Hereafter escrita por Suzana Alves
Notas iniciais do capítulo
Sei, sei. Demorei. Poxa o Enem foi barra, mas vestibular para outras escolas. Achei que iria enlouquecer. Mas graças a Deus eu consegui o que quero. Engenharia Civil lá vou eu... o/ É gente, eu consegui passar, meu Deus eu to tão, tão feliz... Sempre fui melhor com cálculos do que o português acho que dá para notar pelos meus errinhos, seila kkk Mas enfim, esse cap é curto, mas o outro já ta pronto. No entanto - Há - só irei postar o próximo depois que voltar de Porto Seguro viagem do Tercerão . Só vai dá merda kk Juro que conto tudo para vocês depois.
Enfim, boa leitura e desculpa os erros.
E foi só pensar nele que Puf! Acho que estou me acostumando com essas aparições repentinas do Nathaniel, pois afinal dessa vez eu nem cai da cadeira com o susto.
Que maravilha, tenho até que pensar antes de pensar. Será que isso é possível?
Tudo bem que eu queria que ele estivesse aqui, mas não imaginaria que ele viesse mesmo, e de terno todo bem arruma e até os cabelos penteado de lado. Tive que respirar fundo para me acostuma com essa visão dos deuses, como alguém consegue ser tão lindo assim, ainda mais morto?
– Juh, você está me ouvindo? – Falou perto do meu ouvido o que me fez arrepiar.
– Seu amigo também veio! - Só parei de olhar o Nathaniel quando escutei o Adam. Droga agora sim eu estou ferrada.
– Pois é, mas fala baixo. - Tive que me aproximar dele para falar em um tom que somente ele ouvisse. E esquecendo-se do fantasma que ainda estava esperando minha resposta.
– Por que? Aliás, já que ele esta aqui devemos pedir uma cadeira para que ele se sente. – Ele já ia dá sinal para o garçom quando segurei seu braço.
Minha mãe vendo minha proximidade do Adam me lançou um sorriso de orelha a orelha. Aposto que já está supondo que estamos tendo algo. Perfeito.
– Adam olha bem para o Nathaniel, só olhe ok? – Ele apenas fez que sim.
E foi ai que um dos garçons passou direto atravessado o corpo do meu amigo, confesso que até eu me assustei vendo aquilo, mas creio que o Adam se assustou um pouco mais. Ele se levantou em um pulo fazendo com que todos à mesa o olha-se.
– Você está bem meu filho? – Perguntou Halley enquanto todos o olhavam.
– Sim, só preciso ir ao banheiro. – Disse uma desculpa rápida o que me fez rir.
– É acho que também tenho que ir. – Levantei-me indo atrás do Adam.
Só pude ouvir de longe uma risadinha que sabia muito bem de que se tratava. Mamãe.
– Adam espera!
– Como você me explica aquilo? – Se virou rápido para mim lançado um olhar frio. Agora deu medo.
– Eu já te disse. O Nathaniel está morto. – Com minhas palavras ele apenas balançou a cabeça e se virou voltando a andar. – Ei, vamos conversar. – Já ia atrás dele novamente quando uma mão segurou meu braço.
– Não vá Jullie, acho que ele precisa entender isso sozinho agora. – Falou com um sorriso torto no rosto. – Vamos, a comida já vai se servida, e aproveito para me sentar no lugar dele.
– Não Nathaniel. Eu preciso conversa com ele. E quem sabe assim entender por que além de mim ele te ver. – Soltei meu braço o que fez com que o sorriso do rosto do meu amigo sumisse.
– Você está certa. Mas não demore sua mãe já está louca dizendo que vocês estão de paparicos. – Rolei os olhos imaginando a cena.
– Pode deixar, serei rápida. – Disse apenas e fui em direção para onde o Adam havia indo.
Droga banheiro masculino, mas que saber? Dane-se.
– Adam! – Chamei por ele logo que entrei, e para minha sorte não parecia ter ninguém ali.
– Jullie você sabe que aqui é um banheiro masculino, certo? – Sorri concordando com a cabeça. – Você é louca garota.
– Eu sei disso também. – Passe as mãos no cabelo pensando por onde começar. – Adam aquilo que você vi..
– Eu entendi Jullie, ele está morto. Bem, não acredito em mágicos, só sendo um fantasma para o garçom atravessar tão facilmente seu corpo. – Disse tranqüilo, e parece que dessa vez ele realmente entendeu.
– Agora você acredita em mim. – Me apóie na pia olhando para o tento.
– Como ele morreu?
– Câncer, aos doze anos. – Respondi sem olhá-lo, mas podia sentir que ele me observava.
– Sinto muito. Mas se ele tinha doze anos, como ele parece ter nossa idade? – Fui obrigada a rir e assim olhando agora para ele.
– Essa resposta até eu gostaria de saber. E também o porque você pode vê-lo. Pois até onde eu sei, só eu o via.
– Eu tinha uma irmã. – Disse do nada e se encostou ao meu lado.
– Mas o que isso tema ver? – Perguntei arqueando uma sobrancelha
– Se você deixar eu continuar. – Nossa. Não disse nada esperando que ele prosseguisse – Ela era três anos mais velha que eu, e morreu de acidente de carro aos 18 anos.
– Nossa, que triste. – Falei rápido sem saber o que dizer, e apenas aproveitando o momento em que ele se abria comigo.
– E eu estava dirigindo. – Agora sim eu fiquei sem saber o que dizer, então como sempre disse algo estúpido.
– Mas você tinha quinze anos, não deveria está dirigindo. – Ele me olhou feio como se aquilo fosse bem obvio.
– Eu sei muito bem disso. E sei que a culpa dela está morta é minha. – Com essas palavras e por impulso eu o abracei.
– Nunca mais diga isso! – Falei em um sussurro e pude sentir o se peito relaxar comigo ainda o abraçando.
– Eu insisti para dirigir e ela sem dizer nada deixou. E o pior que eu só sai do acidente com um arranhão nas costas... – O interrompi me lembrando da vez que o vi nadando.
– Por isso a tatuagem?
– Sim. – Suspirou para continuar.- E antes de ir para a sala de cirurgia ela pediu para falar comigo. – Ele suspirou mais uma vez. – Ela disse que era para dizer aos nossos pais que ela que estava no volante e no fim com um sorriso disse que eu tinha dirigido muito bem, só era aprender a usar os freios. – Senti algo quente cair em meu braço e quanto o olhei e ele estava chorando. – Ela sorriu para mim Jullie, como se nada tivesse acontecido, mas ela sabia que estava morrendo.
– Adam ela te amava. – Disse rápida mesmo que não a conhecia, pelo o modo que ele contava dava para ver o quanto os dois se davam bem.
– Eu sei, e o pior é que ela morreu ali, na minha frente e eu não tive nem tempo de me desculpa. Eu a matei. Matei a minha irmã. Esse deve ser o castigo por eu tê-la matado, ver um fantasma, só não entendo porque não seja o fantasma dela.
Eu já não estava mais agüentando vê aquilo, e sem pensar – como sempre- dei um tapa em sua face o que o fez-me olhar surpreso.
– Não diga que ver o Nathaniel seja um castigo, ele é meu melhor amigo. E a melhor pessoa que eu já conheci. Vê-lo foi a melhor coisa que me acontece. – Falava rápida e talvez um pouco alterada. – E mais uma vez, você não matou sua irmã. Acidentes acontecem, Adam.
– Mas se eu não estivesse dirigindo ela estaria viva, viva Jullie! – Falou alto. Respirei fundo para me conter, pois se fossemos competir com quem grita mais, seriamos expulso do Jardinière e ainda quero comer aqui poxa.
– Talvez ela estivesse viva. Mas ela não está. E mesmo que seja muito comum o que vou dizer, acredito que seja verdade. – Me aproximei dele passando minha mão aonde tinha o dando um tapa. – Sua irmã só não te perdoará se você continuar se alto culpando.
–Obrigada por tentar me animar, mas acho que a nossa conversa acaba aqui. – Ele tirou minha mãe do seu rosto se virando para a o espelho.
Sem dizer nada mais sai do banheiro, o deixando lá enquanto este jogava água no próprio rosto.
E encostado no lado de fora do banheiro estava meu amigo sorrindo e com as mãos no bolso.
– Por que sorrindo palhaço? – Falei passando por ele e voltando para nossa mesa.
– Por que eu sou a melhor pessoa que você já conheceu. – Disse brincalhão o que me fez rir e ficar bem sem graça ao saber que ele ouviu o que disse.
– Idiota. – Disse baixo me sentando em meu lugar.
A comida já estava toda na mesa e meus pais juntos com o do Adam me olhavam sugestivamente. Apenas sorri para eles e comecei a devorar minha comida.
Enquanto eu enfiava garfadas e mais garfadas na minha boca, meu amigo me observava de longe sentado em uma mesa vazia – porque é tão difícil reserva se ainda tem mesas vazias aqui? – enquanto o Adam voltava lentamente para o seu lugar.
É o jantar foi maravilhoso o lugar então não tenho nem mais o que falar, a única coisa mais conturbada da noite foi à história do Adam, era muito triste a forma como ele se culpava e eu queria fazer algo quanto assim, mas agora o melhor e eu comer.
Mas com certeza agora que ele se abriu comigo e como temos algo em comum – o fato que podemos ver o meu amigo gato e morto- me sinto livre para poder falar com ele a qualquer hora.
É acho que posso dizer que já o vejo como um amigo. É saber se ele pensa da mesma forma que eu.
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Então... Triste? Chato? O Adam mereceu o tapa né... mesmo eu amando ele o teria dando. Bem, comentem gente. Leitores fantasminhas apareçam prfv...
Beijinho e até o próximo