A Filha de Klaus escrita por Katerina Petrova


Capítulo 195
Capítulo 78


Notas iniciais do capítulo

I'm BACK!

Eu sei...Eu sei...Fiquei fora todo esse tempo, sem terminar a história ainda mais agora que está no finalzinho.
Não sei se ainda tenho moral, mas quero pedir perdão á vocês minhas leitoras fieis!
E dizer que, uma leitora nova fez um comentário que acendeu o meu coração e me trouxe de volta pra esse mundo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/385207/chapter/195

—Eu não matei Elena Gilbert.— Kol disse ainda um pouco assustado.

 —Não é o que parece.— Cruzei os braços.

 —Eu tentei ajuda-la! Quando entrei ela...estava viva, tentei ajudar dando o meu sangue, mas de repente ela...morreu. Eu não consegui fazer nada.

 —Tio Kol, desculpe, mas não consigo acreditar.

 —Eu não a matei, Lina!—Ele disse olhando em meus olhos suplicando.

 —Então quem a matou?

 —Eu não sei! — Ele gritou e depois se deu conta e sussurrou.—Tampinha, eu apenas tentei ajuda-la, apenas isso.

 —Você me viu a 10 segundos atrás, por que não me disse nada? Por que não chamou ninguém?— Ele respirou fundo ficando irritado.

 —Por isso! Você não acreditaria em mim, ninguém acreditaria. É claro que eu seria acusado, da forma que estou sendo por você.

—Porque é o que tudo indica, oras! Se não? Como ela veio aparecer morta se não tinha ninguém aqui exceto nós dois aqui em cima?

Ele me ignorou e ficou olhando para os lados preocupados.

—Ah, caramba...Isso não pode acontecer, não hoje, não agora...

Ele estava devastado, se sentou na cadeira de apoio do banheiro e passou as mãos no seu rosto.

Sendo sincera? Nunca tinha visto meu tio Kol daquele jeito. Ele não ligaria pra isso, pelo contrário ele estaria feliz com a morte dela e não se importaria em dizer que a matou.

Ele está falando á verdade, será?

—Kol...— O chamei calma e ele me olhou rapidamente.

—Tampinha...—Ele olhou para  minhas mãos e viu que eu estava usando sua pulseira e deu um pequeno sorriso.—Eu não matei essa garota. Você precisa acreditar em mim.

—Eu não posso. Me desculpe.— Me afastei e ele se levantou.

—Ok. Você tem todas as razões do mundo para desconfiar de mim. Mas eu juro, que eu estou tentando apagar todos os meus erros e não seria assim que eu começaria. Eu não mataria a melhor amiga de Caroline no dia mais importante de sua vida. Eu não faria isso com meu irmão e muito menos com meu sobrinho.

Ele olhava em meus olhos como nunca havia olhado antes, talvez no fundo ele poderia estar certo, mas por enquanto ele é culpado para mim. E...

Ah merda. O casamento. A Caroline! E pior! O Damon!

Olhei para Elena morta no chão. Se Damon ver isso ele vai enlouquecer e vai retaliar não importa quem seja o culpado. Meu pai não deixaria ele estragar sua festa e mataria ele. Stefan com certeza se envolveria e sabe se lá o grande problema que tudo isso pode causar! CARAMBA. Quanto mais eu penso mais desgraça aparece. 

—Precisamos tirar o corpo da Elena daqui.—Eu disse secamente e ele me olhou surpreso, mas acenou que sim.

—Se você sair e vigiar pra mim eu dou um jeito de sumir com o corpo.

—Tá maluco? Você vai sair daqui com um corpo pra onde sem que ninguém te veja? Essa casa está lotada de gente.—Andei para o outro lado— Eu tenho uma ideia. Você fica aqui e limpa esse banheiro e por tudo o que é mais sagrado, não deixa nenhuma marca de sangue ou vestígio do que aconteceu. Eu vou levar o corpo de Elena para o meu quarto, ninguém vai entrar lá. Depois da festa a gente pensa melhor no que faz.

—Você tem certeza disso, tampinha?

—Não. Mas não temos tempo, se você tiver um plano melhor...—Ele acenou que não.— Então, faremos isso. Vira pra lá.

Fiz sinal para ele se virar e eu retirar o meu vestido, talvez se eu não soubesse que ele foi apaixonada por uma versão minha eu não ligaria. Mas agora, eu ligo e muito.

Peguei o corpo da Elena e com magia nos deixei invisíveis. Por um momento senti uma pequena tontura. Esse não era o momento de sentir enjoo. Respirei fundo e fiquei melhor.

Quando eu sai, um dos colaboradores da festa apareceu e tentou abrir o banheiro. Meu coração ficou na mão.  Kol não disse nada e o tal cara desistiu e foi embora. Continuei e entrei no meu quarto, deixando o corpo de Elena na banheira. Olhei para suas mãos e suas unhas estavam sangrando na pontinha, deve ter lutado por sua vida antes de morrer, seu pescoço não tinha marca de mordida de vampiro e ela tinha um furo no meio do coração. Coloquei minhas mãos e tinha uma bala de madeira...Ela foi atingida por uma bala? E ninguém ouviu? Deixei a prova do crime em cima do seu vestido e me levantei.

Eu não tinha tanto tempo assim pra ficar examinando o corpo. Fechei a cortina, limpei minhas mãos e tranquei o banheiro. 

Se eu enlouqueci? Provavelmente. Só sei que é a única coisa que eu posso fazer no momento para não estragar o dia do meu irmão e do meu pai. Foi adiado por tantas coisas ruins e por minha culpa.

Hoje esse casamento vai acontecer! É um pouco egoísta eu sei. Mas, primeiro eles.

Assim que sai abri a porta do quarto de Henrik e peguei uma camisa branca nova. Bati na porta do banheiro e Kol abriu, ele ainda estava limpando. Entreguei a camisa para ele vestir e terminei o serviço. Coloquei meu vestido de volta. Estava tudo perfeito como se nada tivesse acontecido.

—Lina, obrigado pelo o que está fazendo. Eu assumo toda a responsabilidade após a festa.

—Não discordo disso, mas meu pai e a Caroline precisam estar bem longe daqui quando essa bomba estourar. Ela decidiu passar um tempo totalmente off e eu quero usar isso a nosso favor para podermos resolver como adultos que somos.

—Vamos matar o Damon? Por mim tudo bem, não fede e nem cheira.

—Não! Meu Deus tio...—Coloquei a mão na testa preocupada e segurei na pia quando senti o mundo girar.

—Está passando mal?—Ele segurou em minhas costas.

—Estou bem.—Me afastei dele.— Damon não pode desconfiar de nada durante a festa. Ele não pode perguntar sobre ela para Caroline, ou para qualquer pessoa que fará alarde sobre isso.

—Certo, eu tentarei dar um jeito nele, sem mata-lo.

—Nem tente hipnotiza-lo porque ele é inteligente o bastante pra vir na casa dos Originais com verbena em suas veias.

—Fica tranquila. 

—Ah caramba, Elena é uma das madrinhas! É claro que vão sentir falta dela.

—Confia em mim.— Ele ia chegando mais próximo e eu me virei.

—Vamos voltar porque a cerimônia já vai começar.—Segurei na maçaneta da porta.

 —Lina.—Ele chamou e eu não me virei—Eu não matei Elena Gilbert. — Kol disse atrás de mim mais uma vez.

Respirei fundo abrindo a porta e sai de sua vista.

[...]

Assim que desci as escadas dei de cara com Seth. Ele estava muito bem vestido.

—Bruxinha você está de matar!—Ele disse segurando minha mão fazendo eu dar uma voltinha.

—Eu não matei ninguém, Seth!—Respondi automaticamente apreensiva.

—Eu sei que não, o que foi? Tá pálida, está se sentindo mal? Ah é o Junior.— Ele disse se abaixando e segurando na minha barriga.—Cara, você tem que ajudar e não piorar as coisas.

—Seth!— Tirei as mãos dele.— Não é o bebê. Eu...Eu...

Kol desceu as escadas arrumando seu smoking, eu estava prestes a contar ao meu amigo o que aconteceu...Mas Seth olhou furiosamente para ele.

—Se você fez alguma coisa com a minha garota eu juro que...— Ele estava indo em direção ao Kol bem nervoso e Stefan o segurou em seu ombro.

—Sem brigas hoje.—Ele alertou.— E ela é a minha garota.—Ele piscou brincando.

Eu não estava me sentindo bem, tinha algumas coisas estranhas acontecendo em minha volta.

—Não haverá briga pelo meu lado— Kol disse.— Se me dão licença eu tenho que ir encontrar a minha garota.

Ele passou por nós e me olhou rapidamente dando uma piscadinha.

—Vocês brigaram não foi?— Seth perguntou curioso e nervoso.— Lina, só pra você saber eu não estou confortável com ele aqui. Kol Mikaelson não é sinônimo de algo bom, alguém vai morrer hoje.

—Ninguém vai morrer hoje!— Falei um pouco mais alto do que eu queria, Stefan franziu o cenho para mim.— Hoje, será um dia maravilhoso para nossa família. Ok? Ok.

Stefan veio ao meu lado e segurou minhas mãos.

—Fica calma aí mamãe loba, não vamos passar essa energia para o bebê.

Olhei nos olhos de Stefan e eu queria muito contar o que aconteceu, ele merecia saber a verdade e até mesmo Seth. Mas eu não poderia arriscar que eles fizessem algo que poderia prejudicar o casamento. 

Me sinto péssima por tudo isso.

—Desculpe, é a tensão do dia.

Dei um meio sorrisinho pra ele e o puxei para sairmos. Seth ficou meio desconfiado, mas veio atrás de nós. Quando estávamos chegando a porta da casa ouvi uns passos em nossa direção rapidamente.

—Ei! Calma aí!—Nate nos chamou antes que saíssemos, ele estava descendo as escadas.

Soltei as mãos de Stefan no mesmo momento. Meu coração gelou ao ver ele descendo. Sem que eu percebesse eu estava em sua frente segurando seu colarinho nada gentil. Eu não esperava por essa minha reação.

—Onde é que você estava?— Meus olhos ficaram sombrios. Ele me olhou assustado. 

—Lina! Calma aí, eu estava...— Senti uma mão apertar as minhas e retirar do colarinho de Nate nada gentil.

—O que você está fazendo? Ele estava comigo.—Era Tia Rebekah.

Deixei meus olhos normais e todos estavam me olhando. Eu não sabia o que falar e então comecei a rir. De nervoso.

—Qual é, eu estava brincando com ele. Não posso mais? Eu hein, cadê o humor de vocês. É... Stefan vamos...Agora.

 Puxei os braços dele e o empurrei dali antes de qualquer pergunta.

Não parei de andar até chegar em meu pai e meu irmão que estava no altar  já esperando pelas bonitas.

—Sweet, está tudo bem?—Meu pai perguntou assim que me viu e  Stefan ficou me olhando pra saber a resposta.

—Sim, eu tive um pequeno enjoo, coisa normal. E...Hã. O casamento! Já podemos começar né? Todos estão aqui. Vamos começar o casamento, uhul!— Ele ergueu uma sobrancelha com a minha súbita empolgação.

—Lina tem razão, já estamos atrasado.—Henrik disse olhando impaciente para o seu relógio.

—Noivas se atrasam.— Meu pai disse calmo ajeitando sua gravata.

—É, mas elas estão ali em cima e não tem o porquê demorar tanto.

 Respirei fundo, parece que as coisas iriam melhorar e ficar normais.

—Desculpa, mas viu a Elena por aí, irmão? — Merda.—Não a encontro em lugar algum.— Damon perguntou para Stefan em seu ouvido.

—Não!— Eu respondi atropelando o Stefan e aí não sabia mais o que falar. Procurei em volta um tanto desesperada e não achei Kol. Aquele maldito deve ter ido embora! E me deixou com o corpo da Elena para todos pensar que fui eu! Eu vou contar a verdade.— Damon...A Elena está...

—Ela está na cozinha.— Terumy apareceu ao lado de Kol e disse um tanto sorridente. Será que ela sabia o que estava acontecendo?—Você é o Damon certo? Ela me pediu para que te chamasse. Com a alegria da bebida ela acabou derrubando vinho em seu vestido e ela está precisando de ajuda para limpa-lo.

Jesus. Ela sabe. E está ajudando meu tio.

—Como você sabe disso? Elena não estava bebendo.—Damon perguntou desconfiado.

—Não na sua frente. Eu estava com a Melissa e outras hibridas fazendo um esquenta, a Elena apareceu e achou que poderia beber como a gente...Enfim, acho que seria bom você ir até lá dar um help.

Damon olhou para Stefan que balançou a cabeça que sim e ele saiu com ela.  Ela envolveu as hibridas nessa história absurda, isso não vai ficar assim.

Kol acenou para Ter e logo depois foi para o lado do tio Elijah, que deu um sorriso educado para ele. 

Puxei os braços do Stefan, tentando parecer normal.

—Ele vai ser o padrinho também?—Perguntei baixinho.

—Sim Lina, eles são seus tios, você sabe como é essa família. Independente do que aconteça eles estão unidos sempre e pra sempre.—Stefan disse com ironia beijando minha testa e indo para o seu lugar que era ao lado deles também. 

Ao lado dos homens estavam Elijah, Stefan, Nate, Seth e agora Kol.

Ao das mulheres estavam eu, minha mãe, Tia Rebekah, Bonnie e era para "Elena" estar também.

O meu coração estava apertado, porque a qualquer momento Damon poderia sair dali bravo porque não a encontrou. E eu teria que contar á verdade dessa vez e isso seria uma matança.

Eu queria saber o que pode acontecer. Mas alguém pode!

Coloquei á mão na minha barriga.

—Você está tão quietinho, não quer falar nada pra mamãe agora? Não temos muito tempo.

Kol assim como todos me olharam e eu levantei a cabeça sorrindo envergonhada. Kol estava passando á mão em seu pulso varias e varias vezes. Henrik veio até mim e segurou na minha barriga.

—E aí ele te disse alguma coisa?— Kol tirou minha concentração enquanto fazia sinal com os pulsos.—Eu estou fazendo o que é certo né?

Abri um sorrisão para meu irmão e passei ás mãos no seu rosto forçando o sorriso.

—Você sabe que tem um monte de lobos aqui e que se você fizer qualquer merda, eles vão fazer de você picadinho né?— Continuei com o sorriso falso. E ele engoliu seco e voltou para o seu lugar.

Kol deu uma tossida e passou as mãos novamente em seu pulso, mas que merda ele tá querendo falar?

Seth olhou para nós dois franzindo o cenho, ele não pode saber de nada por enquanto porque é uma matraca. Então foquei em olhar apenas para o corredor e eu vi um burburinho.

A banda estava preparada esperando elas chegarem. Os convidados estavam todos bem vestidos e impecáveis. Alguns olhavam para mim desconfiados. Eu sei que eles olhavam pensando que a filha do demônio está grávida e isso é terrível.

E aí, eu cai em si.

Muitas pessoas tentaram me matar por eu ser filha do Klaus, isso quer dizer que vão tentar meu filho. 

Segurei na minha barriga aflita. Stefan percebeu e me olhou dando um sorriso tranquilizante. 

Voltei á olhar o corredor e vi Terumy voltando e indo para o lugar junto com os híbridos, ela estava agindo normalmente, como se nada tivesse acontecido. Procurei em volta e nada do Damon.

O que eles estão tramando? Eu preciso saber. Dei um passo para ir até ela, mas minha mãe passou as mãos pelos meus ombros e eu fiquei parada com o gesto que poderia ser crucial.

—Daqui algum tempo será você e o Stefan...—Ela disse sorrindo, ela estava emocionada, respirei aliviada.—Espero conseguir aguentar hoje para me preparar para o seu.

Disfarcei voltando o meu olhar para ela e sorri.

—Vai aguentar sim mãe e pode ser o seu e do Tio Elijah também. Ia ser demais o próximo casamento ser duplo também!

Tio Elijah e Stefan nos olharam sorrindo. Henrik cutucou o meu pai e ele revirou os olhos.

E então para interromper nossa pequena conversa uma música começou a tocar e todos nos viramos para olhar para o fim do corredor. Todos os convidados ficaram de pé. Meu pai segurou no ombro de Henrik que parecia que ia vomitar e o acalmou. 

Melissa e Caroline apareceram, seus braços estavam segurando em Jackson. Quando os olhares se encontraram instantaneamente o nervoso do meu irmão sumiu. Ele ficou calmo e abriu o maior sorriso de todos e seu olhar não se desviou de Melissa. E o meu pai ficou da mesma forma quando viu Caroline. Era como se tivesse somente os quatro ali e ninguém mais. Minha mãe e tia Rebekah ficaram emocionadas e estavam quase chorando.

E eu... Estava feliz, precisava esquecer do que aconteceu e focar na minha família nesse momento. Se Damon aparecer aqui e agora, eu mesma seria capaz de cortar a cabeça dele fora por estragar esse momento lindo.

Meu irmão e meu pai vão se casar e é somente isso que importa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo aprovado?
Peço que tenham mais um pouco de paciência para os próximos capítulos, prometo não demorar!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha de Klaus" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.