Uma Garota Fora Da Lei escrita por Bia Alves


Capítulo 39
Hospital [Part. 1]


Notas iniciais do capítulo

Olá! Sentiram minha falta?
Bom, para começar, quero agradecer as lindas My Angel Of Shadows e Kayce Gasai, por terem me mandando aquelas recomendações super divas, eu apaixonei... Obrigada suas lindas ♥

Bom, não me matem pela demora, por favor, eu sei que eu não costumo demorar tanto assim, mas eu já disse o motivo, eu estou nos últimos dias de aula, resumindo, minhas aulas acabam daqui a vinte e um dias, e tipo, eu estou lotada de trabalhos, é um em cima do outro e ainda mais em semana de provas, eu estou ficando louca, e nem tenho como escrever, mas eu consegui fazer esse, que eu espero que gostem, já que eu estou até sem tempo de me coçar, eu não tenho nem criatividade, mas mesmo assim eu espero que gostem ok?
Eu sei que também não estou respondendo alguns reviews, mas não preciso repetir o motivo, certo? Nem tenho tempo para ler as fics que eu acompanho, mas enfim, o importante é que eu postei. Okay?
Eu só espero que gostem... É isso.
Kayce Gasai e My Angel Of Shadows, capítulo para vocês gatas ;)



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Queria que tudo aquilo fosse um pesadelo, e que alguém me acordasse exatamente naquele instante, aquilo não podia está acontecendo. E por que logo com ele?

O tiro havia pegado no David, não vi exatamente onde foi, e estava torcendo para não ser no peito. Eu logo comecei a chorar desesperadamente e a me balançar na cadeira igual a uma louca, eu precisava ajudar o David.

- David! – Eu gritava – Levanta daí – Gritava mais. Félix levanta e começa a rir.

Aquilo estava doendo, demais. Eu não sei o que mais doía, era o David ter levado o tiro, ou ser culpada por isso, mas eu precisava que ele ficasse vivo, eu precisava do David. Naquele momento ele era tudo para mim.

- Por favor, Félix! Por favor, Me solta – Começo a puxar as mãos e estava doendo, mas nada estava doendo mais do que ver o David caído ali no chão, lagrimas não paravam de cair a todo segundo.

- Quer ver o seu príncipe?

- Félix – Grito – POR FAVOR! – Puxo com mais força. – Ajuda o David, por favor, ele não pode morrer, por favor – Começo gritar a me desesperar mais ainda.

- Calma ai princesinha.

- Félix, você não sabe como eu estou aqui agora, eu quero – Eu puxo – Eu preciso ver o David, eu não quero perder mais uma pessoa. Eu não posso – Puxo com tanta força, até que a corda folga, eu mexo os dedos, e o nó estava se desfazendo.

- Calma, não vai dar tempo, daqui a pouco os batimentos para. Ele vai perder muito sangue – Começo a gritar ao mesmo tempo em que chorava.

- ME SOLTA FÉLIX, ME SOLTA – Chorava mais ainda – Por favor – Puxo os braços com mais força que eu ainda tinha, até que o nó se desfaz.

- Olha, ela conseguiu, é uma pena que o príncipe ali, vai logo, logo apagar. – Não dou importância e começo a desamarrar os pés. Assim que consegui sai correndo até onde o David estava caído.

- Isso, faz respiração boca a boca. Ah é, isso é para afogamento não é? – Ele ri. Eu continuava a ignorar, eu chego até onde o David estava.

- David? David? – Chorava – Acorda – O sacudia – Por favor, DAVID – Eu me encolho o abraçando. – David? Me responde! Por favor, não posso te perder – A esse momento em minha roupa tinha muito sangue e em meu rosto várias lágrimas.

Pego o pulso do David e senti que ainda tinha batimentos.

- David! – Aproximo meu rosto do ele – Me responde? Por favor, eu sei que pode fazer isso, não pode me deixar agora, não agora, eu preciso de você, David! – Estava mesmo desesperada, claro que deu um alivio quando vi que ele ainda tinha batimentos cardíacos, mas eu sei que se ele não fosse urgentemente para um hospital ele morreria ali mesmo.

- Chega de drama, aceita que ele vai te deixar! Você perdeu mais um de seus namoradinhos Emily, parece que não tem sorte no amor – Eu levanto com raiva e encaro Félix.

- Escuta aqui – Começo a gritar – Não é você que vai me fazer perder mais uma das pessoas mais importantes para mim, não é você que vai tirar o David de mim. Você já me fez sofrer demais Félix, e você não vai fazer isso mais uma vez. – Passo a mão pelos olhos e me abaixo novamente, e pegando o seu pulso, bem fraco, mas ainda tinha – Acorda, por favor! – Disse chorando.

- Tá, tá! Chega, ele morreu, é o fim. OH! – Eu me viro para ele mais uma vez e ele sorria. – Agora é sua vez – Ele ia abaixar para me pegar, mas eu me esquivo, ele tenta me pegar mais uma vez. – Para com isso, volta aqui sua vadia – Eu me afasto mais e saio de perto dele, mas como ele corre mais rápido, ele veio atrás e puxou-me pelo cabelo.

- SOLTA! – Gritei, porque ele estava puxando com muita força – Por favor, o David!

- Esqueça-o, ele já vai daqui a pouco. – Eu ainda chorava, mas ainda tentava de tudo para conseguir me soltar do Félix – Agora é sua vez.

- Me solta! – Gritei e bati com o cotovelo em sua barriga o fazendo se abaixar com a mão na barriga.

Eu corro para onde estava o pedaço de madeira, era muito pesado, mas eu consegui levantar, Félix reclamava da dor, eu seguro alto e bato em sua cabeça. Ele cai no chão, mas não havia desmaiado.

- Sua idiota! – Ele coloca a mão na cabeça. Eu fico parada, não conseguia me mover, eu havia batido nele, e com certeza o que ele iria me fazer seria bem pior – Isso doeu – Ele levanta – Mas o seu será pior – Ele vem em minha direção, e eu corro para a porta, mas ele consegue segurar-me pelo braço e me puxar com tudo para trás me fazendo cair no chão.

Ele anda até mim e fica me encarando de cima.

- Escuta aqui Emily... Você pensa que consegue me bater, mas seus golpes inúteis não chegam nem perto do que eu vou fazer com você – Ele pisa mais perto de mim e eu me esquivo para que ele não pisasse em mim.

Olho para o lado e me preocupava mais ainda com o David, a cada minuto aparecia mais sangue, ele iria morrer. Mas eu não podia deixar, mas eu também não poderia fazer nada.

- Por favor, Félix... – Volto a chorar – Salva o David! – Ele ri.

- Eu salvo... Depois de te matar Moore – Ele abaixa me puxando com tudo pelo braço e me empurrando para a parede. Eu grito de dor e chorava ao mesmo tempo – Seu tempo acabou. Você não venceu essa Emily... – Ele segura novamente e me dá um tapa no rosto, logo ele me joga para perto do David...

Eu me aproximo e coloco a mão sobre seu peito, mas não consigo sentir nada. Mas na hora que eu iria pegar o pulso Félix diz.

- Tchau Moore! – Olho para ele e ele aponta a arma para mim – Nos vemos no inferno!

Eu fecho os olhos e espero que a bala me atinja, fazendo-me eu ir para o lugar que o Félix citou.

Mas depois que eu escutei Félix preparar a arma, foi o mesmo tempo de que eu escutei a porta sendo derrubada com tudo.

Eu sinto a mão de Félix em mim, ele me puxa para cima, segura meus cabelos e puxa meu pescoço para trás.

Eu estava tentando ver quem estava ali, e quando consigo, vejo que era mais de três policiais. Tudo com a arma apontada para nós dois.

- Por favor, pega o David! – Grito.

- Solta a garota. Agora! – O policial grita.

- Tá achando ruim seu policial? Vem pegar – Félix mantinha a arma apontada em minha cabeça.

- Por favor, socorre o David, pega ele, e faz com que... – Félix me dá uma joelhada nas costas.

- SOLTA A GAROTA – O policial grita mais uma vez. Assim que um dos diz isso, outro ia em direção a David.

- Se der mais um passo, eu atiro na Emily.

- Solte-a rapaz, ou sofrerá as consequências...

- Por favor, só pega o David – Digo gritando e logo deixando uma lágrima escapar, acompanhada de muitas outras – Por favor – Félix puxa meus cabelos e meu pescoço faz força para trás, doendo.

- Cala a boca.

- Cadê o garoto? – Olho diretamente para onde o David estava.

- Não se encostem a ele, ou eu atiro na garota – Félix diz mais uma vez. Os policiais param e ficam fitando Félix.

- Por favor, Félix, é o David...

- Não quero saber, se encostarem um dedo nele, eu mato a Emily.

- ME MATE, MAS PEGUE O DAVID, a pulsação dele está abaixando, por favor, ele não pode morrer por minha culpa.

- Solte a garota, senão você leva um tiro também.

- DAVID! ESQUEÇAM-ME E SALVE ELE – Grito, um policial com a arma ainda apontada para o Félix aos poucos se aproximava do David.

- Podemos combinar outras coisas, solte a garota, ela não tem nada a ver com isso.

- Você que pensa, ela tem muito a ver com tudo isso – Ele puxa meus cabelos, eu não parava de chorar.

- Temos uma boa proposta.

- Não quero nada de proposta, ou saem daqui, ou eu atiro na Emily – Implorava para que eles fossem até o David, mas parecia que ninguém me escutava. O policial chegava aos poucos mais perto do David.

- Solte-a! – Ele grita, o policial se aproxima mais ainda.

- Bom, eu disse o que eu iria fazer – Ele prepara a arma e eu fecho os olhos.

- O David! – É a ultima coisa que eu falo depois de ouvir um tiro.

Mas o tiro não foi em mim. Logo eu olho para trás e Félix estava caído no chão, mas o tiro foi no braço e ele estava gritando de dor.

- Você vai morrer Moore – Os policiais vêm atrás de Félix o pegando o levando para fora. – Me soltem, eu tenho que matá-la.

Eu corro para o David, o corpo de socorro entra na cabana com uma maca e colocando David em cima.

- Essa porra está doendo, me soltem – Félix grita, nem morrendo aquilo deixa de ser ruim. – Você vai me pagar Moore, eu morro, mas eu volto apenas para me vingar – Os policias o tiram de dentro da cabana, ele ia reclamando da dor, deve ter sido bala de borracha.

Eu vou atrás do David, mas um dos policiais me seguram.

- Você, vai com a gente.

- Mas o David – Eu grito.

- Ele vai para o hospital, reze para que ele tenha chances de vida, os batimentos estão muito baixos – Deixo lágrimas caírem.

- Ele vai ficar bem? – Pergunto ainda chorando.

- Isso só os médicos... E um milagre. – Quase gritava de tanto que eu chorava.

- Para de chorar – Ele diz – Você vai com a gente para o hospital, tem que cuidar desses ferimentos. O garoto baleado tem que receber um grande milagre dos céus e o Félix, logo depois de fazer um curativo, vai preso. Terá que nos dizer o que aconteceu aqui.

Escuto o carro da ambulância sendo ligada e a sirene começa a soar alto.

- Eu vou, mas e o David?

- Não sei, eu sou um policial e não um milagreiro – Ele segura meu braço e me tira de dentro da cabana.

- Ele tem que viver...

- Dizem que a força da mente é muito poderosa... Pense positivo...

- É o que eu estou fazendo...

- Venha – Continuamos indo em direção ao carro.

- Como nos achou?

- Estávamos rastreando o seu celular e o do Félix, sabíamos que não iria nos contar... – Eu fico feliz por ouvir aquilo, mas é claro que eu me ferraria no final.

Entramos no carro, e íamos para o hospital.

- Com quem o Félix foi? – Pergunto.

- No outro carro, ele precisa de um curativo no braço. Foi bala de borracha, não fez um grande estrago.

- Ele vai preso?

- Mas é claro que sim, precisamos apenas de seus depoimentos... E ele vai ter que dizer tudo também.

Não digo mais anda, apenas fecho os olhos e começo a usar o poder da mente.

. . .

Estava dentro de uma sala de enfermaria, a enfermeira fazia limpeza dos ferimentos em minha pele e colocando curativos aonde precisava.

Eu havia chegado há uns dez minutos. A primeira coisa que eu comecei a perguntar foi pelo David, mas parecia que ninguém podia dizer nada até um responsável chegar, ou seja, eles estavam comunicando a mãe e o pai do David, e com toda certeza os meus... O que não daria uma coisa muito boa. Eu só esperava uma boa noticia

- Ai! – Reclamo quando ela passa algo perto de minha boca.

- O estrago aqui foi grande.

- Eu sei... Ai!

- Calma garota, tem muitos machucados ainda.

- Está doendo.

- Eu sei, mas o que eu posso fazer se foi se meter em uma encrenca dessas?

- Você pode ressuscitar pessoas?

- Tenho cara de quê? Eu sou apenas uma enfermeira, e você ainda não sabe se ele realmente morreu.

- Fala sério, eu quero mesmo... Ai! – Ela passa novamente, e depois eu volto a falar – Eu quero ouvir que ele vai ficar bem, que ele vai acordar e me abraçar e dizer as coisas idiotas que ele me diz... Mas o tiro foi perto do peito. Quais as possibilidades de que ele fique vivo? – Ela para de fazer um curativo e me encara.

- Garota... Eu já ouvi casos na televisão de um rapaz de recebeu tiro no coração e sobreviveu.

- Isso é impossível.

- Só se você acreditar que é.

Eu não digo nada, ela sorri e volta a passar o remédio logo depois fazendo o pequeno curativo em meu braço.

- Você está pronta – Ela dá um leve tapa em meu rosto e mesmo assim eu reclamo – Agora enfrente os pais daquele garoto, eu dei uma olhadinha na ficha dele. Ele é filho da Marcela Carter? Esposa do Gregori Carter?

- Sim. – Ela ri.

- Aquela mulher é louca, mais algum ferimento e eu vou está aqui, ela vai querer te matar...

Eu desço da maca e saio da sala. Eu me cobria com meus próprios braços. Estava frio, eu ia devagar até chegar à sala de espera. Eu tinha medo do que poderia acontecer ali, do que eu poderia ver e ouvir, ou simplesmente morrer, porque a mãe do David ia querer me matar.

Chego perto e ouço choro, e pedidos para que ela se acalmasse, eu fecho os olhos e dou mais alguns passos. Eu encontro com a Marcela nos braços do marido chorando, e assim que ela me vê, ódio era capaz de ser visto em seus olhos, ela levanta em segundos vindo em minha direção, sua mão vai logo para o meu cabelo.

- Sua vagabunda, eu sabia que você não prestava para o meu filho, sabia que ele iria ter coisas ruins com você. Mas isso? – Ela me dá um tapa na cara e puxa meu cabelo, eu tentava a afastar, por sorte Gregori veio e a puxou de cima de mim.

- Eu não queria que nada acontecesse com o David, não era a minha intenção, eu disse para que ele não viesse atrás de mim, eu falei para ele, mas ele quis.

- Porque você foi uma má influencia para ele, ele acreditava que você era boa para ele, mas olhe onde estamos, em um hospital, sua vagabunda. – Eu volto a fazer o que não fazia há poucos minutos, eu volto a chorar.

- Desculpa, eu não quero que nada aconteça com o David, ele é a ultima pessoa com que eu que eu quero o mal.

- Tarde de mais, Emily... – Ela diz e dá as costas sentando em uma das cadeiras voltando a chorar.

Assim que eu me viro, vejo minha mãe parada me fitando. Ela estava séria, sem nenhum sinal de piedade nos olhos.

- Já não bastava o Guilherme... Agora o David? – Balanço a cabeça negativamente.

- Eu não fiz mal a nenhum dos dois.

- Qual o seu problema hein? O que é? Virou alguma assassina? É isso? Não fica nem um ano com o garoto e já quer matá-lo?

- Eu não fiz nada a ele.

- Olha onde estamos Emily, acha que a culpa é de quem? Minha? É isso?

- Talvez seja.

- O quê?

- Talvez seja sua culpa nunca está comigo, nunca parar para me ouvir, ou perguntar o que está acontecendo comigo, se você tivesse pelo menos o amor de mãe por mim, nada disso estaria acontecendo, eu estaria em casa agora, sendo a filha perfeita que você sempre quis. Mas você escolheu trair o papai e destruir a família, me fazendo virar isso.

- Eu não tenho culpa de nada, eu não lhe forcei a se juntar ao Félix, e as outras pessoas de má fé, eu não escolhi que minha filha fosse uma assassina de seus próprios namorados, eu queria apenas uma filha que ficasse comigo, mesmo eu cometendo um grande erro.

- Que bom que pensa do mesmo jeito que eu. Pois eu precisava apenas de uma mãe que ficasse comigo, de uma mãe que me entendesse, acreditasse, e continuasse ao meu lado mesmo eu cometendo um grande erro.

Ela não diz nada, depois de bons segundos me fitando em silêncio ela dá as costas e sai da sala de espera.

Olho em volta e tinha policiais conversando com alguns dos médicos.

- Emily? – Viro-me e dou de cara com meu pai, um meio sorriso ocupa meus lábios e vou em direção a ele. Não digo nada, apenas nos abraçamos.

Era aquilo que eu precisava naquele momento, um abraço forte, de alguém que se importava comigo, mesmo que a gente se falasse quase de mês em mês, meu pai sempre se preocupou comigo, já minha mãe...

- Estava com saudades – Digo.

- Eu também, eu só não esperava que eu precisasse voltar porque minha filha foi acusada novamente de matar mais um dos seus namorados – Mesmo sendo sério, eu e ele rimos um pouco.

- Desculpa pai, eu só arranjo mais trabalho.

- Que nada. Eu te conheço Emily, eu sei que não foi você. – Sorrio.

- Obrigada! – Nos abraçamos novamente.

- Mas o que aconteceu de verdade? – Eu ia começar a falar, mas escuto uma voz mais alta atrás de mim.

- Ela vai falar, só que para todos nós – O policial diz, eu respiro fundo e digo.

- O que quer saber?

- Nos acompanhe senhorita Moore! – Eu seguro a mão do meu pai e vamos somente nós dois, mais os policiais para aonde ele nos chamou.

[...]

Fiquei um bom tempo explicando as coisas para ele, e eu não parava de perguntar sobre o David, e para me deixar mais aterrorizada os policiais não diziam nada sobre ele.

Eles perguntaram como o Félix atirou, se o Félix bateu no David, o que ele fez comigo, e muitas outras coisas que segundo eles, eles usariam na investigação, que não demoraria muito, apenas algumas horas.

Eu falei sobre a ligação, que eles já sabiam, já que eles estavam rastreando, e fiquei sabendo que eu pagaria muito por não ter contado a eles, sobre a mensagem e sobre outras coisas.

Depois de quase uma hora, eles me deixam voltar para a sala de espera.

Assim que eu volto, a mãe do David me fuzila e o marido a segura, porque ela iria levantar.

Eu sento ao lado do meu pai, e vejo Luther chegando... Meu coração dispara, eu tinha medo de que ele poderia ser mais um dos que iam ficar me julgando como culpada, apesar de que eu tenho mesmo uma parcela de culpa por isso. Assim que ele chega perto de nós, ele abraça a mãe do David, que por acaso havia a chamado de tia...

- Vai ficar tudo bem – Ele diz.

- Assim eu espero... É o meu filho, ele não pode ir embora... TUDO ISSO POR CAUSA DESSA VADIA – Os enfermeiros pedem para ela ficar em silêncio.

Luther se aproxima de mim.

- Olha o que você me apronta garota.

Não digo nada, ele se abaixa ficando em minha frente e coloca a mão em meu queixo.

- Eu sou o pai dela – Eu e o Luther rimos.

- Acredite, não fiz nem metade do que o David fez. – Eu dou um tapa em seu ombro.

- Mentira pai, eu e o David, nunca fizemos nada.

- Tá, tá... Um á menos ou um á mais não vai fazer diferença – Eu franzo o cenho e depois ele ri, e eu o acompanho. Depois fico séria novamente.

- Então, preocupada? – Assinto.

- Muito.

- Acha mesmo que eles estão com o David vivo lá dentro, até agora?

- Não sei, é muito tempo, já se passaram quase duas horas, e nada do David.

- Eu sei, eu nem acreditei na hora que recebi a noticia, então era isso mesmo que estava rolando?

- Agora não.

- Tudo bem, desculpa... Mas, é isso ai, só podemos esperar – Assinto novamente.

- Eu sei, mas não sabia que incomodava tanto esperar.

- Pois é, mas...

- Eu sei – Abaixo a cabeça. Luther levanta indo sentar ao lado da Marcela.

E como o Luther disse, só podíamos esperar.

[...]

Tudo bem, falta muito pouco para que eu comece a gritar aqui dentro, já se passaram quase três horas, e todos nós estamos aqui, sentados esperando apenas uma noticia, ao total foram quase sete horas esperando apenas uma noticia sobre o David, mas nenhum policial e nem médico dava noticias. Passavam por nós e não dizia nada. Marcela já tinha gritado várias vezes pedindo respostas, eu ficava quieta, e abraçada com o meu pai, minha mãe não dizia nada, ela conversou com meu pai, mas longe de mim, e depois voltou e ficar com cara de nada olhando para mim.

- Argh! Qual a dificuldade de vim aqui e dizer que o David morreu? – Luther pergunta.

Meu peito dói ao ouvir aquilo, e se fosse verdade?

Meu pai me abraça mais forte e eu seguro firme para não chorar, mas Marcela não aguenta e desaba.

Eu estava nervosa, ansiosa e preocupada. Esperando apenas uma noticia.

Ouvimos passos até que um médico junto com um policial, o mesmo que me fez perguntas, estavam vindo.

Todos nós nos consertamos nas cadeiras e esperamos ele parar onde estávamos, e foi o que aconteceu, eles pararam onde todos nós estávamos sentados.

- Cadê meu filho? – Marcela grita enxugando as lágrimas.

- O David está bem? – Pergunto.

- Cala a boca, você nunca se importou com ele.

Ela diz com raiva, eu a ignoro e olho para o médico.

- Bom, temos boas, e más noticias. – O médico diz.

- Quais das vocês querem primeiro? – O policial pergunta

- Começa pela boa... – Luther diz.

- Tudo bem... – O policial diz – A boa noticia é que com os argumentos da Emily, e com as investigações que não foram muito demoradas, concluímos que: Como o Félix estava deitado, ele atirou em um ângulo de noventa graus, o que faz que com a bala não atinja uma velocidade muito alta para atravessar o tecido da pele, mas... Como não temos certeza se foi mesmo nesse ângulo, parece que ele mirou certo, mas na hora do tiro acabou não aguentando segurar a arma direito, mas mesmo assim atingiu uma velocidade muito boa para conseguir atingir com tudo o David, como eu acho que todos esperavam, ele perdeu muito sangue... Mas essa parte é com o doutor...

O médico pigarreia e começa a falar.

- Digamos que a velocidade que o tiro conseguiu alcançar... Também conseguiu fazer um ótimo estrago no David, ele estava com a cabeça machucada, com que eu suponho que seja pela queda que ele tomou que eu acho que seja por isso que ele desmaiou, o tiro atingiu o ombro, o que não é muito bom, já que nessa área há um grande risco de perder a vida. O tiro atingiu sim a veia dele, e ele teve uma hemorragia das brabas. – Ele ri, e todos nós ficamos sérios – E perdeu muito sangue.

- Cadê a boa noticia? – O pai do David pergunta.

- Tá, calma... Quando o David chegou aqui os batimentos eram quase inexistentes... Tivemos que dar uns bons choques nele. E ainda fazer uma pequena cirurgia para que retirássemos a bala, já que ela não atravessou.

- Cadê a boa noticia? – O pai dele pergunta novamente e a mãe volta a chorar.

- Ele perdeu MUITO sangue, muito mesmo, por isso estava quase morrendo, por um milagre tínhamos bolsas de sangue extras aqui e colocamos no David, mas ele precisa de muito mais.

- Espera... – Eu começo – Então o David está vivo? – Abro um enorme sorriso.

- Ai que vem a má noticia... – Meu sorriso se desmancha por completo.

Meu coração disparava, eu não queria ouvir um “não”. Eu queria que aquele maldito tiro fosse em mim, iria ser menos dor em todos, já que são poucas as pessoas que se preocupam comigo, eu precisava ouvir que ele estava vivo, eu apenas queria vê-lo e poder ouvir suas reclamações... Eu preciso do David, e preciso ouvir que ele está vivo...

- Ele está vivo? Não é?


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Notas finais do capítulo

Tudo bem, eu prometo que não termino mais os capítulos assim :3
Bom, gostaram? Eu não achei lá essas coisas, mas quem sabe do próximo vocês não gostem hein?
Então, o que acham do David? Ele morre? Ou ele e a Emily ainda vão acertar as "coisas"? hehehe. Veja na próxima semana, no Nyah Fanfiction, parei com as dorgas.
Sim, o que aquela enfermeira disse é verdade, uma vez eu estava assistindo jornal com a minha avó - sou uma neta adorável - e tinha essa noticia do homem lá que recebeu um tiro no coração e está sã e salvo. Milagres acontecem meus amores. Amém ahsuahsha.
Então, até sei lá que de dia...
E outra noticia, que dessa vez é mesmo provável que eu não vou mais escrever, eu sei, eu já falei sobre novas fics, mas a maioria eu chego no quinto capítulo e travo, eu estou tentando desenvolver algumas, e caso consiga, eu posto aqui ok? Mas não prometo nada, e faltam seis para acabar essa fic, eu acho, tenho seis capítulos para pensar em uma nova ahusha. Senão eu vou me aposentar por um tempo ://
Entonse, até mais amores. Vou desentupir meu acompanhamento e responder alguns reviews.
Beijos :*