Não passava de uma linda tarde verão, uma garota caminhava pelo gramado de um parque, seguida por seu amigo, um garoto mais velho, mas ao que parecia isso não importava para eles, pois conversavam de igual para igual.

A garota possuía cabelos curtos, pretos e lisos, seus olhos são castanhos de um olhar doce e curioso, sua boca e avermelhada e sua pele branca, usava uma calça jeans, camiseta branca e um tênis, não vestia nada de especial.

O garoto era mais alto e magro, moreno, olhos castanhos de um olhar curioso do tipo que invade sua mente e te sonda por dentro, seus cabelos formam cachos em cima da cabeça deixando ele com uma aparência ainda mais jovial. Vestia bermuda jeans, tênis e uma camiseta vermelha e carregava uma mochila preta nas costas, onde continha os lanches para o piquenique.

O dia estava quente, e por isso eles procuravam uma arvore perfeita para se manterem em baixo dela e passarem o resto da tarde. Não demorou muito e a encontraram, uma pequena pitangueira formando a sombra que eles tanto queriam.

– O que acha desta? – perguntou o garoto.

– Acho perfeita. – respondeu a menina com entusiasmo e começou ir em direção a arvore. – o que você acha, não é Charlie? Não é perfeita para uma tarde de verão?

Charlie olhou, sorriu e foi para o lado dela.

– Perfeita. – murmurou ele.

Ambos se sentaram, o garoto tirou a mochila das costas e a abriu, estava cheia de guloseimas das quais passariam a tarde toda comendo.

Estavam rindo muito, embora ninguém estivesse contando piadas, uma hora Charlie riu tanto que a linda garota se virou para ele.

– Por que você esta rindo tanto? – ela tinha um jeito doce de falar que fazia o garoto a olhar fundo nos dos olhos dela analisando cada expressão que ela fazia. – no que esta pensando?

O garoto se surpreendeu olhando mais que os olhos da garota, ele olhava para além dos olhos.

O sol brilhava quente na tarde de verão, Charlie continuava a encarando até que ela desviou o olhar e ele retomou a si.

– O que você disse Sam? – perguntou Charlie um pouco confuso com a situação.

– Do que você estava rindo? – perguntou ela rindo da cara confusa dele!

– Ah sim eu estava rindo porque estou feliz, muito feliz. – respondeu ele sorrindo novamente.

Foi um sorriso tão bobo que ambos deram risadas. Ela deitou na grama ainda rindo e puxou ele para baixo, ficaram cara a cara se encarando de forma curiosa, buscando algo um no olhar do outro.

Por fim Sam se levanta.

– Por que você me olha dessa forma? – perguntou ela quase como um sussurro.

Ele se levantou também e disse.

– Porque busco a resposta de uma pergunta silenciosa.

– Como é? – ela disse e sorriu.

Ele ficou de pé e recolheu tudo o que estava no gramado.

– Venha, vamos dar uma volta, podemos voltar aqui mais tarde. – dizendo isso ele a puxou para cima e juntos caminharam pelo parque novamente.

Eles passaram muito tempo conversando sobre como estavam felizes de estarem ali finalmente se conhecendo, e falaram de como gostavam de estar perto um do outro.

– Eu sabia que estaria feliz no dia em que te visse, mas não sabia que me sentiria assim. – disse Charlie.

– Assim como? – perguntou ela curiosa.

– Tão infinito. – disse Charlie, e um sorriso esplendido brotou em seu rosto.

– Eu também me sinto infinita. – respondeu Sam.

Eles se abraçaram, e desta vez Charlie não se conteve, ele simplesmente não podia suportar a ideia de ter ela longe de seus braços.

Então Charlie a beijou, o beijo foi uma beijo comum, mas para eles foi mais que um beijo era o que bastava para aquela tarde, era o que bastava não havia mais parque, nem pessoas ao redor eram somente eles dois.

Quando pararam de se beijar se olharam e sorriram, Sam olhou para o lado para esconder as lagrimas que desciam de seus olhos.

– Ei o que houve? – perguntou Charlie realmente preocupado.

Ela não respondeu, enxugou as lagrimas e voltou-se para ele.

– Obrigada. – ela disse – obrigada por me fazer a garota mais feliz que já existiu, obrigada por essa perfeita tarde de verão e por todos os dias de conversas que tivemos. – mais lagrimas rompiam de seus olhos. – obrigada por ter entrado na minha vida.

Ele sorriu e a beijou na testa, e as lagrimas dela com a mão.

– Minha princesa. – ela olhou para ele, ela sabia só de olhar para ele tudo o que ele iria dizer, então o beijou.

Este foi mais rápido, ao pararem de se beijar ela o abraçou com força.

Eles voltaram a andar, deram alguns passos e ela parou de repente.

– Eu te amo. – Ela disse de cabeça baixa chorando novamente.

Charlie estava imóvel, essa era a primeira vez que ele ouvia isso de Sam. Ele não tinha reação, então se virou deu mais alguns passos para frente, o que fez com que Sam ficasse curiosa, ele deu uma risada alta e disse quase gritando.

– Ela me ama! – mais risos – Ela me ama!

Ele se virou, correu e a abraçou tirando-a do chão.

– Eu te amo! – disse ele e eles se beijaram de novo.

Eles passaram o resto da tarde sentados de volta a pitangueira, eles estavam ainda mais felizes agora que sabiam que se amavam.

A tarde foi dando lugar para a noite, o vento foi ficando menos quente, as estrelas brilhavam com seus pequenos raios de luz, a lua esta cheia e nascendo de trás de um monte, linda e prateada iluminando a arvore em que se encontravam.

– Esta foi a tarde de verão mais perfeita que já tive. – disse Sam.

Charlie olhou com curiosidade para o céu, e por fim disse.

– Sim, essa foi a nossa tarde de verão. Perfeita por estarmos juntos. – e se beijaram.

E este foi o ultimo beijo de uma incrível tarde de verão.