Como Não Amar Você escrita por MEVieira


Capítulo 27
26 - Sustos & Provocações


Notas iniciais do capítulo

Heeeey guys!
Faz quase 3 meses e meio que eu não atualizo a fic. Espero que ela ainda tenha leitores.
Bem, muita coisa aconteceu nesses 3 meses e eu fiquei sem tempo de postar e de escrever; Obrigada aos leitores que comentaram *--*



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Eu realmente não sei onde ele está. E olha que eu não demorei tanto tempo assim para me trocar, demorei menos de cinco minutos. Chego perto do lago, me sento novamente na beirada e fico balançando meus pés na água, esperando ele volta de onde quer que tenha ido.

Continuo balaçando meu pé por um tempo e até aí, nada de James.

Até que meu pé é puxado para dentro d’água e eu acabo indo junto. Eu levei um susto, um tremendo susto, primeiro: James havia sumido. Segundo: Eu não sabia se tinha alguma coisa naquele lago. Eu estava submersa, e não vi o que me puxou, assim que consegui nadar para a parte um pouco mais raza do lago, me dei conta de que foi James quem me puxara.

– Potter! – Falo furiosa.

– Diga Ruivinha. – Ele fala, segurando pra não continuar a rir.

– Que ideia foi essa? Você quase me matou do coração!

– Queria que você pensasse que eu havia sumido e que havia alguma coisa nesse lago. E deu certo, você se assustou.

– Haha muito engraçado.

Ficamos ali um bom tempo. E teve uma hora em que eu – quase – assustei James fingindo me afogar. Quando ele se distraiu tentando me achar no lago, pulei em suas costas. Ele me enganou fingindo estar assustado apenas para eu afrouxar meus braços e ele inverter o jogo.

– Eu teria de dado um belo susto. – Eu falo.

– Teria. – Ele concorda.

– Você tem sexto sentido agora? – Pergunto rindo.

– Não, mas o seu grito de guerra me alertou para o susto que você pretendia me dar. – Ele responde segurando o riso.

Depois daquele momento, ficamos apenas nos olhando. Eu não tenho um pressentimento bom sobre isso, tudo bem, ele é James Potter e eu acho – lê-se tenho certeza – que estou apaixonada por ele. Mas isso não muda o fato dele ser James Potter, o garoto que se bobear já ficou com quase toda a população feminina de HHS, incluindo o projeto de vaca. E isso já muda algumas coisas, incluindo o fato do Potter tentar me beijar e o fato de eu pensar em corresponder. Se eu for reavaliar, que certeza eu posso ter de que eu não sou mais uma na lista dele? Nenhuma.

Dessa vez ele só fica olhando mesmo, com aqueles olhos incrivelmente lindos e... Não, incrivelmente lindos não, eu não gosto dos olhos dele e não gosto do James. Droga, a quem estou tentando enganar? Tá mais do que na cara que isso realmente aconteceu, parece que minha sorte e o universo combinaram em conspirar contra mim. Eu devo ter sido alguma pessoa muito malvada em outra vida, por que agora até o cupido também está contra mim.

Com 7 bilhões de pessoas no mundo, por que eu tinha que me apaixonar justo por essa criatura absurdamente linda?

Quando James fez um movimento de tentar se aproximar eu reuni todas as minhas forças pra não me deixar levar por aqueles olhos.

– James...

Ele parece voltar a si ou sair do mundo em que ele parecia estar vagando assim que ouve minha voz.

– Não precisa ficar com medo. Não vou tentar de beijar de novo. – Ele diz. – Nem mesmo se me implorar. – ele acrescenta.

Assim que ele me solta, eu jogo água nele, o que desencadeia uma guerra de água, isso até tanto minha pele quanto a dele ficarem enrugadas nos obrigando a sair do lago. Quando voltamos para dentro da casa, os avós de James já estavam acordando e sua avó insistiu que esperássemos ela fazer alguns biscoitos para nós.

Eu a ajudei, enquanto James ficou jogando xadrez com seu avô. As vezes ele dava uma escapulida da sala para cozinha, pra tentar pegar os biscoitos que estavam prontos.

– James eu já te vi, não precisa se esconder. – Digo mexendo a massa do biscoito.

A avó de James havia ido tomar um banho e me deixou cuidando dos biscoitos, mas uma hora ou outra James dava as caras pra tentar provar a massa, ele parecia aquelas criancinhas de cinco anos vendo a mãe fazer biscoitos e esperando pra pedir ela para deixar um pouco na vasilha. Ele saiu de trás da bancada e veio na minha direção com os olhos grudados nos biscoitos já prontos.

– Eles estão muito quentes, se eu fosse você, não os comeria agora. – Eu digo sabendo exatamente o que ele pretende fazer.

– Por favor Lily, só um. – Ele faz aquela cara de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança.

– Só não reclame se você queimar a língua depois. – Digo fingido deixar ele pegar um biscoito, mas quando ele tenta, eu rapidamente os pego e puxo para perto de mim.

– Ei!

– Ainda não está na hora das crianças comerem doces.

– Criança? Eu não sou uma criança. – Ele cruza os braços.

– Mas está agindo como uma.

– Por favor Lírio, só um...

Eu empurro o prato pra ele e ele pega um biscoito.

– Quente? – Ele pergunta.

– Pra você não está por que sua boca é feita de lata.

– Minha boca não é feita de lata e se quiser eu posso provar. – Ele responde.

– Eu dispenso.

Ele me joga uma piscadela e sai da cozinha levando consigo o prato de biscoitos, guloso? Não, nem um pouco.

. . .

Assim que chego na sala vejo que James está perdendo no xadrez. Sento do seu lado e jogo por ele melhorando um pouco sua situação.

– Vejo que sua amiga é esperta James, você quase foi derrotado cinco minutos atrás e não percebeu. – Diz William rindo quando eu deixo James jogar e por pura sorte ele ganha.

– De nada. – Eu falo também rindo.

– Obrigada Ruivinha.

Ele ignora o olhar que eu jogo pra ele. Perdemos a completa noção do tempo e quando fomos ver estava completamente tarde.

– Nós já vamos indo e... – James.

– Não, eu não vou deixar vocês pegarem a estrada essa hora. – Amelia diz.

– Mas temos aula amanha... – James se faz de um aluno estudioso e preocupado.

Estudioso ele até era, mas preocupado em ir faltar a escola? Acho que não.

– Sra. Black não precisa se preocupar... – Tento convencê-la.

– James, eu vou ligar pra sua mãe, vou dizer que estão aqui e que ela não precisa se preocupar.

– Esta bem. – James diz.

. . .

– Vocês se incomodam em dormir no mesmo quarto? – William pergunta enquanto o seguimos pela casa.

– Na verdade, nós já dormimos no mesmo quarto William. – Eu respondo.

– Oh, bem, nosso quarto de hospedes está um pouco entulhado por que não costumamos receber visitas além de James, Sirius e Dorea. Então se vocês não se incomodarem em ficar no mesmo quarto...

– Não nos incomodamos. – James responde por nós dois.

Assim que Amelia leva cobertas para nós e nos dá boa noite. Corro para o banheiro antes de James para poder tomar meu banho. Porém, assim que fecho a porta, me lembro que não tenho nenhuma roupa ali.

– James? – Chamo de dentro do banheiro.

– A sua disposição Ruivinha, do que você precisa?

– Você por um acaso, trouxe alguma outra roupa minha na mochila? – Pergunto esperançosa.

– Para sua sorte, sim eu trouxe.

Tomei meu banho e assim que terminei chamei James de novo mas ele não respondeu.

– James? James? JAMES?

Nada, ele não respondia. Eu estava envolta por uma toalha e apenas uma toalha. Era arriscado eu sair do banheiro, mesmo assim, abri a porta aos poucos e vi a mochila em cima da cama, corri até lá, peguei meu pijama azul e já ia correr de novo para o banheiro quando ouço a porta se abrindo.

– Lily você já terminou seu... Uou, Lily você tem que parar de ficar me esperando assim após o seu banho. – Ele provoca.

– Feche.Os.Seus.Olhos. – Falo pausadamente.

– Por que? Você está coberta por uma toalha.

– Feche seus olhos ou eu mesma vou ai e fecho para você. – Sem mais delongas, pego um travesseiro jogo em seu rosto e volto correndo para o banheiro.

É a segunda vez que isso acontece! É a segunda vez que James me vê assim, a situação não poderia ser mais constrangedora. Não, na verdade poderia sim, seria bem mais constrangedora se eu não estivesse com a toalha.

Eu coloquei meu pijama e tentei sorrateiramente mas sem muito sucesso, sair do banheiro, James estava deitado na cama ouvindo música.

– Achei que ia ficar trancada lá o resto da noite. – Ele diz assim que me vê. – Agora quem vai sou eu, não se preocupe, vou ser todo seu daqui a alguns minutos.

É incrível como James não perde a chance de ficar provocando.

– Mal posso esperar. – Respondo ironicamente a provocação.

. . .

– Sentiu muito a minha falta? – James perguntar assim que sai do banheiro.

O olhar fuzilante que ele recebeu fez com que fosse desnecessário eu ter que responder.

– Ei, aonde está indo? – Pergunto quando ele pega as cobertas e vai para a porta do quarto.

– Eu vou dormir no sofá. – Ele responde.

– Por que?

Ele simplesmente dá de ombros.

–Ta bem. Boa noite James.

– Boa noite minha Ruivinha. – Ele diz sorrindo, abre a porta e quando resta apenas uma brecha, ele a abre de novo. – Mas se você decidir que me quer... Sabe onde eu estou.

James não perde mesmo a oportunidade para ficar fazendo provocações.

P.O.V James Potter

Dormir no sofá não estava nos meus planos, mas depois de eu visto a Lírio só de toalha – de novo – tenho quase certeza que ela ficou envergonhada o que eu realmente não entendo. Lilian é a garota mais linda que eu já conheci e ela tem um corpo lindo, não sei do que ela se envergonha.

Eu queria muito falar com ela o que eu sinto e me abrir, mas acho que ela não sente o mesmo, garotos ás vezes sofrem das mesmas inseguranças que as garotas.

Enquanto eu tomava banho, eu parei pra pensar. E me lembrei do que o meu avô disse assim que ele conheceu a Lily.

~ Flashback on ~

– Ela é sua namorada? – Ele pergunta.

– Bem, eu queria que fosse. – Sussurro fazendo o possível para ela não me ouvir.

– James, se você sente esse sentimento queimando dentro do seu peito toda vez que você a vê ou toda a vez que ela sorri, você precisa dizer a ela, antes que algum outro o faça. – Ele também sussurra baixinho.

– Mas e se ela não sentir o mesmo? – Pergunto.

Ele olha bem para ela.

– Eu tenho certeza que ela sente James.

– Como pode ter tanta certeza?

– É apenas uma intuição.

~ Flashback off ~

Agora a parte difícil, é que antes de eu abrir o jogo com a Lil’s, eu vou ter que terminar com a Emmeline primeiro.

Não que tivéssemos nada sério, ela só estava comigo pra fazer ciúmes no ex namorado, eu lhe devia um favor na época em que ela terminou com ele, então ela achou que era a hora certa de cobrar o favor, o acordo era: Nosso “namoro” seria uma fachada total apenas para ela fazer no ciúmes no cara, apenas 4 pessoas sabiam disso. Eu e ela claro, Sirius e Remus. Só que pra Emmeline, só eu e ela sabíamos disso.

Porém se eu quiser mesmo que a Lily acreditasse em mim, eu teria que me afastar da Emmeline e não sei se isso vai ser fácil, por que o acordo era, ela fingia ser minha namorada até o ex dela tentar voltar, então ela voltava com ele e cada um continuava com sua vida. Só que pelo visto, isso ainda não aconteceu.

Se eu soubesse apenas o primeiro nome do cara – o que Emmeline por acaso não me contou – eu poderia quem sabe agilizar esse processo... Mas por enquanto, eu tenho que bolar outro plano.

Eu estava quase adormecendo, mas quando eu finalmente cai no sono, ouço um grito vindo do quarto onde Lily estava dormindo.

– JAMES!


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Notas finais do capítulo

Se ainda tiver algum leitor que acompanha a fic, please comente, não precisa escrever muito, apenas um "gostei" já vai deixar essa autora que ama vocês feliz :D
Até o próximo.