Heart Half-blood. escrita por Anieper


Capítulo 2
Como tudo começou.




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Narrador.

Percy estava sentado no sofá no apartamento de sua mãe, a esperando para eles saírem. Ele balançava as pequenas pernas, emburrado. Sua mãe tinha lhe dito que hoje eles conheceriam o novo namorado dela. Ele não estava gostando nada disso. Afinal, sua mãe já o tinha pra que ela precisava de outra pessoa. Ele era o “homem da casa”. Ele amava a mãe e respeitava as suas decisões, mas isso não quer dizer que ele concordava com elas. Com seus três anos de idade Percy já ajudava a mãe com as tarefas da casa, apesar da mãe viver falando que não precisa, ele sempre a ajuda. Ele arruma sua cama, ou tenta, não deixa seus brinquedos espalhados pelo chão. É ele ajudava. Não precisavam de outra pessoa na casa.

- Venha querido. – Sally o chamou parando na sua frente.

- Não quelo. – falou Percy cruzando os braços e fazendo um bico.

- Venha Percy, temos quer ir. – a mãe o pegou no colo. – Gabe já deve ter chegado.

- Eu não quelo i. – disse aumentando o bico, com os olhos verdes mar cheios de lagrimas.

- Meu amor, você vai gosta dele. – Sally disse enquanto fechava a porta do apartamento. – Ele é legal, você vai ver.

- Não plecisa de outla pessoa, mamãe. Eu sou o homim da casa. – respondeu chorando.

- Bebê é para o seu bem. – respondeu. – Um dia você vai entender.

Sally foi em direção à escada e desceu com o filho no colo. Ela foi em direção à saída. Tentando convencer o filho que seria legal conhecer Gabe. O que ela não percebeu é que estava sendo observada.

............................

Sally chegou ao Central Park, Percy estava com a cabeça encostada na cadeirinha e olhava para fora. Com ela queria que as coisas pudessem ser diferentes. Como ela queria que pudesse ser apenas ela e ele, para sempre. Suspirando saiu do carro e foi em direção à porta de trás. Tirou o filho do carro e o trancou. Caminho com ele até a parte mais afastada do parque onde Gabe estava os esperando. Gabe é um cara alguns anos mais velho que ela, mais que parece que a diferencia de idade entre eles é bem maior. Gordo, fedorento e o tipo que afastava as mulheres naturalmente.

“Preciso fazer isso pelo Percy, apenas ele que importa”. Pensou ela se aproximando dele.

- Olá querido. – ela disse parando ao lado de Gabe.

- Oi. – ele respondeu olhando para ela e depois para a criança em seu colo. – Então é ele?

- Sim. – Sally respondeu olhando para o filho que tinha o rosto escondido em seu pescoço. – Percy diga olá ao Gabe querido.

- Não, to drumindo. – o garoto respondeu com os olhos fechados.

- Ele está com vergonha. – respondeu ela para Gabe que levantou a sobrancelha. – Que tal sentarmos um pouco?

- Certo. – Gabe disse e começou a anda para um lugar ainda mais afastado, onde não dava para ninguém vê-los, nem para eles veem ninguém. – Então, conseguiu aquele trabalho?

- Sim, começo semana que vem. – Sally respondeu sentando-se no chão com o filho ainda no colo.

- Que bom. Quanto que é o salário? – perguntou com visível interesse.

- No começo não é muito, apenas 100,00 dólares por semana, mais o gerente me garantiu que se eu mostra que estou mesmo interessada, o salário aumenta. – respondeu passando a mão no cabelo do filho que estava com a cabeça encostada em seu peito, ainda de olhos fechado.

- Então seria o mesmo que 400,00 dólares por mês? – Gabe perguntou com a sobrancelha levantada.

- Sim querido. – respondeu olhando para o rosto do filho. – Sei que não é muito, mais foi só o que consegui.

- É um bom começo. – Gabe disse olhado para Percy com evidente desgosto.

- Mamãe. – chamou baixinho.

- Sim querido. – ela respondeu sorrindo para ele.

- Sede. – falou abrindo os olhos. – Quelo água.

- Claro querido. – Sally disse pegando a bolsa do chão e abrindo. Ela tirou de lá uma garrafa de água infantil e entregou para o filho. – Aqui querido.

Percy pegou a garrafa e levou a boca. Ele virou e começou a bebe. Percy olhava para o homem em sua frente sem entender por que sua mãe namoraria, seja o que fosse isso, com esse homem velho, sujo, gordo e fedido.

- Percy querido, respire. – Sally disse quando viu que o filho tinha quase tomado toda água sem si quer afasta a garrafa da boca. Percy olhou para a mãe e depois para Gabe que o olhava supresso. Percy terminou de bebe e olhou para a mãe.

- Tem masgi? – perguntou entregando a garrafa.

- Não, bebê. – Sally sussurrou.

- Ele sempre bebe água assim? – Gabe perguntou.

- Não. – Sally respondeu preocupada.  – Percy, você está sentindo alguma coisa querido?

- Cede? – perguntou confuso.

- Não, filho. Além disso. Dói algum lugar?

- Não. Só quelo masgi água. Pode? – perguntou olhando para a mãe.

- Gabe você pode olhar ele um pouquinho? – Sally perguntou olhando para o homem na sua frente. – Eu só trousse essa garrafa, vou ali compra e já volto.

- Vai ser rápido? – perguntou olhando para o menino.

- Sim, prometo. Se você quiser lhe compro uma cerveja. – Gabe assentiu. Sally colou o filho sentado no chão. – Filho a mamãe vai compra mais água para você e já volta tá?

- Vou fica com ele? – perguntou apontando para Gabe.

- Sim, bebê. Comporta-se.

Sally levantou-se e saiu apresada. Percy e Gabe nem se olharam. Cada um ficou perdi em seus pensamentos. Percy queria que a mãe voltasse logo. Enquanto Gabe estava pensando em que internato iria por o fedelho com ele "cariosamente” apelidou Percy. Já Percy tentava adivinha quando Gabe tinha tomado banho pela a última vez.

- Então... Como é mesmo seu nome? – Gabe perguntou olhando para Percy.

- Pexy. – respondeu ele olhando para o local que sua mãe tinha se dirigido.

- Então peixinho, quantos anos você tem?

- Tlês. – Percy respondeu olhando para frente. – E vocês?

- Alguns a mais. – respondeu sorrindo mostrando todos os seus dentes amarelos. – Você não vai me arrumar nenhum problema com a sua mãe vai?

- Não.  Minha mamãe falou que aluma ploplema é feio. – “Que nem você” completou mentalmente.

- Então tudo... O que é aquilo? – Gabe perguntou olhando para Percy com os olhos arregalados. Bom pelo menos foi isso que Percy pensou até olhar para trás e ver uma coisa enorme correndo na direção em que eles estavam.

Percy apoiou as mãozinhas gorduchas no chão e ficou em pé para ver melhor.

- Ai meu deus, ele está vindo para cá. Faça alguma coisa. – Gabe gritou para Percy.

- Eu? – Percy perguntou. – O alduto aqui é voxê.

- Eu sabia que não devia ter vindo para um lugar tão afastado. – Gabe resmungou correndo.

Percy olhou para ele, depois para a sombra que vinha correndo e começou a correr também. Sua mãe nunca iria acreditar nele quando ele contasse o que tinha acontecido. Percy correu por alguns minutos até não aguentar mais, suas pernas doíam. Percy respirou fundo e olhou para trás.

A visão fez sua pele formigar. Era a silhueta de um sujeito enorme, como um jogador de futebol americano. Parecia estar segurando uma manta por cima da cabeça. A metade superior dele era volumosa e indistinta. As mãos erguidas davam a impressão de que ele tinha chifres.
O homem com a manta na cabeça continuou indo em sua direção, grunhindo e bufando. Quando ele chegou mais perto, e Percy percebeu que não podia estar segurando uma manta acima da cabeça porque as mãos – enormes e carnudas – balançavam ao seu lado.
Não havia manta nenhuma. O que queria dizer que a massa volumosa e indistinta que era grande demais para ser sua cabeça... Era a sua cabeça. E as pontas que pareciam chifres... Bom... Percy voltou a correr e ele corria mais rápido do que antes.
Ao olhar relance para trás novamente, teve sua primeira visão clara do monstro. Tinha, fácil, mais de dois metros, e os braços e pernas pareciam algo saído da capa de uma revista. Músculos – bíceps e tríceps saltados e mais um monte de outros ceps, todos estufados como bolas de beisebol embaixo de uma pele cheia de veias. Ele não usava roupas, a não ser cuecas – branquíssimas, da marca Fruit of the Loom –, o que teria sido engraçado não fosse o fato de a parte superior de seu corpo ser tão assustadora. Pelos marrons e grossos começaram na altura do umbigo e iam ficando mais espessos à medida que chegavam aos ombros.
Seu pescoço era uma massa de músculos e pelos que levavam à enorme cabeça, que tinha um focinho tão comprido quanto um braço, narinas ranhetas com um reluzente anel de bronze, olhos pretos cruéis e chifres – enormes chifres preto-e-branco com pontas que você não conseguiria fazer nem num apontador elétrico.
Percy reconheceu o monstro muito bem. Sua mãe tinha lhe contado um história com um monstro aquele uma vez, e sua babá tinha assistido um filme que tinha aquele monstro com ele na noite passada.. Mas ele não podia ser real.
O homem-touro se curvou por cima de onde eles estavam há pouco tempo atrás. Olhando em volta, ou melhor, farejando, fuçando.

Percy conseguiu alcança Gabe que tinha caído depois de tropeça no seu próprio pé e o ajudou a ficar de pé, depois os dois voltaram a correr.

Como que na deixa, o homem-touro bramiu de raiva. Ele deu um grande suspiro e olhou na direção que eles estavam.  Percy e Gabe começaram a subir uma pequena colina. Em algum momento Gabe pegou a mão de Percy e começou a arrasta-lo. Percy começou a acha que se o monstro os alcançasse, Gabe o jogaria para o ele. Outro bramido de raiva e o homem-touro começou a subir pesadamente a colina.
Tinha os farejado.

 O homem-touro se aproximava. Mas alguns segundos e estaria em cima deles.
Gabe pulou para esquerda, levando Percy junto, depois se virou e viu a criatura avançando em sua direção. Os olhos pretos brilhavam de ódio. Fedia a carne podre.
Ele inclinou a cabeça e atacou, aqueles chifres afiados como navalhas apontados diretamente para o peito de Gabe.
Gabe ficou paralisado de medo. E Percy, mesmo que sentisse que suas pernas tremiam, ficou ao seu lado. Quando ele viu que o homem-touro iria acerta Gabe, o empurrou para o lado o fazendo cair no chão.
O homem-touro passou por eles a toda como um trem de carga, depois bramiu de frustração e se virou.
O homem-touro roncou, escavando o chão. Ficou olhando para Gabe e Percy no chão.
Percy sabia que não tinha chance, e fechou os olhos esperando senti o impacto e rezou pra que não sentisse muita dor e morresse logo. Mas ele não sentiu nada. Ao invés disso escultor o monstro grunhindo de dor. Ele abriu os olhos e viu por que. Em cima do monstro estava o maior chão que ele já tinha visto.

Percy viu quando o monstro jogou o cão no chão e foi para cima dele.
A raiva substituiu o medo. Uma nova força ardeu em seus membros.
O homem-touro foi na direção do cachorro, que estava deitado na grama, indefeso. O monstro se curvou, fungando perto de seu salvador como se estivesse prestes a erguê-lo dali e fazê-lo se dissolver.
Percy não podia permitir aquilo.
Percy pegou o casaco de Gabe e o levantou. Ele agradeceu por Gabe ter mal gosto e esta usando aquele cassaco vermelho horrível.
– Ei! – gritou, agitando o cassaco e correndo para um lado do monstro. – Ei, estúpido! Monte de carne moída!
– Raaaarrrrr! – O monstro virou-se para ele sacudindo seus punhos carnudos.
Percy teve uma ideia – uma ideia boba, porém melhor do que não pensar em nada. Encostou-se de costas no grande pinheiro que tinha ali e agitou o cassaco vermelho na frente do homem-touro, pensando em pular fora do caminho no ultimo momento.
Mas não foi assim que aconteceu.
O homem-touro atacou depressa demais, os braços estendidos para lhe agarrar qualquer que fosse o lado para onde ele tentasse se esquivar.
O tempo começou a passar mais devagar.
Suas pernas travaram. Ele não podia pular para o lado, assim saltou direto para cima, usando a cabeça da criatura como trampolim, girou o corpo no ar e caiu sobre seu pescoço.
Como ele fiz aquilo? Não teve tempo para descobrir. Um milissegundo depois a cabeça do monstro chocou-se contra a árvore e o impacto quase fez seus dentes saltarem da boca.
O homem-touro cambaleou de um lado para outro tentando se livrar dele. Percy segurou com força em seus chifres para não ser arremessado. Os trovões e os relâmpagos começaram a corta o céu. O cheiro de carne podre queimava suas narinas.
O monstro se sacudia e corcoveava como um touro de rodeio. Poderia simplesmente ter chegado para trás e ter esmagado Percy completamente na árvore, mas Percy começava a perceber que aquela coisa só tinha uma direção: para frente.
O grande cachorro levantou-se e saudou sobre monstro novamente o fazendo cair no chão, levando Percy junto.
O homem-touro virou-se para ele, escavou o chão novamente e se preparou para atacar.
Percy agarrou um dos chifres com ambas as mãos e puxou para trás com toda a sua força, que não era muita. O monstro se retesou, soltou um grunhido de surpresa, e então... pléc!
O homem-touro berrou e o atirou pelos ares. Percy aterrissou de costas na grama. Sua cabeça bateu contra uma pedra. Quando se sentou, a visão estava embaçada, mas ele tinha um chifre nas mãos, um osso partido do tamanho de uma faca.
O monstro atacou.
Sem pensar, Percy rolou para o lado e se levantou de joelhos. Quando ele passou a toda velocidade, enterrou o chifre quebrado bem na lateral de seu corpo, logo abaixo da caixa torácica peluda.
O homem-touro urrou em agonia. Debateu-se, rasgando o peito com suas garras, e depois começou a se desintegrar como areia se esfarelando, carregada pelo vento aos pedaços para longe.
O monstro se fora.

Percy correu em direção ao Gabe, se jogou de joelhos ao lado dele e o sacudiu. Ele não se mexia. Percy reparou que Gabe estava com os olhos abertos e não respirava. Ele ia começa a grita quando sentiu alguma coisa molhada passa pelo lado da sua cabeça. E olhou para ver o que era. Era o cachorro.
Percy finalmente olhou com atenção para o cachorro a sua frente. Ele era enorme, do tamanho de um tanque de guerra, todo preto. Ele balançava o rabo de um lado para o outro. Alegre.

- Tá uma coisa que não se ver todo dia. – disse uma voz masculina e sombria vindo das sombras.

- Quem é voxê? – Percy perguntou com medo, mas também com raiva.

- Sou Dédalo. – o homem saiu da sombras.


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