Takari: A Força Da Amizade. escrita por Hikari


Capítulo 1
Takari: A força da Amizade - Capitulo único.


Notas iniciais do capítulo

Oiee gente,
Eu já falei tudo nas notas iniciais e vou dizer uma coisa importante nas finais, aqui só quero dizer que espero que gostem da história e deixem os vossos comentários!



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Era um dia de Inverno na cidade de Odaiba, um dia bem frio.

Uma menina de cabelos castanhos, curtos e lisos, olhos rubi, estava sentada por baixo de uma árvore num parque. Ela tinha lágrimas nos olhos e estava de cabeça baixa.

— Porquê eu .... Porquê... - soluçava ela. - Não queria que isto tivesse acontecido...

Um rapaz moreno, de cabelos bem espetados e sorriso nos lábios, que passava por ali perto, viu a menina a chorar, e como era seu amigo foi ter com ela.

— Hikari? - Perguntou aproximando-se dela. - Porque estás a chorar?

Ela levantou a cabeça para ver de quem era a voz, e quando percebeu que era do seu amigo, enxogou as lágrimas e respondeu:

— Olá Daisuke. - A voz dela estava rouca. - Não se passa nada, não te preocupes.

Hikari sempre foi muito bondosa e preocupada com os outros, mas não queria que eles se preocupassem com ela, não queria ser um fardo para ninguém.

— Estás aqui sozinha a chorar, e ainda me dizes que não é nada? - Ele tirou a mochila das costas e encostou-a á árvore e sentou-se ao lado da amiga. - Porque não me contas?

— Vais achar estúpido e infantil. E também não é de grande importância. - Ela continuava a olhar o chão e as lágrimas não paravam de lhe escorrer pelo seu rosto.

— Queres mesmo discutir estupidez e infantilidade comigo? - Ele arqueia a sobrancelha. - Já fiz mais estupidezes que para as contar, é preciso um super computador e um enorme grupo de contabilistas.

Ela ri-se e limpa as lágrimas dos olhos.

— Só mesmo tu Daisuke, para me fazeres rir numa altura destas.

— Agora que estás mais calma, podes contar-me porque estavas a chorar?

— Pronto, eu conto. Foi assim...

P.O.V da Kari:

Eu estava a vir para casa da escola. Achei estranho não ver mais o Takeru depois da aula, mas não dei muita importância. Pensei que a mãe dele o tivesse chamado para uma coisa importante ou assim.

Fui andando até que parei no rio que está próximo da escola.

Vi o Takeru e fiquei muito contente, mas depois de ver quem estava com ele o meu sorriso desapareceu.

A Sophie, a chefe de claque, estava encostada na parede com as mãos nos cabelos do Takeru.

Ele ,por sua vez, estava com as duas mãos na parede e estava a beijá-la, pelos visto estava a gostar imenso.

Meu coração parou nesse momento, e fiz a primeira coisa que me veio á cabeça. Fugi dali, precisava estar sozinha para pensar.

Fim do P.O.V da Kari.

— Entendo... - Daisuke ficou surpreso com aquilo que tinha acabado de ouvir. - Anda. - Estendeu-lhe a mão. - Eu levo-te a casa, ficares aqui a chorar não vai resolver nada.

— Muito Obrigada Daisuke. - Ela pega a mão dele e levanta-se. - Tens razão, ficar aqui não resolve nada.

Os dois amigos começaram a caminhar para casa de Hikari num total silêncio. A menina tentava segurar as lágrimas para não preocupar muito o amigo, mas isso era quase uma tortura. Daisuke estava com cara de poucos amigos, e com os punhos fechados.

" Aquele sacana do Takeru vai pagá-las, isto não vai ficar assim..." - Pensava o moreno furioso.

Quando chegaram a casa de Hikari esta fala:

— Muito Obrigada por me trazeres a casa, e por me ouvires Daisuke. - Ela põem a chave na porta e a abre. - És mesmo um bom amigo.

— Não tens de quê - Ele sorri ligeiramente. - Mas agora tenho de me apressar, tenho de tratar de um assunto...

— Assunto? Que tipo de assunto? - Hikari pergunta curiosa.

— Humm, não é nada de importante, foi apenas uma coisa que a minha mãe me pediu para fazer.

— Ok, estão até amanhã. - Ela sorri, ainda com os olhos manchados de ter estado a chorar.

— Até amanhã. - Responde o moreno.

Depois de sair do prédio que Hikari, Daisuke começou a correr em direcção da casa de Takeru.

" Ele vai pagá-las, como ele pôde..." - Pensava ele enquanto corria cada vez mais.

Em pouco minutos ele chegou a casa de Takeru. Nem pensou em usar o elevador. Com a raiva toda que tinha, foi directamente pelas escadas.

— Takeru! - Disse quando chegou á porta de casa do amigo. - Preciso de falar contigo.

Takeru estava no seu quarto lendo um livro, quando ouviu alguém a bater á porta.

" Que não seja aquela maluca outra vez, por favor, que não seja ela." Pensava o loiro. " Já me deu problemas que chegue."

— Takeru! - Daisuke continuava a bater á porta.

— Já vai. - O rapaz pousou o livro na mesinha e saiu do quarto.

Ao abrir a porta deparou-se com um Daisuke bastante diferente do habitual. Bastante nervoso e com os punhos fechados.

— O que fazes por aqui? - Perguntou Takeru.

— Nada de mais...- Respondeu Daisuke com a voz bastante calma. - Apenas vim dar-te uma coisinha...

O moreno nem deu tempo a Takeru para responder, agarrou-o pela camisola e deu-lhe um soco, fazendo-o cair no chão.

— Para que é que foi isso? - Takeru perguntou com a mão na boca, limpando o sangue que lhe escorria do lábio.

— Para ver se acordas.- Gritou o moreno.

— Para ver se acordo? Mas tu estás a falar de quê?

— Não te faças de desentendido. Desde quando namoras com a Sophie? Então e a Hikari?

— A Sophie? Eu... - Takeru ia falar, mas ai ele lembra-se do que tinha acontecido nessa tarde. - Eu não fiz por querer...

— Não fizes-te por querer? Vais-me dizer que não gostas-te? - O rapaz fala num tom de óbvio sarcasmo.

— Não, eu não queria. - O loiro agarrou-se á parede e levantou-se. - Mas o que a Hikari tem haver com isto?

— O que a Hikari tem haver com isto? Que raio de pergunta é essa? Não eras tu que estavas apaixonado por ela?

— Eu não estava apaixonado por ela, eu estou.

— Então porque andas a beijar as outras raparigas?

— Eu já te disse que não tive culpa Daisuke! - Agora era Takeru que gritava. - Porra, não entendes isso?

— Não foi o que a Hikari me disse. Pelo que ela disse, tu estavas a gostar bastante de a beijar.

— Ela disse-te isso? - Ao ouvir isto Takeru baixa o tom de voz. - Ela viu?

— Sim, ela viu. Encontrei-a a chorar no parque. Ela estava a chorar e a culpa é tua. - Daisuke olhava Takeru nos olhos. - Sabes o quanto eu te envejava? Envejava-te muito. Para além disso, eu engoli o meu orgulho, eu admiti que perdi. Admiti que era a ti que a Hikari queria, e que eras tu quem a fazia feliz. E tu agora fazes-la chorar e andas a beijar quem te apetece?

— Foi ela que me beijou, eu não queria, ainda não entendes-te isso? - Os olhos do loiro encheram-se de lágrimas. - A Hikari é muito importante para mim, e a última coisa que eu queria era vê-la a chorar, ainda por cima se a culpa for minha.

— Se dizes que a culpa não é tua, porque estavas com ela naquela altura? Já nem falo no beijo...

— Senta-te comigo na sala que eu explico-te tudo.

— É bom que tenhas uma boa explicação...

Os dois amigos sentaram-se no sofá da casa de Takeru e este começa a explicar:

— Então o que aconteceu foi isto ...

POV do Takeru:

Mal a campainha tocou peguei nas minhas coisas e sai correndo da aula, tinha de apanhar a minha mãe em casa antes de ela ir para o trabalho. Ela tinha uma recado para mim.

Quando cheguei perto do rio parei um bocado para descansar, quando vi alguém a aproximar-se de mim.

— Finalmente chegas-te, amor. - Falou ela.

— Tu outra vez? Já não te disse que não quero nada contigo?

— Vamos ver se é mesmo assim...

Para dizer a verdade ela estava a assustar-me. Eu ia dizer mais qualquer coisa quando ela me agarrou pela camisola e juntou os lábios dela com os meus. Sem eu contar, ela agarrou-me nos cabelos e encostou-me á parede. Pus as mãos na parede para me ver livre dela, mas não adiantou, ela estava apertando os meus cabelos com muita força.

— Tu és louca. - Falei quando finalmente me consegui soltar.

— Não digas que não gostas-te, porque eu sei que isso é mentira. - Ela sorria mordendo o lábio inferior.

— Nunca mais faças isso, eu não estou apaixonado por ti. - Como não me apetecia discutir mais com ela virei costas e deixei- a a falar sozinha.

Fim do P.O.V do T.K

— Então foi isso que aconteceu... - Daisuke estava pensativo.

— Sim foi. Agora acreditas em mim?

— Isto foi uma bela maneira de te tramar, porque a Hikari neste momento não te deve querer ver nem pintado. - Ele encosta-se no sofá com os braços por detrás da cabeça. - E agora o que pensas fazer?

— Eu não sei... - Responde o loiro levanto as mãos á cara. - Eu queria ir até casa dela, mas como dizes, ela deve estar tão chateada que nem me deve querer ver nem pintado.

— Acho que tenho uma ideia...

— Ho não! Quando tu dizes isso não é bom sinal, tu não costumas pensar bem assim tão rápido.

— É um bom plano vais ver. - O moreno desencosta do sofá. - E se não gostares sempre podemos pensar noutra coisa.

— Pronto, está bem. Qual é plano?

— Eu estava a pensar em fazer uma coisa assim...

Enquanto Takeru e Daisuke tentavam arranjar um plano para esclarecer o mal entendido, Hikari estava em casa conversando com a sua parceira Digimon:

— Apaixonar-me pelo Takeru foi a pior coisa que já fiz. - Falou Hikari, que estava deitada no sofá vendo televisão.

— Não digas isso... - Tailmon estava sentada na parte superior do sofá olhando Hikari. - Deve ter havido aqui qualquer mal entendido.

— Não houve mal entendido nenhum. Se ele não gostasse dela não a beijava. - A menina pega numa almofada e leva- a á cara. - Aquilo foi a pior coisa que já vi.

— Vamos, anima-te Hikari...

Voltando á casa de Takeru, onde os dois amigos já tinham estabelecido um plano para juntar Takeru com Hikari.

— É um optimo plano Daisuke. Mas tens mesmo a certeza que queres fazer isto? - Takeru estava confuso com a decisão do amigo. - Quer dizer, tu não gostavas da Hikari também?

— Eu sei perder.- O moreno falava calmamente. - Posso parecer distraído, e uma pessoa que não pensa bem nas coisas mas não sou estúpido. Tenho olhos para ver que é contigo que a Hikari quer estar, que é de ti que ela gosta. A vossa amizade, para mim, é muito mais importante do que qualquer paixoneta que eu tenha.

— Não fazia ideia que pensavas assim. - Takeru estava bem surpreendido. - Não conhecia esse teu lado.

— Quase ninguém conhece. Posso não ser o melhor aluno e não ter as melhores notas, mas sei bem o valor de uma amizade, as aventuras no Digimundo ensinaram-me muitas coisas, e os meus amigos também, e tu foste um deles. Não sou inteligente, mas também não sou estúpido.

— Nunca te tomei como estúpido. Aliás, és um optimo lider, e um amigo ainda melhor. - Estas palavras de Takeru conseguiram arrancar um sorriso do moreno.

— Obrigado amigo. Tréguas? - Daisuke estende a mão a Takeru. - Apenas por esta vez?

— Tréguas. - E os dois amigos apertam as mãos.

— Bem, vou indo. - O moreno levanta-se do sofá. - Vemos-nos mais logo. Sabes o que tens de fazer né Romeu?

— Sim.- O loiro sorri. - Os simbolos da amizade e da coragem são mesmo perfeitos para ti.

— Acho que finalmente eles são amigos. - Diz Patamon de dentro do quarto de Takeru. O digimon estava a dormir ao lado do parceiro quando Daisuke tocou na campainha.

— Bem, lá vou eu para casa aturar a minha irmã Jun e as amigas dela...

— Como assim as amigas dela?. - Takeru estava curioso.

— A minha irmã decidiu levar as amigas estéricas dela lá a casa para uma festa do pijama. Não estou com vontade nenhuma de jantar com aquelas malucas. - Suspira.

— Queres jantar aqui? A minha mãe está a trabalhar e estou sozinho com o Patamon.

— Sério? Posso? - Os olhos de Daisuke começaram a brilhar.

— Sim, tens é de chamar o Demiveemon, ou ele quer ficar lá com as meninas?

— Dúvido que queira... Mais uma coisa: posso usar o teu telefone? Quero pôr o nosso plano em marcha.

— Claro, está ali. - Takeru aponta para o telefone que estava em cima da mesa de centro da sala. - Podes usar a vontade, eu vou começar a fazer o jantar.

Então Daisuke pega no telefone e digita o numero de casa de Hikari.

Na sua casa, Hikari, ouve o telefone a tocar e vai atender.

— Alõ? - Fala com a voz bem rouca e baixa.

— Olá, és tu Hikari?

— Daisuke?

— Sim sou eu! Queria fazer-te uma pergunta.

— O que é?

— Tens planos para hoje á noite? Pensei que podíamos sair e assim animavas-te um pouco, e tentavas esquecer o Takeru.

— Bem.... Eu acho que.... - Ela nem sabia se queria aceitar ou não, mas acabou por ceder. - Tudo bem, eu preciso mesmo de me animar um pouco.

— Boa então, a que horas queres que te vá buscar a casa?

— Não sei, a que horas acabas de jantar?

— Mais ao menos ás... 20h, está bem para ti?

— Perfeito, então aqui te espero a essa hora.

— Boa, até logo.

— Até logo.

" Tenho de o esquecer... E este passei acho que me vai fazer bem." - Pensava a morena enquanto ia para o seu quarto para escolher a roupa para o encontro com Daisuke.

— Mas Hikari... - Tailmon tinha ouvido a conversa toda, e tentou fazer a parceira mudar de ideias. - Acho que tentares usar o Daisuke para esquecer o Takeru não é boa ideia...

— Eu não vou fazer isso, quero é ver se me animo. E também é apenas uma saida de amigos, nada de mais.

— Se tu o dizes... Queres ajuda para escolher a roupa? - Tailmon, desde que as aventuras no Digimundo acabaram, ganhou um gosto pela moda. E segundo Hikari, tinha muito bom gosto.

— Claro, tens um gosto optimo. - Hikari sorri para a parceira. - Acho que graças a ti, visto-me melhor que antes.

— Obrigada, mas em ti a roupa não faz muita diferença, és linda de qualquer maneira.

— Muito Obrigada, pena que o Takeru não pense assim...

— Não eras tu querias esquece-lo? Então vamos lá escolher roupa e animar-te um pouco.

— Sim, vamos. - E as duas parceiras foram para o quarto de Hikari escolher a sua melhor roupa para a saida com Daisuke.

Várias horas se passaram. Takeru e Daisuke já tinha jantado, tal como Hikari, que neste momento estava-se a vestir com a ajuda de Tailmon.

— Achas que este vestido me fica mesmo bem? - Hikari perguntou a Tailmon.

O vestido que ela tinha vestido era todo de cor coral, com alças pretas e um cinto da mesma cor. Acentava-lhe muito bem na cintura e claro, foi Tailmon que escolheu.

— Estas linda Hikari! - Tailmon estava maravilhada. - Esse vestido fica-te mesmo bem.

— Sério? Obrigada. Agora vamos ver se as sandálias e a flor do cabelo ficam bem aqui.

Ela calçou umas sandálias pretas, com uma flor na parte da frente, e colocou a flor rosa clara na cabeça.

— Que tal estou? O conjunto completo fica bonito?

— Estas lindíssima Hikari.

— Obrigada Tailmon, agora é só esperar pelo Daisuke.

Enquanto isso, na casa de Takeru, os dois rapazes já estavam a sair de casa.

Takeru estava vestido com um casaco preto e umas calças de ganga da mesma cor. A camisola que tinha por dentro do casaco era vermelha . Tinha umas sapatinhas também pretas e com detalhes brancos.

Eles iam sair de casa quando Daisuke fala:

— Já sabes o que tens de fazer não é?

— Sim, eu sei. Mas não demores muito ouvis-te? Ou a rosa ainda murcha.

— Não te preocupes, eu sou pontual. Vou agora buscar-la a casa e tu vais já para o parque ok? Encontrámos-nos lá.

— Sim, encontramos-nos lá.

Então os dois rapazes separam-se, Daisuke foi a casa de Hikari buscar-la e Takeru foi logo para o parque onde era para ser o encontro.

Quando Daisuke chegou a casa de Hikari, tocou á campainha e ela abriu:

— Que bom que chegas-te! - Falou a menina alegremente.

— Hi...Hikari, tu estás linda. - O rapaz estava maravilhado. Ele já achava Hikari bonita, mas com aquele vestido ela ainda estava mais.

— Obrigada Daisuke. - Ela cora ligeiramente. - Onde me vais levar a passear?

— É surpresa... Mas prometo-te que é um sitio lindo.

— Daisuke! - Ouve-se alguém gritar de dentro de casa da Hikari.

— Mas quem é que está a gritar? - Perguntou Daisuke.

— Acho que sei quem é...

— Daisuke. - Fala Taichi aproximando-se da porta. - Então ias levar a minha irmã a sair e não me pedias permissão?

— Bem.... Eu... - Daquilo ele não estava á espera. Quando estavam a discutir o plano, nem ele nem o Takeru se lembraram do Taichi, que podia não achar piada alguém sair com a sua irmazinha. - É só uma passeio de amigos...

— Espero bem que sim. - O irmão da Hikari estava sério. - Quando a trouxeres nos falamos melhor sobre isto compreendido?

— Compreendido!

" Vou-me livrar de boa, tenho pena do Takeru, vai ter de explicar muita coisa..." - Pensava o Daisuke.

— Vamos então. - Hikari empurrou Taichi para dentro de casa e fechou-lhe a porta na cara. - Que irmão mais chato que eu tenho. Desculpa por isto...

— Não faz mal. Agora vamos andando, quero chegar cedo ao sítio que te falei.

— Mas que sitio é esse? Estou curiosa...

— Já vais ver.

Eles forma andando até ao parque, sempre conversando, até que quando chegaram:

— É aqui! - Falou o moreno. - Não te queres sentar num daqueles bancos? - Ele aponta para os bancos perto do rio.

— Isto é lindo! - Hikari olhava em volta. - Muito Obrigada por me trazeres aqui.

— Não foi nada, gosto de ajudar os meus amigos. - Ele sorri para Hikari, que retribui o sorriso.

Eles foram-se sentar no banco que Daisuke tinha indicado. Enquanto Hikari olhava o rio, ele tentava ver onde Takeru se tinha escondido. Quando o viu atrás de uma grande estátua que tinha o parque disse:

— Hikari, desculpa mas eu tenho de fazer o telefonema, já venho.

— Ok... - Ela ficou meio desconfiada, mas não deu grande importância e continuou olhando o rio.

Daisuke pegou no telemóvel e correu para perto de Takeru. Ajoelhou-se e falou:

— Agora é contigo, eu já fiz a minha parte. Se estragares tudo nunca mais te perdoou-o.

— Muito Obrigado Daisuke, por tudo que estas a fazer por mim, e também pela Hikari. Estou-te eternamente agradecido.

— Também não é para tanto, eu só fiz o que qualquer amigo faria. - Ele agora aponta para Hikari. - Ela está ali, agora é contigo Romeu.

— Sim, deseja-me sorte. - Ele levanta-te e, muito devagarinho, vai-se aproximando de Hikari.

— Sorte. - Sussurrou o moreno por detrás da estátua.

Takeru foi-se aproximando de Hikari, bem devagar, para ela não sentir logo a sua presença. Quando chegou perto dela falou:

— Olá Hikari, podemos falar?

A menina reconheceu imediatamente a voz. Virou-se e viu Takeru ali parado com um pequeno sorriso fraco nos lábios.

— Takeru... O que estás aqui a fazer?

— Vim falar contigo, acho que precisamos de fazer isso.

— Porquê? Não vejo motivo. - Ela olhava o lago de novo. - Além do mais eu tenho companhia, eu estava aqui com o Daisuke.

— Eu sei... Mas acho que ele não se importa. Posso sentar-me contigo?

— Faz o que quiseres...

— Olha... - Começa ele nervoso. - Eu vim falar contigo porque acho que precisamos de esclarecer uma coisa... Que é sobre...

— Vai logo direto ao assunto, não enroles. Já me fizes-te sofrer bastante hoje para que saibas...

— Eu sei disso... Por isso vim aqui esclarecer as coisas e...

— Não me tens de dar explicação nenhumas. - Ela corta a fala dele. - A vida á tua e tu fazes o que quiseres.

— Achas mesmo que não tenho de dar explicação á pessoa que eu amo?

— O quê? - Ela olha para ele perplexa. - Mas tu não...

— Não. - Ele aproxima-se dela. - Acredita em mim, é a ti que eu amo. Não tenho culpa de ter uma doida atrás de mim. Hikari, conheces-me á muito tempo, e sabes que a ti não tenho coragem de mentir... Eu amo-te.

— Eu nem sei o que dizer Takeru, eu...

— Não digas nada, as palavras não falam pelo coração... - Ele aproxima-se dela e encosta a sua cabeça com a dela. - Deixa-te ir...

Ele vai encostando lentamente os seus lábios com os dela, enquanto com a mão direita faz um carinho no seu rosto. Finalmente eles selam os lábios com um beijo. Hikari sentia-se nas nuvens. Ainda á pouco tempo atrás ela se sentia a pessoa mais triste do mundo, e agora estava a ter a melhor experiência da sua vida. Por sua vez, Takeru, estava quase a explodir de felicidade, nem acreditava no que se estava a passar, parecia um sonho.

Quando finalmente se separaram Hikari fala:

— Eu... Ainda não acredito no que aconteceu...

— Eu também não... - Ele não conseguia parar de sorrir. - Olha, eu trouxe-te isto. - Ele pega na rosa que tinha escondida no casaco e estendia para Hikari.

— Takeru, é linda. - Ela pega na rosa. - Muito Obrigada.

Os dois se abraçam, num abraço demorado. Takeru separa-se dela e ajoelha-se no chão.

— O que estás a fazer? - Ela fica confusa com a atitude dele.

— Já vais ver. - Ele pega na mão dela e olha-a nos olhos. - Hikari Yagami, eu queria te perguntar: Queres ser a minha namorada? - Os joelhos dele tremiam, assim como suas mãos.

— Eu... Eu... Mas.... - Ela respira fundo, nem conseguia falar direito com tanto nervosismo. - Claro que sim!

Ela atira-se para os braços dele, fazendo-o desequilibrar-se e cair no chão, com ela em cima.

— Takeru, desculpa eu... - Ela fala rindo, mas sem sair de cima dele.

— Não faz mal. - Ele passa as mãos para as costas dela e olha-a nos olhos. - Eu amo-te muito.

— E eu ti. - E assim ele se beijam novamente.

No fundo do parque, já de pé, Daisuke Motomyia olhava o casal de namorados beijando-se deitados no chão.

— Missão comprida! - Fala ele levanto as mãos á cintura.

— Bom trabalho Daisuke. - Fala uma pessoa atrás dele. - Nunca pensei que conseguisses.

— Natsu? O que estás aqui a fazer? - Ela olha para o lado para amiga. Natsu era uma rapariga com cabelos pretos e olhos castanho, que trazia vestido um uniforme de colegio azul e umas botas castanhas.

— Bem, eu agora vivo aqui. Passei por aqui perto e vi-te, então decidi vir ter contigo. Fiz mal?

— Não, claro que não. E é optimo teres vindo viver para aqui. Mas há uma coisa que ainda não entendi...

— O que é que ainda não entendes-te?

— Não entendi como é que sabes o que eu fiz. Nunca pensas-te que ei conseguisse o quê?

— Nunca pensei que tu fosses conseguir juntar aqueles dois. - Ela aponta para Takeru e Hikari. - Eu estava a passar por aqui quando te vi com a rapariga, depois vieste ter com o teu amigo e falas-te com ele. Não ouvi a conversa mas deu para perceber que era um plano para os juntar quando tu ficas-te aqui e ele foi ter com ela.

— Tens uma mente sem dúvida brilhante. - Ele sorri-lhe.

— Eu sei que tenho.

— Não pensei que fosses convencida.

— E não sou. Não sou convencida, eu sou realista.

Os dois amigos riem juntos até que Natsu fala:

— És uma pessoa espetacular...

— És a primeira rapariga que diz isso de mim.

— É de estranhar...

— Porquê? Porque é de estranhar?

— Porque isso está aos olhos de todos, isso é mais coisas...

— Mais coisas? Que tipo de coisas?

— Já vi que não vais chegar lá sozinho, Daisuke.

— Não, pois não. Eu não estou a perceber mesmo nada de nada.

— Pois, isso é que é uma pena. - Ela suspira. - É pena que não entendas o que está mesmo á frente dos teus olhos...

— Por favor diz-me. Eu sozinho nunca vou chegar lá.

— Já ouvis-te a expressão: Um ato vale mais que mil palavras?

— Já, mas o que isso tem haver com isto?

— Talves assim compreendas... - Ela aproxima-se dele e beija-o nos lábios.

Daisuke não estava a compreender nada ao inicio, mas quando viu a amiga o tinha beijado começou a compreender melhor. Quando o beijo acabou ela falou:

— Compreendes-te agora?

— Muito mais... - Fala ele ainda em estado de choque.

— Ainda bem... - Ela olha-o timidamente.

Ele nem responde, simplesmente coloca suas mãos na cintura dela e a trás para mais perto dele, beijando-a de novo.

E foi assim que Daisuke Motomyia aprendeu duas lições importantes: Uma delas foi que, ninguém consegue separar o que o amor uniu. Que por muito que se lute, nada é mais forte que o poder do amor. E a outra foi que, podemos perder uma luta, mas essa derrota será o inicio de muita vitórias.

Fim


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado.
O que eu queria dizer de importante era isto: Eu vou começar a fazer one-shorts de casais de Digimon, e se gostarem muito de um casal, é só deixar nos comentários qual gostam, que eu farei uma one-short sobre eles. Ou então mandem MP que eu respondo
Bem é só, beijoos e comentem!
Até á próxima!