, seu rosto mantinha um certo desespero.

Bem, se ele quisesse poderia me arrastar do shopping, mas... Chamar atenção para nós não era uma boa ideia. Principalmente quando metade do mundo já estava sabendo do meu desaparecimento. E umas cem sacolas não ajudavam nada na parte de discrição. Nenhum pouco...

– O quê?! Não! Não mesmo... Seja um bom homem,querido. Senão eu grito! – ameacei, sorrindo.

Era simples, a qualquer momento eu poderia sair me esgoelando por aí e não daria nada... os cinco capangas que estavam conosco estavam  ocupados demais com algumas coisinhas básicas... Normal.

Ouvi o rosnado de Collins e eu esperei ele sair soltando as frangas ou me jogar pela escada rolante. Na sua testa tinha uma veia saltando de tanto raiva que ele possuía.

Fiz uma cara de nojo.

– Eca! Tire esse treco da tua testa, homem! Você está parecendo um unicórnio! – gargalhei ruidosamente, chamando a atenção de algumas pessoas que me olharam assustadas.

– Nesse exato momento estou tentando distinguir se você está guinchando igual um cavalo ou rindo – Collins retrucou.

Abri a boca em choque, cessando as risadas imediatamente.

– Eu não guincho! Seu grosso! Como... como você pode?! 

– Podendo, uai.  Vamos ficar parados em frente ao corredor? Por que não termina logo de macacar e não vá fazer suas compras, que já duraram 5 HORAS! – esbravejou, meio descontrolado.

– Opa! Calma aí, tigrão. Não fique tão nervosinho... Você já está velhinho, vai que você tem uma parada cardíaca? – arregalei os olhos falsamente.

Se bem que se ele tivesse não seria nada mal...

– Cala.Sua. Maldita.Boca.Barbie – rosnou entre dentes.

Não retruquei, ele parecia prestes a ter uma sincope se eu falasse alguma coisa. Por isso, só continuei andando sob sua  supervisão estúpida.

– Chanel! OMG! Que saudade da minha lojinha linda... – Quase corri para dentro da loja, como uma garotinha indo de encontro ao seu ídolo. Encontrei uma moça vestida elegantemente, assim que me viu,  olhou minhas roupas com nojo. Eu tinha que admitir... Podiam ser de marcas as roupas, mas já estavam em um péssimo estado.

– Posso aiutare? [1]

–  Pos... o quê? –  perguntei meio assutada.

A mulher olhou-me alguns segundos, analisando-me rapidamente.

– Não fala italiano? –  perguntou um pouco incrédula, com um inglês de péssimo sotaque.

– Não –  fechei a cara. –  E se Deus quiser, nunca falarei –  disse raivosa.

Por que todo mundo acha que só porque minha mãe mora em Paris eu tenho que falar francês, italiano, ou sei lá o quê? Cara, eu nasci nos Estados Unidos. E-S-T-A-D-O-S  U-N-I-D-O-S. 

– Desculpe-me. Posso ajudar? – perguntou dessa vez numa língua decente, mesmo com um sotaque péssimo.  

– Sim claro, claro. Hã... Olha que vestido lindo! –  sorri vendo um vestido rosa em uma vitrine.

A mulher pigarreou.

– Sim, o que tem?

Revirei os olhos para seu excesso de burrice.

– Eu o quero para mim. Pode embrulhar –  abri um largo sorriso. 

– Desculpe... Mas esse vestido não é do seu porte –  falou sorrindo.

 – Como assim? –  franzi a testa, confusa.

– Como eu posso dizer... Você não pode comprá-lo, querida. É uma peça exclusiva e caríssima , infelizmente... Você não tem dinheiro suficiente. 

Estreitei os olhos, tentando controlar a raiva que me possuía. Olhei em volta, murmurando coisas desconexas, olhei rapidamente para Collins que estava com a cara fechada, na entrada da loja.

– Não me segura, que eu vou rodar a baiana! – fiz um gesto rápido com as mãos. – Queridinha... Eu não quero saber, eu quero o vestido Hoje. Agora! E se você não pegar a merda do vestido, eu fiz ter que enfiar minhas mãos lindas e delicadas nessa sua cara espinhenta.

– Mas... 

– Quer saber, por que você não enfia esse vestido no meio do seu... 

Fui interrompida por duas mãos grandes e grossas. Olhei para trás, vendo Collins olhar-me com raiva. Novidade...

– Non abbiamo più bisogno dei vostri servizi. Grazie  [2] – falou alguma bosta que eu não entendi. 

Imediatamente a mulher foi embora, sorrindo maliciosamente para ele. Olhei para Collins, meio revoltada.

– Por que não me deixou mandar aquela vaca para o lugar que ela merece? – revoltei-me.

– Porque isso aqui não é circo pra você ficar dando teus shows! – Collins disse apressado, me arrastando pra fora daquela loja.

– Ah, mas eu não vou embora sem esse vestido mesmo. Tá me ouvindo, querido?! – falei pausadamente.

Collins revirou os olhos e arrumou o cabelo.

– E você espera que eu faça o quê? Que atire na moça até ela te vender o vestido? – ele disse, colocando as mil sacolas que carregava no banquinho de frente pra loja.

– Olha, até que não seria uma má ideia... – falei, sorrindo abertamente. 

De algum jeito super natural, Collins me deixava nervosa. E eu odeio me senti nervosa. 

– Barbie... – ele disse como um aviso.

– Tudo bem, não atire na moça. Pera,aí!Ela falou que não me venderia porque não estaria no meu porte, devido a esses trapos que eu tô usando. Então é simples. Vou trocar de roupa! – falei animadamente. 

– Ai meu pai, que horas que o shopping fecha mesmo? – ele perguntou,  rendendo-se e sentando-se no banquinho, completamente derrotado.

– Não se preocupe, meu bem, vamos resolver isso do meu jeito – disse sorrindo. – Me passe aquelas sacolas ali – apontei pra um amontoado de sacolas.

Escolhi um vestido azul da Lanvin, que até eu tenho que admitir, é curto. Me armei com um par de saltos Prada e voltei pro banquinho onde deixara Collins.

– Agora essa biscate italiana vai aprender que com Eve Simons não se mexe – falei ajustando a barra do vestido que pairava a um palmo acima da coxa.

– Você não acha que tem muita pele à mostra aí não? – Collins disse passeando seus olhos por toda extensão de meu corpo.

– Por um acaso tem uma placa dizendo “OLHE PRA EVE”?! Pois bem, tá olhando porque quer, então não reclame! – falei,pegando os cartões de suas mãos, caminhei de queixo pra cima até a entrada da loja.

A moça que me atendeu, revirou os olhos a me ver.

– Eu quero todos os vestidos da nova coleção, com cores alternadas, as cores claras dê-me em um número maior que as escuras – falei e a moça me olhou boquiaberta. – Vai pegar meus vestidos ou vai ficar babando no meu Lanvin? – arqueei a sobrancelha

Collins estava atrás de mim e eu o ouvi dar uma risada baixa.

Perdonate la mancanza di istruzione, ha problemi nei vestiti categoria. Il denaro non è un problema per noi  [3] – Collins disse com sua voz aveludada, e eu juro que um arrepio percorreu por todo meu corpo.

– Seja lá o que ele disse, eu quero meus vestidos! – falei impaciente.

A moça saiu correndo pra pegar os vestidos.

– Não preciso de você pra ser meu tradutor, Collins – falei olhando duramente pra ele.

– Ah, mas é claro que não – ele disse irônico.

– Meu bem, a língua universal é o dinheiro. – falei firme.

Começou a fazer um frio de lascar dentro da loja. Eu e meu mini vestido Lanvin estávamos tremendo.

– Tá com frio? – Collins perguntou, desencostando-se da pilastra.

– Não, não – disse irônica. – Gosto de tremer assim porque estou tendo um AVC – respondi grosseiramente. 

– Educação foi dar um passeio pela Terra do Nunca né?! – ele disse impaciente. – Toma! – Ele retirou a jaqueta de couro e me ofereceu.

 Senti-me ofendida.

– Não quero seu casaco – respondi friamente. – Você não precisa tratar-me feito criança. Sou bem grandinha pra passar frio se eu quiser. Guarde seu casaco pra alguém que realmente queira – falei ranzinza.

Collins ia falar algo, mas a moça chegou com os vestidos.

– Pode embrulhar. – falei entregando o cartão pra ela. Não olhei mais na cara de Collins.

Paguei e entreguei as sacolas pra ele e saímos da loja.

– Até agora não entendi porque você surtou daquele jeito – ele disse pegando as outras sacolas e me seguindo.

– Tenho péssimas lembranças com caras legais me oferecendo seus casacos – falei ríspida. – Vamos, agora só falta roupa íntima e cremes – chamei-o, impaciente, andando até a Victoria’s Secrets.

– Tudo bem – Collins disse baixinho, nem parecia mais o Collins marrento.

– Espere aqui – falei. – Não gosto de companhia masculina enquanto compro roupa íntima. Não demorarei

– Negativo – ele disse balançando a cabeça rapidamente.  – Você acha que eu sou idiota pra deixar você entrar na loja sozinha? E fazer um escândalo? Negativo. Ou eu vou contigo, ou se prepare pra voltar pra mansão – ele disse grosso, ta aí o Collins que eu conheço.

– Tá. – disse em contragosto, entrando logo em seguida na loja. – Segure aí – praticamente joguei um bolsão da loja na sua cara. Ele pegou, surpreso, rosnando. – Aí vão ficar as coisas pra Mona – afirmei,pegando um bolsão pra mim também. – Ande rápido, não quero moleza aqui não! 

Marchei,  pegando as coisas que eu gosto, e as de Mona. No final das contas, foram quatro bolsões cheios pra Mona e quatro pra mim. Collins já estava bufando de raiva. Claro que, não depois de vários surtos de Collins. Fiz questão de comprar várias calcinhas e sutiãs minúsculos para mim, observei Collins ficar curiosamente bravo. 

Quando saímos da loja, com Collins equilibrando as muitas sacolas, os seguranças estavam sentados nos banquinhos cobertos por sacolas, quando me viram quase cantaram o coro do Aleluia. 

– Agora a gente já pode ir embora? – Collins perguntou apresentando cansaço.

– Ainda não. Falta mais uma loja – falei olhando fixamente pra minha loja de bolsas favorita. Hermes Birkin.

– Ah, não! Já fomos na loja de bolsas! Eu vou morrer! Eu não aguento mais!  – Um dos capangas surtou, colocando as mãos nos cabelos e puxando. 

– Ei, você não é pago para dar de viado –  puxei-o. – Cale a boca e deixe de chilique. – falei grossa e marchei até a minha loja dos sonhos.

Entramos na loja e uma moça veio falando alguma coisa que eu nem consegui ouvir. Mas Collins se pronunciou antes que eu abrisse a boca. 

Si prega di rispondere in prima possibile. Siamo in questo centro commerciale per più di cinque ore, ti prego!  [4] – ele disse sensualmente, mexendo os cabelos loiros, fazendo charme. 

Revirei os olhos. 

–  Ah, por favor! Não pode parar de ficar mexendo nesse cabelo seboso de um lado para o outro – olhei brava pra ele.

– Ficou brava, mio amore? [5] – Ele disse com sua voz que me dava arrepios. 

Dei a língua infantilmente.

– Só cala a boca, peste – falei olhando pra nova coleção. A moça voltara com um sorriso pro Collins. Italiana atirada! – Quero aqueles quatro modelos ali – falei caminhando até a prateleira e mostrando, a moça me seguiu, assim como Collins. – Essas duas aqui – apontei para duas bolsas, uma cor rosa choque e outra preta de couro.  – Quero  também essa  cinza e essa azul petróleo. E essas duas! – apontei novamente para duas bolsas rosa bebê.  – Quero uma vermelho e uma laranja – terminei de falar, mas a moça não parecia estar atenta em mim. Parecia mais interessada em Collins.  

Dei uma cotovelada em Collins, pra ele se mancar.

– Vai ficar secando descaradamente meu marido ou minhas minhas bolsas. Oh, desculpe! Eu não sabia que você tinha Déficit de atenção – falei,abraçando Collins pela cintura. Tenho certeza de que me arrependeria disso mais tarde.

A moça arregalou os olhos e até gaguejou. Collins fez brotar um sorriso em sua boca e passou suas mãos de gigante por minha silhueta.

– S-s-s-s-sinto muito, senhora. – ela disse rapidamente, tropeçando no inglês e puxando algumas palavras para o italiano.  – Não foi minha intenção! Buscarei as bolsas! – ela disse e saiu da nossa frente apressada.

– Italiana abusada – comentei comigo mesma.

Só então percebi que ainda estávamos abraçados. 

 – Eca! Argh! Me larga. – falei estapeando seu braço. – Brutamontes!

 – Meu Jesus! Que menina maluca! Você que me agarrou! – ele arregalou os olhos. 

Fiz um som de irritação com a boca. Homens, por que tão complicados? 

 – Apenas cale a boca! – murmurei.

Minutos depois a mulher voltou, com  várias bolsas na mão. Entregou-me as bolsas de cabeça baixa, sorri aprovando sua reação. 

Saímos da loja com mais uma remeça de sacolas.

 – Acho que acabei! – falei sorrindo. Os seguranças começaram a pular de alegria. – Agora é comida!

– Já cuidei disso – Collins disse, apontando pra pilha de caixas de pizza que um outro segurança segurava. – Vamos pra casa, sádica do cartão de crédito – ofereceu-me seu braço, mas eu neguei e andei na frente.

Sentia os olhares de Collins pra mim, exatamente quando eu rebolava. Safado! 

– Tira uma foto pra durar mais, querido – disse saindo do shopping.

Ele ficou um pouco em silêncio, mas logo senti sua respiração em minha nuca.

– Pra que foto se eu tenho ao vivo?!  - Collins sussurrou em meu ouvido.

Arrepiei.

Logo percebi o que estava fazendo,afastando-me dele rapidamente. 

– Vamos logo para casa – falei friamente, andando um pouco mais rápido. – Acho que Mona quer colocar uma roupa mais descente. 


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Notas finais do capítulo

[1]: Posso ajudar?

[2]: Não precisamos mais de seus serviços. Obrigado.

[3]: Perdoe-a pela falta de educação, ela tem problemas no quesito roupas. Dinheiro não é problema para nós.

[4]: Por favor, nos atenda o mais rápido possível. Estamos nesse shopping por mais de cinco horas, estou implorando!

[5]: Meu amor

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E aí, o que acham, amores? Deem suas opiniões...Próximo capítulo com a Effy, okay? Comentem, recomendem...
Bjão!