Hereafter escrita por Suzana Alves


Capítulo 25
Extra 2º Desespero


Notas iniciais do capítulo

Povooooo! Falta só 2 cap agora. ~chorando~
Espero que vocês gostem do final que já escrevi haha
Ah não deixe de ler esse cap, pois é mt importante para entender o final da fic. E para todas que amam o nosso Nate, esse cap é um POV dele. ~gritinhos de alegria~ o/
Já disse que amo escrever os pontos de vista dele? Não? Pois amoooo!

Boooa leitura e desculpa os erros.

P.S: Ai me perdoem por não ter respondidos os comentários. Mas com certeza ainda os irei responder.

P.S²: Eu escrevi esse cap ouvindo a música The Fault in our Stars, então que quiser ouvir vou deixar o link... http://www.youtube.com/watch?v=zF4riZPWLEE



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Hesitei para abrir meus olhos, não tinha certeza se ao me declarar fez com que eu seguisse. Mas aos poucos quando a coragem me vinha vagarosamente minhas pálpebras se abriam, mas mesmo assim a minha visão não era tão clara, afinal estava em uma escuridão sem fim onde nada existia, não via ninguém, não via exatamente nada na verdade.

Será que é assim quando se parte, passar a eternidade em um vácuo? Não isso não podia ser verdade, isso não era seguir, afinal eu estava ainda mais preso do que antes. Eu não via nada, e minha vontade de estar com a Juh só aumentava cada vez mais.

Aos poucos a escuridão foi se dissipando, e imagens como slides apareciam a minha volta. Eu preferia ter ficado na escuridão a ver aquilo. Era um tormento vê-la se debulhar de tanto chorar. A mulher que eu tanto amei, estava se destruindo. Cada momento após tê-la deixando no baile passava em varias partes. Sua discussão com o Adam e depois como se jogou a cama ao chegar em casa, sem se importa em tirar os sapatos, o vestido e muito menos em limpar o rosto manchado pela sua maquiagem. Era tão perturbador vê-la daquela forma, chorando e me chamando diversas vezes. Às vezes até xigamento escapavam de sua boca. Eu não queria mais ver aquilo, mas cada vez mais as imagens aumentavam. Era a Jullie de tanto ângulos diferente, mas em todos eles as lagrimas estavam em seus olhos.

Ficar dentro daquela sala parecia uma eternidade, e aos poucos os dias foram se passando e as imagens continuavam a parecer como se fosse um filme ao vivo, ou melhor, como se eu estivesse seguindo um reality show, e esse era especialmente da tristeza na qual a Juh estava passando por minha causa.

Nem quando eu morri, ela tinha chorado tanto. Ela havia superado bem, mudado, feito amigos. Mas agora ela parecia está cada vez mais de volta ao seu mundinho que um dia eu, somente eu participará. Ela se afastava das pessoas ao seu redor. Era como se ela não quisesse superar, não quisesse me esquecer e assim sofrer sozinha.

Via que seus pais estavam cada vez mais preocupados sem entender o porque da repentina mudança. Ela não conversava mais nem mesmo com os pais, apenas sai do quarto para ir comer e ir a escola. Meu Deus como ver tudo aquilo estava me destruindo.

Claro que ela não dizia a ninguém o motivo de esta diferente. Na escola ela se isolara, as amigas que tanto a fazia rir não conseguir se quer uma brecha para animá-la, ela apenas dava um sorriso forçado e evitava continuar a conversa. Até o Adam tentará a consolar, mas ela apenas o pedia para a deixar sozinha, mesmo que ele tentasse insistir ela não sedia. Talvez ela não quisesse o usar para me esquecer, mas nem o deixava se quer se aproximar de verdade para tentar.

Droga, ela nunca devia ter voltado a me ver, assim ela não estaria assim agora. Estaria sorrindo radiante, conquistando o coração de todos a sua volta. Como eu queria poder chorar ao seu lado, mas estar morto é uma merda nem deixa que eu possa derrame lagrimas.

Como eu queria voltar, ou melhor nunca ter indo. Por que eu tinha que morrer em primeiro lugar?

Eu tinha que sair dessa sala, já que eu não podia mais voltar pelo menos queria sair dali, encontra a paz que tato foi sempre dito que se encontra depois da morte.

Eu não consegui ir, aquelas imagem me prendiam cada vez mais a terra. E meu desejo para que a Juh me esquecesse era o único que eu pedia todos os dias. Ela tinha que me esquecer, tinha que para de chorar e sofrer por mim.

Eu queria viver, mas mais do que isso queria que ela mais do que ninguém vivesse de verdade. Eu não sabia mais o que fazer e em um inusitado momento eu fui puxado. Puxado para dentro de um quarto. Eu estava de novo na casa da Margo. E atrás da mesma mesa estava ela e a sua frente estava sentado Adam. Ele me olhava com espanto enquanto a mulher sorria.

– Como? – Perguntei abobalhado.

Como eu pude voltar? E por que não para o lado da Jullie!!

– Eu chamei você. – Disse frio com seus olhos cravados em mim. – A Jullie precisa de você.

– Droga eu quero muito vê-la. – Passei as mãos no cabelo aflito. – Mas ela tem que me esquecer, será melhor. – Me virei para não encará-lo, mas me assustei com seu grito.

– Você sabe como ela ta? – Afirmei com a cabeça. – Então faça algo! Volte. Eu nunca pensei que diria isso, mas ela vive melhor com você ao seu lado. – Sorri devido à ironia, pois nesse mesmo lugar ele me acusou de privar a vida dela. De que comigo ela não aproveitava a vida. E eu acreditei que era verdade.

– Eu não posso. Eu quis, acredite. Mas não sei nem como chegar até ela. – Suspirei.- Eu estava até agora preso, não sei como vim parar aqui. – Fiz um sinal apontando para o quarto.

– Desculpe atrapalhar os rapazes mais isso fui eu. – Disse Margo mais tranqüilo do que deveria. – Meu jovem por que você não foi?

– EU não sei! – Indaguei. Meu Deus porque eu não fui? - Eu achei que se eu enfim dissesse que a amava poderia ir, mas eu não fui. – Me afundei em um dos pufes do quarto com uma das minhas mãos no rosto.

– Você tem certeza que não sabe? – Ela como sempre com seus enigmas que já começava a me irritar.

– Porque você vive insinuando que eu sei das coisas. Que droga. Eu queria viver, queria estar com ela de verdade. Não assim como um fantasma. Eu só estou atrasando ela. – Apertava minha perna a fim de conter a frustração que estava dentro de mim.

– Nathaniel você esta tão vivo que não faz idéia. – Levantei meus olhos até os dela.

– Mas que droga isso quer dizer? – Disse sem paciência e ela apenas deu de ombros sorrindo.

– Olha, eu sei que você morreu, mas seu espírito quer viver. Você é o espírito mais vivo que já falei. – Ela disse passando a mão no colar que segurava desde que cheguei.

– Você já me disse isso. – Disse me recordando das palavras que ela dissera na primeira vez.

– Exatamente. Você quer esta vivo. – Ela sorriu e se levantou vindo até onde eu estava.

Era estranho ela poder me escutar mais não ver, e ainda mais estranho ela saber exatamente onde eu estava sentado.

– Mas eu não estou. – Me levantei para me afastar dela, só que ela se virou novamente para mim. – Por que diabos eu não posso simplesmente desaparecer? Eu só queria que a Juh me esquecesse e seguisse a própria vida. Se fosse a fazer feliz ela até poderia ficar com você. – Apontei para o Adam que me olhou corado.

– Ela pode te esquecer. – Disse calma.

– Como? – Perguntamos juntos.

Eu quase rir com o tom de esperança que tinha e sua voz, como se ela me esquecendo ele a pudesse ter. E confesso que eu ficaria mais feliz com isso do que a vendo chorando.

– Se você também esquecer de sua existência. – A encarei incrédulo.

O que essa mulher esta dizendo meu Deus?

– Eu não estou entendendo nada! – Era obvio que minha calma já tinha indo embora há muito tempo.

– Você não pode permanecer nos dois mundos. Você deve escolher em qual viver. – Isso esta me irritando mais.

– Senhora, eu sei que você sabe muito, mas eu ainda não consigo entender o seu raciocínio. – O tom irônico em minha voz era bem fácil de se notar, o que fez o Adam revirar os olhos.

– Querido, você vive no mundo dos vivos e dos mortos, você tem que escolher se quer de fato morrer ou viver. – Acho que minha resposta é obvia de mais.

– Eu quero viver!

– Mas para isso, você deve esquecer sua antiga vida. Você terá que começar uma nova. Sem lembranças de sua família, amigo. E da Jullie. – Ela só pode esta doida. Mas acho melhor tentar me controlar e escutá-la.

Suspirei algumas vezes.

– Ela ira me esquecer? – Disse já mais calmo.

– Todos iram, será como se o Nathaniel Jamnes nunca tivesse existido. – Será que isso é mesmo possível?

Minha vida mesmo que curta foi importante para mim, mas se eu esquecesse não faria falta não é? Mas como eu teria coragem de esquecer a Juh? Afinal eu quero que ela me esqueça, mas nunca quis me esquecer dela.

– Eu não vou conseguir esquecer a Jullie. – Disse sincero.

O Adam só observava a nossa conversa, mas sempre que o nome da Juh era dito ele me encarava serio. Ele nunca gostou de mim, e devo dizer que os nossos sentimentos um pelo outro eram recíproco.

– Sim você vai e ela também. – Droga, se for para o bem da Juh, eu farei qualquer coisa.

– O que eu devo fazer?

– Você deve pedir a Jullie. – Agora eu não estou entendendo mais nada de novo. Respira fundo Nathaniel. Calma. Okay. - Eu disse que ela era a chave. – Prosseguiu mesmo sem eu perguntar nada.

– Eu pensei...

– Ela é a chave para libertar vocês dois. – Sorriu e voltou a sentar em sua cadeira. - Só ela pode permitir que você faça a passagem para qual mundo escolher.

– E como ela deve fazer isso? – Dessa vez eu não precisei perguntá-la nada, pois o próprio Adam o fez.

– Ela deve aceitar te esquecer. Ela ainda mais do que você, tem que aceitar seguir em frente. – Eu sabia que era algo difícil conversá-la a me esquecer. Mas eu tinha que tentar. Tinha que libertá-la de mim. Das nossas lembranças.

– Eu irei ajudar Nathaniel, mas não pense que estou fazendo isso por você.

– Nunca pensei que fosse, mas obrigado. Com certeza irei a convencer a me esquecer. – Sorri.

Um sorriso que não aparecia em meus lábios há muito tempo, desde que estava dentro daquela sala onde me passava o sofrimento da Juh.

– Eu sei que vai. – Ele também sorrio.

Era estranho, pois mesmo que não nos gostássemos era como se nos entendêssemos.

– Acho que agora você saber porque também ver o espírito, certo? – Disse Margo direcionada ao Adam o pegando de surpresa.

– Você... – Ele sorriu e assentiu.

E ali acabou nossa consulta. Eu não voltei para a sala, e também não pude ir diretamente até a Jullie, pois pelo o que a Margo falou eu agora estava ligado ao Adam para permanecer no plano terrestre ou algo assim. Eu não entendi e nem me importei, pois ele disse que arrumaria uma forma de me deixar a sós com a Juh. Só espero conseguir manter a calma ao lado dele, e para isso é só ele não fazer seus comentários nada agradáveis a mim.

Ele pagou e juntos saímos da casa da médium. Na verdade mesmo que ela tenha “ajudado” eu não quero nunca mais voltar ali.

Quando paramos enfrente a sua moto eu a encarei.

– Eu não vou ai. – Disse rápido e ele revirou os olhos.

– Não precisa, faz do mesmo modo que sempre fez com a Jullie, evapora no ar e quando chegar em casa te chamo. – Subiu na moto e eu apenas assenti.

Ele já estava com a moto liga quando algo me veio a mente.

– O que ela quis dizer sobre você saber porque também me ver? – Perguntei o fazendo se virar para mim. Com a viseira aberta eu pude ver o sorriso em seus lábios e eu não gostei muito disso.

– Eu amo a Jullie. - Okay, se acalma Nathaniel.

– Eu sei, mas o que isso tem a ver comigo?

– Você também a ama. – Ele deu de ombros e da mesma forma parecia não gosta muito de saber que outro cara gostava da Jullie. Mesmo que eu seja um fantasma. - Temos algo em comum. Queremos a felicidade da garota que amamos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??? Ahhh to ansiosa e com medo dos comentários... Espero que tenham gostado. Bjs