Shake The Pompoms escrita por Allie Próvier, CarolSwanCullen


Capítulo 8
7. Nova Família


Notas iniciais do capítulo

N/Carol: E aí, girls?
Como eu expliquei lá no grupo, a Allie estava sem internet, e agora, mesmo com internet, a mãe dela está nervosa, e não quer deixá-la usar o pc dela. E também tem o fato de ela estar sem o pc dela porque ela é inteligente e pisou em cima.
Então, aqui estou eu postando o capitulo dela.
A gente espera que vocês gostem.
Beijinho *u*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/386639/chapter/8

   Hoje era “O Dia”.

   Não, o Chris Evans não apareceu na porta da minha casa dando um beijo na minha boca e me pedindo em casamento. Quem dera fosse isso.

   É que, nesse momento, eu estou me olhando no espelho e pensando em qual é a melhor roupa para visitar minha nova “família”. Sintam a ironia.

- Bella, desse jeito você vai se atrasar! – Nessie falou, lixando as unhas.

   Virei-me para ela, com um olhar suplicante, e ela me olhou descrente.

- Para de me olhar com essa cara e me ajuda a escolher algo decente! – pedi.

   Nessie largou a lixa de unha em cima da minha cama e bufou, revirando os olhos.

- Olha isso! – ela apontou para uma pilha de roupas ao seu lado na cama. – Eu escolhi tudo isso para você usar, e o que você disse? Que nada prestava!

   Ajeitei meus óculos no rosto, já que essa coisa do demo já começava a querer cair, e desviei o olhar do dela.

- Mas eu não quero ir igual uma patricinha... – murmurei.

- Está me chamando de patricinha?

   Revirei os olhos.

- Nessie, nada disso combina comigo. Me ajuda escolher algo que combine, por favor! – bati o pé no chão.

   Nessie respirou fundo, soltando o ar lentamente, e assentiu de olhos fechados. Nada como fazer pirraça. Sorri, e ela me lançou um olhar impaciente, enquanto entrava no meu closet novamente.

(...)

- Olha, eu acho que não...

- Você vai com essa roupa, caso contrário eu mato você com essa lixa. – ela ameaçou, passando a lixa levemente em meu pescoço.

   Eu assenti levemente, e Nessie sorriu satisfeita. Ela saiu do meu quarto, e eu me observei mais uma vez no espelho. Peguei uma mecha do meu cabelo, agora loiro, e o observei por alguns segundos, logo olhando para a pilha de roupas em cima da cama.

   A razão pela qual eu não queria nenhuma daquelas roupas não era apenas porque não combinavam comigo, mas sim porque, além da cor do cabelo, eu não queria perder mais uma parte de mim.

   Por isso, já basta ter o cabelo loiro. Nada de vestidinhos meigos e sapatilhas de laço. Caso contrário, nem eu me reconhecerei mais.

   Apenas coloquei meu celular no bolso do short e saí do quarto, encontrando com Nessie e minha mãe fofocando no andar de baixo da casa. Nessie me daria uma carona até a casa do meu pai, e depois ele me traria de volta. Minha mãe iria me levar, mas ela ia a um encontro ou algo assim.

   Até a minha mãe sai em encontros, e eu aqui.

   Nada faz sentido na minha vida, cara.

   Nessie me deixou na frente da casa do meu pai. Insisti para que ela fosse ao almoço comigo, mas ela apenas colocou seus óculos escuros e saiu com o carro. Nessie de TPM fica tão cruel que...

- Bella? – ouvi uma mulher me chamar.

   Só então percebi que estava igual uma débil mental, parada em frente a casa e olhando para o alto. Sue, a futura mulher do meu pai e minha futura madrasta, estava parada na porta da casa, me olhando com um sorriso doce.

   Suspirei. Minha mãe havia pedido para eu ser amável. As meninas ameaçaram me bater caso eu não fosse amável. E Sue parecia ser tão gentil...

   Sorri levemente para ela, e andei até a entrada da casa. Sue me recebeu com um abraço carinhoso, me deixando mais tranquila.

- Entre, seu pai está lá dentro. Ele madrugou à sua espera. – ela riu.

   A casa era bonita e espaçosa por dentro. O tipo de casa na qual eu sempre quis morar, mas nunca morei, porque minha mãe é fissurada por coisas rústicas, e bonitinhas e aconchegantes.

   Sue foi me mostrando toda a casa, e por fim me mostrou o jardim atrás da casa. Era tão verde que doía os olhos. Tinha uma pequena piscina, e ao lado, em uma parte coberta, estava Charlie sentado à mesa. Ao que parecia, o almoço seria ali.

   Charlie conversava com uma menina morena que parecia ser um pouco mais velha do que eu, e um garoto que parecia mais novo.

   Alguém me segura antes que eu agarre esse menino, porque ele é a coisa mais fofa que eu já vi na minha vida.

   Quando nos aproximamos, os três pares de olhos nos olharam e Charlie ficou de pé, sorrindo abertamente. Quando vi, ele já me abraçava. Suspirei, realmente sentindo falta daquilo. Correspondi ao abraço, e Charlie beijou minha testa.

- Fico tão feliz que você tenha vindo. – ele falou, acariciando meu rosto.

   Sorri, e os dois adolescentes vieram até nós, sorridentes.

- Bella, essa é a Leah, a filha mais velha de Sue. – Charlo apresentou. – E este é Seth, o caçula.

   Sorri para os dois, e Leah me pegou num abraço apertado.

- É um prazer te conhecer, Bella! – ela falou. – Eu estava ansiosa!

   Eu não conseguia dizer nada. Apenas sorria e assentia. Seth parecia mais tímido, mas mesmo assim me abraçou. Que coisinha fofa!

- Eu vou servir logo o almoço. – Sue falou animada. – Fique a vontade, Bella. É a sua casa também.

   Assenti e ela entrou na casa novamente. Charlie me puxou para sentar ao seu lado, e Leah começou a fazer perguntas.

   Ela parecia ser uma mistura de Alice, Rosalie e Nessie. Talvez isso tenha feito eu gostar dela.

   Ao mesmo tempo em que eles me conheciam melhor, eu descobri sobre eles também. Leah tinha 19 anos e fazia faculdade de Moda, - o sonho de Alice. Descobri que ela também amava lasanha e The Killers. E tinha um namorado chamado Sam.

   Seth tinha 15 anos, e estudava em um colégio próximo ao meu. Ele era viciado em videogame, - Leah nem precisava falar isso, porque eu notei que ele segurava um PSP fortemente, mesmo sem usar – e gostava de uma menina chamada Mandy.

- Leah! – ele praticamente rosnou, fazendo Leah rir alto. – Eu não gosto da Mandy, chega dessa história!

- Seth, você acha mesmo que me engana? – Leah revirou os olhos. – Bella, ele diz que não gosta dela, mas você tem que ver a cara dele quando ela passa!

   Seth bufou alto, e eu e Charlie ríamos.

   Logo Sue chegou com o almoço, e nós comemos tranquilamente. Observei todos eles enquanto comíamos, - o modo como Leah e Seth discutiam de brincadeira, e o modo como Charlie e Sue se olhavam.

   Eles se gostavam. E incrivelmente eu estava me sentindo bem no meio deles.

   O almoço passou tranquilamente, e Charlie foi ajudar Sue na cozinha enquanto Leah me puxava para ver seu quarto. Ela me mostrava com animação algumas das coleções de roupas que ela desenhava, e mesmo não ligando muito para essas coisas, eu fiquei boba com os desenhos.

   Eu usaria aquelas roupas, com certeza.

- Bella, você pode ir no quarto do Seth e pedir o computador dele emprestado para mim? – ela pediu, enquanto procurava por mais algumas pastas. – Quero te mostrar os outros desenhos que estão no computador.

   Assenti e procurei pelo quarto de Seth. Era no mesmo corredor, no final. Suspirei e dei três batidas tímidas na porta. Logo ele abriu, e sorriu levemente para mim.

- Oi, Bella.

- Er... Oi. A Leah pediu para eu te pedir o computador emprestado. Para ela. – falei, embolada.

   Seth riu e assentiu, entrando no quarto em seguida. Fiquei parada na porta esperando, e sorri ao ver a “bagunça organizada” dele. A parede azul escura fazia um contraste bonito com os pôsteres de banda que estavam colados.

   Logo ele veio e me entregou o notebook. Quando eu me preparava para voltar ao quarto de Leah, o ouvi me chamar. Virei-me, e ele encostou no batente da porta, com o rosto levemente corado.

- É que... Um dia eu ouvi uma conversa entre o Charlie e minha mãe. – ele falou, suspirando. – Ele dizia que você não recebeu bem a notícia de... Bem... Sobre o casamento deles e tudo o mais.

   Engoli em seco, desviando o olhar do dele.

- Eu só queria que você soubesse que nós não queremos tirar o Charlie de você. – ele falou, sorrindo de forma doce. – Pelo contrário. Nós queríamos aumentar a família, e ter você como irmã seria... Bem, seria legal.

   Sorri para Seth.

- Ter você como irmão também será legal. – falei.

   Seth sorriu abertamente, me lembrando uma criança, e eu ri. De repente, ter uma segunda família não seja tão ruim assim.

(...)

   Cheguei em casa quase 22:00pm.

   Estava tudo escuro, minha mãe já devia ter saído para o encontro. Acendi todas as luzes da casa para não correr o risco de algum monstro sair do escuro para me pegar, e fui para o quarto. Assim que retirei os sapatos, meu celular toca.

   “TANYA” – piscava na tela.

   Pensei bem se devia atender ou não. Atendia? Não atendia? Argh.

- Alô. – murmurei, me jogando na cama.

- Bella, desculpa por ligar a essa hora, mas eu tenho uma coisa importante para falar.

 - É bom que seja importante mesmo.

   Ouvi Tanya rir, e revirei os olhos.

- Sabe o campeonato que tem em todo final de ano no colégio? – ela perguntou.

   Prevejo desgraça.

- Sim... – murmurei.

- Então... – ela enrolou para falar, e eu senti vontade de gritar. – Como você sabe, cheerleaders são essenciais em coisas assim.

- Desenvolve, Tanya.

   Ela suspirou, e desatou a falar:

- Todos os anos nós fazemos uma coreografia especial, e esse ano não será diferente. E como você está no grupo agora, fará parte disso. Uma das meninas terá que sair, porque está com uma fratura na perna, então você irá substituí-la.

   Ah... Que notícia boa.

- Ok. Então eu ficarei em algum canto, certo? Porque eu acho que você já percebeu que eu não sou nada certa.

   Tanya ficou em silêncio, e gaguejou algo que eu não entendi. Merda.

- Tanya, o que você está escondendo?

- É que... Sabe aquelas pirâmides?

   Se for o que eu estou pensando, eu juro, eu vou matar essa garota.

- Sim... – murmurei, fechando os olhos, receosa.

- Então... Você ficará no topo dela.

   Esquece o que eu falei. Eu vou morrer antes de ter a oportunidade de matá-la.

1 mês depois...

- Bella, você está melhorando! – Nessie comemorou, batendo palminhas como uma foca retardada.

Sim, é esse o amor que eu sinto por meus amigos.

- É, mas eu preciso estar ótima, não melhorando. – reclamei, cruzando o braço embaixo dos seios. – Edward nunca vai me perdoar se eu não fizer isso direito.

Nessie fez uma cara estranha, como se estivesse escondendo algo.

- O que foi? – perguntei.

- Nada. – Ela balançou a cabeça, nervosa. Mal sabia ela que eu sabia que ela estava mentindo. – Vamos treinar.

Assenti, fingindo ter esquecido que ela estava me escondendo algo.

Ela colocou a música que já estava na minha cabeça depois de ter escutado tantas vezes.

Treinamos por mais umas horas. Eu estava me esforçando demais para aquilo sair direito.

O último mês havia sido puxado, com todas as aulas, treinos com as cheers, entregas de trabalho, e treinos sozinha com Ness. Eu estava exausta física e mentalmente.

Edward estava cada vez mais chato sobre esse trato idiota, e eu quase não tinha tempo para respirar direito. Nate estava me achando distante, mesmo sabendo do meu esforço para fazer tudo direito na porcaria do jogo em que Tanya havia me escalado para ficar no alto da pirâmide humana.

Minha mãe estava namorando um cara chamado Phil, que é treinador do time de baseball da escola primária onde ela trabalha. Sue e Leah conheceram Alice, Nessie e Rose, e como todas se deram muito bem, elas me intimaram a participar dos preparativos para o casamento, além de ser dama de honra.

E, por fim, Tanya estava sendo chata enquanto tentava forçar uma amizade que não existia entre nós, ao mesmo tempo em que cobrava o inferno de minha performance.

- Acho que está bom por hoje. – Nessie me tirou dos meus pensamentos, indo desligar o som, e se jogando na espreguiçadeira de seu quintal.

- Precisamos continuar, Ness. – disse. – O tempo está acabando, e eu não estou certa de que vá acertar.

- Isabella, cale a boca. – Ness mandou. – Você está ótima, tanto na dança quanto nos saltos. Nem parece aquela garota desastrada que derrubava tudo o que estivesse por perto. E outra, está escurecendo, e eu estou com calor. Que tal um mergulho? – perguntou, olhando para a piscina.

- Não estou muito a fim, Nessie. – Balancei a cabeça. Estava realmente cansada. – Pode me dar uma carona até minha casa?

- Claro. – Ela assentiu. – Vamos.

Ela me levou até minha casa e, como não era novidade ultimamente, minha mãe não estava em casa, mas havia deixado um bilhete.

Filha, saí com Phil. Seu jantar está na geladeira, esquente no microondas.

Não me espere acordada.

Beijinho, mamãe

Espero que ela não tenha cozinhado, pensei.

Sorri ao ver a caixinha de Yakisoba. Renée não estava tentando me intoxicar com sua comida afinal.

Esquentei rapidamente no microondas, e jantei correndo antes de ir para o meu quarto e cair na cama, sem nem trocar de roupa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/Carol: Então, girls, nós estamos chegando perto do episódio do prólogo, e consequentemente, do fim da fic. Eu acho.
Então, como eu combinei com vocês, agorinha mesmo eu vou postar duas prévias do capitulo oito, e amanhã, antes mesmo do almoço, eu posto o capítulo, okay?
Por favor, mandem reviews, eles são importantes para nós.
Beijinho *u*