A Filha de Klaus escrita por Katerina Petrova


Capítulo 41
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olá amores'
Olha estão de parabéns pelos review, se continuarem assim vai ter post sempre!
E bora ler!



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Fazia poucos dias que estávamos na casa nova, ela era uma mistura de modernidade com antiguidades e era incrivelmente linda. Nada tinha mudado radicalmente, ainda tinha minhas aulas com Seth.

Bonnie tem me ensinado mais feitiços e eu estou aprendendo me controlar, aos poucos ela me entrega mais da minha magia, apesar de aparentar não ser do agrado dela, mas Elijah a obriga. As vezes sinto que ele não confia nela. 

Os jantares não precisavam mais ser de gala e eu não precisava me arrumar, afinal não tinha tanta gente assim por aqui, era apenas nós. Mas eu era obrigada a me juntar a eles todos os dias ou Caroline me mataria.

Stefan continuava a me ensinar alguns truques de luta no jardim dos fundos que era enorme e tinha espaço suficiente para me deixar cansada de tanto correr. Era bem divertido estar com ele, estávamos criando uma relação de amizade. Eu e Car também, ela era bem animada e tudo tinha que estar da forma mais perfeita ou ela pirava. Eu não testava muito empolgada com essa festa, algo me dizia que não era pra mim e sim pra ela mesma. Ah!  Sim, ela decidiu fazer uma festa de boas vindas pra mim, nada no mundo a fez mudar de ideia, nem mesmo meu pai, digo, Klaus.

Estou me alimentando só de bolsas de sangue, confesso que sinto um pequeno vazio em mim e sei que é porque não bebo sangue direto da veia. Eu não quero, mas a vontade é grande, confesso.

Com tantas tarefas eu ainda não tive tempo de sair dessa casa pra conhecer a cidade, queria muito saber onde eu estou morando.

Klaus não trocou muitas palavras comigo esses dias, ele parecia estar chateado com alguma coisa, eu não procurei saber o porquê. Seth acha que era pelo o que eu disse no jantar do complexo e pelo modo de como eu vinha o tratando, ele acha que eu deveria dar uma chance a ele.

Engraçado um lobo Quileute dizer isso já que odiava Klaus Mikaelson.

—Você devia falar com ele, faz dias que ele fica dentro daquele quarto— Seth disse.

—E você quer que eu diga o que? "Oi Papai, eu vim aqui te fazer uma visita porque tenho saudade de você e fui mal criada, desculpe"— Disse irônica com uma vozinha de bebê.

—Nunca mais faça isso por favor!— Ele não parava de rir — Ah lobinha, eu sei que no fundo você se sente mal, mesmo que não queira admitir — Ele deu um estalo no meu nariz.— Mas que deveria ir até lá, deveria.

Talvez ele estivesse certo e eu devesse ir até lá falar com ele. 

—Ok. Eu vou!— Ele franziu a testa não acreditando até que eu saísse do quarto e deixasse ele lá sozinho.

O quarto ao qual Seth se referia, não era o dele e de Caroline. Era outro que ele passava a maioria de seu tempo lá trancado. Dessa vez a porta não estava trancada, estava meio aberta. 

Fiquei parada na frente por uns minutos e não tive coragem de bater. Ouvi Caroline gritando o nome dele, me assustei e sai correndo me escondendo. Eu ouvi os passos dele forte e ele bufando, parece que ele não queria ser perturbado, nem mesmo pela Caroline. Klaus saiu do quarto sem perceber que eu estava ali, eu sai do meu esconderijo e vi que ele deixou a porta aberta.

—Lina não faz isso...—Disse pra mim mesma.

Eu não me escutei como sempre e entrei devagar, tinha muitas telas de pinturas espalhada pela parede próximas ao chão em fileiras. Algumas ainda em branco e outras com desenhos incríveis, alguns deles era o que estava no meu antigo quarto. Passei olhando cada um dele, tinha alguns quadros obscuros que davam medo, mas outros era enigmáticos e encantadores o que me chamou a atenção foi que nessa fileira todos tinha a imagem de uma bebê, que a cada quadro, o bebê estava crescendo.

No meio do quarto, na verdade aquilo parecia mais um estúdio. Tinha uma tela maior que as outras, fui até ela pra ver o que era.

O desenho era do mesmo bebê em uma especie de evolução se tornando uma garota, o quadro não estava terminado. Olhei mais profundo e a garota se parecia, comigo.  A tinta estava fresca, ele ainda estava pintando.

—Apreciando a visão SweetHeart?

—Ai caramba!—Tomei um susto quando ele entrou.

Que fez com que eu caísse para trás derrubando algumas tintas que  para o meu azar estavam abertas e  caiu boa parte sobre mim. 

Me apressei pra levantar e pega-las, mas eu só fazia mais bagunça e me sujava mais ainda, eu estava tremendo porque eu sabia que ele ia surtar ao me ver ali.

—Me desculpa Klaus! Eu não ia entrar eu juro... eu só estava passando…e...Me desculpa!

Olhei pra ele que estava rindo. Ele se aproximou e tentava me ajudar a  pegar as tintas caídas no chão, mas ele desistiu.

—Vem, levanta — Ele puxou meu braço.

Estava tão envergonhada que não conseguia olhar pra cara dele que ainda ria. Eu estava totalmente confusa, ele me virou pra ver o reflexo na janela e meu rosto estava todo manchando de tinta, ele riu com isso.

—Isso não tem graça.—Ergui a sobrancelha.

—Deixa eu ver isso.

Ele pegou um paninho pequeno e começou a limpar o que tinha pelo meu rosto, ele não estava zangado e nem nada. Eu olhava pra ele e não via em seu rosto aquela cara de bravo que eu quase morri quando tirei a adaga de Elijah, ele estava diferente, parecia...feliz.

—Você não devia estar aqui.— Ele disse quando terminou de limpar.

—Nem você, não agora.

Ele colocou o pano em cima da mesa onde ficava as tintas e ficou sério. Ele mexeu nos pincéis e eu sei que queria falar algo, mas não falava! Eu tinha que cortar o momento constrangedor.

—Eu vou embora, me desculpa pela invasão...

—Não... pode ficar. — Ele disse ainda de costas. E permaneci onde eu estava.

—Tá bom…—Eu não sei porque disse isso.

—Não precisa se desculpar por isso, se desculpa por ter estragado a surpresa.

—Que surpresa?— Fiquei curiosa e ele apontou pro quadro maior, o que ele estava pintando.

—Eu estava terminando para te presentear na sua festa. —Ele disse um pouco envergonhado. Agora esta explicado o porquê dele ficar o tempo todo aqui.

—É um presente incrível! Na verdade todos esses quadros são incríveis. Quando você começou a pinta-los? Não é possível que nesse pequeno tempo tenha pintado todos eles, isso levaria...

—16 anos…— Ele me interrompeu — Ao todo são 15 quadros, que representa todos os anos que você não estava ao meu lado. Eu pintei cada um deles na data do seu aniversário, imaginando como você seria...Agora que eu já sei como você é estou pintando esse. —Ele apontou para o maior que continha a metade do meu rosto feito.

—Uau...—Não tinha muito o que falar depois dessa revelação.

—Você gostou?

—Eu amei, Klaus.

—Sendo assim, são todos seus. — Ele deu um sorrisinho de canto— Menos este, mesmo tendo estragado a surpresa eu gostaria de termina-lo.

—Eu vou ficar muito feliz com isso.— Dei uma corada.—Onde eu vou colocar todos eles?

—Fique a vontade para por onde quiser.

Klaus tinha um dom incrível.

Todos esses anos ele lembrava de mim, todos esses quadros foram feitos pensando em mim sem ele ao menos me conhecer! E eu sendo uma estupida com ele o tempo todo.

—Obrigada, não tem nada mais perfeito que isso.

—Você sabe pintar?

—Ah não, não tão bem quanto você.

— Vem — Ele me deu um pincel— Tente.

Peguei o pincel receosa e ele trocou as telas. Colocou o meu presente em um canto com todo cuidado, o que me fez sorrir pelo carinho que ele tinha. Ele pegou uma tela branca e colocou no lugar.

—Vamos começar com alguma coisa bem fácil. —Ele disse alegre.

Virou a tela pra janela que mostrava algumas arvores.

—Ah claro, essa paisagem é bem fácil — Disse ironicamente rindo.

—Não é a paisagem é a janela.

Olhei confusa.

—Você faz a janela e eu pinto o que tem por trás dela, é bem simples.

Assenti. Ele colocou as mãos sobre as minhas e foi me ensinando como segurar o pincel, eu ria  quando errava e ele me dava um olhar severo.

—Isso é serio.

—Ok. Desculpe.—Segurei o riso e continuamos, ele leva isso bem a sério.  

Ele soltou das minhas mãos e eu consegui fazer sozinha, pelo menos por alguns segundos.

—Está indo bem, com calma você vai melhorar.

—Então você vai me ensinar a pintar? Tenho mais uma aula extra curriculares, desse jeito mês que vem estou indo pra faculdade.

Ele dei uma risadinhal

—Pintar é ótimo, você pode por todas as suas emoções em uma simples tela. Pode colocar seu amor, sua raiva, fúria o que quiser. É como uma terapia.

Ele falava com paixão em seus olhos. Olhei para os quadros que ele tinha pintando sobre mim, era desenhos sombrios e ao mesmo tempo lindos. Estava claros que era como ele se sentia.

—É, eu acho que entendi.

Nunca havia passado mais de 5 minutos com ele sem brigar e ficamos talvez horas ali pintando.  Ele me mostrou alguns truques e me deu algumas telas caso eu quisesse pintar em meu quarto. Eu as aceitei, aquilo realmente era uma terapia.

—E terminamos!— Ele disse alto empolgado.

 O desenho não estava lá essas coisas, mas tinha ficado muito bom.

—Pra uma aprendiz até que fui boa não acha?

—Você puxou o meu dom, só precisa treinar mais. —Ele sorriu enquanto guardava o pincel. Ele estava mais relaxado, não estava com aquela face séria de todo dia.— E precisa de um banho também.

—É minhas mãos ficaram bem sujas.

—Seu rosto também.

—Você limpou...—Não terminei de falar quando Klaus pincelou meu nariz, eu abri minha boca fingindo estar assustada.

—Você não fez isso!—Peguei um pincel e  tentei pincelar a cara dele, mas acertou na camiseta.  Ele riu da minha falha e me pincelou novamente.  E la estava os dois brincando de brigar com os pinceis. 

—Eu achei que morreria e não veria essa cena em minha vida.

Nós paramos de correr um atrás do outro e olhamos pra porta para ver quem era.

—Elijah!— Corri para abraça-lo, ele não se incomodou com o meu abraço sujo de tinta. — Klaus me ensinou a pintar! Vem ver — Eu o puxei pra mostrar, ele sorriu pro irmão que retribuiu.

—É lindo, os dois fizeram juntos?—Balancei a cabeça que sim.—Querida, você precisa se limpar, está suja até o ultimo fio de cabelo  e eu preciso falar com seu pai.

A expressão de felicidade de Klaus mudou no mesmo momento  e eu senti uma tensão, entre eles.

—Tá né, vou deixar vocês dois resolverem assuntos que deve ser da cidade que ninguém nunca se importou em me levar para conhecer.—Joguei a indireta.

—SweetHeart, depois conversamos sobre isso,  vai para o seu banho.

—Sim senhor!—Bati continência e ele ergueu uma sobrancelha.— Desculpa, não resisti. E... Obrigada pela aula e por ter dividido isso comigo.

Klaus abriu um sorriso.

—Você é sempre bem vinda aqui, Sweet.

Sorri e me virei saindo do quarto.

— Lina espera!— Me virei quando Klaus me chamou — Você não vai levar suas telas?

—Não, se não for te incomodar eu prefiro vir até aqui e pintar com você.

—Não me incomoda nem um pouco.

Klaus sorria de orelha a orelha assim como eu sorria. Sai da porta e ouvi Elijah.

—Eva tem me informado sobre a cidade, os rumores de que Lina realmente está em New Orleans foram espalhados, as bruxas quere…—Ele parou de falar —Lina. Para o banho agora!

Merda.

—Tá bom coisa mandona! —Ouvi ele dar uns passo — Tô brincando!— Eu corri em velocidade.

[...]

A tinta demorou pra sair do meu cabelo, me troquei e fui seca-lo. Liguei o Ipod no ultimo volume e estava tocando "Icona pop-I don’t care", comecei a secar e a dançar, amava essa música.

Estava tão empolgada que não percebi a presença de Stefan na minha porta. Me virei e dei de cara com ele, levei um susto que me enrolei toda no fio do secador e ia caindo até que ele me segurou rapidamente.

—Já pensou em ser dançarina? — Ele dizia segurando o riso.

—Eu quase morri de susto!— Gritei com ele me afastando. Desliguei o Ipod e ajeitei meu cabelo, fiquei um pouco sem graça.

—Não era minha intenção, eu estava passando...Sua porta estava aberta ...E aí você prendeu toda a minha atenção.

—Então...—Eu acho que fiquei mais vermelha que pimentão—O que você quer ?

—Eu estava só de passagem mesmo.

—Obrigada pela sua passagem, pode ir.—Apontei para a porta.

Ele acenou e saiu do quarto. Meu coração havia acelerado e eu não tinha reparado. Terminei de me arrumar e saí do meu quarto. Encontrei Caroline na sala conversando no telefone.

—Bonnie eu não atravessei meio mundo para vir até aqui e você dizer que não vai ao festival de hoje! Por favor, diz que vai comigo?— Ela pedia como uma criança de 5 anos.—Ótimo! Já te disse que te amo? Te amo. Até mais!—Ela desligou o telefone, quando me viu abriu um sorriso.

—Vai ter festa na cidade?—Perguntei animada.

—Sempre tem! Essa é a melhor parte de se viver aqui. Eu estava convencendo a Bon pra ir comigo já que ninguém nessa casa liga para os festivais.

—Eu posso ir com você se quiser.—Disse animada.

—Hmm...— Ela ficou um pouco pensativa.—Você vai com a gente, vou ligar pra ela.

Ela ia discando o numero da Bonnie  quando Klaus apareceu de repente pegando o aparelho.

—Klaus!— Ela resmungou.

— Não. — Ele deu um selinho nos lábios de Caroline rápido.— Ela não vai.





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Notas finais do capítulo

Eu ouvi alguém dizer awwwn?? Klaus e Lina, Stefan e Lina muita fofura ou não?
O que será que acontece...Lina vai ou não pra essa festa...Só digo uma coisa pro próximo capítulo: AGUENTEM O CORAÇÃO.
Vou receber reviews legais ?? Mereço ?
Até mais !



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