Uma Garota Fora Da Lei escrita por Bia Alves
Notas iniciais do capítulo
Olá novas, fantasmas e desaparecidas leitoras. Com vai vocês?
Eu só postei hoje por causa da diva recomendação da Lolly, migs, eu amei a recomendação, está diva *-*
Porque se dependesse dos reviews... aiai...
Boa leitura!
Sua mão percorre todo meu corpo, seu beijo é calmo, mas cheio de desejo, sua voz soa em meu ouvido, rouca e em um tom sexy, me deixando totalmente arrepiada.
- Te amo Emily.
Acordo ofegante, o despertador toca, aquilo fez o favor de tocar logo quando eu iria ver o rosto da pessoa. Mas não, o despertador tinha que tocar... Não, ele não tinha.
Levanto bufando e vou direto para o banheiro, pelo bem da humanidade, hoje já era sexta-feira, hoje já poderia ir para casa e dormir em paz. Há ao ser pelo fato de que a audiência está cada vez mais perto, e cada vez mais eu me preocupo com isso, e cada vez mais, eu fico com medo de entregar o Félix.
Eu sei que o certo é que eu tenho que entrega-lo, eu não posso falar que foi eu, sem ser eu.
Mas... Só de pensar que ele pode fazer qualquer coisa comigo se eu o entregar, que ele pode.. Até mesmo me matar. E não é exagero em nenhuma parte.
Depois que termino de me arrumar, pego a mochila, celular e o resto que precisava, tinha mais uma mensagem.
“Já disse que amo quando sorri para mim?”.
- Ainda sem número. Argh! – Eu quero matar o Luther por está enchendo a minha caixa de mensagem com essas mensagens idiotas de amor, tá legal, eu sorri ao ler isso, mas não significa que o Luther pode me mandar isso, que idiota.
Estava andando pelo corredor e no caminho encontro a Renata.
- Bom dia princesinha! – Ela diz, faço cara de desaprovação.
- Já está de bem comigo é?
- Ué, eu apenas disse a verdade Emily, você sabe...
- Tá, mas eu não sou... Ah! Esquece. Conte-me novidades.
Entramos no refeitório para tomar café.
- Não tenho, mas já você né...
- O que?
- Eu te vi entrando no quarto do Luther, no do David, no do Luther de novo.
- E o que é que tem?
- Com qual dos dois você está? Fala sério, eu preciso de um também, sabia?
- Ué, pega.
- Qual é o seu?
- Nenhum, Luther está tentando me conquistar e David... Ele nada.
- Mas você queria hein? – Sorrio
- Não – Digo séria.
Pegamos o lanche e sentamos em uma das mesas, começo a olhar em volta, e me lembro do dia que eu cheguei aqui, três meses, como o tempo passa rápido, e do nada, lembro da Julia.
- Ei! Cadê a Julia? – Pergunto
- A filha do diretor?
- Quem mais?
- Ela saiu do internato, ela aprontou demais, o pai disse que ela iria morar com a mãe em Londres agora.
- Ah! É que ela nunca mais apareceu, e nem me infernizou com o David, acho que em todo episodio ela apareceria do nada e... “O que é que você estava fazendo com ele?” – Imito uma vozinha chata. Renata ri.
- Normal, mas acredite, ela ainda voltará.
- Para o mal da humanidade.
- Exato.
Continuamos a comer, não conversamos mais sobre nada, Luther entra no refeitório, ele apenas acena para mim e eu devolvo, ele senta com o pessoal do time e as meninas que provavelmente era as lideres de torcida do tal campeonato.
- Você se inscreveu? – Eu pergunto para Renata.
- Para a abertura? – Assenti – Não, na verdade eu ainda sou a nerd do colégio, quer dizer, agora eu sou pouco mais sociável e tal, mas ainda sou “tímida”.
- É, tão tímida que transou com o primeiro que apareceu.
- Ei, ele era gostoso – ela da uma pausa – E bom de cama – rio e ela acompanha.
[...]
- Então... A distribuição eletrônica do elemento Ca... – Ignoro totalmente, odeio química, acho desnecessário, eu não quero saber para que serve os elementos químicos existentes no mundo.
Isso não mudará a minha vida em nada... Nada.
Ficamos horas na aula de química, apenas ouvindo coisas que eu não preciso saber, e acho que os outros aluno também, olho em volta e meu olhar se cruza com o do David, ele sorri, depois de muito pensar se correspondia, eu correspondo e ele ri.
- Depois quero falar com você! – Ele diz.
- Ok, quando acabar isso a gente se fala.
- Ok, eu...
- Emily e David? – Olhamos para frente – Se estão conversando é porque já sabem o assunto não é? Então, qual é a resposta dessa pergunta? – Ela aponta para o quadro - É fácil, assunto de oitava série.
- Ahn... Eu acho que... – começo a falar, mas David interrompe.
- A resposta é 10 neutros.
- Muito bem David, Emily, estude mais.
Olho para ele que ri de mim, eu mostro meu dedo médio lindo e gentil para ele.
[...]
Finalmente o sinal toca, eu acho que isso é uma segunda libertação dos escravos.
Saio da sala acompanhada por Luther.
- Sonhei com você – Ele diz.
- Que bom – respondo
- Não vai perguntar como foi?
- Deveria? – Olho para o lado e David faz um sinal me chamando – Eu vou aqui.
- Espera... – Luther sorri, então eu me lembro.
- Luther... É você quem está me mandando aquelas mensagens de amor?
- Mensagens?
- Sim...
- Que mensagens?
- Tipo, o seu sorriso é lindo, ele me encanta...
- Ah... – Ele encara o “nada”- sou eu – ele sorri e franzi o cenho – Você gosta?
- Um pouco clichê demais, mas até que é fofo – aperto as suas bochechas – não mande tão clichê assim, agora eu vou aqui.
Dou as costas e ele fica lá, encarando a parede branca pensando... Em alguma coisa que eu não faço questão de saber.
- Oi? – Falo com o David.
- Tudo bem? – Ele sorri.
- Vai direto ao ponto.
- Não é nada, é que... Queria saber se já está melhor?!
- Ah sim, estou sim. Ontem eu até lembrei mais disso, estava conversando com o Luther, mas já estou melhor sim.
- Que bom, então... Vai entregar o Emanuel?
- Como sabe o nome dele?
- Andei pesquisando – rio.
- Curioso, sim ou claro?
- Apenas estou recolhendo informações que possa usar contra ele.
- Argh! Ok, mas não, eu não sei se devo entrega-lo.
- O quê? Você é louca Emily? – Ele segura meus dois braços e me encara – Ele é o culpado, foi ele quem fez o tal crime que eu não sei qual foi, mas... Emily... Foi ele.
- Eu sei – Merda, já começo a gaguejar e meus olhos a lacrimejarem – Eu sei David.
- Não chora... – Ele fala manso – Emily, eu... Eu to tentando te dizer o que você deve fazer.
- Eu sei, mas... É tão complicado... – Logo as malditas invadem meus olhos – Ninguém pode me ver chorando - ele ri pelo nariz.
- Vem – Ele me leva, eu enxugo as lágrimas e logo entramos no quarto, que a propósito, era dele – Vai parar de chorar? Ou tá difícil?
- Será que pelo menos alguma vez na vida eu posso ser sensível?
- Sim, você pode, mas é que eu não gosto de te ver chorando, gosto de quando está sorrindo.
Sorrio, ai que gay... O David está muito... chato de uns dias para cá.
- Para com isso, eu odeio coisas clichês.
- Desculpa, só queria tirar aquela carinha de choro.
- Conseguiu né?
- Melhor assim, quer? – Ele pega um pacote de biscoito e me oferece.
- Biscoito? – Rio.
- Melhor que nada, não é?
- Tem razão – Pego um, começamos a comer tudo que tinha naquele quarto, David estava legal, até demais para o meu gosto, mas como ele “gosta de me ver sorrindo”.
Colocamos um filme, eu pedi de terror, mas ele insistiu para que seja de comédia, se fossemos um casal – por que eu to falando isso? – eu seria o homem da relação.
- Tá David... Coloca o seu filme ai vai – reviro os olhos e ele vai até a TV que tinha em frente a cama, eu me deito e ele me olha de cima a baixo.
- Folgada.
- Deite ai no chão, tem espaço de sobra.
- No chão? – ele ri – Emily essa cama é minha.
- Mas eu estou ocupando ela, então, deite-se no chão, obrigada.
- Nem pensar – Ele começa a me empurrar para o canto, mas eu o empurro de volta, mas... Ele ganha e acaba deitando ao meu lado.
- Idiota, você fede – Ele ri.
- Me ame menos, por favor.
- Coitado de você se eu te amar menos.
- Shiu! O filme começou.
Paramos de conversar e começamos a prestar atenção no filme, não demorou muito para que eu caísse no sono.
Pov. David
De uns dias para cá, eu tenho falado mais “amigavelmente” com a Emily, o que é bom, mas não é ótimo, só uma coisa me faz ficar perto dela e querer que ela fique bem, é o caso, o julgamento que vai ser em menos de um mês, isso me faz querer ficar perto dela... Para que eu coloque em sua cabeça o que é o certo, que no caso... É entregar o Félix.
Mas ela tem medo, quem diria, a Moore com medo, essa eu não esperava, mas como todos dizem:
Eu sabia o seu nome, e não a sua historia.
Por trás dessa menina metida a rebelde, que sempre tem uma resposta na ponta da língua. Tem a verdadeira Emily, aquela que tem medo de aparecer e se machucar, a Emily que é sensível. A que chora. E não a que sempre te dar as melhores respostas, que depois você nem consegue falar mais nada. Não aquela que te bate por bestagens e sim aquela que sempre precisa de um abraço.
Que a propósito, está deitada em meu peito no seu décimo oitavo sono. Garota dorminhoca.
E com pele macia a propósito.
Mas esquece.
A encaro fazer do meu peito o seu travesseiro, folgada. Muito folgada.
Mal passou meia hora do filme e ela já estava dormindo.
Passo a mão pelos seus cabelos, não me pergunte o que eu estava fazendo, eu não sei. Passei pelo seu rosto, e toquei a ponta dos meus dedos em seus lábios avermelhados, aqueles lábios que eu tive a chance de beijar duas vezes. E que eu aproveitei bem, nem tanto, porque ela realmente é complicada. Sempre que tento colocar mais lenha na fogueira ela acaba apagando o fogo.
Alguém começa a bater na porta do quarto, devagar eu tiro a cabeça dela do meu peito e levanto, assim que abro a porta.
- Luther? O que quer aqui? – Ele começa a olhar para dentro do quarto.
- Cadê a Emily? Eu vi você trazendo ela para seu quarto.
- O que é que tem?
- O que é que tem? Eu quero falar com ela, será que eu posso? Ou será que você vai ficar com ciúmes?
- Entre – Dou passagem.
- O que vocês fizeram? Vocês transaram David? – Ele grita e eu começo a ri.
- É claro que não né Luther, eu e a Emily? Fala sério, eu apenas estava assistindo um filme com ela, mas ela dormiu.
- Assim eu espero, a Emily é minha David, minha...
- Tá! Pegue-a leve para seu quarto façam loucuras. Não me importo.
- É você quem está mandando mensagens para ela?
- Mensagens? Que mensagens?
- Mensagens David, de “amor”.
- Por que eu faria isso?
- Não sei, mas espero que entre em sua cabeça que a Emily é minha, e sempre será.
- Faça bom proveito. – Levanto as mãos como se me rendesse – Agora falta só você acordar ela.
- Emily? – Ele se aproxima dela – acorda meu amor – ela resmunga e se vira.
- Me deixa – ela diz.
- Acorda, vamos para o meu quarto, lá é bem melhor – ele passa a mão pelos cabelos dela – Vamos.
- Me deixa caramba, eu quero dormir – ela se enrola.
- Vamos Emily – ela levanta com a cara seria.
- Será que nem... Luther? – Ela franziu o cenho.
- Claro, ou acha que é o David quem vai te chamar de “meu amor”?
- Ah, eu sei lá, mas enfim, eu vou para o meu quarto – ela levanta – dormir na minha cama – calça a sandália – e sonhar com o meu amor – ela vai para a porta – agora tchau.
Ela sai do quarto batendo a porta.
- Amor? – pergunto – quem é o coitado? – Luther me fuzila.
- Olha aqui David, eu sei que a gente é amigos, mas presta atenção no que você faz a Emily, ela é minha, e eu vou conseguir conquista-la.
- Ela é todinha sua – Digo sorrindo.
- Ótimo – Ele sorri e sai batendo a porta.
- E a promessa de nunca trocar o amigo por uma garota vai por água a baixo.
Eu me jogo na cama.
Pois é, eu e o Luther sempre mantivemos uma amizade “bonita” chega até a ser uma amizade gay na visão de outras pessoas.
Mas eu acho que essa amizade vai por água a baixo se ele continuar um tanto quanto doentio pela Emily, se ele continuar assim, adeus amigos.
Tudo está mudando aos poucos. O Luther está brigando comigo por uma garota, a Emily está tão frágil que eu acho que aquela não é a “Emily” que veio tempo atrás para esse internato, e eu... Bom, eu não sei mais o que está acontecendo comigo, eu não sei mais o que eu quero ou o que eu não quero.
Mas “algo” diz para eu ficar perto da Emily, para dar as “forças” que ela precisa.
E é o que eu to fazendo, mas tenho que tomar bastante cuidado, o coração costuma ser traiçoeiro.
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Eu não gostei muito desse capítulo, mas do próximo eu gostei +/- que está prontinho, só esperando para ser postado.
Não fiquem muito felizes com essa nova "amizade" entre o David e a Emily, nunca se sabe quando alguém acidentalmente pode levar um tiro né?
Parei com o spolier. hehueheuheuheuheueh
Será que quinze acredita que digitar alguma coisinha para mim não cai o dedo? Vamos lá né gente, vai ficar tantas sem comentar, só quinze poxa... Até mais. Lolly, gata, obrigada.
Agora vou ali tirar o atraso dos reviews