Hereafter escrita por Suzana Alves


Capítulo 21
Cap. 18: Dia só para meninas


Notas iniciais do capítulo

Oiii, oiii, boom diaaa.

Meus amores, essa é minha última semana de férias ~chorando~, por isso estarei postando todos os dias. o/ hahah’

Bem, esse cap não é o tão esperado por vocês – o baile -, mas relaxem porque como sou uma pessoa muito boa – mais ou menos – vou postar o Baile ainda hoje. E só para deixar vocês ainda mais ansiosas, teremos declarações... Okay, foi de mais hahah’

Como sempre desculpa os meus erros e booa leitura..



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Depois de ligar umas cem vezes enfim consegui falar com minha mãe. Afinal não poderia ir para a casa dos outros sem dar sinal de vida para os meus pais, ainda mais por serem meus pais que estamos falando. Até imagino eles ligando para polícia caso eu não apareça para o almoço, - sim, já deu para perceber que eles não são lá normais.

Então enquanto Mei dirigia sua Mercedes, eu falava com minha adorável mãe ao celular.

– Mãe, me deixa falar! – Pedi enquanto ela tagarelava do outro lado da linha.

– Jullie, você tem que me avisar às coisas com antecedência, ou quer me matar do coração? – Exagerada.

– Calma dona Loren, eu só não apareci para o almoço. – Suspirei. – Olha, você sabe do baile?

– Sei sim. Você vai com o Adam? – Arregalei os olhos.

– Como você sabe? – Perguntei meio sem graça e ela riu descontrolada.

– As mães sempre sabem das coisas. – Disse convencida.

– É então talvez eu não precisasse ter ligado, já que você sempre sabe das coisas. – Disse irônica, e conhecendo bem minha mãe, aposto que ele revirou os olhos.

– Tanto faz July. Mas que horas você volta?

– Bem, era sobre isso que ia fala. – Diminui o tom da voz. – As gêmeas me chamaram para passar a noite na casa delas hoje.

– Em plena segunda? – Suspirei, aquilo já estava me cansando.

– É mãe. Deixa vai? – Pedi com uma voz tão fina que fez até as meninas rirem.

– Tudo bem, mas não esqueça a escola amanhã.

– Okay mãe. Te amo. – Disse e desliguei.

Respirei fundo e me afundei no estofado do banco de trás. As meninas cantavam algumas músicas enquanto íamos para o shopping. Como nunca fui à melhor cantora do mundo preferi apenas escutá-las, o que era engraçado como elas catavam juntinhas. Acho que isso tem a ver com a tal ligação que os gêmeos têm, ou seria por fazerem muito isso? Ah tanto faz.

Não faltava muito para que chegássemos, mas antes de chegarmos lá eu queria ver o Nate. Na verdade desde a noite passada eu queria esta com ele o tempo todo, mas era algo que não era possível. Afinal como ficaria com alguém que mais ninguém ver – certo, fora o Adam-, como conversa com um garoto que quem veja acha que eu esteja doida, como beijar o cara que você ama, que se alguém vir pensem que você esta beijando o vento? Mas o que eu sentia pelo Nathaniel crescia cada vez mais, talvez eu o esteja amando ainda mais do que quando éramos criança, e isso que sinto se tranqüiliza só em tê-lo ao meu lado. Parece doentio, mas o que posso fazer, talvez eu esteja mesmo ficando presa a ele, mas eu não quero me libertar disso!

Eu não vi, nem senti aquele arrepio que costumava me dá quando ele simplesmente aparecia, mas eu sabia que ele já estava ao meu lado, e com um sorriso eu me virei para o lado que ele estava sentado, minha mão vagarosamente foi sobre a dele e a apertei, não com força, mas com carinho. Para mim aquilo já era o bastante, não era como ter os lábios dele nos meus, mas tinha o mesmo prazer, a mesma onda de eletricidade que de alguma forma esquentava meu corpo, mesmo que o corpo dele não tenha nenhum calor para isso.

E foi assim que foi o resto do caminho, nossas mãos entrelaçadas. Vez ou outra eu conversava com as gêmeas, mas a maior parte do tempo preferi aproveitar o silêncio prazeroso ao lado do meu fantasma.

­--x--

Deixamos o carro no estacionamento e subimos direto para o andar superior do shopping. Eu amava fazer compras, mas não era sempre que eu vinha, então sempre que vinha ficava meio perdia ao meio de tantas lojas. As gêmeas viam toda a semana – ter pais ricos é bom. Logo quando chegamos fomos primeiro a praça de alimentação para almoçar.

Todo o tempo em que comíamos o Nathaniel ficava ao meu lado com um sorriso torno que eu amava. Mas logo que levantei para ir pagar ele sumiu, é acho que ele queria me deixar aproveitar minha tarde com as meninas.

Saímos da praça de alimentação e já seguimos para a primeira loja que vimos. Quando entramos uma atendente ruiva veio nos atender. E com a ajuda dela olhamos varias roupas. Mas infelizmente não achei o que queria para o baile ali. Então para não sair de mãos vazias apenas comprei um short com alguns desfiados nas pontas. Mei levou um vestido, mas não o que usaria no baile, um vestido que diz ela ser ótimo para passar um final de tarde. Já Mel não achou nada que a fizesse querer comprar.

Já na segunda loja logo quando entrei me deparei com um vestido perfeito, ele era em um tom de vermelho vivo, todo em bordado inglês, e sua saia tinha três camadas o deixando rodado. Era perfeito. Eu simplesmente o amei.

Pedi a atendente para que eu provasse e quando sai do provador eu sabia que estava perfeito, pois só de ver aqueles sorrisinhos das minhas repetidas diziam tudo. Eu tinha que levá-lo.

Paguei pelo vestido e fomos para outra loja, que pelo o que a Mel disse lá teria os sapatos perfeitos para o meu vestidos. Bem como ela conhecia muito o shopping a única coisa que fiz foi concorda. E depois de procurarmos a tal loja não tive dúvidas que a Mel estava certa.

Serio, a loja tinha sapato até quase o teto.

Dessa vez foi um rapaz que nos atendeu, ele deveria ser uns cinco anos mais velho do que nós, o que foi o bastante para a Mei já começar a flerta. Não era sempre que a via conversando com algum garoto, e confesso que ela era boa nisso. Não demorou para o cara pedir o número dela, e é ele esqueceu completamente de me atender.

Depois que eles já tinham trocado os números enfim fui atendida e achei o salto que ficaria perfeito com o vestido.

Ele deveria ter uns oito centímetros, era todo prata e com um certo brilho que chamou minha atenção. Ele não era chamativo, mas era perfeito para um baile. Pedi um par numero trinta e seis e fui pagar.

Bem, eu já tinha o que precisava para o baile, então só faltavam às meninas.

Depois de entrarmos em mais umas duas lojas enfim achamos o que elas queriam.

Melissa ficou com um vestido azul, ele tinha o mesmo estilo de bordado do meu, mas o seu ficava centralizado no busto o que aumentava os seus seios, é acho que ela falou serio enquanto deixar o Ethan ver o que perdeu.

O vestido da Melanie foi o mais caro, ele era de um tecido preto transparente com flores bordadas, e por baixo tinha uma segunda parte verde. Era lindo, e cai super bem nela. Não era muito curto, mas era o bastante para ver as pernas bronzeadas dela, e o verde destacava ainda mais os seus olhos.

Depois de tudo pago elas foram atrás dos sapatos, e graças a Deus dessa vez escolheram rápido. Os saltos delas deveriam ser do mesmo tamanho que o meus. Os da Mei eram pretos, o que ficaria muito bom com o seu vestido. Já o da Mel era em um azul um pouco mais claro que o seu vestido. Na mesma loja dos sapatos elas compraram bolsas, e para minha surpresa elas resolveram comprar uma para mim.

– Não meninas, não precisa. – Disse sem graça enquanto elas insistiam.

– Para de show July, pega logo. É um presente. – Mel sorriu e me estendeu a sacola.

– Nem estou fazendo ano para ganhar presente. – Sorri de lado e peguei a bolsa.

– Larga de se chata. – Mei riu. – Agora vamos ao cinema? – Concordamos.

Enquanto imos em direção a bilheteria vi a Mei pegando o celular que estava tocando, ela disse que iria atender e que era para comprássemos a sua entrada.

Eu não conhecia os filmes que estavam em cartaz, então com a ajuda do atendente pegamos um de comédia.

Compramos as pipocas e refrigerantes.

– Será que já é o gostosinho da loja de sapatos? – Perguntou Mel com um sorriso de lado.

– Não sei, ela parecia seria, se fosse ele, ela provavelmente estaria com aquela cara de quem quer beijar muito. – Mel me olhou com os olhos arregalados e eu tive que rir.

– E tem uma cara para isso? – Dei de ombros.

– Sei lá, mas se tem não foi a que ela tava. – Ela concordou e depois de algum tempo Mei voltou guardando o celular na bolsa.

– Quem era? – Mel perguntou curiosa.

– Engano. – Disse seria e pegou a pipoca que a irmã segurava.

– Como se fica tanto tempo falando com alguém que nem queria ligar para você? – Perguntei desconfiada, e ela me lançou um olhar que dizia para mim ficar quieta.

– O cara era doido. – Disse apenas e entramos.

Sentamos no meio, porque na frente dava uma dor no pescoço infernal, e atrás era o lugar para os namoradinhos que não iam ali para ver bem o filme.

Para ser honesta eu não achei muita graça no filme, meus desenhos eram bem mais engraçados, e para concordar comigo já estava meu amigo novamente. Enquanto as meninas riam feito retardadas por causa de uma cara comendo uma salsicha com se tivesse... Bem, dá para imaginar fazendo o quer. Eu comia minha pipoca e vez ou outra fitava meu amigo que como eu não parecia achar muita graça do filme.

Depois de um tempo ele jogou o braço por cima do meu ombro e foi naquele momento que tudo parou, para mim já não tinha filme, nem gêmeas ao meu lado. Era só eu e o Nathaniel. Se eu fechasse os olhos até imaginava que seria assim se ele fosse vivo, mas com certeza eu iria querer esta no fundo para também não ver esse filme escroto.

Depois que o filme acabou foi preciso as meninas me chamarem para que eu levantassem. Era engraçado como me sentia tão bem com ele, mesmo sem precisar dizer nada, só em vê-lo e sentir seu toque já era o bastante.

– A gente se vê Juh. – Depois de um longo tempo sem trocar uma palavra comigo ele disse enquanto eu saia da sala do cinema.

Sorri e concordei com a cabeça. Um erro, pois a gêmeas me olharam interrogativas e tentando escapar de uma mancada disse.

– O filme era legal. – Menti, e elas riram concordando.

– Aquele carinha era um retardado gay! – Okay, sei que ela não estava ofendendo os gays, mas aquele comentário fez não só a mim, mas algumas pessoas a nossa volta a olhar torto. – O que foi?

– Você é louca. – Disse dando de ombros enquanto as duas ainda riam.

Depois de uma longa tarde de compras e varias risadas estávamos de volta no estacionamento. Entramos no carro e fomos para a casa dos Maxthon, até que o caminho dessa vez não era não longe como o da escola até o shopping.

Dessa vez o Nate não apareceu então tive que me contentar em apenas conversar com as gêmeas. E por insistência delas, fui obrigada a cantar. Eu até conhecia a música, mas ela era realmente difícil de cantar. Summertime Sadness da Lana Del Rey.

Era linda a música, pena que minha voz não ajudava. E para melhorar tive que suporta as risadas delas em cada parte que minha voz saia mais fina e muito estranha. Dei graças a Deus quando chegamos e não precisei continuar cantando.

Enquanto Mei guardava o carro, Mel e eu já subimos com as sacolas de compras para o quarto. As gêmeas tinham cada uma o seu quarto, mas como hoje seria uma noite só para meninas decidimos ficar no quarto da Mel, pois pelo o que ela mesmo diz, os livros da Mei o culpam todo o espaço do quarto. É eu sabia que era um exagero, mas realmente a Mei tinha muitos livros que nem cabiam mais na estante dela.

Tirei meus tênis e me joguei na cama enquanto Mel pegava uma roupa para que eu vestisse. Não demorou muito para que Mei chegasse, ela se sentou ao meu lado e ficou tamborilando os dedos nas pernas.

Melissa me jogou uma muda de roupa e entrou no bainheiro, ficando assim apenas Mei e eu no quarto.

O silêncio entre a gente era estranho, ainda mais por se tratando da Mei que sempre tem algum comentário sobre tudo. Eu percebia que ela olhava para mim e parecia que queria falar alguma coisa, e aquilo estava ficando ainda mais estranho.

– Pode falar Mei. – Disse me sentando.

– Jullie, eu acho que eu fiz merda. – Ri tocando o seu ombro.

– Amiga, você sempre faz merda. – Ela sacudiu a cabeça.

– Não, agora é serio. Sabe aquele telefonema? – Concordei com a cabeça e ela continuou. – Então, era o Ethan, eu não sei como ele conseguiu meu número, mas esse não é o fato.

– O que ele queria?

– Ele me pediu ajuda para voltar com a Mel.

– E? – Ela olhou para os lados.

– Eu disse que ajudaria. – Okay, agora eu estou surpresa. E acho que isso ficou bem obvio. – Sei que é estranho, no inicio eu não queria, mas o desgraçado me convenceu. E vamos ser sinceras, a Mel fala ainda mais nele agora do antes.

– Isso é verdade. – Ri relembrando. Todos os dias ela inventava uma forma de irritá-lo, mas nunca funcionava. – O que vocês farão?

– Bem, ai que ta. Ele quer ir ao baile com ela.

– O que? – Falei mais alto do que esperado o que fez ela tapar minha boca com as mãos.

– Dá para falar baixo? – Assenti e ela tirou as mãos da minha boca. – Eu sei que parece loucura, mas ela vai com ele.

– E como você vai fazer isso? – Aquilo parecia interessante.

Ela se jogou na cama e em um suspiro disse.

– Eu acho que não vou. O plano é: Ele vai vir e pegar meu carro. Ela vai achar que eu vou levar e quando entrar é ele que vai estar no meu carro, sei que é minha preciosa Mercedes, mas a felicidade da Melissa é mais importante.

– Meu Deus. – Sorri. – Você é a melhor irmã do mundo. – A abracei de lado.

– Jullie você é muito grudenta sabia? – Concordei voltando a me sentar.

– Mas quanto ir ao baile, não acho que você tenha que ficar em casa. Porque não chama o cara da loja, ele tava muito afim.

– É pode ser. Não tinha pensado nisso.

– Então todas teremos uma par agora.

– Mais ou menos isso, acho. Agora me deixe ir tomar meu banho, e não conte para a Melissa. – Ela se levantou e eu assenti.

No exato momento que a Mei saiu, Mel saiu do banheiro e junto com ela um ar quente. É parece que não sou só eu que gosta de banho quente.

Peguei “minhas” roupas e foi minha vez, é o banheiro parecia mais uma sauna do que um banheiro.

Tirei minhas roupas e entrei de baixou daquela água quente que bateu em minhas costas quase a pelando. Eu nunca me incomodei com água quente, mas essa já estava quente de mais. Espero que eu não saia com nenhuma queimadura.

Sai do banheiro com a toalha em volta dos cabelos, e pela minha pele ser bem clara, agora eu estava como um tomate. O que foi resultado de muitas risadas das gêmeas que já estavam deitas junto na cama.

Me juntei a elas e assim passamos a noite, e mesmo que o combinado tenha sido nada de falar de garotos, foi impossível não falar deles.

Como os pais delas estavam em casa hoje, tivemos que controlar nossas risadas durante a madrugada, é porque à tarde e a noite não foi o bastante para nossas conversa. E pelo o que vejo vai ser difícil levantar para ir para escola amanhã.

Ah mais quem liga para escola, quando tem uma noite tão divertida como essa só para meninas!?


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Notas finais do capítulo

Bom? Bom? Espero que sim. -q

Beijinhos, e quero comentários. Vamos tentar chegar ao 200 até o fim da fic.