How I Died? escrita por jonasMD


Capítulo 2
Contato


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal... Bem, eu tive realmente problemas com esse capitulo.

Meu PC quebrou e eu não pude fazer ele da melhor forma possível, eu sinceramente não gostei do modo que ele ficou. Mas não está tão horrivel... eu tive que escrevê-lo no tablet, ou seja, devem haver numerosos erros de portugues.

Eu nem ia postar hoje, pois não está plenamente acabado, mas eu não queria perder o prazo, pois eu nunca cumpro o prazo, e queria fazer diferente dessa vez.

Embora com todos esses problemas... espero que gostem do capitulo, só não esperem demais dele.

Até mais ver.



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Nossos olhares estavam entrelaçados, cada um com suas devidas caracteristicas. Os meus de surpresa e admiração, os delas de medo e de vergonha. Sentimentos diferentes, mas mesmo assim eram válidos para mim.

Ser olhado nos olhos era algo muito diferente e especial para a minha pessoa, era algo louco e inexplicável... era como se eu estivesse tranquilamente andando por um lindo campo florido, quando ao longe eu avistasse o Buddha. E este Buddha estava jogando poquêr com um pequeno pônei fumante...

...Espere, que pensamento maluco foi esse?? Bem, não importa isso, tenho que me concentrar em Kameko e parar de ter filosofias comparativas viajadas.

- Quem é você??! - Ela se encostou na parede do pequeno banheiro, tapando-se com sua blusa amarrotada.

- É meio complicado explicar quem eu sou... - Alguém acreditaria que um fantasma te seguiu até o banheiro por que estava preocupado com o seu bem estar? Ou melhor, alguém acreditaria se um estranho dissesse: Olá, eu sou um fantasma! Prazer em conhecê-la!

Eu podia ver claramente ela tremendo, ela estava muito tensa.

- Se você... não me falar quem você é seu... seu Pervertido do Banheiro... Eu juro que vou gritar com todas as minhas forças!! - Ela falou, morrendo de medo. Acho que ela estava pensando que eu queria abusar dela. Não que eu não quisesse... Droga, que pensamento horrível e imoral...

- Se quiser gritar, grite! Só acho que as coisas vão ficar digamos... piores para o seu lado! - Eu tinha certeza que ninguém mais devia poder me enxergar, ela iria ser tratada como louca. Alguma coisa tinha acontecido a pouco naquele banheiro, e por isso esta garota podia me enxergar. Será que foi... Deus?

- Isso foi uma... ameaça? - Ela se agarrou fortemente na blusa. Acho que eu só havia piorado aquela situação.

- Não! Você interpretou mal o que eu disse! - Sacudi minhas mãos, não tinha percebido que as minhas palavras anteriores poderiam ter suado mal.

Ela não falava mais nada, só ficava me encarando. Iamos ficar ali para sempre se ninguém falasse alguma palavra.

- Coloque sua blusa, ela está meio amassada só que ainda é usável! Eu não tinha a intenção de fazer nenhum mal a você, eu juro. - Mesmo meio triste por ela ter que cobrir os seios, eu falei as palavras que eram certas.

Ela continuou parada, com os olhos medrosos me encarando. Ela era tão fofa...

- Tá, eu vou sair! D-Desculpe-me, eu vou te explicar tudo. Estarei na porta do banheiro, ok? - Ela estava bem vermelha.

Kameko acentiu fracamente com a cabeça. Ela estava realmente envergonhada.

Fui me virando para a porta.

- Ah é! Só pra você saber, meu nome é Yoshiaki! - Eu sorri, algo que eu não fazia a muito tempo. Aquilo realmente ia ser interessante, ainda bem que eu havia seguido essa garota.

Sai do local.

Fiquei parado em frente a porta do banheiro feminino, algumas pessoas passaram por mim. Eu estava certo, elas ainda não podiam me enxergar.

Aquela garota era realmente especial. Diferente de todas as outras que ali estavam.

Será que ela podia me ver graças aquele meu pedido? Eu pedi a Deus: "Eu quero proteger esta garota!!! ", me lembro bem disto. Se isso for verdade, então significa que Deus realmente existe, e que pela primeira vez ele me ouviu...

Isso era algo meio complicado... O que aquele cara tava pensando?!

Kameko saiu do banheiro apos uns 2 minutos, saiu com a cabeça meio baixa. Ela ergueu sua cabeça para olhar para mim.

- Que truque foi aquele? - Perguntou, meio receosa.

- Truque? - Indaguei, do que ela estava falando?

- Você... atravessou a porta do banheiro que eu estava... - Enquanto ela falava comigo, um estudante passou e olhou para ela de forma estranha. Deveras previsível, afinal, para as outras pessoas ela estava falando sozinha.

- Ok! Eu vou te explicar, só peço uma coisa. Enquanto estivermos perto de outras pessoas, finja que eu não existo. Não fale comigo nesses casos, só me ouça, ok? - Eu não queria que além do que já falavam dela, ainda a chamassem de louca.

- Mas por quê? - Perguntou inocentemente. Ela não parecia mais como era a alguns minutos, olhando bem... Ela era até meio que infantil, será que era isso que chamam de tsundere?

- Shiu! - Levei minha mão a boca, estava passando uma garota perto de nós dois.

Ela olhou para a garota que passou e depois olhou para mim, assentiu com a cabeça.

- Ok! Agora vamos andar que eu vou te explicar.

Começamos andar pelos corredores do colégio, meio que sem rumo, simplesmente para enrolar.

- Bem, meu nome é Yoshiaki, eu já disse isso antes. Como você deve ter percebido, tem algo estranho comigo, você percebeu não é? - Perguntei a ela, que não respondeu. Havia uma pessoa passando por nós.

Ela estava seguindo meu conselho afinal.

- Só balance a cabeça para confirmar, me dizer que sim. Ok?

Ela balançou a cabeça. Eu estava me comunicando com alguém, aquilo era tão incrível, era emocionante demais.

- Você perguntou antes que truque eu havia usado para a travessar as portas... - Ela balançou a cabeça, estava bem concentrada no que eu estava dizendo. - Você por acaso poderia segurar minha mão?

Ela parou, ficou vermelha de vergonha como um pimentão. Agora seu rosto e seu cabelos eram vermelhos, era bem engraçado isso.

Kameko se aproximou de mim, me encarou, e tentou segurar minha mão. Falhou, sua mão atravessou a minha, como era de se esperar.

Assustou-se, dando alguns passos para trás.

- Por favor, não se assuste comigo... - Pensar que ela poderia ter medo de mim, me deixava entristecido. Eu não podia perder justo a única pessoa que eu podia ter contato.

- Eu não estou com medo... - Ela falou, dando um leve sorriso. Ela estava sim com medo de mim, só que parecia não querer me magoar. Ela era bem gentil afinal.

- Vamos andar mais um pouco. - Continuamos seguindo pela escola.

No caminho, passamos por algumas pessoas. Todos passavam reto sem nem olhar-nos. Até que alguém conhecido surgiu:

- Ora! Como vai Kameko? - Perguntou o Diretor, parecia estar voltando de sua refeição.

- Ãhn... ah! Eu vou muito bem! - Ela olhou rapidamente para mim.

- Comece a se enturmar Kameko, não fique andando sempre sozinha! - Ele foi se afastando, seguindo sua rota.

- Sozinha? ... - Ela se perguntou, me encarando em seguida.

- Você já entendeu o que eu sou não é? - Perguntei, eu já tinha dado algumas pistas, não era possivel ela ainda não saber. Ainda mais depois da fala do diretor.

- As pessoas não te vêem, não te escutam, e não podem te tocar... - Ficou pensativa, acho que ela já havia captado a mensagem.

- Você já entendeu tudo, não é? - Óbvio que ela já tinha entendido.

- Você é... - Ela olhou para baixo. Não havia ninguém por perto, então ela podia falar. - Você é a minha consciência!!!

Fiquei sem reação, não sabia se ela estava falando sério ou tirando com a minha cara.

- Eu sou um fantasma, uma alma, espirito, ghost!! - Eu falei irritado, eu não queria ser rebaixado a uma consciência.

- Eu sei, eu sei consciência. - Ela riu, estava me zoando. Essa despeitada... Acho que essa não era uma boa palavra para ela. Aquela garota era bem instável...

- COMO OUSA DIZER IS...

- Hey... muito obrigada! - Ela deu um sorriso. Parando de sorrir imediatamente, uma pessoa passava por nós.

Após a pessoa virar no outro corredor ela começou a rir bem baixinho.

- Obrigado pelo quê? - Perguntei.

- Você me impediu de fazer algo à pouco... Sou eternamente agradecida... - Ela olhou para a janela, avistando as nuvens.

- Só estava fazendo o certo... - Ainda bem que eu havia impedindo aquela besteira.

- As pessoas que me vem conversando sozinha devem achar que sou louca! - Ela parecia feliz.

- Sim, por isso falei para não falar comigo perto delas...

- Quem sabe eu esteja mesmo louca... Mas se for este o caso, eu estou gostando de ser louca... Ninguém fala comigo...- Ela falou, estava feliz e pensativa. Eu senti um aperto no coração.

- Você não está louca! - Coloquei a lingua pra fora.

- Então por que eu lhe vejo? - Retrucou, esse era o X da questão.

- E-Eu não sei ao certo... - Falei a verdade a ela.

"PÉÉÉÉÉÉÉ"

O sinal tocou, aquele periodo de almoço tinha sido bem grande...

- Eu tenho que ir para a aula, tenho que estudar. Não acha consciência?!- Ela perguntou se virando.

- Sim, só o estudo faz... Não me chame de consciência!!! - Por que ela insistia em me encher?!

Ela começou a andar. Mas depois de alguns passos parou, e deu uma olhada para trás.

- Ué? Minha consciência vai me abandonar? - Riu.

- Pare! Meu nome é Yoshiaki, lembre-se! - Aquilo de consciência enchia. - Tem certeza que quer que eu vá junto?

- Se ninguém te vê qual o problema ? - Indagou, dando alguns passos.

- Ah sim! - Lembrou-se. - Me chamo Kameko!

Eu nem pensei em falar que eu já sabia o nome dela...

- Prazer Kameko! - Eu sorri, ó meu Deus! Eu estava tendo uma "vida" social!!

Então fomos nós dois para a sala de aula.

Ao chegarmos, vi que aquelas meninas que antes haviam ido encher Kameko eram da classe dela.

Elas estavam quietas em um canto da sala. Kameko nem ligou para elas e foi para seu lugar. Aquelas garotas me davam repulso, meninas asquerosas, humilhando as pessoas inocentes e mais fracas.

- Olá pessoal! - Toriyama sensei entrou na classe, ele era professor de matemática. Eu já tinha observado algumas aulas dele, porém nunca aguentei mais de cinco minutos, sempre dormia. Sim, eu dormia, mesmo não necessitando de dormir, aquele cara tinha um dom!

A aula começou durmi por uma boa parte dela, dois terços talvez. Nos minutos que eu estava acordado, eu olhava para Kameko, ela estava extremamente concentrada. Me admirava ver ela tão aplicada naquela aula tediosa...

O tempo foi passando, após tantas equações, teoremas, fórmulas e matrizes, aquela tortura finalmente teve um fim.

- Então quero esses exercicios para amanhã, não deixem de fazê-los ! - O professor encerrou a aula com essas palavras, o sinal tocara instantes depois.

- Uau, como você aguentou isso?? - Perguntei, eu estava quase "morto".

Kameko se levantava, deu uma risada. A garota então saiu da sala e começou a andar pelos corredores rumo à saída.

- Você não vai se despedir de ninguém? - Estranhei ela passar reto por todos.

- Não tenho de quem me despedir... - Sussurrou, de uma forma meio triste. Eu achava que mesmo ela tendo chegado recentemente, que ela teria pelo menos UMA amiga... Bem, eu estava enganado. Ela era mais solitária do que eu imaginava.

Acompanhei ela até o portão, ao chegar perto dele, eu parei. Ela continuou andando por alguns segundos, até que olhou para trás e me encarou.

- Não posso sair dessa escola... algo me prende aqui, os portões são o meu limite. - Acenei para ela, havia realmente sido legal ter contato com uma pessoa.

Ela acenou para mim, não ligando para as pessoas que passavam e olhavam com estranheza.

Kameko voltou a sua rota e começou a se distanciar.

- Bem, vamos seguir com a vida! - Fechei os olhos e me virei. Comecei a ir em direção do prédio da escola, porém...

- O que é isso?? - Me vi sendo puxado por algo.

Olhei para o meu corpo, e uma grossa corrente estava enrolada em minha barriga. Não entendi qual era o significado daquilo.

De repente a corrente me apertou e num piscar de olhos deu um forte tranco, me puxando em uma velocidade impressionante. Eu simplesmente voei.

Os portões da escola que sempre foram meu limite, já estavam para trás. Olhei para onde a corrente nascia, me surpreendi ao ver elas saindo de dentro de Kameko, que seguia seu caminho tranquilamente.

A corrente ainda me puxava com toda a força quando de repente, quando eu estava a poucos metros de Kameko, a correte simplesmente... sumiu.

- Mas o que foi isso. - Chamei a atenção de Kameko, que voltousse contra mim.

- O que está fazendo aqui?? - Ela me perguntou, estava bem surpresa.

Não a respondi, só olhei para trás. Eu também estava igualmente surpreso com o que havia acontecido.

Encarei os portões da escola, aqueles que eu nunca pude atravessar. Notei que perto deles havia uma pessoa vestida com trajes be brancos. Porém, algo estava estranho nela... As pessoas estavam atravessando-a.

- Que porra... é essa???! - Que raios que aconteceu comigo?!


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