POV por Klaus

Saber que o único irmão do qual eu preciso de ajuda no momento é o Kol, me deixa um pouco frustrado. Elijah e eu fomos vitimas dele há alguns anos atrás... Ok, na verdade eu fiquei irritado com as atitudes de Kol, que Elijah apenas cedeu a minha ira que fez com que eu colocasse uma adaga no peito de Kol. O problema que o motivo está pairando sobre nós mais uma vez, ou é o que parece estar segundo o que meus filhos me mostraram...

Tive que entregar bolsas de sangue suficiente ao Kol para que ele pudesse estar totalmente consciente, preciso de muitas respostas para tudo o que está acontecendo.

—Nik, por quê quer a minha ajuda? Ainda mais agora que eu quase matei sua filha. —Ele perguntou sarcástico me encarando eu ergui a sobrancelha pra ele com um sorrisinho de canto eu não estava com paciência, estou com pressa.

—Ah por favor irmão, nem se quisesse você a machucaria, você a ama, isso é fato. Seu ego está apenas ferido e quer culpar alguém pela morte de Eva. Se quer culpar alguém —Apontei para ele — você deveria culpar a si mesmo.

Kol tirou o sorrisinho do rosto engolindo a seco o que eu havia dito, olhei para Elijah que estava sério e centrado, ele deu um passo ficando a frente do nosso irmão.

—Kol...Antes do Niklaus colocar a adaga em você pela última vez, você nos disse algo sobre o fim da nossa família, você se lembra disso?

Kol olhou para mim e voltou a olhar Elijah tentando entender  aquela pergunta e quando entendeu, ficou surpreso e me encarou.

—Eu sabia. — Ele deu uma risadinha. — Eu sabia que aquilo ia voltar um dia. Onde está? 

—Não sabemos. — Elijah disse a verdade que ele sabe. — Na verdade, estamos querendo sua ajuda para saber exatamente o que é.

—Talvez nós sabemos. — Respondi — Mas antes eu quero que me diga absolutamente tudo o que você sabe Kol.

—Eu já contei tudo a vocês, mas não me deram ouvidos.— Ele ficou olhando para nós  — E se a coisa está por aí, acho melhor você me tirar daqui por que ela virá atrás de todos nós mais cedo ou mais tarde!

—Como eu disse, devia culpar a si mesmo. Se não fosse por você, isso não seria mais um problema!—Gritei com ele quase indo bater mas Elijah segurou meus braços.

—Ora, ora Klaus Mikaelson está com medo? Deixa eu adivinhar, você sabe que é realmente possível que aquela coisa mate rapidamente não só á nós como os seus filhos, não é mesmo? — Kol disse chegando próximo á mim—Lina e Henrik tem linhagem de vampiro. Tem a linhagem de uma bruxa poderosa. E são lobos! Olhando você agora irmão, parece que agora sim —Ele parou bem na minha frente olhando no fundo dos meus olhos — você acredita em mim.

Eu não deixaria que ele enxergasse o medo que eu senti em meu corpo, só de imaginar algo de mal acontecendo com meus filhos...

—Os dois parem por favor.—Elijah disse sabendo que eu não conseguiria dizer uma palavra— Kol, estamos em épocas diferentes, pensamentos diferentes tem algo que não sabemos?

—Ah então agora é diferente Elijah? Ele me deixou preso por anos com aquela adaga.

—Kol, você sabe muito bem o porquê.— Ele chegou perto de mim.

—Sim, e acredite...Eu faria novamente.

Arranquei o coração dele com as minhas mãos. E Elijah se assustou com minha ação rápida.

—Niklaus!— Ele passou as mãos na cabeça e respirou fundo. — Se você não controlar a sua raiva, isso não vai dar certo! Somos uma família e devemos cuidar um dos outros, você melhor do que ninguém deveria cooperar pra que isso dê certo.

Empurrei o coração do Kol no peito dele manchando sua roupa com o sangue do nosso irmão.

—Se não fosse pela minha raiva, não estaríamos aqui hoje.

Joshua entrou na cela e olhou em volta, ele ficou assustado.

—Eita...Hãn... Má hora pra dar má noticia, eu acho. —Ele viu Kol no chão— Senhor, não sei como falar, então vou direto ao ponto — Ele pigarreou - Sua casa foi invadida por mercenários contratados pelos Palmers, recebi a ligação da sua filha agora há pouco, ela está segura com Seth e Stefan na cabana em Bayoun...Mas...Henrik, Caroline e Hayley estão desaparecidos.

Olhei para Elijah bem sério.

—Não quer mesmo a minha raiva nesse momento irmão?

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POV por Rebekah 

Parece que o universo conspira sempre contra mim, já não basta eu ter dedo podre para homem, eu tenho que fazer as coisas erradas para a família. Lina deve estar muito chateada comigo e com razão, por que eu tinha que inventar de fazer uma festa logo quando ela esta desaparecida?

—Você está bem?— Nate apareceu de surpresa, eu não falo com ele há dias, ele não sabe o porquê e por mim seria melhor que não soubesse.

—Sim, obrigada.— Passei por ele, mas ele segurou em meus braços.

—Você vai me dizer por que tem me evitado todos esses dias.

Olhei para as mãos dele em cima de mim séria, e ele retirou.

—Eu não tenho nada pra falar, eu só queria um tempo pra mim.

Ele respirou fundo.

—Rebekah, se queria um tempo eu daria, mas você não acha que seria legal, ao menos conversar comigo? Eu preciso saber por que está tão estranha, eu nunca te vi assim, nós estávamos indo tão bem... — Ele colocou sua mão delicadamente em meu rosto - Você sabe que eu sou louco por você... Eu amo você, não se afasta de mim assim...

Gostaria de poder dizer que eu não quero estar afastada dele, mas eu estaria mentindo mais. Se ele soubesse...

—Nate...Eu — Meu telefone tocou e vi que era meu irmão Klaus.— Desculpe preciso atender. 

Sai em velocidade sem olhar para trás.

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POV por Klaus

Minha casa estava uma bagunça. Moveis quebrados, sangue pelo chão, o corpo da bruxa Katrina e nenhuma pista concreta. Liguei para minha filha, ela estava assustada então falei com Stefan para saber o que realmente aconteceu. Ele me disse que tudo aconteceu muito rápido, homens fortemente armados entraram por todos os lados e teve tempo apenas de pegar Lina e sair dali com Seth a pedido de Hayley. Enquanto isso meu filho e Caroline ficaram e ele não sabe onde eles estão. Ele queria vir para ajudar, mas acho melhor ele ficar perto de Lina agora, fazer um feitiço de localização e me ligar quando souber. A única coisa que eu sei e tenho certeza é que ao final do dia estarão todos mortos.

Pouco tempo depois recebi um SMS do Stefan me dizendo a localização exata, liguei para Rebekah.

—Fala Nik.

—Nossa família está com problemas.

—Novidade.

—A novidade é que seus protegidos estão por trás disso.

—Se você está falando da família do Nate, ele é o único que eu protegeria, já o resto eu ficaria muito feliz em ir com você para a matança.

—Eu sabia disso irmãzinha, estou indo na frente com Elijah, vou te mandar o endereço e nos encontramos lá.

Desliguei o telefone, dei algumas ordens para Peggy.

—Eles não aprendem?— Elijah disse entrando no carro, entrei após ele.

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Chegamos a um balcão abandonado e Elijah estacionou o carro. Há KM era possível sentir o cheiro do meu filho, da mãe dele e da minha amada, obviamente eles estavam presos. Não sinto cheiro de mais ninguém por perto, o que me parece muito estranho. 

—Isso não está certo.

—Você duvida?— Elijah disse olhando para os lados cauteloso.—Eu vou verificar a situação lá dentro, acho melhor você ficar por aqui de olho e esperar por Rebekah caso as coisas saem dos eixos.

—É uma emboscada irmão.— Abri um sorrisinho para ele.— Mas é um plano válido.

Elijah entrou no balcão e eu comecei a ficar nervoso relembrando dos fatos anteriores em um balcão parecido com este. Fiquei de olho, mas nenhum movimento por perto, mas ainda sim sinto que tem algo de estranho nisso.

Segundos após pensar isso, ouvi um grunhido de Elijah. Algo havia prendido suas mãos e eu bufei indo atrás dele. Assim que entrei no balcão, eles estavam suspensos pelas mãos com correntes de aço, como carnes em um frigorifico, Henrik estava desacordado. Hayley estava bem machucada e preocupada com Elijah que estava agora na mesma posição que ela, Caroline me encontrou e abriu um sorriso sangrento, estava machucada também.

—Não chega perto Klaus!— Ela gritou.— Este lugar está cheio de truques!

Não me movi e passei a olhar o local com mais cautela, algo que meu irmão deveria ter feito claramente. Não tinha nada de estranho exceto uma correntes escondida ao meu lado esquerdo esperando que eu desse mais passo e caísse na armadilha.

Pensei em algum jeito de chegar perto deles sem que a corrente me pegasse.

—Eu também pulei irmão, mas não deu muito certo.— Elijah disse vendo no que eu estava pensando.

O local era bem estreito para passar, até que senti um cheiro de humano chegando próximo.

—Bom, se não tem outra alternativa então, vou colocar fogo nesse lugar com vocês dentro.— Dei um passo saindo.

—Klaus não!—Caroline gritou.

—Calma love.— Pisquei pra ela, procurei e achei uma ferramenta que havia por perto e joguei para dentro onde as correntes tentara pegar e de fato pegou. Dei um sorrisinho para Elijah e ele revirou os olhos. Fiquei escondido e esperei o individuo entrar. Como pensei, ele entrou e estava armado, olhou para a vaga onde estava a me esperar. Ele ficou bem chateado ao ver que não era eu quem estava lá.

—Merda.—Ele resmungou baixinho e eu quebrei o pescoço dele.

Soltei as correntes de Elijah e senti cheiro de mais alguém vindo, rapidamente soltei eles, Elijah e Caroline ficaram atentos enquanto Hayley e eu segurava Henrik, ele estava bem machucado.

—Há quanto tempo ele está assim?—Perguntei preocupado.

—Poucos minutos, eles o torturaram e eu não pude fazer nada! Falei pra ele fugir com a irmã dele, mas esse teimoso não me ouviu! Ele não me ouviu.—Ela estava bastante abalada e eu precisava de concentração.

—Se recomponha, isso não é o fim do mundo ele é forte. — Segurei o rosto dele com cautela.— Filho, essa é uma boa hora para acordar. 

—As doses de wolfsbane e verbena que nos colocaram eram muitos altas, tenho certeza que foram duplicadas no Henrik, você não reparou que estávamos aqui "presos"?— Hayley disse irônica. 

—Engraçadinha. Tá legal, leva ele e Caroline até o carro e vão embora, Elijah e eu damos conta deles.

—Eu não vou barganhar isso com você.— Ela segurou Henrik e Caroline foi ajuda-la.

Estavam saindo quando dardos  foram disparados, olhei para ver de onde vinha e alguns homens estavam formando posições de ataque bem sincronizados. Um tiro foi dado no meu braço esquerdo, por um momento achei que Hayley estava sendo exagerada, mas depois de alguns segundos senti meu corpo amolecer e quase cai de joelhos, isso me deixou com muita raiva e deixei meu olhos sombrios. Eles hesitaram ao me ver desse jeito, mas um deles deu a ordem de seguir em frente. Pior decisão. Retirei o dardo do meu braço, e  joguei na cabeça de um deles, segurei o coração de um pelas mãos e arranquei. Elijah já estava ao meu lado quebrando o pescoço de alguns. Outros ainda tentavam atirar na minha família. Hayley com seu instinto materno ficou de costa para eles na frente de Henrik para que não o acertasse. Caroline ainda fraca bebeu o sangue de um e deixou seus olhos sombrios.

Eles estavam nos sufocando, os dardos que eu estava recebendo estava me deixando lento, e talvez Elijah também. Vi um vulto matando todos eles e não era nenhum de nós. Não aguentei e cai de joelhos. Vi uma cabeça rolando até mim. E olhei para ver quem era, abri um enorme sorriso aliviado.

—E o dia foi salvo, graças a irmã Original poderosa.— Rebekah disse com ironia soltando de sua mão um coração.

Todos estavam mortos, exceto um, seu cheiro estava ficando longe, ele fugiu.

—Você demorou. — Disse me levantando com a ajuda da minha irmã.

—Não reclame, agradeça.— Ela disse.

—Obrigada Rebekah— Caroline disse e veio até mim.— Não é tão difícil assim amor, você está bem?

—Não se preocupe comigo, vamos para casa love.— Passei as mãos pelos cabelos loiros de Caroline.—- Você está linda.

Ela me deu um tapa no ombro. Mas depois sorriu de volta.

—Devemos ir até a Lina.— Elijah disse quando pegou Hayley no colo.

Hayley estava desmaiada e Henrik também não havia dado sinal de vida ainda. Como nossa casa estava comprometida após o ataque, fomos direto para a cabana Lina esta e eu também preciso saber se ela está bem.

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 Chegando ao perímetro fomos escoltados pelo híbridos, eles não brincam em jogo mesmo. Assim que sai do carro, a porta da cabana se abriu, e eu vi o mais belo sorriso de todo o mundo, abri os braços enquanto minha filha corria até mim.

—Pai! —Ela me abraçou forte e eu soltei o ar mais aliviado que eu nunca havia soltado antes.— Você está bem? Fiquei preocupada com vocês! O Rik está bem? Minha mãe está bem?

—Eu estou, obrigada.— Caroline disse irônica assim que saiu do carro e foi direto para casa.

—Sweetheart, estamos todos bem. —Dei uma boa olhada em volta na minha filha.— E pelo visto você também está, fico menos preocupado. 

—Espero que fique menos preocupado mesmo, temos uma visitinha...—Ela disse e se virou para casa, Kol estava na porta.—Pode ficar tranquilo pai, ele veio em paz, até agora não quis me matar.