I Won't Give Up escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 34
Tocando juntos


Notas iniciais do capítulo

HEY. Quase ninguém comentou não é? Ok. Mas, aqui está o capitulo. Já escrevi vários outros então comentem muuuito que eu posto o próximo. Escrevi muito porque minha aulas começam a manhã. AAAH. Acho que vou passar mal.
Enfim, espero que gostem! :3



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Naquele mesmo dia não fui deixada sozinha nem por um segundo. Quando acordei os pais de Austin já haviam chegado, consequentemente já sabiam de tudo. A senhora Moon gritou com todos dizendo que deveriam ter ligado para ela. Todos, inclusive eu, abaixaram a cabeça e ouviram a bronca em silencio.

No final, seus olhos se encheram de lágrimas e ela me abraçou fortemente repetindo para eu não fazer isso nunca mais. O Sr. Moon beijou minha testa e me fez prometer que iria contar se me sentisse mal. Durante o resto do dia fiquei com vários pares de olhos grudados em mim. Eles pareciam medir cada movimento meu.

Mas, eu apenas ignorava, revirava os olhos e ria. Austin me tratou como uma criança, no sentido de estar no meu pé em todos os lugares que eu ia. Foi meio difícil tirar ele do quarto quando queríamos dormir. Foi algo como: “Austin ela está bem, dá o fora daqui”, ou “Austin vou pedir para papai te carregar daqui”, ou até mesmo “Saia daqui, idiota”. Devo acrescentar que tudo isso foi dito por Audrey. Ela só parou de gritar quando o Sr. Moon apareceu sonolento na porta e disse: “Filho, ninguém suporta mais você, vai dormir”. Finalmente, Austin saiu do quarto. Um pouco bravo, mas ao menos saiu.

No dia seguinte todos se reuniram em casa novamente, o que não era novidade. Era final de tarde quando estávamos sentados olhando um para cara do outro, morrendo de tédio. Adrian suspirou e perguntou por sua bateria. Foi assim que tudo começou. Nós todos fomos à garagem e lá estava a bateria. E vários outros instrumentos.

– Oh Deus. Essa é minha guitarra? – Adam gritou correndo para o instrumento guardado. Ele parecia emocionado e surpreso.

– Meu teclado – Audrey murmurou tirando o pó do instrumento.

– Meu baixo – Andy falou surpreso.

– Tem até um microfone – Austin falou rindo e mostrou uma caixa com vários fios e microfones.

Trish, Dez, Mary, Alex e eu ficamos de lado observando a família descobrir que seus instrumentos funcionavam.

– Toquem algo – Mary pediu animada.

– Ah não – Adam negou rapidamente.

– Não – Adrian concordou.

– Por favor – Trish implorou também.

– Nem me lembro com tocar mais – Audrey se desculpou enquanto desconfiávamos dela.

– Acho que estou com dor de garganta – Austin mentiu tossindo. Levantei minhas sobrancelhas em descrença.

– E não temos o que tocar – Andy falou verdadeiramente depois que chutou Austin.

– Por favor – Mary sussurrou para mim. Compreendendo balancei a cabeça negando – Ally – Ela pediu com a voz chorosa. Suspirei revirando os olhos e caminhei para fora da garagem. A maioria me olhou confuso, ainda mais quando comecei a correr.

Subi as escadas rapidamente e entrei no quarto onde Mel descansava tranquilamente. Peguei meu diário que estava bem escondido sem fazer barulhos. Arranquei as paginas que queria e guardei novamente. Passei por Mel vendo que ela ainda dormia e sai do quarto. Olhava os papéis na minha mão enquanto descia as escadas.

Olhei o refrão e comecei a canta-lo. Murmurava baixinho a letra enquanto entrava na garagem. Todos me olharam divertidos e senti meu rosto ficar quente. Separei as paginas sobre o olhar atento de todos. Fui até Adrian e o entreguei algumas paginas. Ele pegou confuso e fui até Adam. Peguei as paginas que havia separado e entreguei. Sem olhar para saber sua reação andei até Audrey e também entreguei algumas paginas. Fiz o mesmo com Andy e por fim fui até Austin.

– A letra – Disse entregando vários papéis. Todos olharam para os papeis que entreguei por alguns segundos. Voltei para o lado de Mary e ela sorriu agradecendo.

– Você está de brincadeira – Andy murmurou olhando a folha. Prendi a respiração pensando que entreguei uma pagina nada a ver com musicas. Ele me olhou incrédulo e todos fizeram o mesmo.

– Você fez isso? – Adrian perguntou apontando para uma folha cheia de rabiscos.

– Sim – Falei sem graça.

– Faz arranjos para todos os instrumentos? – Audrey perguntou surpresa.

– Na maioria das vezes – Concordei.

– Isso é jogo sujo – Austin falou parecendo uma criança. Sorri divertida e dei os ombros.

– Disseram que não tinham uma musica. Agora tem. E não me fala que está com dor de garganta, sei que não está. E todos lembrar como tocar – Falei seriamente e eles assentiram olhando para baixo.

– Vou gravar – Dez falou alegremente e pegou uma câmera. Eu realmente não sei onde ele guarda essa câmera. Audrey revirou os olhos e se colocou na frente do teclado.

Ela olhou por algum tempo as folhas e depois começou a tocar. Reconheci a própria minha própria melodia. Ficou bem melhor do que havia pensado. Quando ela errou uma nota suspirou frustrada. Ri e fui até ela.

– Erro na mesma parte. Desculpe esqueci-me de avisar essa nota é aqui no meio – Falei apontando. Disse ajudando-a a entender meus rabiscos.

Sentei ao lado de Mary novamente e observei-a tocar sem erros. Quando terminou sorriu vitoriosa.

– Minha vez – Andy falou e pegou seu baixo.

Ele fez o mesmo que Audrey. Olhou por vários minutos minha composição. Os outros faziam o mesmo. Uma hora ou outra alguém vinha me perguntar como tocar isso. Eu explicava com paciência e os ajudava a acertar. Ficamos um bom tempo apenas estudando a letra. Dez grava dizendo que era os “bastidores” do clipe.

Tive que arrumar algumas notas porque Austin dizia que a letra era para uma garota. Mas, as tentativas dele de fazer uma voz fina valeram a pena.

– Chega de enrolar a letra de vocês está certa – Falei quando todos vieram para cima de mim. Era apenas uma tentativa de escapar- Agora, toquem juntos – Ordenei e eles fizeram caretas, mas obedeceram.

Eles tocaram juntos erraram algumas vezes, mas não desistiam. Dez gravava todas as tentativas até que eles finalmente acertaram.

Todos tocaram Loud perfeitamente bem. Sorri orgulhosamente quando acabaram de tocar.

– Ficou muito bom – Dez disse alegre olhando para o vídeo que fez.

– Eu não lembro como tocar não é? – Mary debochou.

– Bem, é – Audrey murmurou e depois mostrou a língua. A garota andou até Alex que a olhava fascinado. Eles sorriram uma para o outro e se abraçaram. Foi neste momento que eu percebi o quanto os Moon podem ser ciumentos.

– Vocês estão tendo algo? – Adam murmurou desconfiado. Revirei os olhos, acho que apenas ele não sabia.

– É bom falar conosco primeiro – Andy falou estreitando os olhos.

– Porque ele falaria com vocês primeiro? – Audrey perguntou incrédula.

– Porque temos que te proteger – Austin falou com se fosse obvio.

– Desculpa Alex, mas estou com meus irmãos – Adrian apoiou olhando ameaçador para Alex. Eu realmente tinha dó desse homem.

– Vocês estão brincando não é? – Audrey perguntou sorrindo como se eles tivessem falado uma piada.

– Não – Foi Dez que respondeu – Você também é quase uma irmã para mim. Então, qual são suas intenções com ela? – Ele perguntou com uma mão alisando o queixo. Mary, Trish e eu observávamos tudo com sorrisos. Qual é? Aquela cena era bem engraçada.

– Bem, as melhores possíveis. Ainda não temos nada sério, pois quero fazer as coisas certas. Como ter encontros, jantares... Mas, já gosto muito de Audrey – Alex admitiu envergonhado sobre os olhares ciumentos de todos os irmãos. Audrey tinha um sorriso gigantesco e então beijou a bochecha de Alex.

– Acho que nós aprovamos – Austin falou olhando para os irmãos que concordaram.

– Vocês não tem que aprovar nada – A garota falou indignada.

– Claro que temos – Adam falou irritado.

– Nós... – Austin começou a falar, mas eu já havia cansado de tudo aquilo.

– Chega – Falei indo até ele. Trish e Mary me acompanharam indo para os respectivos namorados. Bem, acho que Adam e Mary namoram – Deixem sua irmã viver – Reclamei e Audrey sorriu.

– Vocês namoram. A garota também pode namorar – Trish falou revirando os olhos. Vi que eles estavam prontos para reclamar.

– Não ousem reclamar. Querem Audrey solteira para sempre? – Mary perguntou com uma mão na cintura. Todos fizeram caretas e Audrey resmungou algo de ser sempre a ultima a arranjar namorado.

– Acho que até os 35 anos está bom – Austin falou cruzando os braços.

– O que? – Audrey gritou espantada enquanto os outros irmãos concordavam.

– É assim? Então acho que também devo ficar solteira até os 35 anos – Falei me afastando de Austin. Trish e Mary assentiram e fizeram o mesmo. Austin arregalou os olhos e sua boca abriu em descrença.

– Por quê? – Ele falou desesperado e enquanto seus irmãos faziam caretas.

– Você mesmo falou – Disse me afastando mais e quase saindo da garagem. Dei apenas dois passos até ouvir:

– Namorem o quanto quiser – Austin resmungou e logo depois dois braços me viraram. Ele nos aproximou e me olhou seriamente.

– Você fica aqui – Falou sem deixar espaço para reclamações já que ele me beijou. Quando nos separamos e sorri abertamente. Ouvi o grito de vitória de Audrey.

– Você é a melhor Ally – Ela garantiu abraçando Alex. Todos riam de nós e Austin pareceu um pouco irritado.

– Não é justo fazer chantagens – Murmurou magoado.

– Vocês mereceram – Falei rindo.

– Concordo – Audrey disse olhando irritada para os irmãos.

– Ainda apoio a ideia dos 35 anos – Adam falou ciumento.

– Então fiquei solteiro também – Audrey falou agora brava.

– Mas, você... – Ele começou a discutir.

– Nós já decidimos. Audrey namora. Austin não termina o namoro. Vocês param de reclamar. Assim acaba a reunião. Agora vamos que estou com fome – Mary decidiu e saiu andando decidida. Adam revirou os olhos e saiu atrás dela.

Eu me perguntava quando os dois iam admitir o que sentiam um pelo outro. Logo depois todos estavam saindo da garagem. Mesmo assim, meus pensamentos estavam presos nas palavras de Alex. “Ainda não temos nada sério, pois quero fazer as coisas certas. Como ter encontros, jantares...”.

Em toda a minha vida eu nunca tive um encontro. Antes de Austin eu não namorei muito. E com Austin, bem, nossa vida não foi muito normal. A não ser que Austin teve um encontro comigo enquanto estive no hospital. Parecia uma coisa tão boba, mas era algo que...

– Ally você está bem? – Austin perguntou preocupado e me encarando. Nós ainda estávamos na saída da garagem. Todos já haviam entrado na casa.

– Sim – Falei envergonhada, afinal eu não poderia falar: Austin porque nunca tivemos um encontro?

– Mesmo? – Perguntou desconfiado.

– Apenas estava pensando nas palavras de Alex – Disse dando ombros. A expressão de Austin não era nada boa. Ele me olhou irritado e eu fiquei sem entender.

– Você achou ruim ele gostar de Audrey? – Perguntou frio.

– Porque eu acharia ruim? – Perguntei e no mesmo momento entendi. Olhei para Austin incrédula e comecei a rir desesperadamente – Está com ciúmes? – Perguntei estreitando os olhos.

– Não – Respondeu rapidamente e desviou os olhos.

– Austin. Não gosto de Alex. Bem, apenas como amigo. Não acredita em mim? – Perguntei magoada e Austin rapidamente e quebrou a expressão fria.

– Claro que acredito. Fiquei apenas com ciúmes da minha irmã e joguei tudo em você. Desculpe, amor – Disse me abraçando. Sorri bobamente. Ele havia me chamado de amor. Ele parecia não ter percebido, mas eu com certeza percebi – Mas, porque estava pensando no que ele disse? – Perguntou curioso.

– É que... – Comecei a dizer, mas fiquei imediatamente corada. Ele levantou meu rosto e sorriu divertido.

– Diga – Incentivou sorrindo. Como não falar depois disso?

– Bem, é que nunca tive um encontro, meus antigos namorados não eram muito românticos – Falei rapidamente e escondi meu rosto e seu peito. O coração de Austin parecia bem acelerado. Porque sorri com isso?

– Mesmo? – Perguntou depois de um tempo e eu assenti contra seu corpo – Nada? – Perguntou desconfiado. Revirei os olhos, mas ele provavelmente não viu.

– Nada – Concordei ainda mais envergonhada.

– Então... – Começou a dizer, mas ouvimos um grito.

– Vocês ainda estão na garagem? – Mary gritou provavelmente no quintal da frente.

– Sim – Gritamos em uníssono.

– Estão vestidos? – Gritou novamente divertida. Corei e escondi meu rosto novamente.

– Mary – Gritamos incrédulos. Mas, a diferença era que Austin estava se divertindo. Bati em seu peito ao mesmo tempo em que Mary entrava no lugar.

– Estou brincando – Disse rindo – Precisamos de você Ally – Ela implorou ficando séria repentinamente. Separei-me um pouco de Austin pensando que era algo preocupante – Procuramos algo para comer. Adrian achou um pacote de bolacha esmagada. Andy achou maças estragadas. Trish achou um bolo que parecia uma pedra – Ela narrou preocupada – Nos salve – Disse com cara de choro e colocou a mão no peito dramaticamente.

– Nenhum de você sobrevive sem mim – Falei sorrindo.

– Não iria conseguir nem passar um dia sem você – Austin riu beijando minha bochecha carinhosamente.

Espero não precisar confirmar isso.


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Notas finais do capítulo

Espero que não tenha muitos erros. Agora tudo começa a ficar legal o/ haha. FAVORITEM, COMENTEM, RECOMENDEM, FAÇAM ALGO! *u*