I Won't Give Up escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 27
Chega de enrolar...


Notas iniciais do capítulo

Heeey pessoas, como estão? Para começar, sempre tenho pouquíssimos comentários comparados com meu números de leitores. Mas, como não acho justo ficar pedindo um número determinado de reviews a cada capítulo, aqui estou eu. Obrigada para as meninas que comentam sempre :3 Mesmo triste com vocês espero que gostem do capítulo, adooooro ele *-*
Eu não gostei muito do titulo, mas foi o melhor que consegui.
Ps.: A música do final é I Won't Give Up, do Jason Mraz okay?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/392813/chapter/27

POV Ally

– Às vezes sou muito idiota – Austin admitiu e eu ri.

– Isso é verdade – Concordei e ele sorriu vendo minha alegria – Vamos – Puxei-o pela mão para andarmos e ele entrelaçou nossos dedos me fazendo sorrir ainda mais.

***********************************

A casa de Lucy havia praticamente se transformado em uma boate. Na porta de entrada já era possível ver um pista de dança grande no meio do que parecia ser uma sala. Bem a frente dessa pista havia uma mesa eletrônica de um JD. No lado direito da pista, um pouco mais longe, havia um bar. Lucy havia transformado sua cozinha em um bar. Tinha muitas bebidas e também muitos garçons. Perto do bar havia mesas típicas desses lugares, simples e com quatro lugares. O lugar estava muito escuro a não serem os vários efeitos coloridos. Mesmo não conhecendo a casa em estado normal, eu podia perceber que o lugar estava muito diferente, mas mesmo assim estava lindo.

O lugar estava lotado de pessoas. Todas eram mais ou menos da minha idade, mas totalmente desconhecidas por mim. Um segundo após ter entrado no local, Mary correu para o bar e os irmãos do Austin foram atrás de umas garotas. Portanto, ficaram Harry, Trish, Dez, Audrey, Austin e eu avaliando o local.

Trish parecia não acreditar no que via. Mas, antes que eu pudesse acalmá-la alguém gritou meu nome.

– Ally – A voz feminina era cheia de alivio e felicidade. Todos nós viramos para o lado em sincronia.

Ao nosso lado reconheci Lucy. Ela usava um vestido rosa aberto nos lados e de apenas uma alça. Ele era solto da cintura para baixo e batia no meio de sua coxa. Seu cabelo grande estava simplesmente solto e ela usava varias joias douradas. Além disso, também usava um salto alto rosa claro. Seus olhos brilhavam em alegria por nos ver.

– Lucy – Reconheci e sorri. Ela se aproximou de mim e me surpreendeu com um abraço.

– Eu senti sua falta. Mas você me esqueceu, não é? – Ela falou parecendo magoada e se afastou.

– Claro que não Lucy. É que eu não estava em condição de sair, mas eu estou aqui hoje – Falei sorrindo – Feliz aniversário – Disse rindo e ela me acompanhou. – Não trouxe nenhum presente – Desculpei-me envergonhada e ela me repreendeu com um olhar.

– Você estar fora daquele hospital já é um presente – Ela falou sorrindo e todos do nosso lado concordaram.

– Nós também viemos okay? – Trish falou com um ciúme evidente.

– Eu não me esqueci de você, prima. Mas você pode me dar um presente – Lucy respondeu rindo e Trish revirou os olhos. Ela foi apresentada a todos, mas quando chegou a Harry ela parecia ter ficado encantada. Apertei meus lábios para não rir de seu sorriso bobo.

– Lucy? – Trish chamou mais a garota ainda sorria para Harry. – Seu presente – Ela anunciou balançando a caixa, cujo conteúdo todos nós sabíamos. No mesmo momento Lucy despertou e pegou a caixa pulando de alegria.

– Um vestido – Ela exclamou surpresa quando abriu um pouco da caixa. – Obrigada, obrigada – Ela agradeceu pulando. Segundo Trish, ela estava pedindo o vestido por meses. Nós conversamos mais um pouco com Lucy que falava rápida e animada. Mas, era impossível não notar seu olhar em Harry, que ficou mais evidente quando ela disse:

– Gente, façam o que quiser, vou dançar com o Harry – Ela anunciou e trocou sorrisos com Harry, arrastando-o para a pista sem dar tempo para reclamações.

– Aí tem – Dez observou e Trish revirou os olhos.

– Lucy fica encantada com todos – Ela revelou rindo de sua prima.

– Vamos sentar? – Audrey pediu enquanto procurava Mary com os olhos.

Todos nós concordamos e fomos para uma mesa. Como só tinha quatro lugares ela teve que pegar uma cadeira de outra mesa. A garota sentou do meu lado e Austin do outro. Nós nem abrimos a boca para começar a falar e Mary apareceu na nossa frente com um copo cheio de um liquido colorido.

– Nem chegou e já está bebendo – Audrey falou divertida e Mary apenas mostrou a língua infantilmente.

– Ally levanta dai – Mary pediu, não ela não estava bêbada, ainda – Vocês também – Acrescentou apontando para Trish e Audrey – Quero dançar – Ela pediu e eu balancei a cabeça negando.

– Mary lembra? Você dança, eu sento – Lembrei.

– Apenas cinco minutos, por favor – Ela suplicou. Suspirei e revirei os olhos. Alguma vez vou ser capaz de negar algo a ela? Pensei contrariada.

– Okay – Concordei.

Trish e Audrey concordaram apenas por minha causa e se levantaram. Antes que fossemos Austin pediu:

– Cuidado – Falou preocupado. Sorri tranquila e assenti.

Logo depois fui puxada por três pessoas impacientes. Nós quatro andamos lado a lado indo para a pista. A música que tocava era Every Teardrop Is A Waterfall do Coldplay. Mary gritou animada e nos arrastou mais rápido, ainda segurando seu copo. Nós ficamos em uma ponta mais vazia da pista, portanto não fiquei com vergonha quando começamos a dançar.

Nós quatro mexíamos no ritmo acelerado da música. Nós riamos e dançávamos sem parar. Ficamos lá por mais umas duas musicas, mas meu corpo começou a dar sinais de cansaço. Minhas costelas ainda não estavam totalmente recuperadas e a cicatrização em minha perna não estava completa, portanto decidi parar de pular loucamente.

– Gente? – Gritei por cima da música alta, chamando a atenção delas – Vou descansar ali – Apontei para um lugar mais vazio perto da pista – Podem continuar aqui, depois volto – Acrescentei vendo a alegria delas por dançar.

– Tudo bem, mas volte logo – Audrey respondeu e eu concordei.

Fui para o lado da pista meio cambaleando. As mesas, onde Austin deveria estar eram do outro lado da pista e eu estava indo para o lado contrário. O lugar estava vazio, mas como era para eu apenas recuperar o folego não me importei. Eu estava andando em direção à parede, a qual queria me encostar quando pulei de susto.

Uma mão fria agarrou meu pulso direito fazendo meu coração se acelerar. Virei rapidamente muito assustada e fiquei confusa quando vi Kira. Ela usava um vestido azul chamativo e muito curto. Ele tinha apenas uma alça e também uma fita prata brilhante na cintura. Ela usava muito maquiagem, que em vez de deixa-la mais bonita a deixava mais vulgar. Eu tinha que admitir que Kira era muito bonita, mas ela parecia querer ficar ao contrario disso. Sua mão estreitou o aperto e seus olhos brilharam em fúria.

– Quem você pensa que é garota? – Ela sussurrou querendo ser discreta, mas era perceptível toda sua raiva em sua voz.

– Kira o que você está fazendo? – Perguntei assustada e confusa.

– Você não é nada do que eu sou. Ele só quer te usar. O que vocês são? Apenas duas pessoas se divertindo. Talvez nem isso, mas ele vai voltar para mim. Quem ele ama sou eu. Você não é nada – Ela falou apertando meu pulso. Mas, essas palavras não deixaram com medo e sim, raiva, pois entendi que ela falava de Austin.

– Você é ridícula Kira. Ele não sente nada por você, não se iluda – Retruquei furiosa.

– Não? Mas sou quem é a namorada dele – Ela falou e riu irônica. Um aperto em meu peito cresceu. Ele ainda a namorava? Respirei fundo. Austin nunca faria isso comigo.

– Não se afogue em suas próprias mentiras – Falei como um aviso - O que você que Kira? Vá embora – Falei mais calma e tentando me livrar de seu aperto.

– Eu quero você longe dele – Falou em voz baixa, ficando ainda mais assustadora – E eu quero que você entenda isso. Se não, as coisas não vão ser boas para você – Ela ameaçou. Senti meu corpo sendo puxado para trás e de repente entrando em contato com a parede. O movimento foi tão brusco que eu ofeguei de dor. Um lado do meu corpo parecia queimar e Kira percebeu – A menininha esta com dor? – Perguntou em um tom de deboche – Saiba que eu posso fazer muito pior, não apenas com você – Ameaçou sorrindo cinicamente.

Naquele momento Kira parecia muito mais forte que eu, não apenas fisicamente, mas psicologicamente. Era impossível me movimentar sem sentir dor. Minha respiração estava descompassada e meu corpo tremia querendo descansar. Ela se aproximou assustadoramente de mim e colocou a mão em minhas costelas começando a fazer pressão. Meus olhos lacrimejaram e tentei empurra-la, mas esta apenas me segurou com a outra mão. Eu estava prestes a gritar de dor, de medo, quando ouvi uma voz preocupada.

– Ally? – A voz feminina perguntou um pouco longe de nós. Era impossível não reconhecer a voz de Mary. Kira aliviou a pressão e ofeguei de dor. Cinco sombras se aproximaram de nós, mas eu não conseguia olhar. A única coisa que eu via eram os olhos de Kira brilhando de ódio.

– Sai de perto dela – Uma voz masculina rosnou com raiva. Suspirei reconhecendo Austin e Kira também reconheceu, pois se afastou de mim lentamente.

– Você ainda vai sofrer muito – Ela sussurrou para mim ameaçadora e saiu rapidamente não dando tempo de ninguém a seguir.

Agora parecia ser impossível continuar em pé. Meu corpo tremeu sem equilíbrio e meus joelhos se flexionaram fazendo ir em direção ao chão. No momento em que ia bater a cabeça no chão meu corpo foi tirado do chão. Pisquei meus olhos, aturdida. Minhas costelas latejavam, mas nada que me fizesse desmaiar. Como passava muito tempo nos braços dele, reconheci que era Austin que me segurava. Pisquei mais algumas vezes fazendo a imagem entrar em foco. Austin me olhava muito preocupado, ainda parado no lugar em que cai, mas em pé.

Talvez eu deveria sair correndo e chorando. Não é isso que todas fazem? Eu tinha muitos motivos para isso: às ameaças de Kira, que não parecia ser apenas para mim; as possíveis mentiras de Austin, ou seja, todo o medo que eu sentia. Mas, apenas sair correndo não parecia muito esperto. Além de que eu não estava em condições de correr

– Ally? Está doendo algo? – A voz de Mary soou ao meu lado. Virei minha cabeça para encara-la. Ela também estava muito preocupada, mas mais calma devido o fato de trabalhar em um hospital. Respirei fundo e senti que agora a dor no corpo não passava de uma sensação desconfortável. A única dor que continuava era do efeito das palavras de Kira.

– Não – Sussurrei e balancei a cabeça negativamente ao mesmo tempo.

– Coloque-a aqui – Ouvi a voz de Dez pedir e segundos depois estava sendo colocada sentada em uma cadeira.

Austin se agachou em minha frente e percebi que muitas pessoas me olhavam. Mary, Audrey e Trish estavam ao meu lado. Dez, Harry e Lucy estavam atrás de Austin que continuava agachado. Harry e Lucy inclusive estavam de mãos dadas, mesmo no momento, eu estava muito feliz por eles.

– Vamos precisar ir ao hospital? – Dez perguntou preocupado.

– Não – Respondi rapidamente. Já havia passado muito mais tempo no hospital do que eu queria. Todos me olharam desconfiados, mas acabaram aceitando minha decisão.

– Mas o que aconteceu? - Lucy perguntou confusa.

– Kira – Falei com a voz instável ao falar dela. Ao ouvir o nome dela Austin começou se levantou e começou a andar em círculos resmungando algo, com muita raiva. Mary veio a minha frente colocou minha franja atrás da orelha.

– Desculpe por deixá-la sozinha – Falou triste e eu sorri a tranquilizando.

– Não é sua culpa – Falei mais calma. Austin continuava a andar, agora com Dez ao seu lado.

– Não sabia que ela estava aqui – Trish falou desconfiada e olhou para sua prima.

– Nem eu. Não a convidei – Lucy falou se defendendo.

– Eu odeio aquela garota – Audrey confessou furiosa. Encolhi-me na cadeira, envergonhada.

– Desculpe por estragar a noite de vocês – Sussurrei e todos os pares de olhos daquele lugar, se voltaram para mim.

– Não ouse dizer isso, Ally – Austin falou se aproximando de mim. Ele beijou carinhosamente minha testa e eu sorri pelo gesto.

– Ele tem razão, Ally. – Lucy concordou e acrescentou: - Você é mais importante que uma festa – Constatou sorrindo e todos nós gargalhamos por sua maneira descontraída. Eles perguntaram mais algumas vezes se eu estava bem e eu concordava até que os olhei seriamente.

– Eu estou bem. Voltem para a festa, por favor – Pedi cansada de receber toda atenção.

– Eu posso ficar aqui com você – Mary se prontificou, mas alguém negou mais rápido que eu.

– Eu vou ficar com Ally – Austin falou rápido não querendo dar espaço para ninguém negar.

– Mas... – Comecei a negar, entretanto Mary me interrompeu, como sempre.

– Tudo bem – Mary ergueu os braços em rendição, me ignorando – Mas voltamos mais tarde – Ela avisou e as meninas concordaram.

– Se você nos achar – Austin deu ombros de um jeito misterioso. Ele começou novamente a trocar olhares com Dez e também parecia mais nervoso. Ninguém além de mim percebeu quando Dez assentiu levemente para Austin. Franzi a testa confusa, mas resolvi não me intrometer.

Logo depois todos foram embora me deixando sozinha com Austin. Eu estava mais calma em relação à Kira, mas meu coração continuava batendo rapidamente pelo simples fato de Austin estar perto. Mesmo confiando em Austin as frases de Kira ainda rondavam minha cabeça. Ele só quer te usar. Você não é nada.

Respirei fundo com vontade chorar. Mesmo não querendo admitir, ela havia me atingido. Levantei da cadeira sentindo uma leve tontura, mas rapidamente me recuperei. Encarei Austin que agora estava bem próximo, ele parecia nervoso.

– Vamos dar uma volta na praia? – Perguntou atencioso.

Eu queria negar e depois me esconder na minha cama. Queria apenas chorar por medo de que tudo aquilo que Kira falou fosse verdade. Mas, eu pensei em Austin. Aquilo não seria justo para ele. Ele aparentemente não havia feito nada. Talvez seja isso, ele não fez nada. Nós não tínhamos um relacionamento.

– Sim – Respondi suspirando.

Nem prestei atenção no caminho, quando me dei conta estávamos andando em uma areia fofa. Eu parecia ter sérios problemas de equilíbrio, pois não consegui dar nem um passo com aquele sapato na areia. Parei repentinamente e tirei os sapatos habilidosamente. Austin observa todos os meus movimentos e não falava nada.

Observei que a praia estava totalmente vazia, portanto quando não aguentei mais andar, apenas me joguei na areia. Simplesmente deitei quando estávamos no meio do caminho. Austin foi pego de surpresa, mas depois deitou cuidadosamente ao meu lado. Nossos corpos ficaram ainda mais próximos quando ele colocou minha cabeça em seu braço. Eu não me opus, mas instantaneamente as lágrimas vieram aos meus olhos.

– O que eu sou pra você Austin? – Perguntei em um momento de coragem enquanto observávamos as estrelas. Eu não queria encara-lo, mas fui obrigada quando seus dedos embaixo de meu queixo empurraram minha cabeça para cima. Olhei em seus olhos e apenas vi amor.

– Não queria fazer isso após tudo o que aconteceu. Pretendia ser mais romântico, mas você não me deixa escolhas – Ele disse divertido. Neste momento eu não poderia estar mais confusa – Acho que podemos ao menos nos levantar, não é? – Ele perguntou e logo eu fui puxada para cima. Agora ele estava muito mais alto que eu, já que estava sem meus saltos. A essa altura eu já havia esquecido tudo que Kira falou. Ele olhou profundamente em meus olhos e falou:

– Vou tentar, mas não sou bom para isso – Ele avisou e mesmo confusa eu assenti, então ele começou: - O que, primeiramente, me encantou em você foi sua voz. Ouvi-la cantando no parque e tudo que eu pensava era descobrir quem era essa pessoa encantadora. Acho que me apaixonei no momento em que te vi. Você parecia tão frágil, mas ao mesmo tão forte. Tão linda – Falou acariciando meu rosto. As lágrimas já voltavam em meus olhos – Não tenho o que descrever quando recebi a noticia do acidente. Eu praticamente não a conhecia, mas já a amava tanto. Todos os dias em que te vi deitada na cama de hospital era uma tortura para mim. Era sua obrigação acordar, eu nem havia dado meu numero para você – Ele riu de si mesmo e eu acompanhei – Tudo que eu desejava era ver seus olhos tão lindos novamente. Quando finalmente pude ver seus olhos tão assustados, eu tive certeza que estava apaixonado. Mas, a minha pergunta era: e você? Nós não havíamos passado tanto tempo juntos com você estando acordada – Ele riu novamente enquanto as lágrimas rolavam por meu rosto – Eu tinha tanto medo de não ser correspondido, mas decidi arriscar – Ele sorriu torto e colocou a mão no bolso de sua calça. Meu coração já descompassado parou quando ele tirou uma caixinha de veludo preto. – Alicia Dawson, eu estou aqui admitindo, em frente às estrelas como testemunhas, que a amo incondicionalmente. Quero que seja minha namorada e minha amiga, por quantos anos você me aguentar. Quero ama-la como nunca foi feito. Você aceita ser minha namorada? – Ele perguntou sorrindo e abriu a caixinha revelando dois anéis pratas. Um menor com várias pedrinhas brilhantes o outro maior com uma simples linha também prata.

A resposta? Talvez seria um discurso de como eu me apaixonei. Que seria quando vi seus olhos brilhando em minha direção. Quando ouvi sua voz pela primeira vez. Quando o ouvi cantar. Quando ele olhou carinhosamente para mim. Quando ele se preocupou comigo e muitas outras coisas. Mas, nada disso seria suficiente e esse tempo poderia ser gastado em outros gestos, o que foi meu objetivo. Minha única reação foi me jogar em seus braços e beija-lo.

O beijo parecia demonstrar tudo o que eu sentia. Sobre tudo, meu amor. Nossos corpos continuavam colados quando eu apenas desgrudei nossas bocas para falar:

– Não é possível descrever o quanto eu te amo – Sussurrei contra sua boca. Aquela frase explicava tudo o que eu não disse. Ele sorriu e eu o retribui. – Aceito – Respondi tardiamente e nós rimos – E posso falar algo sincero? – Perguntei agora séria antes de ele colocar o anel em meu dedo e vi seu sorriso sumir. Minha vontade era de rir de sua expressão, mas me controlei dizendo - Isso não poderia ter sido mais romântico – Observei sorrindo novamente e ele riu.

Ele colocou o anel menor em minha mão direita e eu fiz o mesmo. Nos abraçamos apenas ouvindo o ritmo de nossos corações acelerados e o som das ondas.

– Respondendo sua pergunta, você se tornou tudo para mim. Realmente achou que não era nada para mim? – Ele quebrou o silencio enquanto traçava círculos em minha bochecha de um jeito carinhoso. Simples palavras e um efeito tão grande. Nunca pensei que poderia ser tão feliz, mas um medo ainda me atormentava.

– Pensei que havia desistido – Desabafei demonstrando o medo que eu sentia. Meu rosto foi puxado para cima novamente para eu encontrar seus olhos.

– Eu não vou desistir. Nunca – Ele falou confiante e eu acreditei.

No mesmo momento veio em minha mente um trecho da minha musica preferida. Sussurrei para ele uma promessa apenas nossa, a qual parecia feita apenas para nós, apenas para aquele momento.


I won't give up on us

Even if the skies get rough

I'm giving you all my love

I'm still looking up

Não desistirei de nós

Mesmo que os céus fiquem violentos

Estou lhe dando todo meu amor

Ainda olho para cima

– Era para eu dizer isso – Ele falou ofendido e indignado. Foi impossível não rir naquele momento.

E então nossas bocas se encontraram novamente em um beijo completo de risos. E naquele momento tínhamos os mesmos expectadores de quando nos encontramos pela primeira vez, a lua e as estrelas, os únicos que eu poderia querer. Como se a culpa de nosso amor fosse inteiramente deles. Mas, talvez seja mesmo.


Quando olho em seus olhos

É como observar o céu de noite

Ou um belo amanhecer

Eles carregam tanta coisa

E como as estrelas antigas

Vejo que você evoluiu muito

Para estar bem aonde está

Qual a idade da sua alma?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que acharam? *-* Não sei se tiveram muito erros, se tiver, desculpe. Espero muitoooo a opinião TODAS de vocês, sei que não é possível :c Mesmo assim quero mais pessoas comentando ein u.u