Coming Home. Time To Start escrita por Lodv
Notas iniciais do capítulo
Neste capítulo voltamos as origens, a minha pequena visão de como surgiu as primeiras mechas azuis.
Juliana chega ao parquinho.
Jú: Finalmente. Eu sabia que ia te encontrar aqui – Lia não dá bola, Jú então senta-se na gangorra ao seu lado – Você não vai falar nada né ... Ok... – vendo que a garota continuava calada e sem olhar para ela, começa a falar – Sabe eu também estava com saudade deste lugar. A gente passou por tanta coisa aqui, você tocando guitarra com o Nando, nós olhamos para o telha... – se interrompe – brigas, brincadeiras... aquele juramento...
Lia ao ouvir a amiga falar isso, ela levanta o rosto e olha para Jú.
Jú: EU JURO QUE A NOSSA AMIZADE NUNCA VAI ACABAR POR CAUSA DE UM GAROTO – repetindo as mesmas palavras que disseram.
Lia: Não foi bem isso que aconteceu – Jú vê que a amiga chorava e não continua o assunto.
Jú: Falando em promessas se lembra dá outra? – Ela retira uma mão do bolso e lhe mostra o dedo indicador que tinha uma coisa amarrada nele.
Flashback on:
Lia: Por que? Agora eu não entendi...
Dinho: A qual é? Sempre são vocês que escolhem...
Jú: O Dinho tem razão, tá na hora dele escolher o nosso próximo passeio.
Lia: Argh! Tá vai escolhe logo então.
Dinho: Então... Eu pensei em primeiro a gente fazer um piquenique...
Lia: O que?? Ah não, to fora. - interrompendo, revoltada como sempre.
Jú:Mas nem pensar.Não sei se você se lembra, mas quando você escolheu passar o dia, trancada no quarto, assistindo filmes, o Dinho não queria... Mas foi.
Dinho: A Jú tem razão.
Lia: CALAA A BOOCA!! Aff Jú... É que piquenique ninguém merece.
Jú: Xiuuu! É o Dinho quem escolhe.
Dinho: Ei meninas, ainda não acabei...
Lia: Argh! – revoltada.
Jú: Vai, continua Dinho.
Dinho: E depois do piquenique... – diz pausadamente – Eu... pensei...
Lia: DIZ LOGO GAROTO!
Dinho: Calma Lia... Eu pensei que podíamos acampar
Lia e Dinho olham rapidamente para Jú.
Jú: ACAAMPAR??
Dinho: É!
Jú: Com aqueles bichinhos nojentos? Em uma barraca? Sem banheiro, eletricidade?
Lia: É Jú. Acampar.
Jú: Estou começando a achar que foi uma péssima idéia deixar você escolher.
Lia: Sério?
Jú: Desculpa, mas acampar eu não vou.
Lia: Ah vai sim.
Jú:Olha o piquenique ta ótimo, vocês podem ir acampar sem mim.
Lia: Mas nem pensar.Não sei se você se lembra, mas quando você escolheu passar o dia... – repetindo a fala de Jú – Trancada em um shopping, fazendo nada, o Dinho também não queria... Mas foi.
Dinho: A Lia tem razão.
Jú e Lia: CALA A BOCA – dizem juntas e ao perceberem começam a rir.
Jú: Uii! – batendo o pé – Tá vocês venceram, eu vou acampar.
Lia e Dinho comemoram se abraçando e ao perceber se soltam rapidamente.
Jú: Eu vou pra casa.
Lia: Mas já?
Jú:Preciso arrumar minhas coisas... Você vem Lia?
Lia:Não, o Dinho precisa me devolver uma coisa.
Dinho: Te devolver? Como se eu que tivesse pego.
Jú: Iii, vou esperar você.
Lia: Não precisa, pode ir.
Jú: E deixar vocês se matando aqui? Nem morta.
Lia: A gente não vai brigar... Prometo.
Jú olha com desconfiança, mas acaba indo embora.
Lia: Agora vai anda.
Dinho: Hunf!
Dinho vai até em casa com raiva.
Dinho: Cadê? Cadê? Onde eu coloquei... ah achei...
Alice: Dinho? Ei filho, eu...
Dinho: Não mãe, depois a gente se fala ta? – da um beijo no rosto da mãe – A Lia está me esperando. – sai deixando a mãe falando sozinha.
Alice: Mas... Lia, Lia, Lia, sempre a Lia. Quero até ver quando ele perceber que gosta da sua melhor amiga. Bom me deixa voltar para a edição do meu livro.
Enquanto isso no parquinho...
DINHO: SINCERAMENTE, ME FAZER SUBIR AS ESCADAS POR CAUSA DE UMA PALETA...
Lia: Você só sabe reclamar.
Dinho: Eu? Tem certeza que sou eu?
Jú: E já começaram a brigar, eu sabia – olhando da janela de sua casa.
Bruno: Jú, vem ta pronto.
Juliana entra.
Lia: São só algumas escadas.
Dinho: Algumas? Ah sim esqueci, a madame aí está acostumada com elevador.
Lia: Madame? Eu vou...
Dinho: Vai o quê? – interrompendo-a.
Lia: Me dá logo essa paleta.
Dinho: Uma paleta – levantando o objeto e observando – Uma paleta normal como as outras... Aliás, você não tem umas 8?
Lia: 9 na verdad...- vendo que falava demais, ela mesmo se interrompe. – O que você tem haver com isso?
Dinho: Ah.. 9? Então por que você queria logo essa?
Dinho começa a fazer hora com Lia, a garota pulava
Lia: Me devolve...
Dinho: Só se você me falar porque queria esta...
Lia: Anda garoto – pulava nos braços de Dinho tentando alcançar.
Dinho: Já sei você queria ficar a sós comigo...
Lia: Não se ache, eu nunca iria querer isso.
Dinho fica sem jeito e sem querer perde a paleta para Lia.
Lia: Peguei.
DINHO: SABE O QUE VOCÊ É? – Lia fica calada – UMA MIMADA, MARRENTA.
LIA: MIMADA? MARRENTA?
DINHO: É MIMADA E MARRENTA.ESTÁ AÍ, SEU NOVO APELIDO MARRENTINHA.
LIA: MEU NOVO APELIDO?
DINHO: QUAL É? TÁ FICANDO BURRA AGORA?
LIA: SEU GROSSO, VOCÊ É UM IDIOTA... É ESTE É UM BOM APELIDO PRA VOCÊ TAMBÉM.
Dinho e Lia viram as costas e vão andando para casa.
Lia: IDIOTA.
Dinho: MARRENTINHA.
Lia está indo para casa quando avista sua mãe com várias malas entrando em um táxi. A garota fica desesperada sem saber o que fazer, ela sai correndo atrás do táxi... Impossível o veiculo é mais rápido que ela.Lia se joga no chão e desaba no choro.
Severino: Aquela ali não é a Lia?
Hospede: Quem?
Severino: Droga isso não podia ter acontecido... Lia... Espera...
Hospede: Você vai me atender ou não?
Severino: Mas eu preciso ajudar a garota...
O rapaz não aceita e Severino é obrigado a ficar. Lia está triste, sem pensar ela entra em um ônibus e vai para outra região do Rio de Janeiro.
Alguns minutos depois o Hospede chato vai embora, Severino vai a procura de Lia, mas não a encontra.
Xxx: Alô?
Severino: Dr. Lorenzo, desculpa está te incomodando...
Lorenzo: Não está, eu estou em casa, sem plantão, mas fala.
Severino: É que a Raquel foi embora e ...
Lorenzo: Eu sei disto e agradeço pela Tatá ter ido para Coritiba com a minha mãe.- o interrompendo – Fala,anda! Alguma coisa com minhas filhas?
Severino: A Lia ela ...
O porteiro começa a contar o que havia acontecido. Lorenzo fica desesperado, ele tenta ligar para a filha várias e várias vezes, mas só dá fora de área.
O médico está tão revoltado que retira as fotos de Raquel do porta retrato e as guarda dentro da gaveta do seu quarto. Ele senta para esperar por noticias e ele é incomodado com o tic tac do relógio. Ele olha as horas e vê que já era para Lia está em casa. 8 horas da noite, o horário que ele empunha para que a roqueira estivesse em casa (pelo menos nos dias de semana, quando tinha aula no dia seguinte). O barulho do relógio, as horas passando o incomodava tanto que ele retira as pilhas do objeto.
Hora: Impossível saber, o relógio estava sem pilhas
Local: Casa da Jú
Jú: Oi Tio Lorenzo.
Lorenzo aflito vai entrando.
Jú: Olha se você veio procurar a Lia...
Lorenzo: Ela não está? Droga onde minha filha foi?
Juliana acalma o médico enquanto ele lhe conta o que aconteceu exatamente como ficou sabendo por Severino.
Lorenzo: Eu preciso ir.
Jú: Eu vou com você.
Lorenzo: Não você tem que ficar, ela pode vim para cá e mantenha o telefone desocupado ela pode ligar.
Jú: Tá, ta como quiser, qualquer noticia me liga.
Lorenzo: Só mais uma coisa e o Dinho?
Jú: Impossível ela está lá, eles só brigam.
Lorenzo: Então ok.
Lorenzo sai correndo de volta para casa.
Jú: Eu preciso avisar o Dinho, mas não posso sair nem ligar. Já sei um SMS não vai atrapalhar em nada.
Mensagem Jú para Dinho
Dinho a Lia sumiu, não tem como eu te explicar agora, mas se tiver alguma notícia me liga por favor... Eu espero que leia isso. BeiJú.
Jú: Precisava ...
Bruno: Bom maninha eu estou saindo – interrompendo a garota que falava sozinha.
Jú: Ei, ei Bruno espera. Eu preciso que você fique aqui sentadinho perto deste telefone.
Bruno: O que ta acontecendo?
Jú: A Lia sumiu e ela pode ligar a qualquer momento.
Bruno: Mas Jú, a Ana está me esperando.
Jú: É rápido eu juro.
Bruno: Jú eu ...
A garota não o deixa terminar e sai correndo até a portaria. Chegando lá ela pede para que Severino a conte novamente o que aconteceu e assim que ele termina, ela pede para que ele ligue, não importando a hora, quando Lia chegasse.
Jú volta para casa.
Bruno: Até que enfim.
Jú: Maninho posso te pedir mais um favorzinho.
Bruno: Jú é serio não dá mais.
Jú: Só quero o seu celular emprestado.
Bruno entrega a ela e sai.
Jú: Não vai querer ele de volta?
Bruno: Pode ficar, a Ana odeia esperar e eu odeio chegar atrasado.
Jú tenta ligar para Dinho, mas ele não atende.
Algumas horas depois...
Local: Casa do Orelha
Orelha: Qual é amigão? Você perdeu todas, ta em que mundo?
Dinho está com pensamento longe, na briga que teve com a Lia.
Orelha: Ei, hello. Cê ta ruim mesmo hein.
Dinho: Desculpa, eu preciso ir ver a Lia.
Orelha: Sabia, tinha que ter mulher na parada.
Dinho: Não enche, mas eu vou querer revanche.
Orelha: Pode crer.
Dinho pega o celular e fica espantado.
Orelha: Qual foi moleque?
Dinho: Olha quantas ligações do Bruno tem aqui.
Orelha: Ué que isso, pegando a Lia e o irmão da Ju? – cai na gargalhada.
Dinho: É sério Orelha, deve ter acontecido alguma coisa com a Jú.
Orelha: E porque você não atendeu?
Dinho: Meu celular tava no silencioso, não queria que ninguém me incomodasse.
Orelha: Então liga para ele.
Dinho: É o que vou fazer... espera tem uma mensagem.
Mensagem Jú para Dinho
Dinho a Lia sumiu, não tem como eu te explicar agora, mas se tiver alguma notícia me liga por favor... Eu espero que leia isso. BeiJú.
Dinho sai correndo.
Orelha: Ei o que aconteceu?
Dinho: É a Lia, eu preciso ir.
Orelha fica sem entender nada, quando Dinho está indo embora ele encontra com o pai. Mário percebe que o filho já sabia sobre o desaparecimento da amiga. Ele coloca Dinho em seu carro e no caminho para casa o conta tudo que aconteceu.
...
Lorenzo: Filha? Por onde você andou e ... – ele para de falar ao perceber o estado da filha.
Lia chegava em casa, com a roupa molhada como se tivesse entrado no mar. Seu rosto está inchado e as lagrimas, ah as lagrimas não secam. O médico então abraça a filha fortemente.
Severino avisa Jú, que decide dá um tempinho antes de ir até a casa de Lia.
Mário: Espera, onde você vai?
Dinho: Na casa da Lia? Onde mais. Você acha que eu vou deixar minha amiga assim?
Mário: Não Senhor, primeiro você vai subir comigo e esperar por noticias, assim que ela chegar eu deixo você ir.
Dinho: Espera você está brincando né? – rindo sarcasticamente, o riso para ao perceber que é verdade o que o pai lhe fala.
Alguns minutos depois Jú vai a casa da amiga.
Jú: Amiga... – ela também percebe algo diferente em Lia, mas prefere calar-se.
Lia: Por que ela fez isso Jú? Por que de novo?
Jú: Ai amiga, acalma. Nós nunca vamos entender.
Lia: Mas eu queria, muito.. – em meio a lagrimas.
Jú: Eu vou ficar com você até a sua dor passar, tudo bem?
Lia: Não precisa.
Jú: Ei amiga isso é o que os amigos fazem.
Lia sem querer olha para um porta retrato que tinha uma foto dela com Jú e Dinho.
Lia: É mesmo?
Jú: O Dinho? Ele vai aparecer Lia, não fica assim.
Lia: Todo mundo me abandonou, eu não entendo devo ser uma pessoa muito ruim – ela levanta-se e revoltada começa a quebrar todo o quarto. – Eu só queria uma família, eu só queria uma mãe de verdade. Porque?
Juliana não sabe o que fazer, ela tenta segurar a amiga, mas é impossível. Jú não aguenta ver Lia daquele jeito e começa a chorar, ela grita por Lorenzo, mas o médico está do lado de fora do apartamento e não ouve. Vários objetos são quebrados, a garota encontra-se incontrolável.
Dinho: LIAAAA
Dinho corre para fazer a garota parar. Lia da socos contra o peito do amigo, enquanto ele a abraça fortemente. A roqueira perde as forças e finalmente para, ela se desarma e abraça Dinho. Ele deixa uma lagrima escorrer, Jú chorando muito vai para perto deles e um abraço triplo acontece.
Depois de certo tempo, Lia está mais calma, eles sentam na cama da roqueira e começam a conversar.
Dinho: Agora que a senhorita está mais calma. Dá pra me explicar uma coisa?
Lia: Sim, pode perguntar.
Dinho: Mecha preta ta legalzinha, mas mecha Azul Lia?
Os três se olham e começam a rir. A garota tinha cortado e pintado o cabelo.
Lia: Eu queria agradecer por vocês terem vindo.
Jú: Não precisa, eu já disse que isso é o que os amigos fazem.
Dinho: Somos melhores amigos.
Os três se abraçam.
Lia: A gente podia selar este momento.
Jú: Hã? Como assim?
Lia: É podíamos furar o dedo e selar com sangue.
Juliana se assusta.
Jú: ECAA!
Lia: Ei eu estou brincando.
Jú: Ótimo, é impressionante como você estraga todos os momentos fofos.
Lia: Vai dizer que fazer um pacto com sangue não é super fofo?
Lia começa a rir das caras que Jú faz.
Dinho: Mas espera... a Lia tem razão.
Lia: Tenho?
Dinho olha ao redor e encontra o que queria.
Dinho: Eu vou precisar de uma tesoura.
Jú: Ei...
Lia: Você ta louco? Eu realmente estou brincando.
Dinho: Relaxa, confia em mim.
Jú: Eu acho que vi uma tesoura...
Lia: Eu vou pegar.
Jú: Não, pode ficar quieta aí eu procuro.
Jú sai deixando Lia e Dinho a sós. Os dois ficam em silêncio.
Lia: Achei que você não viesse.
Dinho: Você acha que eu seria capaz de deixar a minha melhor amiga sozinha? – falando e rindo.
Lia: É que...
Dinho: Desculpa por hoje mais cedo – a interrompendo e pegando uma mecha azul da garota.
Lia: Eu que tenho que pedir desculpas.
Dinho: Não precisa, porque você vai continuar sendo a minha marrentinha.
Lia sorri.
Lia: Idiota.
Dinho: Sabe que eu ate gostei?
Os dois se calam e ficam se olhando, são interrompidos por Jú que chega ao quarto com a tesoura na mão.
Jú: Uffa! Encontrei.
Dinho: Boa Jú.Agora me dá.
Jú: Espera, você realmente jura que não vamos furar o dedo.
Dinho: Claro que não Juliana.
Dinho pega o lenço de Jú e começa a corta-lo.
Jú: Mas esse lenço é ... – ela desiste e vê que é por uma boa causa.
Ele corta o lenço em tiras e calmamente vai amarrando no indicador de cada uma, inclusive no seu.
Dinho: Pronto, está selado. E aqui eu prometo que nunca vou abandoná-las e que de agora em diante não vou deixar o celular no silencioso – as meninas riem – Eu não saberia viver sem vocês.
Os três se abraçam.
Dinho: Aos Melhores amigos.
Jú e Lia: Para sempre
Flashback off.
Lia após de relembrar tudo o que aconteceu no passado, retira do bolso o laço que eles amarraram no dedo. Jú se agacha em frente a Lia, a roqueira olha dentro os olhos da amiga e volta no tempo ao pedir com a inocência e simplicidade de uma criança:
Lia: Me abraça?
Jú: Ai amiga, não precisa pedir – a abraçando.
Lia: Ele – chorando muito – Ele voltou. Jú, o Dinho voltou.
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