Inside the Heart
One Shot

A grande Tropa de Exploração, o sonho tão almejado de uns e o pesadelo de outros. Com o passar do tempo, mais e mais pessoas temiam os impiedosos titãs, e cada vez mais eles perdiam soldados como também ganhavam soldados. E em uma dessas incessantes “trocas” que o futuro Cabo Levi Rivaille apareceu, demonstrando sua incrível força e habilidade diante da incrível tarefa de matar titãs. Como também apareceu a futura obsecada por titãs: Hanji Zoe. Que desejava descobrir todos e quaisquer segredos sobre esses monstros, que há séculos destruíam a humanidade pouco a pouco.

Levi Rivaille, ranzinza, mal-humorado, frio e obsecado por limpeza.
Hanji Zoe, alegre, excêntrica, animada e obsecada por titãs.
Um era oposto do outro, mas como diz o ditado “Os opostos se atraem”. Meras diferenças não iriam impedir que um novo sentimento nascer entre esses dois.

E lá estava ela novamente com suas mirabolantes ideias e teorias. Já que tinha perdido Bean e Sonny, o que a atrasara muito (quase entrou em depressão ao perder seus precisos titãs que estavam servindo de ferramenta de pesquisa), e a fez perder um pouco de tempo, não tinha mais como se “divertir”, e agora só restava ficar dentro de seu quarto, fazendo relatórios sobre as missões e mais teorias. Estava ficando perdida em meio a tantos relatórios e pinhas de papel espalhadas por todo seu quarto, mas continuava focada no que estava fazendo. Ela era da Tropa de Exploração, não podia perder para o cansaço, a preguiça ou qualquer outro empecilho que poderia vir a surgir.

Já do outro lado do quartel estava nada mais nada menos do que o famoso Cabo Rivaille, tomando seu já tradicional chá, não tinha nada mais para fazer, já tinha limpado aquele quartel de ponta a ponta e agora estava relaxando um pouco. Eren não estava ali, já que ele poderia importuna-lo até quando estivesse satisfeito, mas ele tinha dito que iria “resolver alguns assuntos” com Mikasa. Mas qualquer modo não fazia diferença. Só sabia que precisava fazer alguma coisa para que o tempo passa-se mais rápido. Mas quem iria ser sua vitima dessa vez? Pensou, pensou e pensou... Até que se lembrou de uma pessoa que seria perfeita para tal coisa: A pessoa conhecida como “Louca” por alguns soldados da Tropa, Hanji Zoe!

Andou, ou melhor, correu da cozinha até a porta do quarto da cientista e deu duas leves batidas. Sem resposta. Tentou outra vez, só que com mais força. Sem resposta mais uma vez. Estava perdendo a paciência, ela era além de louca, surda também? Dessa vez decidiu lagar à educação e com toda sua força, deu um fortíssimo chute contra a porta o que a vez abrir de imediato. Quando olhou para dentro do quarto, quase teve um treco: Papeis para todos os lados, poeira em cima de todos os livros que se encontravam na estante, entre outras coisas. “Como uma pessoa pode ser tão suja e descuidada?”, pensou logo que viu aquilo.

Dentro de todo aquele labirinto de papeis, Hanji se encontrava ao chão, depois de ter sua porta aberta no tranco, não pode impedir de levar um baita susto. Mas quem raios teria feito aquilo?

– O que é isso?! – Perguntou Hanji assustada. – Quem ousa interromper minhas pesquisas?!

– Eu! – Respondeu Rivaille com indiferença – Não tinha nada para fazer, então vim lhe importunar um pouco, se incomoda?

Hanji estava simplesmente sem reação. Ele quebra sua porta e faz cair da cadeira e ainda tem a cara de pau de atrapalhá-la em seus deveres?

– Ah! E por que você não limpa esse quarto? Isso está um chiqueiro! – Gritou Rivaille recebendo a cara de interrogação de Hanji.

– É a minha bagunça, você não tem nada a ver com você. – Respondeu fazendo um bico de reprovação. – E ainda mais, não é chiqueiro, são minhas pesquisas e o quarto só está um pouco desarrumado. – Completou Hanji.

– Desarrumado? Por favor, Hanji! Eu não estou nem vendo onde você está! – Reclamou Rivaille.

– É claro que não está vendo, você é muito baixinho! – Gritou em resposta.

– Como é Hanji?! - Baixinho? Isso Levi Rivaille não iria aguentar.

Baixinho? Isso Rivaille odiava, só por ser 15 cm mais baixo que ela, ela tirava proveito disso. E ela sabia o quanto ele ficava irritado com isso, por isso, com frequência o provocava daquela forma. E depois disso ele xingava ela de “louca” ou “obsecada por titãs” ou até falava o quanto “os titãs são idiotas” e se perguntava “quem era babaca o suficiente para gostar dessas criaturas”. E assim se seguia até quando cansavam ou quanto o Capitão Irwin mandava pararem de serem crianças, e acabava com a discussão.

– Ah! Não importa se eu sou baixinho ou não, você vai se arrepender de ter me provocado Hanji Zoe! Sua obsecada por titãs! – Não esperou resposta, avançou em direção as inúmeras pilhas e mais pilhas de papel espalhados pelos quarto a procura de Hanji.

– Ei, ei, Rivaille! Foi brincadeira... – Não teve tempo para terminar de falar, Rivaille já estava a sua frente. E parece que não estava para brincadeiras, podia ver em seus olhos que ele não iria a perdoar tão cedo.

Pegou Hanji pelos ombros e a fez levantar de sua mesa, fazendo-a olhar dentro de seus olhos, e notar a fúria em seu olhar, mas quando estava se preparando para uma coias pior, foi solta por Rivaille. Ela o olhou sem entender nada, pensava que ela a iria a bater ou algo assim.

– Hum? Não vai me bater, ou algo do tipo Rivaille? – Falou Hanji, ainda receosa.

– Não, mas você vai ter que me recompensar por ter me chamado de baixinho... – Respondeu com certa diversão no olhar.

– Em? E como eu faria isso? – Perguntou atônita.

O motivo por tela soltado era simples: Ele avia pensado em outra forma de se vingar de todas as vezes que ela o provocara. Teria que admitir que achava Hanji muito bonita e atraente, e se pegou muitas vezes a olhando de forma nada própia para mentes inocentes. E como não era nada idiota, iria se aproveitar um pouco da situação.

Sem deixar Hanji pensar, tomou seus lábios de uma vez em um beijo agressivo. Hanji estava sem reação, nunca imaginou Rivaille a beijando, e ainda mais dessa forma. Assustou-se e tentou sair daquele beijo, mas sua força não foi suficiente, Rivaille era muito mais forte do que ela. Então a única saída foi esperar ele cessar o beijo.

– O que foi Hanji? Assustou-se? – Falou ao terminar o beijo, fazendo o rosto de Hanji virar um tomate de tão vermelho.

– N-não! E por que você fez isso? O que deu na sua cabeça? – Gaguejou tentando se explicar.

– Oh? O quê? O meu beijo foi tão ruim assim? – Brincou, fazendo Hanji querer enfiar a cabeça em um buraco de tanta vergonha.

– N-n-não, foi até bom... Mas isso não é resposta, eu quero uma explicação! – Respondeu recuperando-se do choque.

– Explicação? OK! Eu te beijei por que eu quis. – Disse Rivaille se fingindo de bobo.

– Eh?! Eu estou falando sério Rivaille! Por que fez tudo isso? Por que... G-gosta de mim? – Perguntou voltando a ficar vermelha.

– Bom... De certo modo sim, mas, fiz isso para me vingar de você pelas suas provocações. – Respondeu Rivaille sem rodeios.

– E teve que me beijar? – Indagou. – Poderia ter feito outra coisa... – Completou.

– Foi à primeira coisa que eu pensei, e também Hanji... Eu não sou tão burro assim, você estava aqui... Sozinha, então por que não me divertir um pouco? – Disse dando uma leve risada.

– Então é assim... Que tal eu me divertir um pouco também? – Falou Hanji querendo entrar naquele jogo.

– Você quem sabe, mas depois não reclame. – Falou Rivaille.

Hanji não esperou ele tomar iniciativa, o puxou pela gola da camisa e o beijou se forma avassaladora, sendo correspondida imediatamente por Rivaille que também não saia perdendo naquele jogo. O beijo durou até que o maldito e necessário ar os faltaram.

– Eh, Rivaille... Você esqueceu-se de fechar a porta. – Disse Hanji ainda recuperando o fôlego.

– Hum? E o que tem isso? – Perguntou Rivaille confuso.

– Bom, é que ganhamos uma pequena plateia. – Respondeu Hanji apontando para os dois soldados que estavam ali.

– Eh? – Indagou olhando para trás, e avistando Eren e Mikasa atrás na parede espionando Hanji e ele.

– O quê vocês têm? Nunca viram duas pessoas se beijando? Até perece que nunca vi você dois se atracando por ai. – Falou fazendo Eren e Mikasa corarem absurdamente. – Vamos, o que estão esperando, saiam daqui! – Gritou.

– Sim, senhor! – Eren e Mikasa gritaram em uníssono, saindo das vistas de Rivaille.

– Bom, onde estávamos? – Perguntou Rivaille, dando uma leve risada no final.

– Bem aqui... – Disse Hanji dando um rápido e leve selinho em seus lábios.

– Para que a presa? Temos o dia, à tarde e a noite, só para nos divertimos juntos Hanji... – Completou e ao final dando um belo e digno “beijo de cinema” em sua possível... Amada?