Oblivion escrita por Alessandro Campos


Capítulo 27
XXVII. Um final feliz




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Um ano depois.

A ameaça de Voldemort agora era só mais um fato nos livros de História da Magia. Graças a Harry, Draco, Dumbledore, Hermione, Ron, Narcisa, Moody, Tonks, Severo Snape e, por mais incrível que pareça, Lúcio Malfoy, aquela história tinha finalmente ganhado um final feliz.

Assim que voltaram para Hogwarts, todos comemoram e os saudaram por terem acabado com aquela ameaça e puderam, por fim, concluir seu ano letivo sem qualquer interferência externa. O sétimo e último ano de Harry e Draco também ocorrera de maneira normal. Todos voltaram a ter as preocupações de jovens adolescentes bruxos comuns. Provas, trabalhos, mais provas e mais trabalhos.

Depois de terem passado por toda aquela situação, Harry e Draco decidiram assumir seu namoro diante da escola inteira, sem se preocupar com qualquer comentário bobo. Seu namoro, apesar de homossexual, só causava repúdio em algumas pessoas por serem de casas diferentes, já que era normal na comunidade bruxa casais assim aconteceram – só os mais jovens não sabiam disso, porque não era muito comum, apesar de aceito. Logo descobririam o motivo disso.

Ron e Hermione também assumiram o namoro. Depois de várias indiretas e Ron negar com veemência de que não se lembrava do beijo antes da batalha final, os dois finalmente se entenderam e pareciam muito felizes por estarem juntos. Inclusive, algum tempo depois, Harry e Draco, juntamente com Ron e Hermione, costumavam fazer programas de casais juntos.

Severo Snape fora reintegrado ao corpo docente da escola de magia e bruxaria de Hogwarts, tendo todo o seu esforço se infiltrando no grupo de comensais reconhecido por toda a comunidade bruxa. Depois de anos e anos à fio tentando conseguir a vaga de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, fora agraciado por Dumbledore com aquela posição, tendo também, readquirido seu posto como diretor da casa de Sonserina.

Dumbledore manteve seu posto de diretor da escola. Tonks e Moody foram, cada um, promovidos à Chefes de Equipe de Busca a Bruxos das Trevas no departamento de Aurores.

Devido ao esforço de Narcisa em nome do amor que sentia pela sua família, ela salvara seu casamento e o relacionamento dela e de Lúcio com Draco. Os dois demoraram para aceitar que Draco namorasse justamente Harry Potter, mas, acabaram se acostumando com a ideia e até gostando. Porque de uma forma ou de outra, Potter trazia mais prestígio à família Malfoy por ter sido um dos principais envolvidos na derrota de Lorde Voldemort.

xXx

– Vamos, Draco! – dizia Hermione, puxando o garoto pelo braço.

Era o último dia letivo dos garotos em Hogwarts. Todos tinham terminado a última prova – de poções, aplicada por Slughorn – e se arrumavam para o baile de formatura. Hermione e Draco estavam na entrada principal, pois o loiro estava dando seus ajustes finais em seu smoking.

– Calma, Granger – disse, ajeitando sua gravata verde e prateada – não quero parecer um moribundo num dos dias mais importantes da minha vida.

A garota riu com a expressão carrancuda do amigo.

– Você não vai mudar nunca, né? – arfou.

– Só quero parecer elegante – respondeu – além do mais, não entendo porque você está tão ansiosa por esse baile. Fique tranquila, ele não vai sair correndo de nós.

Ela soltou um suspirou cansado e se deu por vencida, apoiando-se contra a parede de pedra e observando o sonserino terminar de arrumar seu cabelo.

– Agora podemos ir – anunciou Draco, estendendo o braço para ela.

Ela segurou o braço do garoto e seguiram para dentro do Grande Salão, onde a música já tocava alto e vários alunos se espalhavam por todo o cômodo, que estava decorado com as cores de todas as casas de maneira harmônica.

Hermione retirou a varinha de dentro de seu vestido e emitiu uma luz com a mesma. Malfoy parecia não entender do que se tratava e olhou para ela, franzindo o cenho.

– O que você está fazendo? – perguntou.

– Olhe para o palco – ela apontou.

Draco direcionou seu olhar para o palco e lá estava ele, Harry Potter. Vestido de uma maneira elegante, como Draco nunca havia visto. Os cabelos cortados, pareciam penteados e bem organizados, se não fosse as pontas espetadas que lhe davam um toque despojado. Mesmo de longe, Malfoy conseguia perceber aquelas esmeraldas de um verde inigualável mirarem-lhe e o deixarem completamente vermelho e sem-graça, pois foi quando percebeu que todos o olhavam e uma espécie de holofote mágico estava apontado para ele.

– Mas o que...? – tentou perguntar, alternando o olhar entre Hermione e Harry.

– Draco Malfoy – iniciou Potter – gostaria que você me desse um minuto de sua atenção.

Ele assentiu, foi quando se deu conta de que atrás de Harry, estavam seus pais, Dumbledore e todos os Weasleys. Todos os seus amigos, como Luna, Neville, Tonks, Alastor e demais sonserinos – com os quais conseguira retomar um bom relacionamento, como Pansy Parkinson – estavam na frente do palco, olhando para ele e sorrindo.

“Será que está acontecendo o que eu acho que está acontecendo?” pensou um pouco distraído.

Ele começou a caminhar em direção ao palco e as pessoas começavam a se dispersar, deixando um caminho desenhado por pétalas de flores a mostra.

– Passamos um bocado de coisas para chegar até aqui – iniciou Potter, com a voz trêmula pelo nervosismo – lutamos contra bruxos inomináveis. Lutamos contra nossos próprios sentimentos e até contra nossos amigos e casas – ele olhou discretamente para Ron e Hermione, que coraram, mas riram.

No meio do caminho, Draco já sentia seus olhos arderem com as lágrimas que tentava segurar. Harry não poderia estar fazendo aquilo. Era bom demais para ser verdade.

– Quem diria que depois de passarmos cinco anos nos odiando, terminaríamos assim? – continuou com seu discurso.

Hermione guiava Malfoy até o que agora já parecia mais um altar. Segurando-o pela mão, levitou uma pedra de mármore, fazendo o primeiro degrau até o altar. Ron fez o segundo, Luna o terceiro, Narcisa o quarto e, por fim, Lúcio o quinto. Ele já estava diante do namorado, quando Hermione soltou sua mão e se afastou, permanecendo ao lado de Ronald Weasley.

– Mas nada disso foi suficiente para impedir que nós acontecêssemos – Harry se ajoelhou diante do outro, também emocionado – e é por isso que digo na frente de toda a escola que eu te amo.

Malfoy estava vermelho. Tentou por diversas vezes segurar a emoção, mas fora impedido pelo impulso de expressar sua tamanha felicidade por aquele terno momento.

– Draco Malfoy, você, filho de Narcisa e Lúcio Malfoy, diante de toda a comunidade bruxa, aceita se casar comigo?

Harry retirou de seu bolso uma caixinha de veludo azul, deixando a mostra uma aliança dourada com um coração metade esmeralda com um verde brilhante e metade rubi com um vermelho cintilante. Dentro da parte vermelha tinha um HP cravejado, assim como na verde tinha um DM. Ele retirou o anel da caixinha e o observou com certa dificuldade, já que as lágrimas embaçavam um pouco sua visão. Ele respirou fundo e criou coragem para responder.

– Aceito!

O grifinório abriu um sorriso e pegou o anel de sua mão, depositando-o no dedo anelar esquerdo do garoto. Narcisa apareceu por trás do filho e lhe deu uma outra caixinha. Antes de se afastar, ela abraçou-o e sussurrou em seu ouvido:

– Meu filho, que você seja muito feliz. Eu e seu pai estamos muito orgulhosos de você. Que você triunfe sobre tudo e traga mais prestígio ao nosso sobrenome.

Ele correspondeu o abraço e deu um beijo na bochecha de sua mãe. Logo após isso, tirou o anel da caixinha e virou o rosto para o seu pai. O bruxo parecia sério, mas ao encontrar seu olhar com o do filho, abriu um sorriso discreto e fez um sinal positivo com a mão. Era a deixa para que Draco se sentisse livre para amar o homem que queria o resto da vida.

– Você, Harry James Potter, filho de Lílian e James Potter, diante de toda a comunidade bruxa, aceita se casar comigo? – a emoção era audível na voz do loiro.

– É claro que aceito – respondeu Harry, estendendo a mão esquerda.

Draco encaixou o anel em seu devido lugar e os dois se abraçaram.

– Agora, vamos selar essa união – disse Dumbledore.

Todos se voltaram para o bruxo e Harry e Draco se viraram de frente para ele.

– Por favor, deem as mãos.

Os dois deram as mãos e as seguraram com firmeza. Dumbledore pegou sua varinha e apontou para o elo que se formara.

– Eu, Alvo Percival Wulfric Brian Dumbledore, proclamo, através de um voto perpétuo, a consolidação da união amorosa entre Draco Malfoy e Harry James Potter.

A emoção tomara conta de todo o salão. Todos já estavam com seus olhos mareados e o coração embebido em alegria pelos dois.

– Você, Harry James Potter, promete amar, proteger e cuidar de Draco Malfoy, durante o resto de sua vida, independentemente das adversidades que encontrares?

Harry olhou para Draco, os dois estavam muito vermelhos e choravam.

– Prometo – respondeu, com um sorriso.

– Você, Draco Malfoy, promete amar, proteger e cuidar de Harry James Potter, durante o resto de sua vida, independentemente das adversidades que encontrares?

Sem pestanear, Draco respondeu.

– Sim, eu prometo.

– A união amorosa entre Harry e Draco já está finalmente consolidada. Os noivos podem se beijar.

E então os dois garotos encostaram os lábios um no outro e se abraçaram, sentindo a salva de palmas cobrirem os mesmos. Uma chuva de pétalas vermelhas começou a cair e então Dumbledore concluiu:

– Agora que o casamento já foi realizado, vamos aproveitar o baile de formatura!

E a música foi solta.


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Notas finais do capítulo

O epílogo sairá daqui 5 minutos.



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