Passionné escrita por Anitha Tunner


Capítulo 36
Nova Iorque


Notas iniciais do capítulo

POR FAVOR, LEIAM ISSO.
Oi pessoal. Então acho que devo algumas explicações á vocês! Ficamos um longo tempo sem postar por problemas pessoais; Sophie esteve muito mal nos últimos tempos, sem paciência e sem coerência na escrita. Quase estragamos a história passando-a para outro autor e estávamos resolvendo esse conflito nos últimos meses. Sophie decidiu parar a escrita por um tempo e por estar sentindo-se constrangida demais com os leitores com as burradas que fizemos juntas, desistiu de Passionné. Também desisti por um tempo, mas agora, voltei e vou fundo na fic. Gostaria de dizer um grande OBRIGADA pelo apoio e espero que gostem dessa nova fase da história; NADA MUDOU NA HISTÓRIA, a única diferença é que eu estou dirigindo tudo agora. Obrigada pessoal. Ótima leitura.



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Nova Iorque

― Por Jack ―

Não havia motivos para deixar Isabella continuar com seus pedidos de desculpas; já havia tido uma vista privilegiada nas visões do futuro de Kelly sobre o que ela falaria e não seria nada prazeroso ver minha garota chorando.

Eu fui grosseiro e ela estava fragilizada com a volta do vampiro, apenas isso e não precisávamos mais conversar sobre tal assunto. Mas, se o vampiro aparecer novamente, juro por todas as Trevas desse mundo, que eu terei o deleite de arrancar sua cabeça.

Ultimamente estávamos numa montanha russa de emoções. Problemas e soluções, alegrias e tristezas, num constante sobe e desce, mas ultimamente, eu também estava conversando muito com Kelly.

Andávamos tentando achar uma forma de fazer Bella manter a calma, ter controle sobre seus próprios demônios. Cora havia pagado um preço alto por Bella, não poderíamos deixar mais ninguém passar por tal situação.

Em meio a conversações e Cartas, Lana nos lembrou de Josepha, a tia de Bella que havia trocado a família Watson por sua liberdade, por sua paixão e por seus filhos metade Bruxo metade Transmorfo. O plano era rápido e simples: Josepha tinha controle sobre si mesma e oferecera ajuda a Bella, só precisávamos ir para Nova Iorque.

Erika havia providenciado as passagens, de uma forma ilícita: sentar no colo do dono da companhia dos aviões não me parece uma forma bonita de conseguir passagens de urgência para Nova Iorque. Eu não entedia e não entendo porque Erika gosta de conquistar as coisas com sua beleza, com sexo e com aquela mania de hipnotizar. Talvez seja apenas sua verdadeira natureza de Sirena.

Você não sabe a saudade que eu estou de quando você trabalhava o dia todo, Kelly. ― resmungou Erika enquanto tirava do topo da cabeça o rolo que prendia sua franja comprida. Kelly revirou os olhos e continuou fuçando em alguma coisa na cômoda que tinha-se na sala. ― O que você está procurando?

― As passagens ― Kelly fechou bruscamente a gaveta. Erika levantou-se e rebolou até Kelly, abrindo a gaveta e puxando as passagens azuis.

― Essas? ― Erika balançou as passagens e Kelly tentou puxa-las. Erika as puxou e Kelly bufou. Meu ouvido esquerdo já estava vermelho e dolorido; Cora e o namoradinho Elfo dela não acabavam nunca a discussão.

Vocês vão viajar? ― perguntou Bella enquanto devolvia para a prateleira nova na sala um livro que havia pegado.

― Na verdade, nós vamos ― a corrigi e os olhos castanhos de Bella queimaram em minha pele. Não consegui identificar se era raiva ou descrença, mas mesmo assim, aquele olhar me fez sorrir longamente.

― Nova Iorque… ― Erika se abanou com as passagens.

― Legal… ― Bella assentiu. ― E quando iam me contar?

― Eu não sei ― Erika estalou a língua no céu da boca e deu de ombros. ― Talvez quando o voou saísse daqui a duas horas…

― Jack. ― Bella cortou a fala de Erika e me olhou constrangida. Ri baixo. ― Sou obrigada a ir?

― Bom, se não ir eu forço…

― Por que você não fica quieta, Erika? ― a cortei.

Force-me. ― a voz de Erika soou desafiante no fundo da minha mente.

― Bom… ― olhei para Bella. ― Planejamos ir até Josepha, ela pode te ajudar com o autocontrole.

― Josepha? ― Bella parecia surpresa. Concordei e ela apertou um lábio contra o outro em um ato de nervosismo. Um pequeno rastro de calor passou pelas minhas costas e Bella desviou o olhar do meu, talvez tivesse notado meu olhar sobre ela. Bella não sabia, mas cada movimento que seus lábios faziam deixavam meu corpo totalmente alarmado. Neguei aquilo a mim mesmo, deixando aquela fantasia e me concentrando no assunto. ― Não me olha assim, Jack.

― Desculpe-me, docinho ― Bella me olhou. ― Você é linda.

Bella sorriu pequeno, aliviando a tensão. Erika pigarreou, obviamente, quebrando todo o clima.

― Okay, depois vocês transam, agora… ― Erika passou a mão pelos cabelos loiros e sorriu longamente. ― Bella, onde a Josepha disse que morava? Estamos indecisos entre o Bronx e o Brooklyn… ― levantei-me do sofá e caminhei em direção ao quarto de Cora.

Meu ouvido iria estourar se escutasse mais um pouco da discussão dos pombinhos. Erika continuou a dar seu discurso enquanto eu ia até o quarto da sua filha.

Você tem certeza do que está falando, Cora? ― Simon parecia magoado.

Minha mão deslizou até a maçaneta, mas a porta estava chaveada.

Eu não quero mais, okay? ― ouvi a voz de Cora sair tremula pelo choro. Dei um passo para trás e chutei a porta. O estouro ecoou toda a casa, e não ouve palavras vindas de ninguém, nem mesmo de Erika na sala.

Cora me olhava como se eu fosse louco e Simon estava paralisado. Os cabelos ruivos (tanto de Cora quanto de Simon) estavam desarrumados e ambos estavam com os rostos avermelhados.

― Acabou a brincadeira, crianças. ― Simon descongelou.

― Jack, seria melhor se você não se…

― Cala a boca e sai da minha casa, Elfo ― mandei. Simon franziu a testa e eu sorri, um sorriso malicioso esticou-se por meus lábios. ― Ela te chutou Elfo, não tem mais o que fazer aqui.

Simon encarou Cora, como se esperasse que ela o perdoasse no mesmo instante.

Eu não podia culpar Simon, Cora era uma péssima humana, não sabia controlar suas emoções e era novata em ser normal, ela precisava de tempo para respirar e Simon de paciência para tê-la de volta, mas mesmo assim, eu devia proteger minha sobrinha.

― Sai. ― Simon respirou profundamente e assentiu.

― Eu te ligo quanto estiver mais calma okay? ― Cora mexeu a cabeça negativamente.

― Não quero me ligue. ― Cora cruzou os braços e eu me escorei no canto, rindo alto e dando espaço para Simon sair. Simon resmungou algo incompreensível na língua dos Elfos e saiu do quarto sem falar mais nada. ― Você é um idiota, tio Jack.

― Hey, eu acabei de lhe ajudar garota. ― Cora descruzou os braços.

― Eu não pedi ajuda. ― disse ela. ― Não pedi ajuda em momento algum. ― dei de ombros.

― Faça as malas logo e tome um banho, temos uma viagem para fazer.

― Por que eu tenho que ir? ― bufou Cora.

― Porque Bella é sua melhor amiga, sua única amiga ― Cora suspirou e concordou, virando-se para juntar o seu abajur que havia sido atirado no chão. Novamente, o sorriso malicioso se estendeu em minha boca. ― Deixe de ser mimada, Rainha da Beleza. ― Cora se virou para mim, os olhos verdes azulados me fuzilando. Gargalhei e ergui as mãos. Desde que Cora virara humana eu a chamava assim; por ser uma garota humana, normal, Cora estava perdendo a beleza excessiva de uma Sirena. Seus cabelos vermelhos estavam virando cabelos ruivos claros e estavam perdendo o volume, eram lisos e alaranjados agora. Sua boca havia perdido o brilho e para completar, seu protetor, Theo, estava virando um simples lobo, perdendo toda a sua essência.

(…)

Bella ainda estava na sala, conversando com Erika. Kelly mantinha seus olhos negros como carvão cravados em mim, eu conhecia o olhar de Kelendria melhor do que o meu: ela estava com raiva e ficava em silêncio para manter o controle.

― E o meu pai? ― questionou Bella.

― Bom, o ‘papai delícia’ é o problema meu ― um rosnado áspero emergiu do peito de Bella e Erika passou a língua pelo lábio inferior, e deu uma piscadela rápida. ― Relaxe, eu peguei leve com ele.

― O que você fez Erika? ― Erika fez um biquinho.

― Apenas disse que íamos fazer compras em Seattle ― Bella ergueu as sobrancelhas. ― Eu sei que você é chata e odeia moda, okay? Mas o velhote aceitou e isso é o importante.

― E você acha que dará para ir a Nova Iorque, achar uma forma mágica e instantânea de autocontrole e voltar para a casa a tempo da janta, fazendo meu pai acreditar que fomos até Seattle apenas? ― Erika semicerrou os olhos e deu dois passos em direção a Bella.

― Está duvidando de mim, Transmorfo?

― Eu estou apenas dizendo, Sirena, que há muitos ‘e se’ no meio disso tudo…

― Então fique de bico fechado e saiba todo o plano antes de criticar. ― pigarreei e Erika empinou o nariz, ofendida.

― Seu pai acha que você dormirá na casa de Cora ― a voz de Kelly soou baixa e rouca. ― Falei com ele. ― garantiu Kelly. Bella sorriu pequeno e disse:

― Obrigada, Kelly.


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Notas finais do capítulo

Leram o pedido de desculpas lá encima? Espero que tenham nos entendido e que tenham gostado do capítulo.
Merece comentários? Ficou boa a volta?
A narração? Está tudo bem ou… Precisa melhorar? Comentem!
XOXO