Shalom - As Memórias de John Sigerson escrita por BadWolf


Capítulo 44
Capítulo 44: O Acerto


Notas iniciais do capítulo

TCHAN TCHAN TCHAN TCHAANANN....

Dmitri X Holmes...

Finalmente, o encontro que irá lavar a lama de todo mundo...
Dmitri terá o que merece? Esther se sentirá vingada?
Aliás, esse encontro irá vai revelar algumas coisas também, preparem-se para o choque...


Enfim, espero que gostem. Esse foi um dos capítulos que eu escrevi c/ mais dilema, em dúvida se estava bom ou não... Mas o resultado é esse. Lembrem-se de deixar reviews ou MPs, quero saber o que acham dos rumos dessa história.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/392852/chapter/44

Esther estava voltando das compras. Tinha encontrado um lugar bom, com um preço acessível para seu salário de professora, e encontrado artigos de qualidade. Comprou ingredientes para fazer Primidova Zupa, uma das receitas favoritas de seu pai, que pretendia fazer nesses dias. Mas ela estava em dúvida se faria para John ou não. Ele poderia estranhar a culinária, embora ele tivesse aprovado sua torta de amêndoas.

–Bobagem, para ele será uma simples sopa de legumes. – pensou Esther, decidindo faze-la naquela noite.

Enquanto cortava os legumes, ela ouviu um barulho estranho, algo parecido com o baque em uma porta. Desconfiada, ela tentou ignorar, cortando os legumes outra vez. Outra vez, mais um barulho. Amedrontada, Esther pegou a faca e saiu da cozinha, querendo saber de onde vinham os barulhos. Ela continuou, então, chegando até a sala. Tudo parecia em ordem, até ela ver uma sombra, vinda do corredor. Ela pegou a faca, e ficou em posição de ataque, esperando pelo pior.

Um alívio veio quando ela viu a figura de Holmes, esgueirando-se pela janela. Embora tivessem discutido no último encontro, vê-lo sempre trazia uma sensação de coragem.

–Puxa, mas que travas mais complicadas! Folgo em ver que a senhorita está segura de verdade como disse o mano Mycroft. – disse Holmes, a princípio ignorando a indignação de Esther, que jogou a faca em um canto.

–O senhor não sabe usar a porta e bater, como um autêntico cavalheiro britânico? – ela perguntou, em um tom desaforado, com os braços cruzados.

–Não quando há outro tentando invadir sua casa pelo caminho convencional.

–O quê?!

–Shiu! Fale mais baixo! – ele pediu, aos cochichos. Holmes olhou para uma porta, e imediatamente veio uma batida. – É ele!

–Dmitri?!

–Exatamente. Para nossa sorte, ele tem o hábito de fazer tudo com suas próprias mãos. Nós faremos o seguinte: você vai se esconder, e eu vou dar um jeito nele. Vá para o quarto, que eu consigo ar um jeito nisso.

Desesperada, Esther só pôde concordar.

–Boa menina. – disse Holmes, recebendo um forte abraço como agradecimento, retribuindo em troca.

Os dois apenas deixaram de se abraçar quando ouviram mais três batidas na porta, dessa vez mais fortes. Ambos sentiram uma leve frustração por essa interrupção, mas não disseram coisa alguma. Enquanto Esther subia as escadas às pressas, Holmes respirou fundo, antes de seguir a porta e abri-la.

Deparou-se, então, com Dmitri. O mesmo rosto esguio e repleto de ódio gratuito que transparecia na fotografia.

–O que quer?

–Eu gostaria de falar com Miss Evans.

–Posso saber o que quer com ela?

–Eu gostaria de falar com Miss Evans. – repetiu, com um tom mais seco. Para Holmes, estava claro que Dmitri não era fluente no inglês e tinha vocabulário escasso.

–Você realmente não vai me dizer o que quer, cavalheiro? – disse Holmes, em um tom grosseiro, à altura.

–Não, porque quero falar com Miss Evans.

Aproveitando-se de sua estatura um tanto menor, Holmes o pegou pelo colarinho e o ergueu, mas Dmitri não deixou se intimidar.

–Posso não ser Inglês, mas entendo de leis, senhor, e sei reconhecer uma agressão quando estou diante de uma.

–As leis daqui não são as mesmas de seu país. Pode acreditar. E tentativa de sequestro também é crime. Ou pensa que não sei o que tentou fazer esses dias com Miss Evans?

Holmes o soltou com um empurrão, devolvendo o equilíbrio. Dmitri ajeitou o colarinho, em parte amarrotado, e deu um sorriso nojento.

–Melhor assim.

Holmes não se importou com a provocação.

–Posso saber quem é o senhor? De onde conhece Miss Evans?

–Isso não importa. – respondeu Holmes.

Holmes o pegou mais uma vez pelo colarinho, de surpresa, e o arrastou para dentro de casa, fechando a porta. Ele jogou Dmitri no chão, que caiu um tanto acuado. Enfurecido, Holmes lançou-se sobre Dmitri, e deu-lhe dois socos.

–Agora estou entendendo! Você é o tal sujeito que estava acompanhando Esther na França!

Holmes deu-lhe mais um soco. Dmitri, então, revidou dando uma joelhada em Holmes, que ficou um tanto atordoado, baixando a guarda. Dmitri levantou-se, com o canto do lábio sangrando e um sorriso diabólico.

–Embora eu seja menor que ti, eu também sei lutar, Mr. Sigerson. – disse o rapaz, ficando em guarda. – Você é maior do que eu, mas eu sou mais jovem.

–Uma vantagem inexistente, uma vez que existe algo chamado experiência e que não deve ser subestimado. – disse Holmes, em postura de boxeador. Ambos se aproximaram, e começaram a lutar na sala de Esther, como se estivessem em um ringue ordinário dos submundos de Londres.

Dmitri era baixo e ágil, o que dificultava um pouco as coisas para Holmes. Seu único ponto fraco era o seu esquerdo, e também a força de seus golpes, incapaz de atordoar Holmes. O combate improvisado seguiu equilibrado.

Até o momento em que Holmes usou o bartitsu.

Holmes utilizou um golpe e neutralizou o braço direito de Dmitri, entortando-o em suas costas até que o jovem desse um grito de dor. Depois, Holmes aplicou um golpe em sua nuca, que o fez ficar atordoado e cair no chão. Holmes pegou outra vez seus dois braços, e o imobilizou completamente. Dmitri berrou de dor outra vez.

–Você vai continuar a ir atrás de Miss Katz?

–Ela pode ter mudado de identidade, mas jamais escapará de mim!

–Tente outra vez então, e eu garanto que te levo até a Scotland Yard por tentativa de sequestro.

Mesmo sentindo dor, Dmitri não deixou de rir.

–Sequestro? Gostaria de ver a cara de sua polícia quando souberem que estou buscando minha esposa indisciplinada. Levar uma esposa de volta para casa é crime agora?

Holmes ficou atônito, mas não cedeu.

–Pare de blefar! – disse, forçando mais os braços, fazendo Dmitri gritar de dor.

–Não é blefe! Ela é minha esposa! Somos casados na Rússia. Quem está agindo errado dessa história é ela, que fugiu de suas obrigações matrimoniais...

–Cale essa boca! Nós dois sabemos que esse casamento seria impossível, que ela jamais se casaria com um sujeito como você!

–O senhor está enganado. Ela era apaixonada por mim desde criança, Mr. Sigerson. Nós nos casamos bem novos, até. O pai dela acertou tudo com o meu patrão. Eu tenho como provar, eu possuo comigo um Registro de Casamento, isto é, se o senhor entender alguma coisa de russo...

–Cale esta boca, seu ordinário!

–Ela fugiu de mim depois do sumiço do pai dela. Acha que eu fui o culpado, quando eu não fiz nada! Mas eu sei que ela ainda me ama!

–Chega de mentiras!

Com tanta fúria, Holmes não mediu a força do golpe que deu em Dmitri e o fez desmaiar. Imediatamente, ele ouviu Esther descer as escadas. Claro. Ela estava ouvindo tudo.

–Sigerson! – ela correu para ele, para saber se ele estava ferido.

Para sua surpresa, ele se esquivou. Segurou-a firme, ao redor de seus ombros, e a olhou nos olhos.

–Isso é verdade?

–Sigerson...

–Responda! – esbravejou Holmes, furioso.

Esther parecia assustada e ao mesmo tempo envergonhada.

–Si-sim... Eu e Dmitri somos casados.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

NÃO, PÁRA TUDO!!!! COMO ASSIM, ESTHER?!?!

Gente, ela escondeu o jogo esse tempo todo... Será que toda essa história do Conde Ivanov, perverso e matador de judeus, era uma fraude só para que ela conseguisse fugir de seu marido? (Acho que reproduzi exatamente o que está se passando na mente do Holmes neste momento) E Holmes, o que irá fazer, ao saber que foi enganado esse tempo todo?

E é com muita tristeza que restam apenas alguns capítulos... Não acho que mais q 5 capítulos dessa história. ;( Odeio despedidas, pessoal.

No próximo capítulo: Esther tem uma história para contar, e Holmes tem uma decisão a fazer.
Aguardem...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Shalom - As Memórias de John Sigerson" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.