Hereafter escrita por Suzana Alves


Capítulo 8
Cap. 7: Curiosa!


Notas iniciais do capítulo

POVO DO MEU S2, como vocês estão? HAHA' Gente eu demorei um pouquinho não é? Não me matem prfv... Espero que gostem. Desculpa os erros e boa leitura.



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E mais um longo dia começa. Não que eu tenha acordado com mau humor, pelo ao contrario, talvez hoje deva ser a manhã mais linda que eu já vi.

Sol refletido em minha janela, pássaros cantando. O dia parecia estar perfeito. Ainda mais depois de um sonho tão bom. Nossa, foi perfeito. Era como eu estivesse conversado com meu amigo de verdade, sim o Nate, como se isso fosse possível...

– Nathaniel. – Cai da cama ao vê-lo deitado ao meu lado com um sorriso no rosto.

Então isso não foi um sonho. É verdade ele está aqui.

– Jullie, você está bem? Escutei um barulho vindo daí do seu quarto. – Minha mãe estava em minha porta com seu roupão de seda vinho e com um olhar preocupado.

Eu tive que rir com toda aquela situação, eu no chão, e achando que tudo havia apenas sido um sonho, mas não ele estava ali, quase se retorcendo de tanto rir de mim.

– Eu estou bem mamãe, acho que errei na hora de pisar e cai. – Ela suspirou aliviada.

– Tome mais cuidado. – disse saindo do meu quarto.

Levantei-me do chão e consegui enfim parar de rir quando meu amigo falou.

– Bom dia Juh, sempre tão graciosa. – Zombou, mas como eu iria ficar zangada longo em uma manhã tão linda como essa?

– Idiota. – Fiz língua, o que fez com que eu parecesse ainda mais uma criança, e isso era bom. – Agora sai que tenho que me trocar para a escola.

E antes que eu pudesse dizer algo mais, ele já tinha desaparecido. Mas sabe, depois desse final de semana acho que já estou até acostumada com isso.

Fui até meu guarda-roupa e escolhi uma calça jeans clara, e uma blusa com algumas estampas mais escura. Assim já com a roupa escolhida, fui até o meu banheiro para me refrescar. E hoje eu não tive pressa, tomei meu banho matinal tranqüilamente sem me preocupar com à hora, afinal ainda era cedo e hoje o meu percurso só seria ir para a escola.

Quando já estava limpa e arrumada, fiz uma trança embutida de lado, fazendo com que meu rosto ficasse mais a mostra. E hoje em especial ele estava muito bonito, devo dizer que não tinha nem se quer uma espinha para atrapalhar.

Desci as escadas até a cozinha cantarolando com meus fones no ouvido. Como minha mãe não gostava muito de empregadas ela que fazia tudo em casa, sim eu não fazia nada. Ela já estava com o café todo pronto e meu pai já havia saindo então só seria eu e ela a mesa, como sempre.

– Depois de um tombo daquele você ainda está toda anima. – Minha mãe riu de um jeito suspeito. – E está ainda mais linda hoje, será que alguém arrumou um namorado e não contou para a mamãe aqui. – Com isso eu que tive que rir.

– Não mãe, não arrumei namorado nenhum, só acordei feliz. Acho que tive uma boa noite de sono, sabe? – Uma ótima noite, onde fui praticamente ninada pelo meu amigo fantasma.

– Que bom minha filha. – Ela sorriu e me sentei ao seu lado.- O seu dinheiro seu pai deixo perto da saída onde ficam as chaves.

– Ta bem mãe.

– E antes que me esqueça, hoje a noite iremos há um jantar com um amigo de infância do seu pai, então esteja pronta as oito horas. – A olhei curiosa.

– Que amigo de infância é esse, mãe?

– Eu não o conheço também filha, mas pelo o que seu pai disse eles praticamente cresceram juntos e se separam quando cada um foi para uma faculdade diferente. E agora depois de anos ele voltou a morar em nossa cidade.

– A que legal, o papai deve esta feliz em revê-lo.- Sorri enquanto bebia meu chá, por que eu não curto muito café, então para mim é só chá.

– Feliz é pouco. Ele me perturbou a noite até parecia criança de novo. – Era bonito o modo que mamãe falava do meu pai, os olhos dela sempre brilhavam. Isso sim que é amor.

– Então esse jantar irar se agitado. – Disse depois de já ter devorado todo o meu café da amanhã, e antes de sai pude ouvir minha mãe dizendo.

– E aproveite, parece que esse amigo do seu pai tem um filho. – Era só o que me faltava, espero que não seja um mauricinho.

Sai de casa depois de ter pegado o meu dinheiro e o taxi já estava na porta da minha casa me esperando, mas hoje pedi que ele fosse direto para a escola.

No meio do caminho eu confesso que me senti um pouco estranho por não está indo ao cemitério, isso já havia se transformado em uma rotina, mas agora eu não precisava mais disso, porque o Nate está ao meu lado... Espera ele está mesmo ao meu lado!

– Desde quando você apareceu aqui. – falei baixo para que o motorista não ouvisse.

–Vi quando você me chamou. – Ele sorriu enquanto se ajeitava no banco.

– Pela milésima vez eu não te chamo e nem chamei. – Droga acho que falei um pouco alto, pois o motorista olhou para trás e fez uma careta.

– Mas eu ouvi então estou aqui. – Bufei apenas sem dizer mais nada.

A viagem era longa e cara. Eu olhava para toda a cidade do vidro do carro e devo dizer que minha cidade é linda. São Francisco sempre tão bela.

Muitas vezes Nathaniel me chamava tentando puxar assunto, mas se eu continuasse falando sozinha o motorista não me levaria para escola e sim uma clínica psiquiatra, então resolvi ignorá-lo.

Mas mesmo com a demora eu cheguei. Paguei o taxista e entre na escola. Marta estava no portão como sempre para avaliar as roupas, porque mesmo não tendo uniforme não eram permitidas roupas digamos indecentes. Tanto para homens quanto para as mulheres.

– Que milagre Senhorita Smale, não chegou atrasada hoje.

– É acho que meu relógio estava errado. – falei qualquer coisa para disfarçar.

– Imagino, ele esteve errado por três anos. – Disse irônica. E o que mais eu poderia dizer depois dessa? Apenas segui o meu caminho.

Enquanto ia até a sala percebi que o Nathaniel já havia desaparecido novamente, acho que ele não gosta de ficar no meio de muita gente – mesmo elas não o vendo-, mas assim é até melhor, pois eu não poderia conversa com ele com todos vendo.

Cheguei a sala e como sempre as gêmeas já estavam lá, e para minha surpresa o Adam também, - na primeira cadeira escrevendo em um caderno – o que será que ele tanto escreve se o professor nem chegou? Controlei a minha curiosidade e fui até as repetidas me sentando no meio delas.

– Nossa Jullie chegou cedo hoje. – Disse Mei sorrindo.

– Pois é. E bom dia para você também. – Ela deu de ombros. – E bom dia Mel.

– Oi July, bom dia. – Hoje minha amiga não estava olhando o celular, o que devo dizer que é um milagre. – July o que aconteceu com você na festa? Você nem me atendeu esse final de semana.

– Nem a mim. – Fui acusada, droga. Eu estava ocupada de mais para isso.

– Desculpa, acho que esqueci meu celular desligado. – Menti, na verdade ele estava no silencioso dentro da minha gaveta para que ninguém atrapalhasse meu dia com o Nate.

– Tudo bem, mais agora me conta. Você ficou com o Brian não foi. – Melissa segurava minhas mãos, ansiosa pela resposta então contei tudo a ela, tudo, desde o beijo até o Adam, mas lógico que não contem sobre o Nathaniel, ainda não estou tão pirada assim.

– O QUE, O ADAM FEZ ISSO?? – Falaram as duas alto até de mais, chamando atenção das pessoas que já estavam na sala, menos o garoto em questão,

– Fala baixo. – Eu ri. – É ele me salvou devo deixar claro... Eu estava completamente bêbada, e não sei o que faria se ele não tivesse me tirado de lá. – Mei ficou um pouco sem graça afinal ela que me deu as bebidas.

– Nossa eu nem acredito, primeiro o cara nem sai de casa. Ele mora a um mês enfrente a minha casa e nunca tinha o visto direito. Só hoje que pude vê-lo com clareza, e até que é bonitinho. – Bonitinho? Ele era lindo, mas estranho.

– Eu também fiquei um pouco surpresa por ele ter me ajudado tanto, afinal a gente tinha se conhecido naquele dia. – Elas se entreolharam sorrindo.

– Ui, do jogador para o nerd. Garota você que é estranha. – É o que?

– Não entendi dessa vez a piada.

– Jura Jullie? Você quase faz sexo com o Brian e logo depois vai dormi na casa do Adam! – Disse Melanie enquanto a irmã só concordava.

– Mas não rolou nada entre mim e ele, a gente nem conversou direito. Ele apenas me ajudou. Só.-Tentei convencê-la mais parecia que seria um pouco difícil.- Mas chega de falar de mim.

– Tudo bem, acho que é hora da Melissa contar. – Declarou Mei de forma acusadora para a irmã.

– Eu não fiz nada. – Disse sem graça com o rosto vermelho. Ai tem, e eu quero saber o que é.

– Nada? Tudo bem eu conto. – Falou seria Mei.- Eu a peguei pelada na cama com o Ethan. – Nossa agora eu estou chocada.

– Eu não estava pelada. Ainda estava de calcinha e sutiã. – Serio que ela falou isso.

– Nossa quanta roupa que você estava usando, será que demoraria quanto tempo para você ficar como viemos ao mundo? – É, depois eu que sou a pervertida.

– Para Mei, eu não fiz nada então está tudo bem. – Meu Deus ela estava quase chorando. E eu só assistindo o barraco.

– Graças a mim não é.

– Eu já agradeci por isso, eu não sei o que estava fazendo. E eu gosto dele, achei que estava tudo bem se acontecesse. Não com duas semanas de namoro, pensei, mas fiquei quieta.

– Tudo bem, mas na próxima vez eu quero e que você... – Tapei a boca dela na hora. Ufa, vai saber o que ela iria dizer.

Foi então que nossa professora chegou e mando que todos se sentasse em seus lugares.

­--x--

Já estávamos na quarta aula depois do intervalo. Hoje o intervalo passou mais rápido que o normal, mesmo com o que aconteceu comigo e a Mel não deixamos de ir para o nosso cantinho na arquibancada e lá ficamos conversando e discutindo mais um pouco.

Mas agora já estávamos todos na sala, exceto o professor que era sempre atrasado. Logo quando ele chegou ligou seu notebook e pós uma tela grande no quadro. E assim explicou qual seria a aula de hoje.

Aula de Biologia, que ótimo. Estudo sobre doenças, cada vez melhor. E doença de hoje... Câncer! Agora sim, só ficaria mais perfeito se o Nathaniel estivesse aqui.

– Me chamou? – Mas que merda é essa?

– Nathaniel, sai daqui. – Falei o mais baixo que podia de modo que só ele me escutasse.

– Por que deveria? Afinal ninguém vai me ver mesmo a não ser você e o tal Adam, e pelo que vejo nem ele. – Me virei e como todas as aulas o Adam não tirava os olhos daquele caderno, estranho.

Ele sentou ao meu lado em uma cadeira, que logo hoje estava vazia e ficou me olhando sorrindo.

– Serio depois a gente conversa, agora vai embora. – Ele fez que não com a cabeça e olhou para o quadro, merda! – NATHANIEL!

Acabei gritando devido ao nervoso, não que eu não quisesse ele aqui, muito ao contrario. Mas eu não queria que ele escutasse o professor falando logo da doença que o matou. Sim, eu me preocupo!

– Senhorita Smale, algum problema? – O professor me olhava feito um demônio, e o resto da sala se seguravam para não soltar o riso.

– Desculpe, acho que acabei cochilando. – Disse a melhor coisa que veio em minha cabeça. E agora sim, todos da sala já estavam quase se matando de tanto rir, o que fez com que o professor explodisse.

– Detenção depois da aula, agora quieta. – Apenas concordei sem dizer nada. E quando virei para olhar o meu amigo ele já havia desaparecido. Melhor assim.

E assim passei o resto da aula, de cabeça baixa, afinal nem eu queria ouvir aquela merda de aula.

–-x--

Minha primeira detenção. Nunca pensei que chegaria o dia em que eu pisaria na sala de detenção. E devo dizer que zona é esse lugar.

O professor fica com os pés sobre a mesa e com uma revista tapando os olhos, só cego para não ver que ele está dormindo. Os alunos faltam pouco para quebrar a sala, tem os que bagunçam tudo mesmo, e tem os que ficam se agarrando pelos cantos. Cara da onde essa galera que eu nunca vi afinal?

Acho que devo ter ficado apenas meia hora sentada, mas quando vi que alguns alunos iam saindo, não pensei duas vezes e sai também. E para que não fosse pega contornei por trás da escola onde ficavam as piscinas.

E juro que quase babei vendo um garoto nadando. Ele parecia se fundir com a água era lindo vê-lo nadar, mas como não conseguia ver seu rosto não fazia a mínima de quem poderia ser. E curiosa como eu sou, fiquei lá em pé como uma besta apenas o olhando.

Foi ai que ao da a volta completa ele saiu da água – tipo aqueles galãs de filme- e o meu queixo caiu de vez. Adam? Está explicado esse físico dele, e que físico. É até um crime que ele esconda, acho que ele deveria andar de sunga pela escola, seria bem mais atrativo.

Ele vinha até mim com uma toalha sobre a cabeça. Que gato meu Deus!

– Oi. – Disse quando ele passou ao meu lado.

– Oi Jullie. – Ele respondeu sem me olhar.

Serio agora só quero me preocupar em olhar esse corpo.

– Nossa você nada. – Falei sem pensar e logo tapei a boca e esse virou com um sorriso torto.

– Não, salto de pára-quedas. – Disse rindo.

– HÁ’ engraçado. – Fiz bico. – Agora entendo o porque olhava tanto para a piscina.

– Como? – Arqueou uma sobrancelha confuso.

– Na festa das gêmeas, você ficou olhando a piscina o tempo todo. – Sorri me lembrando daquele dia e o quanto ele me ajudou.

– Ah isso. É eu gosto de nadar. E antes que pergunte, não, eu não salto de pára-quedas.

– Eu não ia perguntar isso. – ele se virou.

– Quem sabe, você gostando tanto de fala e fazer perguntas, só me adiantei. – Ele estar de curtição comigo.

Enquanto ele ia embora eu apenas fiquei o olhando de longe, quando ele tirou a toalha pude notar que em seu pescoço tinha algo. Uma tatuagem!

– Bonita sua tatuagem. – Gritei para que assim não ficassem sem graça depois dos cortes que ele me deu.

Ele pós a mão na nunca e apenas continuou andando até eu não pode vê-lo mais.

Mas quem imaginaria que ele teria uma tatuagem? Ainda mais um escorpião? Eu nunca. Quando digo que ele é estranho e gato, muito gato...

Mas quem sou eu afinal para chamar alguém de estranho. Logo eu que converso com um morto, há é, e estou apaixonada por ele. Isso sim é estranho.


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Sim? Não? Claro? Teve melhores? Comentem e digam o que acham. Aceito criticas construtivas e adoro ler sobre o que vocês estão achando da história. E lindas leitorinhas fantasmas, apareçam amores e façam essa pobre autora feliz. Beijos