POV: Kate

Minerva estava dura de raiva a minha frente.

– Kate, agora que Beatrice esta melhor acho que já podemos conversar. Sei que quando sua irmã foi ameaçada você a defendeu e apenas isso, mas a escola não pode ignorar que foi uma tentativa de homicídio – arregalo os olhos para ela, sim, eu ia matar aquele desgraçado, mas ela não podia me punir por isso – Acho que não sabe nem da metade da influencia que tem. No momento que eu estava pensando em que punição dar a você recebi algumas visitas.

“Os quatro times de quadribol vieram aqui, garantiram que seguiriam você se a decisão fosse expulsão, com seus respectivos irmãs e amigos próximos, os amigos de Bi também vieram aqui e disseram a mesma coisa. Os fantasmas também vieram, deram seu parecer de revolta e ameaçaram algumas coisas bem desagradáveis. E todos concordaram que iriam trazer todos os seus contatos para dentro desse castelo. E a maioria dos professores ameaçou se demitir”, seus olhou se voltam para Severus que tinha a expressão mais determinada do mundo. E prefiro não comentar dos quadros.

“E ainda recebi uma carta muito pouco educada do Sr. Draco Malfoy de duas folhas explicando por miúdos a descendência Black que estudou nesse colégio, especificando as ações que tomaria na justiça em seu nome.”

Minha boca caiu, nunca imaginei algo com aquilo por mim. Até Draco se erguera a meu favor, tinha até esquecido que éramos parentes.

– Acontece que eu nunca cogitei em expulsá-la. O ideal do Ministério é manter vocês segurança nesse colégio, sei que não está dando muito certo, mas seria bem pior se estivesse lá fora. Mas nada, sem seus colegas nem meu corpo docente pode impedir que eu cumpra minha vontade – olhei em seus olhos, a preocupação com Bi me fazia sentir vazia, mas eu não podia deixar de desafiar uma autoridade – Você está expulsa do time de quadribol – um aperto frio se fechou em volta do meu peito, fazendo as dores que eu já sentia piorarem. Sev fechou os olhos e me segurou em pé – E você cumprirá detenções nos horários de jogos daqui até o fim do ano, com o Prof. Neville.

Eu vacilei. Não. E mais isso.

– Por favor – minha voz saiu dolorida, estava cansada de tudo aquilo. Meu tom pareceu alarmar Severus – O professor Longbotton não! Qualquer um, menos ele.

– O professor foi o único que não apoiou você, ele seria o único rígido como deve ser.

Ele vai me matar.

– Kate – Sev se abaixou de ante dos meus olhos – O que há de errado? Fale comigo.

–Você sabe que Neville me odeia, né? – ele assentiu – Não posso adicionar nada ao enredo ainda. O próximo capitulo esta em desenvolvimento...

Minerva quase sorriu então meneou a varinha e Pincel surgiu na sua mesa.

– Vá dormir, vou ficar com isso. Descanse.

Quando fui descendo as escadas Sev tentava conversar comigo, mas eu estava sem vontade de conversar. Provavelmente pela primeira vez na minha vida. Então olhei a multidão a minha frente, os rostos determinados de quem sabia o que estava fazendo. Ted beijou meu rosto e subiu, seguido pelo time da Grifinória, todos determinados e com vassoura na mão. Então veio a Sonserina, meus companheiros sérios como num enterro. Então Corvinal e Lufa-Lufa.

Observei enquanto subiam, em silencio, meus olhos se enchendo de lagrimas. Quase pude adivinhar o que estavam planejando.

– Ela esta menor? – Sev me olhou de modo esquisito quando eu perguntei isso, tinha algo ali além do cansaço e da raiva, não posso dizer se era dó ou carinho. Olho para Bi – Ela parece menor.

Minha irmã estava esverdeada, os cabelos pareciam mais finos e o brilho se fora, os lábios estavam rachados, e quando eu olhava seu rosto eu me lembrava do sangue nas mãos de Sev quando ele me abraçou logo depois do ataque.

– Não, minha linda – ele colocou as mãos em meus ombros e abaixou o rosto para perto de mim – Elas parece menor porque está doente, e por causa da cama, é grande para deixa-la confortável.

Me sento na cama e seguro a mão dela, já fazia três dias, que ela não acordava. Tantos bruxos já tinham ido ver o que podiam fazer por ela que eu já tinha confundido rostos e especialidades. Eu não dormi nada nesses dias, minha mente indo de minha irmã à escola.

As noticias de lá não eram boas, os meninos tinham começado uma greve na escola que a estava levando ao caos, uma greve que envolvia fantasmas e até alguns funcionários. Os contadores de pontos foram zerados em dois dias de confusão. Pirraça estava solto fazendo todas as confusões que podia por ordem do Barão. Era a Terceira Guerra Bruxa quase.

Alguém bateu na porta.

Sev ergue os olhos. Hermione. Ele quase não saia mais do hospital por nossa causa. Mas eu não me importei com ela e sim com o cabelo azul que entrava, saltei da cama e corri para Ted, ele me apertou em si, me fazendo sentir segura.

Hermione desviou da gente e foi para a cama, colocando um jarro de flores na mesinha de cabeceira. Percebi depois o ruivo sentado na cama, primeiro ele olhou Bi como se o mundo estivesse acabando, depois olhos Sev, implorando ajuda. Isso derrubou o ciúme do homem, que apenas apertou o ombro de Fred.

Ted ficou abraçado comigo enquanto os adultos conversavam e Fred chorava. Eu tive uma vontade imensa de abraçar meu cunhadinho e chorar com ele, mas fiquei forte. Alguém ali tinha que ficar.

– Ficar forte não é tão bom quanto parece... – ele sussurrou em meu ouvido – Chorar é o melhor indicativo de força.

Olho para ele, os olhos verdes de Harry, de Lilian, de um órfão sozinho... Quantas vezes ele não já chorara. Apertei-o em mim.

– Com licença – aquela voz me congelou. Neville estava na porta, ele parecia mais doente impossível, até pior que Bi. Severus andou até ele pisando forte, os dois sussurraram um pouco, eu queria poder ouvir o que eles falavam – Pode salvar ela! – foi a única coisa que eu ouvi. Talvez ele tivesse tido uma ideia de como salvar Bi.

Os segundo passaram e eu não tirei meus olhos dos de Ted. Eu podia confiar minha irmã a Neville? Ele já tinha me feito tanto mal. E eu desconfiava de algumas coisas dele... mas talvez salvasse Bi....

– Kate? – Sev, chamou – Vem cá! O professor Longbotton quer falar com você – respirei fundo e caminhei para a porta. O que ele queria?

Neville estava encostado na parede, respirando forte, com a mão no peito. Meu instintos falaram mais forte que eu. Corri para ajuda-lo, ele estava com febre e suava muito, agarrou meu braço com força.

– Sei que já notou que há algo de errado, dei uma ordem ao meu elfo para não sair de Hogwarts e corri para cá, estou sem tomar a poção que ele me dá toda noite tenho medo de morrer se não tomar... Arrrr – se dobrou e gemeu de dor. – Me ajude por favor, ninguém acreditaria, eu sinto vontade de matar você, mas não quero isso... me ajude!!!

Ele estendeu a mão para o meu pescoço, lutando contra si mesmo e correu pelo corredor, como se não pudesse mais se segurar ali. Fiquei em choque, então Neville precisava de mim. E eu tinha que ajudar. Como?

Quando entrei no quarto Sev e Hermione estavam discutido.

– Não pensei em chá de Suculenta da Lua... Talvez resolva... Neville tem razão... – Hermione sorriu – Severus, faça o chá, você é melhor nisso que a maioria dos medibruxos...

Ele olhou para saco em sua mão, deviam ser as suculentas. Isso realmente podia salvar sua vida. Sorri pela primeira vez em muito tempo.

– Mas eu ia ter que ir para Hogwarts...

– Eu fico aqui com Bi, não temos hora de voltar para casa.... Pode ir, Severus....

Dei um beijo na bochecha de Ted e um na de Fred e agarrei o braço de Severus quando ele disse que ia aparatar e voltar logo.

– Não quer ficar aqui? – ele arregalou os olhos.

– Tenho q eu fazer umas pesquisas...

Eu ia salvar Neville Longbotton... nem que isso me custasse a vida...