Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim escrita por Suzy Cullen


Capítulo 30
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Amei escrever esse capítulo, espero que amem ler. Boa leitura, nos vemos nos reviews!



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Esme

Meu irmão recebia alta hoje. Se eu não estivesse tão feliz, já estaria nervosa por estar tão perto de Carlisle e não poder fazer nada. Ele me olhava sorrindo, parecendo se divertir com aquilo.

Eu arrumava as malas quando Edward foi se arrumar no banheiro. Já estava terminando quando de repente, dois braços fortes me enlaçaram por trás. Pulei de susto e ele riu.

— Ainda não se acostumou comigo? — Carlisle sussurrou no meu ouvido.

— Ainda não. — me virei para ficar de frente para ele. — eu nem sabia que você gostava de mim e agora estamos namorando! — ele sorriu. — tenho medo de estar sonhando.

— É real, não um sonho, Es. — ele me beijou como que para provar o que tinha dito.

Acariciei sua nuca e sorri em seus lábios. Ele segurava minha cintura para me deixar próxima dele. Eu poderia ficar daquele jeito para sempre, mas infelizmente, ouvi a porta do banheiro abrir. Carlisle me soltou rápido demais.

— Estou pronto. — disse Ed vindo até mim.

— É está. — senti meus olhos arderem e pisquei para não chorar. Era tão bom ver meu irmão voltar para casa, depois de quase perde-lo.

— Achei que ia chorar. — Carlisle comentou enquanto Edward passava o braço pelos meus ombros. Sorri para ele.

Saímos os três do quarto e seguimos até o estacionamento. Meu irmão entrou primeiro no táxi e quando eu ia entrar também, Carlisle disse que eu precisava assinar alguns papéis.

— Achei que já tivesse assinado tudo... — sussurrei entrando na sala dele.

— E assinou. — ele sorriu. — isso foi só uma desculpa para poder te falar uma coisa.

— O quê? — me aproximei dele e peguei suas mãos, ele parecia preocupado e arrependido.

— Ontem, depois que a gente saiu do bosque... Eu fui falar com a Rosalie, pedir desculpas e acabei falando sobre nós. — ele deu um passo, ficando mais perto de mim. — eu sinto muito ter falado e ainda para ela que já te machucou... Só quero esclarecer que o que aconteceu quando ela soube do beijo não vai se repetir agora, eu não vou deixar ela fazer nada contra você.

— Tudo bem Carl... — colei nossas testas. — eu também contei a Alice sobre nós, mas ela vai guardar o segredo.

— Não vamos ficar assim para sempre, eu prometo que quando eu me resolver com minha irmã e as coisas ficarem mais calmas, a gente vai assumir para todo mundo. — assenti. — não quero que pense que tenho vergonha de você.

— Eu sei que você não é assim. — me afastei. — preciso mesmo ir agora, você conhece o Edward. — ele riu em concordância.

— Eu te ligo?

— Aham. — lhe dei um selinho rápido e saí de sua sala.

Parecia que ter passado tantos dias aqui, fez os conhecidos se acostumarem comigo, não havia mais olhares e isso era mesmo muito reconfortante. Tentei ser rápida em sair dali, não queria deixar Edward irritado em um dia tão importante.

Quando cheguei ao táxi, ele estava tranquilo e com o sorriso vencedor no rosto. Acabei sorrindo também e seguimos para casa. O caminho foi silencioso, mas confortável.

Chegamos em meia hora e tratei de pagar o motorista o mais rápido possível, queria logo entrar na minha casa e relaxar com meu irmão ao meu lado. O ajudei com as malas mais leves e subimos sorrindo.

Até o clima do apartamento estava outro, mais acolhedor. Deixamos a mala num canto e nos sentamos na sala, apenas absorvendo toda a alegria. E no meu caso, havia mais. As coisas começavam a dar certo para mim agora.

— É tão bom estar aqui. — ele falou pensativo.

— Sem dúvida. — sorrimos.

Quando ele abriu a boca de novo, a campainha tocou. Franzi a testa, estranhando. Ed também estava confuso e se levantou para abri-la. Era Bella. Nem percebi que estava de boca aberta. Edward parecia bem surpreso também. Os dois se olharam fixamente e acabei saindo de fininho da sala.

Eles tinham se beijado... E se acabassem juntos? Sacudi a cabeça, tentando parar de pensar em toda a confusão que o amor pode provocar. Pensei em tomar um banho e ficar lendo no quarto para passar o tempo, mas não podia negar: estava muito curiosa para saber o que seria daqueles dois.

Silenciosamente, voltei para a sala e os espiei pela parede. Estavam tão nervosos que nem me viam. Isso seria bom para mim.

— Fiquei muito feliz por você ter recebido alta. — ela falou ofegante.

— Eu também. — eles riram de leve. Sorri revirando os olhos. Gente apaixonada parecia tão boba e medrosa. E eu era exatamente assim.

— Então... Nunca mais fui te ver depois do... Enfim. — qual era o problema em falar beijo? Segurei a risada com minha perspectiva da situação.

— Não significou nada, já sei. — ele parecia frio. Revirei os olhos. Meu irmão era tão direto que às vezes irritava. Resolvi me esconder e apenas ouvir.

— Na verdade eu não sei o que significou. — ela tinha um tom de desistência na voz.

— Mas você não queria que eu me animasse, mesmo! Saiu fugida do hospital!

— Fala baixo, sua irmã pode escutar. — segurei o riso de novo.

— Ela já sabe, assim como o Carlisle. Tem vergonha disso? — me arrisquei a espiar mais uma vez. Bella estava sem palavras e Edward com a testa franzida. Podia ver eu e Carlisle neles, exatamente naquele clima. — nunca achei que fosse tão ruim me ver dessa forma, Bella.

— Não é isso... — ela claramente procurava as palavras no ar. Voltei a me esconder totalmente na parede, apenas ouvindo. — saí de um relacionamento de uma forma conturbada, você viu. Além disso, o Carlisle é próximo de nós. Tenho medo de como as coisas podem ficar se nós... — um suspirou que identifiquei ser de Edward, interrompeu a fala dela.

— Então vai colocar todos os seus medos e inseguranças por cima de nós? — Bella não respondeu.

Foram longos segundos em silêncio e resolvi olhar de novo, só por precaução. Só vi os cabelos castanhos e longos de Bella jogados para o lado, assim como a cabeça dela enquanto se beijavam. Soltei um “Yes!” mudo.

Aquele beijo podia só trazer mais confusão, mas eu ainda acreditava que seria a chance de acabar com as dúvidas dos dois que eu conhecia bem, já tinha passado por elas também. Duas vezes, com o mesmo homem.

— Eu, eu... Tenho que... — Bella engasgava-se nervosa.

— Você não vai a lugar nenhum. — meu irmão parecia um conquistador. — não antes de dizer o que isso significou.

— Eu não sei...

— Fica comigo, Bella. — meu queixo caiu e acabei sorrindo. Senti-me uma adolescente fissurada no amor deles e comecei a torcer para que ela aceitasse.

Eu não queria que Ed sofresse e sabia que dizer não só faria Bella sofrer também. Eles podiam ao menos tentar. Mais uma vez, o silêncio se estabeleceu. Sentia-me tão ansiosa quanto Ed podia estar.

— É... Podemos tentar.

Mais um “Yes!” e resolvi sair dali, já tinha espiado demais. Quando cheguei ao meu quarto, comecei a rir sozinha. Parecia que estar com Carlisle de novo não só ajeitou a minha, mas a dos outros ao meu redor. Me sentia libertada.

Entusiasmada, peguei meu notebook e comecei a escrever a matéria que teria que entregar na semana seguinte no trabalho. Mesmo enquanto escrevia, fiquei imaginando como o novo casal estaria agora.

(...)

— Alô? — perguntei desnecessariamente, já sabia quem era sem nem precisar ler o nome do contato duas vezes.

— Oi pequena. — sorri.

— Que bom que não se esqueceu do apelido. — ele riu do outro lado da linha.

— Não é só com o apelido. Lembro-me de muitas outras coisas... — mordi o lábio, desejando estar com ele naquele momento.

— Vamos poder relembrar juntos.

— Não vejo a hora. — sabia que ele estava sorrindo assim como eu e tentei visualizá-lo. — Carlisle... — uma voz de mulher me despertou e imediatamente disparei:

— Tem uma mulher aí?

— Tem. — ele riu, sabendo que eu estava irritada. — estou no plantão, querida. É apenas uma enfermeira.

— Então por que não fala para ela que é para te chamar de Dr. Cullen? Todas as enfermeiras te chamam de maneira tão informal assim? — ele riu controlado, mas sabia que queria estar gargalhando.

— Não Es. Olha, você confia em mim?

— Confio.

— Então, não se preocupe com elas. Eu estou com você, não estou?

— Uhum.

— Então, tenho um paciente agora. Te ligo para te dar boa noite. Tchau pequena.

— Tchau Carl. — desliguei primeiro.

Eu estava tão feliz que tinha me esquecido que para as enfermeiras, ele estava totalmente disponível. Se algumas delas nem respeitavam o fato dele ser casado ou namorado, agora então, preferia nem imaginar elas praticamente se jogando nele.

Só então vi como poderia ser difícil um relacionamento escondido. E como vinha acontecendo, pensei em como seria me relacionar de novo com Carlisle. Já tínhamos feito isso e eu sabia mais do que ninguém que ele nunca faria o que Charles fez.

Mas o problema não era ele. Só de pensar no assunto, já me lembrava de como Charles parecia ter prazer por me machucar. Levantei-me, tirando todos esses assuntos da cabeça. Na hora certa, eu seria dele e seria perfeito.


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Notas finais do capítulo

Odiaram? Amaram? Não sei se consegui escrever bem sobre Beward, mas ficou mais fácil por que foi sobre o ponto de vista de Esme. E ela escondida, espiando tudo? Amei isso. Esse telefonema, bem diferente do que eles estavam trocando não? Eu gostei, mas tenho dúvidas. Mas e vocês?
Até o próximo!