Hit Me Like A Man And Love me Like a Woman escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 36
Capítulo 35 - The dangerous game


Notas iniciais do capítulo

Olá Terráqueos!
Muchas gracias pelos comentários, mas ainda acho que tem muito fantasminha por ai...
Enfim, estamos na reta final de fic *rios de lágrimas*, boa leitura



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POV Mona

Tudo começou quando James ficou sabendo que Andy e eu entramos em sociedade. O puto teve a coragem de espalhar pra toda a máfia russa que eu era traidora, que por vontade própria, procurei Andrew na Itália e me aliei a ele. E como meu irmão é respeitado e conhecido, todos acreditaram. Então, depois de quase vinte anos, o Conselho interveio. Conselho é a junção de toda máfia russa, sejam elas amigas ou não, o Conselho é meio o ponto neutro, não é uma máfia, é uma organização pra máfia russa. E nessa reunião do Conselho, James propôs que eu fosse banida da Rússia, como punição pela traição não apenas da minha família, mas também da raça russa.

Olha que sacanagem! Agora todo mundo aqui acha que eu sou a traidora que foi pra Itália só para me aliar e contrabandear informações da máfia da minha própria família. O James é tão esperto que nem falou que eu fui sequestrada, muito menos que ele quer me matar, mas espalhar por todo o país que eu sou traíra ele fez. Eu deveria ter matado meu irmão quando eu tive a chance.

Agora estava no meu próprio país disfarçada, com cabelos pintados, lentes, cílios postiços, com nome falso, tudo por conta do estúpido do meu irmão. Raiva era pouco pro que eu estava sentindo. Eu acho bom o James rezar, mas ele tem que rezar muito para que eu não o encontre, porque quando isso acontecer eu garanto que ele vai se arrepender pelo maldito dia que ele me fez passar por traidora.

Deixei Eve no quarto, alugamos um flat vagabundo para não levantar suspeitas. Precisava resolver algumas coisas hoje, coisas como entrar em contato com alguns amigos da minha mãe. Mesmo dentro de uma só máfia há suas subdivisões, tinha empregados que só trabalhavam para o meu pai por causa da minha mãe e de mim, gostavam da gente porque cuidávamos deles quando estavam feridos, na verdade cuidávamos de certos empregados do que meu próprio pai cuidava. Então quando minha mãe faleceu, esses poucos empregados não foram embora por minha causa, sentiram pena por eu ter que ser criada pelo monstro do meu pai, e de certa forma, eles tentavam me proteger e me ajudar sempre que eu precisei. Só espero que eles não tenham acreditado nessa história de traição, preciso achá-los. Porque vamos encarar os fatos, não vou consegui manter Eve e eu, ainda mais agora que ela está grávida, seguras. Preciso de ajuda, e conseguir a confiança dos empregados que “me criaram” vai ser perfeito, porque além de me ajudarem a esconder-me de James, posso obter informações dele sem que ele saiba.

O problema vai ser fazê-los acreditar que eu não sou uma traidora. Tenho uma hora para bolar esse plano, uma hora é o tempo exato do metrô que eu estou nesse exato momento chegar ao esconderijo dos empregados. Isso se esse esconderijo ainda existir. Eles, os fiéis a minha mãe, criaram esse lugar para encontrarem-se e bolarem um plano para derrubar meu pai, por ele ser perverso demais. Tenho que ter cuidado, estou indo me meter num casebre no meio do nada, com uns 10 homens altamente armados e assassinos, porém com um bom coração.

Espero que eles acreditem em mim, se não, será o fim. James terá a nossa localização, eu estou desarmada e ainda tenho Eve grávida. Era arriscado, perigoso, incerto, mas no momento era tudo o que eu tinha.

POV Andy

– Chefe! Chefe! – Thony corria e gritava ofegante, esse menino deve ter asma! Pelo amor de Deus! Toda vez que eu o vejo, o coitado tá ofegante.

– Só me venha com notícias úteis – disse, pesquisando um meio de encontrar Mona.

– É útil, chefe! Prometo – ele se escorou na porta do meu escritório.

– Então, fala!

– O namorado da cunhada da minha prima de segundo grau trabalha no aeroporto e disse que viu uma Ferrari parada lá desde ontem, aí eu pedi a placa, é a sua Ferrari. Mas eu tô ficando esperto, chefe! Pedi para ele pegar as fitas de segurança para ver quem estava no carro, já que todo o estacionamento é supervisionado por câmeras – ele disse com calma, esse menino é retardado.

– Finalmente algo útil! Chame Collins, agora!

Thony deixou um CD na cadeira de frente para a minha. Peguei o CD e já coloquei no computador. Comecei a assistir a fita, demorou para aparecer a Ferrari, mas quando as duas garotas desceram com pressa, não tive dúvidas. Era Mona e Eve. Mona estava usando uma camisa minha, por sinal. Fiquei seguindo elas pela fita, as perdi de vista quando entraram no embarque, mas pausei na hora que entregaram as passagens para a aeromoça.

– Chamou? – Collins parecia absorto.

–Sim, você sabe como aproxima a imagem do vídeo e melhora a qualidade? – perguntei, encarando a imagem pausada.

–Sei, o que você ta vendo aí? – ele perguntou, interessado. – É pornô?!

Revirei os olhos, irritado.

– Não, sua jamanta! Thony conseguiu as fitas do aeroporto, o dia que as meninas fugiram. Pausei na imagem que Mona entrega as passagens, quero que você aproxime na passagem e melhore a qualidade para sabermos para onde elas foram – tentei explicar.

– Aê, finalmente tá ficando esperto! – Collins me zoando, é o fim do mundo mesmo!

Cedi minha cadeira para ele mexer na imagem.

–Andrew – Collins disse em susto –, cê não vai adivinhar para onde elas foram!

Arqueei a sobrancelha em sinal para ele continuar a falar, mas antes respirei fundo.

– Rússia! – ele estava para lá de surpreso. – Cê sabe que vai ser praticamente impossível de achar aquelas duas lá. né?! Além de ser grande pra caralho, Mona conhece tudo de lá! Os esconderijos, lugares para se esconder e se disfarçar!

– Calma, tenho meus métodos. Reserve passagens para Rússia, te prometo que vamos encontrá-las.

Saí do escritório com o telefone em mãos. Claro que vai ser difícil achá-las lá, além que ter de me camuflar de James. Aposto que o filho da mãe tem olhos em cada canto daquele país. Mas eu conheço Ramona, sei seus hábitos, sei que ela joga na margem segura, provavelmente alugou um quarto no lugar mais pitoresco e que só vai passar uma noite lá, deve ter mudado a aparência e procurando sair em horários de pouco movimento na rua.

Acho que eu deveria estar me focando mais em achar uma maneira de derrubar James, e não gastar cada segundo do meu dia para achar Mona. Só queria conseguir fazer os dois ao mesmo tempo. Mas já estando lá na Rússia, fica mais fácil.

Disquei para minha mãe, não riam, não sou o tipo de cara que recorre a mamãe quando tudo dá errado, mas não tem jeito. Vou dedicar cem por cento de tudo o que eu tenho para encontrar essas meninas, e não posso deixar minha máfia de qualquer jeito, minha mãe vai ficar cuidando de tudo enquanto eu estarei com Collins na Rússia.

Mandei Thony pesquisar tudo sobre a máfia russa, não apenas a de James, mas todas. Quero saber exatamente onde estou me metendo. Depois de algumas horas, quando terminei de ler tudo, comecei a ficar preocupado. Agora eu sei por que Mona é do jeito que é. Se eu imaginava que crescer na máfia era difícil, crescer na máfia russa era pior ainda.

POV Mona

Cheguei no casebre, respirei fundo e juntei toda a coragem que eu tinha para bater na porta. Limpei a garganta e me preparei.

– Fala sério! Sei que tem gente, ninguém deixa o casebre vazio – disse, em russo, com a cara encostada na porta.

Poucos minutos depois a porta foi aberta, era Cameron, o cara de cinqüenta anos que cuidava de mim, e que na verdade, escondia James e eu no porão quando meu pai chegava em casa alterado.

– Cameron! – disse animada, não sabia nem por onde começar

– Entra, agora! – gritou olhando para o lado de fora, preocupado.

Entrei rapidamente e retirei o casaco pesado. Sentei-me na velha cadeira de balanço, a que era a minha preferida quando eu vinha para cá, desde pequena.

– Olha, eu sei as atrocidades que James disse sobre mim, mas você precisa acreditar em mim, Cam! – falei rápido, antes que chorasse. – Sei que James tá dizendo que eu o traí, mas é mentira! Fui sequestrada lá na Itália, semanas depois eu descobri o que James realmente queria: me matar!

– Mona! – Cameron chamou minha atenção, para eu calar a boca. – Sei que você não nos traiu! Menina, eu te vi nascer, sei que você não seria capaz de uma coisa dessas! – ele disse me trazendo uma xícara de chá. – A coisa pro teu lado ta feia, James tá te caçando feito bicho, mas pro Conselho ele quer te julgar por conta da suposta traição. Mandou metade do pessoal pra Itália, ele não faz ideia de onde você está!

– Por isso que eu tinha que vir para cá! Ele jamais imaginaria que eu poderia estar aqui, Cam.

– Foi perigoso, você sabe que seu irmão tem olhos em todos os cantos da cidade. Mas aqui você está segura, posso te ajudar com poucas coisas. James tá neurótico, passa o dia tentando te rastrear, não conta nada a ninguém e está desconfiado de tudo

– James é pior que o meu pai – comentei baixo. – Mas, Cameron, meu problema é um pouco maior. Eve está aqui comigo, e ela está grávida.

– A Eve que o James é obcecado? – perguntou arqueando as sobrancelhas, afirmei com a cabeça. – Ela não está segura aqui, ele não pode nem sonhar com isso!

– Cameron, eu não tive alternativa! Para onde eu iria levá-la?! Por favor, apenas me diga que abrigará Eve aqui, e que cuidará dela! Marli ainda fica aqui?

Marli é a esposa de Cameron, ela cuida do casebre. Para James, ela está morta, então pode ficar aqui sem medo, cuida de todos e cozinha muito bem.

– Sim, ela está descansando agora.

– Então, ela pode cuidar de Eve. Apenas me prometa que cuidará de Eve como se ela fosse sua própria filha?

– Mas, quanto a você?! Como você vai ficar?!

– Não se preocupe comigo. O foco é tirar Eve e a criança com vida e segurança, eu tenho meus problemas para resolver, e são aqueles tipos de problema que ninguém pode me proteger, sou grandinha, dou meu jeito – disse com calma.

Não me preocupo comigo, apenas preciso ter certeza que Eve estará em segurança. Eu preciso me arriscar, preciso ficar cara a cara com James novamente, e dessa vez, não vou ser boazinha.

– Mona, você precisa ter cuidado!

– Cameron, me prometa! Prometa-me que cuidará de Eve! – forcei a barra.

– Eu prometo, mas você tem que me deixar te ajudar, com qualquer coisa!

– Você pode me dar informações – coloquei a xícara na mesa de centro.– Preciso dar um jeito de ficar sozinha com James em um lugar distante, esse inferno não vai acabar enquanto eu não der um fim nisso. Preciso matá-lo – falei com dor no coração.

A cada dia que eu via meu pai e James montando seus planos e tramóias, sempre me policiei para não acabar como eles, com essa sede de vingança. Mas agora, tudo mudou. Não posso me dar ao luxo de jogar na margem segura, preciso terminar com isso de uma vez por todas, mesmo que isso signifique matar meu próprio irmão.


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Notas finais do capítulo

E aí, duvidas respondidas?! Merecemos comentários?! Té mais
XX da Effy



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