Because, I Love You II. escrita por


Capítulo 12
Bar.


Notas iniciais do capítulo

voltei com um capítulo triste do Tony sofrendo :/ eu sei, eu sei, vocês querem eles juntos logo, mas n prometo nada, prometo apenas que terá surpresas nos próximos capítulos.
Beijinhos princesas ♥



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POV Tony.



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Era assim então, que as garotas se sentiam quando eu dizia que queria namorar com elas e depois pulava fora como se elas não sentissem nada, como se elas não fossem nada?

Eu era um filho da puta!

– Isso deve ter uma resposta... – a Maria disse pra mim.

– Olha, eu não quero ouvir nada. – eu funguei e então a olhei. – eu só quero ficar sozinho, fumar e ficar sozinho. Não quero palavras de conforto e nem nada disso. Será que vocês podem fazer isso?

– Sim. – ela afirmou e desceram do carro, eu assumi o lugar do motorista e dirigi até o meio da cidade, onde tinha uns barzinhos legais, estacionei minha bmw por ali e vi as garotas se atirarem todas pra cima de mim, mandei umas embora, outras eu beijei, mas no final eu já estava dentro do bar, peguei uma mesa sozinho no canto e levantei a mão enquanto apagava o cigarro que eu estava acabando de fumar.

– Não pode fumar aqui dentro sabe? – ela disse se aproximando de mim com a bandeja em mãos.

– Eu fumo em qualquer lugar. – eu pisquei pra ela. – me trás um whisky bem forte, duas doses e uma garrafa de tequila. – eu tirei o celular do bolso.

– Pra você e mais quantos? – ela disse olhando em volta, eu suspirei alto.

– Tá vendo mais alguém aqui? – eu sorri pra ela. – só pra mim.

– Ok. – ela saiu e eu fiquei olhando para a foto da Ana que eu tinha tirado aquele dia na clareira, me xinguei mentalmente por acreditar nela.

Garotinha mal caráter. Como dizia minha mãe.

Se fosse em qualquer outro momento eu teria rido com essa observação, mas hoje não. Eu não estava bem psicologicamente para brincar com esse tipo de coisa.

– Aqui. – a garçonete disse trazendo em mãos a garrafa e o copo. Ela colocou na minha frente e sentou do meu lado.

– Tá fazendo o que aqui garota? – eu disse me irritando.

– Meu turno acabou de acabar e eu acho que você vai precisar de uma carona pra ir pra casa mais tarde. – eu comecei a rir. – eu estou com o meu carro bem aqui na frente. – ela mostrou as chaves.

– Talvez eu precise mesmo. – eu zombei dela e rolei os olhos bebendo um gole fundo do whisky.

– Quer me contar o motivo de tanta bebida? – ela perguntou apoiando as duas mãos na mesa e eu parei para perceber que ela tinha dois olhos grandes castanhos bem escuros e sua pele era tão branca que eu tive a certeza que fazia pelo menos uns três anos que ela não frequentava a praia.

– A mulher da minha vida está noiva! – eu levantei da mesa e subi na cadeira levantando a mão. – QUERO FAZER UM BRINDE! – eu disse alto e todos me olharam.

Estava todo mundo muito louco mesmo.

– AO QUE? – alguém gritou.

– AS GAROTAS QUE NÃO VALEM NADA! – as meninas riram e os garotos bateram nas mesas. – E AOS HOMENS QUE VALEM MUITO MENOS. – eu virei o whisky todo na boca e o resto das pessoas fizeram o mesmo. – UMA RODADA PELA MINHA CONTA!

Todo mundo começou a berrar e chamar o meu nome e então eu me sentei na cadeira de novo.

– Acho que eu não conheço você... – ela sussurrou ao me ver abrir a garrafa de tequila.

– Estranho, porque todo mundo me conhece. – eu fiz pouco caso e coloquei uma dose pra ela e uma pra mim.

– E quem é você estranho que todo mundo conhece? – ela disse rindo, eu virei o copo de tequila e cerrei os lábios quando o liquido desceu quente pela minha garganta.

– Antony, - eu sorri. – ou Tony como você preferir. – a expressão dela virou de um sorriso para uma carranca na hora.

– Como eu não te reconheci! – ela bateu na testa e eu bebi a dose que eu servi pra ela.

– É, como. – eu disse fazendo pouco caso servindo outra dose para cada copo.

– Você transou com a minha irmã! – ela disse brava, eu a olhei.

– Quem era sua irmã? – eu perguntei confuso.

– Leticia... – ela sussurrou desapontada.

– Eu já dormi com Leticia, Leandra, Larissa, Leona, Luana, Luciana, Leonarda, Livia, Lexia... – eu sorri e ela fez cara de nojo. – seja mais especifica. – eu virei a dose de novo e ela segurou o copo antes que eu pegasse o outro.

– A virgem! – ela disse me encarando.

Claro! Como não me lembrar da virgem? A única garota que eu peguei que nunca tinha tido nada... Era uma gracinha, porém era bobinha.

– Muito legal sua irmã. – eu disse sorrindo. – gente fina também e gostosa, uma pena que ela era bobinha. – eu sorri de lado, eu empurrei sua mão e bebi a outra dose.

– Que idiota! – ela puxou o copo e serviu um copo e em seguida virou, eu sorri de lado.

– Vai dizer que ela não queria? Ela queria. – eu revirei os olhos e apoiei as duas mãos na mesa e encarando.

– Ela nunca mais teve outro namorado depois que você “passou pela vida dela” – ela fez aspas com a mão.

– Isso me torna inesquecível, eu suponho? – comecei a rir.

A bebida finalmente estava fazendo efeito.

– Isso te torna um imbecil. – ela disse irritada.

– Ah, qual é? – eu mordi o lábio inferior. – ela gostou, todas gostam... – me levantei de cadeira aproximando o rosto do dela. – se não gostassem não voltavam. – ela ficou alguns segundos me olhando e em seguida virou o rosto.

– Eu não gosto de você. – ela afirmou.

– Normal, ninguém gosta. – sentei de novo na cadeira e peguei a garrafa virando na boca.

– E beber assim vai te fazer mal. – ela disse cerrando os olhos.

– Eu ligo pro meu motorista vir me buscar. – sorri para ela.

Eu odiava “esbanjar”, mas eu estava de fossa e foda-se, eu podia tudo naquele dia. A mulher da minha vida ia se casar com o meu irmão fura olho.

Eu tinha direito de beber todas.

– Você tem um motorista? – ela perguntou curiosa e surpresa. Levantei a mão pedindo outra garrafa de tequila.

– Tenho, tenho vários, um para cada pessoa da minha casa. – eu disse encostando na cadeira.

– Então porque diabos você está bebendo desse jeito? – ela riu. – é um rebelde sem causa?

Minha expressão passou de felicidade para fúria em dois segundos.

– Eu não sei o que passa pela sua cabecinha minha querida. – eu sorri ironicamente para ela. – mas dinheiro não é tudo na vida de uma pessoa. – eu pisquei irritado.

Estava faltando bebida, faltando bebida...

– O que falta então garoto que está bêbado por motivo desconhecido. – ela riu e acho que ela não tinha percebido que eu estava ficando irritado.

– O amor da mulher da minha vida. – e toda aquela sensação de mais cedo que eu tentei espantar voltou como uma bomba no meu colo e minha boca ficou amarga do nada, para com certeza combinar com o meu estado de humor.

– Oh. – ela ficou em silencio alguns minutos. – sinto muito, ela vai se casar né?

– Sim. – o garçom chegou com a bebida e piscou para a garota, eu dei de ombros e abri a mesma bebendo um gole fundo pelo gargalo.

– Vai com calma! – ela disse puxando a garrafa da minha mão.

– Eu dispensei a minha melhor amiga e a minha irmã para poder beber o quanto eu quisesse, eu acho que estou te dispensando também. – fui mal educado com ela e puxei a garrafa da sua mão.

A verdade era que eu odiava pessoas me controlando e ela com certeza não iria me controlar, eu estava cansado, de saco cheio e com certeza com muita raiva.

– Por isso eu apareci. – ela disse sorridente e eu revirei os olhos.

Ela não desistia nunca?

– Você apareceu porque é uma enxerida. – eu virei a garrafa de novo na boca.

– Talvez eu seja, mas vou ficar aqui e depois te levar em casa. – bati na mesa duas vezes como um batuque e novamente aproximei a boca da dela.

– Vai me levar até o jardins? – eu sorri ironicamente.

– Se for preciso sim! – ela sorriu de lado.

Eu suspirei e encostei a cabeça na mesa, precisando de dois segundos de ar para não xingar aquela garota metida a besta.

– Onde você mora? – perguntei.

– Moro no Santa Graúna, você não conhece... – ela riu baixo. – é um bairro bem pobrezinho. – eu dei de ombros.

– Talvez eu conheça. – eu virei duas doses no copinho e estendi uma pra ela e peguei outra. – a vingança das garotas que eu quebrei o coração. – levantei o copo, ela sorriu de lado.

– Por quê? – ela perguntou quando eu bati meu copo no dela.

– Porque a única garota que eu amei quebrou o meu coração. – não esperei ela responder virei o copo e senti o liquido queimando pela garganta e me dando novamente aquela sensação de que estava “tudo bem”


(...)


Eu deixei que ela me levasse até o apartamento que meu pai tinha no centro de São Paulo, e eu não estava bem, mas não estava ruim, deixei que ela subisse comigo alegando que eu não conseguia andar e ela subiu comigo até a cobertura.

– Uau. – ela disse quando eu me sentei no sofá. – aqui é maior que a minha casa inteira. – ela riu e me olhou. – cadê seus pais? – ela perguntou confusa.

– Esse aqui é o apartamento do centro, nós moramos mais para o meio... – eu me levantei e arrumei minha camisa.

– Ei, você está bem! – ela disse rindo.

– Estou sim. – eu andei até ela e ela deu passos para trás.

– Tony! – ela murmurou baixo e então eu lembrei de como a Ana chamava o meu nome e então eu a vi ali, com aquele mesmo sorriso travesso no rosto, puxei sua cintura para mim.

– Só um beijinho... – eu sussurrei roçando nossos narizes.

– Não... – ela virou o rosto.

– Só um beijinho... – eu desci beijando seu pescoço e então seu corpo amoleceu e eu aproveitei para beija-la empurrando-a para o quarto em seguida.


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Notas finais do capítulo

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