Hit Me Like A Man And Love me Like a Woman escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 32
Capítulo 31 - Still funny


Notas iniciais do capítulo

Olá Terráqueos!
Demoramos um pouquinho, correto? Mas tudo bem, estamos de volta! Yaay.
Retardadices à parte, queria agradecer MUITÍSSIMO à Sta idiota que LINDAMENTE recomendou a fic! Palmas para ela! Aprendam com ela como que se faz!
De volta ao cap, espero que vocês gostem!
Boa leitura e até lá em baixo :*



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POV Andy

Descobrir que a Barbie Girl estava grávida, não foi o auge do meu dia. Sabia que Collins provavelmente estaria surtando, sabia também que Mona deveria estar surtando, mas acima de tudo, eu sabia que não tinha como essa criança que está por vir ser criada no meio da máfia. Sem condições. Collins é literalmente um brutamontes, ele se parece com um, pensa como um e se comporta como um, não tem estrutura nenhuma para ser pai. Outra é a desvairada da Eve, ela é uma patricinha de marca maior que só se importa com a quantidade de vestidos Lanvin que possui em seu guarda-roupa. A combinação desses dois, definitivamente, não daria certo.

Chamei Collins em meu escritório, mandei-o fechar a porta e sentar-se na cadeira.

—Andy, eu sei que isso não é o que esperávamos, muito menos para o desenvolvimento do plano – Collins disparava as palavras.

— Collins – falei forte, obrigando-o a parar de tagarelar. – Sei que você não planejou nada disso, mas acho que você deveria saber que não tem cabimento criar essa criança! Eu tenho lá minhas dúvidas se a própria Eve já cresceu, ela se comporta como uma garotinha mimada de oito anos que fez um barraco para ter na sua festa de aniversário um pônei.

Collins me olhava sem reação, mas eu tinha certeza de que lá no fundo, depois da animação em ser pai, ele sabia e concordava com o que eu estava falando.

—Então o que você propõe? – ele disse após alguns minutos.

—Precisamos ter cuidado, não vai ser fácil, mas temos de convencer a Barbie a abortar a criança. Pelo bem de todos – falei com calma, e compassadamente, para ter certeza de que Collins entenderia cada sílaba. – Não tem condição dessa criança vir ao mundo, temos problemas demais, lutas demais, e escute isso vindo de alguém que foi criado dentro da máfia: criança nenhuma merece crescer num ambiente hostil como esse— e eu me lembrei da dor e da revolta de quando era criança. De quando ao invés de eu estar brincando, era obrigado a saber usar uma arma para matar alguém. De quando ao invés de estar aprendendo a escrever e ler, já sabia vários outros idiomas. De quando era para estar comemorando a minha formatura do Ensino Médio, eu estava sendo coroado o chefe da máfia italiana.

— Mas, Andy… - Collins vacilou no tom de voz. – Eu sei que você está certo, mas é que Eve está tão animada com a ideia que não sei se ela vai concordar.

—Não é pra ela concordar! Estamos falando do futuro de uma criança e não se ela quer um cachorro branco ou malhado! – disse perdendo a paciência.

—E como vamos fazer para abortar a criança sem ela saber? Porque tenho a absoluta certeza de que ela não deixará, muito menos a Ramona.

—É aí que complica – disse fazendo minha pose de pensador. – Vamos fazer as escondidas delas. Podemos pagar um médico para vir aqui na mansão toda semana, grávida faz muito ultrassom, correto? Daí é só combinar com o médico e ameaçar ele, que aposto que ele fará tudo caladinho – senti-me como em “Um Truque de Mestre”, tudo bem pensado.

Collins não me respondera de cara, apenas ficou matutando o que eu disse e encarando a parede. Sabia que seria extremamente difícil para ele, mas nós dois sabemos o que tem de ser feito.

— Eu topo. – ele respondera com convicção. – E até já sei um médico que toparia sem fazer muitas perguntas.

POV Mona

Quando percebi a entonação de Andy para com Collins, sabia que coisa boa não seria. Então esperei os dois saírem da sala, deixei Eve no quarto dela e segui até o escritório de Andy. Espreitei-me para conseguir vê-los e ouvir a conversa sem que eles me vissem pela fresta da porta.

O inicio da conversa não ficou nítido, eles estavam falando baixo demais. Mas assim que eu ouvi a palavra “aborto” ser dita pelos lábios de Andrew, todo meu corpo se enrijeceu, e como se fosse em um filme, minha visão ficou aguçada e consegui entender o que tanto eles conversavam.

Os dois queriam que Eve abortasse a criança. Olha que absurdo! Mas esse Andy vai levar uns sarrafos quando entrar no quarto! Aonde já se viu, quem é ele para dar pitaco na gravidez de Eve?! E que caralhos o Collins estava fazendo? Concordando? Mas que ideia absurda!

Não consegui entender mais nada, estava tomada de ódio. Mas seja lá o que veio depois do que eu ouvi, coisa boa não foi. Sei que Andy vai fazer o possível para conseguir o que quer, e é por isso que vou resolver essa questão diretamente com ele, depois conto para Eve. Saí do meu posto de espionar o escritório bufando de ódio. Entrei no quarto, fechei a porta, assim como todas as janelas. Se acharem o corpo morto de Andrew daqui a três dias, fui eu.

Sentei-me na cama, como se fosse num dia normal. Puxei o livro que estava na cabeceira da cama e o abri, não para lê-lo, apenas para jogar na cara do miserável do Andrew quando ele passasse pela porta. Esperei cerca de vinte minutos, o que para o meu estado de raiva incontrolável era muita coisa. Quando finalmente a porta foi aberta pelo magro e tatuado corpo de Andy, cerrei os punhos e lancei o livro na cabeça dele. Não é que o filho da puta pegou o livro antes do mesmo bater nele?! Miserável!

—Mas que diabos, mulher?! – ele disse recolocando o livro na cômoda.

—Como você pôde?! – acusei-o levantando da cama. – Pera, a pergunta não é essa, deixe-me fazer a pergunta correta: VOCÊ É RETARDADO MENTAL?!

—Mona, o que foi que você tomou hoje? – ele disse fingindo que não tava entendendo.

—Então deixa eu traduzir pra você. – cheguei perto dele, perto o suficiente para poder bater em sua face. – Eu só quero que você tente seguir em frente com esse plano do aborto de Eve, apenas o suficiente para eu ter uma justificativa plausível para te matar – cheguei mais perto dele, mantendo o contato visual. – Nem passe perto dela. Aquela criança vai nascer, tá me escutando, Andrew?

Ele riu, de verdade. Na cara dura, e sem medo de minha reação.

—E é você quem decide isso por…? Até aonde eu sei, quem está esperando o bebê é a Eve, você é só a amiga.

—E quem é você pra decidir o futuro dessa criança?! – joguei na cara dele mesmo.

—Eu sou O DONO dessa mansão, O DONO dessa máfia, O CHEFE de Collins e principalmente O SEQUESTRADOR de Eve – agora Andy estava bravo. – Se alguém tem que dizer para não se meter aonde não é chamado, sou eu mandando você ficar fora disso – ele apontou seu dedo em minha cara. – Nós dois sabemos muito bem que Eve não tem jeito para ser mãe, ela mal sabe se virar sozinha! Ter outro ser vivo dependendo dela, será simplesmente um fracasso.

—Mas isso não quer dizer que você tenha que matar a criança! E você não conhece Eve. Ela vai amadurecer para poder ser a mãe que essa criança precisa! – contra argumentei.

—Não, Mona. Eu já sei que ela não vai conseguir, e mesmo que consiga, Collins não vai se enquadrar no papel de pai! Pelo o amor de Deus, abre os olhos e perceba que Collins é um assassino e que Eve é uma patricinha! Nós dois fomos criados em meio mafioso, nós sabemos que criança nenhuma deveria ser criada dentro da máfia, é isso mesmo o que você quer para o filho da sua melhor amiga? – agora ele apelou pro lado emocional.

Recuei um passo e bati com as costas na parede.

—Andrew, me responde uma coisa – falei calma e levantei meu olhar para o dele, queria encará-lo para ouvir a resposta da seguinte pergunta – Se a situação fosse conosco, e se eu estivesse grávida, você teria coragem de abortar nosso filho sem minha permissão e consentimento? – Não desgrudei meus olhos dos dele.

—Isso é ridículo! Não vamos discutir isso sob uma suposição! – ele perdera o controle do tom de voz.

Andrew virou de costas e encarou o guarda-roupa.

—Responda-me! – ordenei.

—Sim! – ele respondeu virando-se para me olhar – Teria coragem porque saberia que seria para o melhor do nosso filho! E para o nosso também. Veja como nós vivemos! Estamos na linha direta de perseguição do seu irmão, vivemos fugindo e todos a nossa volta estão morrendo, veja o que aconteceu com a minha avó! – ele tentava se aproximar de mim, mas eu recuei. Como ele seria capaz de matar o próprio filho?!

—Seu egoísta! – acusei jogando o travesseiro que estava na cama na cara dele.

—Não é questão de egoísmo, Ramona! É questão de sobrevivência. Uma criança jamais sobreviveria no meio da máfia, ainda mais uma criança entre Eve e Collins! E mesmo que fosse a nossa criança, seria difícil, James te quer morta! E você grávida acharia que ele poderia aliviar só porque está esperando um bebê?! Não seja ridícula, Ramona! – ele disparava as palavras como se fossem balas, apenas para machucar-me. Tentou vir me abraçar mas eu me debati e sai de seus braços.

—Não encosta em mim! – disse em repulsa e corri para a porta.

—Mona, espera! – ele dizia inutilmente.

—Eu sempre achei que você não sabia como ser amoroso por não ter sido criado com amor, mas agora eu vejo que você é vazio, incapaz de amar. Só alguém assim pode ter a capacidade de dizer que mataria o próprio filho – cuspi as palavras, Andrew apenas revirou os olhos.

—Não tenho tempo para lidar com seus dramas, espero que você reflita e comece a pensar como eu – ele disse cansado. – Estarei na sala de armas, se precisar gritar mais comigo – Andy saiu do quarto, me deixando sozinha.

Nem precisei pensar duas vezes, apenas esperei que ele subisse as escadas e saí do quarto. Corri desesperadamente para o quarto de Eve, não poderia dizer a ela que Collins e Andy queriam matar o bebê, apenas diria que teríamos de fugir. Corri o mais rápido que pude.

—Eve! – escancarei a porta do quarto. Minha amiga se encontrava deitada na cama – Levante-se! Rápido, temos de ir! – disse apressada e corri para o guarda-roupa e tirei várias peças de roupa, mas me lembrei que nada serviria nela e joguei tudo no chão

—Minha nossa senhora! Vai tirar o pai da forca?! Mas que pressa é essa? – Eve disse se levantando vagarosamente.

—Eve, precisamos sair daqui o mais rápido possível. Você não pode ficar aqui, não está segura! – tentei bolar alguma mentira só para não falar que o pai da criança queria matar a própria prole. – James está caçando Andy feito cachorro! Se ele te achar aqui, fudeu!

As pupilas de Eve dilataram e ela correu para pegar uma mala que estava embaixo da cama.

— Como assim James? – perguntou confusa.

—Ele me sequestrou enquanto você estava fora, disse que queria acabar com a máfia de Andy – considerei não falar a parte de que o que James quer é me matar e ficar com Eve, não seria boa ideia falar isso para ela. – Precisamos sair daqui o mais rápido possível, James sabe onde moramos, ele matou D. Edith!

Fiz Eve empacotar as coisas o mais rápido possível.

—E para onde nós vamos? – ela perguntou assustada

—Não se preocupe, deixa que disso eu cuido – respondi rapidamente.

—Andy e Collins vão nos encontrar depois? – fiquei sem saber o que responder.

—Não por um tempo, James está rastreando eles, não podemos ficar aonde eles estão, é por isso que temos que ir. Agora! – disse na pressa.

—E como vamos fazer com dinheiro e passagens?! – ela ajoelhou-se no chão, de frente para a mala.

—Andrew me deu alguns cartões – menti, mas eu sabia aonde estavam os cartões com os nomes de Angel e Mark e ainda tinha a identidade de Angel comigo.

—Ok, nós vamos fugir – ela dizia pausadamente, como se estivesse programando a mente para preparar-se para as próximas horas. – Não deveríamos deixar algum tipo de bilhete?

—Tá, Eve, faça um bilhete. Mas tome cuidado com o que você vai falar nesse bilhete, porque se James invadir a casa e achar, ele poderá nos encontrar. Vá escrevendo enquanto eu faço minha mala e pego a chave do carro e os cartões.

Precisávamos ser rápidas, se alguém nos vir correndo por aí de mala e cuia, vai ser tarde demais. Não poderei proteger nem Eve, nem a criança e muito menos a mim. Corri até o escritório com as palavras que James me dissera no porto:Engraçado como as pessoas que deveriam nos proteger são aquelas de quem devemos correr.

É James, continua sendo engraçado.


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Notas finais do capítulo

Merecemos comentários?! Vejo vocês nos reviews
XX da Effy