A Filha de Klaus escrita por Katerina Petrova


Capítulo 174
Capítulo 57


Notas iniciais do capítulo

Olá amores'

Milhões de desculpas por toda essa ausência, e quero compensar com este capítulo um tanto especial...



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POV por Klaus 

—Como ele está? - Caroline perguntou me ajudando a ajeitar minha gravata.

—Nada bem, perder quem se ama é uma dor inexplicável.

—Sei muito bem como é, não que amor de mãe deve ser comparado a isso...- Ela abriu um sorriso acanhado, talvez se lembrando de sua mãe. - Me desculpe por ter agido daquele jeito, eu sei que devo confiar em você sempre...

Segurei em sua cintura carinhosamente e dei um selinho em seus lábios.

—Já conversamos sobre isso love.

—Eu sei...Só não sei o que eu faria se eu te perdesse.- Caroline tocou no meu rosto olhando dentro dos meus olhos, sei que ela está estremecida com os acontecimentos.

—Você não vai me perder. - Olhei para meu relógio.- O que vamos perder é o horário, vamos, estão nos esperando.

Entrelacei nossas mãos e saímos de nosso quarto, encontramos Henrik saindo do seu com Melissa. Assim que ela me olhou fez menção de sair na frente para me evitar e foi quando meu filho segurou em suas mãos com força. Sei o que eu fiz e não me arrependo, faria novamente.

—Elijah está nos esperando lá fora.- Disse para eles e desci a ignorando.

Todos já estavam devidamente arrumados para a ocasião. Rebekah ficou o tempo inteiro com Kol, ele já havia contido suas lágrimas, mas não havia falado uma palavra.

Assim que chegamos havia alguns rostos que eu conhecia de anos atrás, todos nos cumprimentaram e olhavam quase que com pena para o meu irmão, que estava bem abatido. 

Após os cumprimentos nos sentamos e o padre estava indo para o seu devido lugar.

—Estamos todos reunidos hoje...—Ele começou, Kol estava apático olhando para o caixão de sua amada. 

Não queria que meu irmão estivesse passando por isso, na verdade nenhum dos meus irmãos merece passar por isso, temos nossas diferenças, mas eu nunca desejaria isso para eles.

Rebekah, Elijah e eu fomos falar um pouco sobre o que Eva representou em nossas vidas, Kol não quis se levantar.

—Se você quiser, podemos sair daqui. - Falei baixinho, ele continuou olhando para o caixão e acenou que não.

Após a cerimônia, nós Mikaelson's pegamos o caixão de Eva para a passeata na rua como de costume aqui na nossa cidade. Elijah anunciou que as bebidas servidas no Rousseau's hoje, seria por conta dele e assim todos se dispersaram até lá.

Caminhamos até que chegássemos ao jazigo da nossa família. Entramos apenas nós 4 enquanto os demais nos esperaram lá fora. Kol não havia percebido que tínhamos chegado até ali. Ele olhou em volta, e deu uma pequena risadinha, nunca precisamos usar aquilo.

—Hoje de manhã, decidimos que aqui deveria ser o lugar dela. - Eu disse.

—De fato, é o lugar dela. - Kol se afastou do caixão. - Se sua filha não atrapalhasse todos os meus planos de casar com ela.

—Kol por favor não, você prometeu...

—Eu não prometi nada á você Rebekah, você que associou meu silêncio á isso. - Ele me olhou, segurando suas lágrimas. - Eu ouvi tudo o que se passou, enquanto eu estava...enquanto eu não estava lá.  Me perdoa irmão, mas Eva não vai ficar aqui sozinha, mais uma Mikaelson vai fazer companhia pra ela.

Ele tocou no caixão se despedindo e saiu andando após sua ameaça.

—Kol. - Elijah o chamou.

—Deixa ele ir irmão...Ele precisa de um tempo. - Respondi.

—Tempo que ele irá usar caçando Lina. - Rebekah disse.

—Se eu que sou o pai dela não consegui acha-la, boa sorte para ele tentando.

************************************

Dias depois...

Algumas coisas começaram a voltar ao seu lugar. Caroline continuou os preparativos dos casamentos e  Melissa havia repensado se devia fazer parte dessa família se casando com Henrik, depois do que eu fiz aos híbridos. Meu filho implorou para que eu desfizesse aquilo e claramente,  neguei o pedido. E no fim, não houve cancelamento, até por que não é todo dia que uma garota têm a chance de se casar com um Mikaelson, ela demorou mas entendeu isso.

Elijah, Stefan e eu ainda estamos focados em encontrar Lina, Kol não nos deu noticias e eu não vou interferir em sua busca pela minha filha, ele sabe que eu deixaria alguém o vigiando, e se ele encontrar Lina eu o agradeceria. E também confrontei algumas bruxas, mas nenhuma conseguiu encontrar minha filha ainda.

—Niklaus, isso é perca de tempo...- Elijah disse.

—Não! Não fala isso. -Respondi um tanto indelicado.

—Irmão, isso está tão claro como a neve para mim. - Ele dizia calmo.

—Elijah  eu disse não! - Gritei com ele.

—Henrik tem razão meu irmão - Ele chegou mais próximo á mim e tocou no meu ombro - Ela não quer que ninguém a encontre e sabemos o motivo, por mais que seja difícil, você precisa aceitar isso. 

Olhei pelo ombros e em velocidade retirei sua mão, o girei e o derrubei em cima da mesa apertando o seu pescoço.

—Se você está desistindo, vá embora. - Ele não reagiu. O soltei. Ele se levantou e ajeitou o seu smooking calmamente.

—Nunca desisti de você e não faria o mesmo com ela, mas vamos dar um tempo para as coisas se acalmarem naturalmente...Viva sua vida, se case, vá para sua lua-de-mel...Quando ela estiver pronta você sabe que ela voltará.

Elijah poderia estar certo. Mas minha filha, minha Lina não desistiria assim fácil, ela não iria embora sem ao menos conversar com qualquer uma pessoa da família, ela não me deixaria do jeito que eu estou agora, ao menos que ...

—E se ela desligou? Ela pode ter feito isso e ido embora. -Perguntei esperançoso.

Stefan entrou na biblioteca.

—Se ela desligou, na certa esfregaria isso na nossa cara.

—Tem razão eu estou ficando louco. - Passei as mãos na cabeça preocupado.

—Ela vai voltar irmão, no tempo dela ela voltará...

 E que assim seja, quero a minha filha de volta, se ela precisa de um tempo para se acalmar ou seja para o que for, darei esse tempo a ela. 

—Elijah tem razão, ela vai voltar Klaus.- Stefan disse esperançoso também, ele está do meu lado. - E te atualizando sobre as noticias do Kol... Ele ainda não saiu da cidade, esteve falando com as mesmas bruxas que você falou e também não obteve respostas.

—Obrigado por ficar de olho nele meu amigo, e eu sei que você está preocupado com a Lina.

—Eu também sei que você está e fará o possível para encontra-la, não dê ouvidos ao Elijah, não vamos desistir! Por enquanto eu preciso garantir que Kol não fará mal algum a ela.

—E ele não fará. - Stefan acenou e saiu da biblioteca.

Continuei sentado em minha mesa pensativo, estou lutando internamente para não dar ouvidos ao meu irmão, ou até mesmo meu filho. Mas ela não apareceu, ela não deu sinal de vida. Me sinto encurralado, confuso sobre toda a situação.

Racionalmente eu sei o que houve, mas emocionalmente não quero acreditar.

—Pai? Você tem um minuto? - Henrik bateu na porta depois de um tempo.

—É claro. - Respondi e ele entrou. Ele estava apreensivo, mas respirou fundo.

— Pai, eu sei que você quer achar a Lina e quer que os híbridos te ajude, e mesmo que não custasse nada apenas ter pedido a ajuda deles, o que obviamente eles iriam fazer com você pedindo ou não. Poderia ao menos deixar eles em paz amanhã no meu almoço de ensaio?

—Sim. - Henrik ia abrir a boca pra reclamar, mas ficou confuso com a minha resposta ele não estava esperando por isso, e confesso que eu também não.-  Eu vou agora mesmo terminar esse joguinho, você tinha razão filho.

Bati nos ombros dele e sai.

**************************************

POV por Henrik 

 De verdade, eu não estava pronto para ouvir agora um "você tinha razão filho", simplesmente porque eu não queria ter. Não queria que isso fosse verdade, não queria que meu pai se entregasse, eu queria que ele continuasse a lutar e a tentar me fazer acreditar que Lina não fez absolutamente nada. 

Mas eu conheço a minha irmã, ela tentaria se comunicar comigo se estivesse com problemas, ela daria um jeito para que eu a achasse, mas se ela fosse culpada ela daria um jeito para que isso nunca acontecesse.

—Duas bolsas de sangue por seus pensamentos. - Melissa disse quando entrou no meu quarto.

—Te conto tudo se me der três, estou faminto.

Ela se deitou ao meu lado se aninhando ao meu peito. 

—Então me conte e depois eu te alimento. 

—Acabei de falar com meu pai e ele disse que vai parar os joguinhos com os híbridos.

—Isso é ótimo amor! -Ela abriu um sorriso- Obrigada, eles estão dando tudo de si por algo que fariam numa boa.

—É.... foi o que eu disse pra ele...

—E não é só isso...O que mais?

—Ele disse que eu estava certo em relação á Lina...E isso me deixou mal, você sabe que no fundo eu não queria que isso fosse verdade.- Ela segurou minhas mãos carinhosamente.

—Ninguém quer que isso seja verdade, mas olha tudo o que você tentou, tudo o que nós tentamos, o seu pai, Stefan... Ela não quer ser encontrada e eu acho que devíamos respeitar essa decisão. Ela quer ficar fora um tempo, que seja assim. Não vamos pressionar.

—Você está certa, ela precisa de um tempo para tomar coragem para encarar  o tio Kol e enquanto isso não acontecer nós estaremos aqui...Mas eu queria te pedir uma coisa... - Me levantei ficando sentado olhando para ela sério.  Precisava explicar pra ela o que eu queria.

Ela me fitou com esses olhos azuis que eu amo.

—Não precisa dizer nada Rik, eu sei o quanto ela significa para você e é importante ela estar aqui quando formos nos casar, nós temos a eternidade para isso.

Santo Cristo, eu amo essa mulher.

A agarrei e comecei a beijar todo o seu rosto e corpo, eu não sei como expressar melhor o amor que sinto por Melissa senão for dessa forma.

—Eu amo você... - Disse quando ia começar a tirar a sua roupa até que o celular dela tocou. Ela não iria atender até ver quem era.

—Desculpe Rik, é o Nate preciso atender...- Eu não saberia dizer não com ela me olhando daquele jeito.

—Vai falar com seu amigo, eu tenho que ir resolver algumas coisas.

Ela me deu um beijinho e saiu. Eu não tinha nada para resolver.

Melissa me ligou mais tarde dizendo que não iria voltar por quê Nate precisava dela, eu não preciso competir com o seu melhor amigo a sua atenção, então resolvi ir dormir cedo. Amanhã eu a veria de qualquer forma, pois teríamos que contar a Caroline sobre adiar nosso casamento. O que significa cancelar o almoço de ensaio.

***********************

Como esperado Caroline ficou P* da vida com isso. Meu pai me deu cobertura quando disse que essa foi a atitude mais correta a tomar. Tia Rebekah apoiou meu pai dizendo a mesma coisa, ela têm estado estranha a alguns dias. E ela deu a ideia de, como as coisas estavam tão pra baixo em casa devíamos ter esse nosso almoço de qualquer forma apenas pra distrair a mente.

Com as mudanças de planos, não seria apenas um almoço de ensaio de casamento, mas sim uma festa de seres sobrenaturais. Os híbridos trouxeram barris de cerveja, tio Elijah trouxe caixas dos melhores uísques da região, os lobos e meu sogro trouxeram carnes para churrasco. Não sei o que estava acontecendo que as pessoas estavam felizes, ou ao menos acharam que era um momento de esquecer tudo de ruim e apenas...Curtir.

E curtimos um dia inteiro de boas risadas até a calada da noite. Nos reunimos e montamos uma fogueira, a musica ainda rolava mas dessa vez era ao vivo, os lobos eram bons em festas,trouxeram seus próprios instrumentos Melissa estava bem feliz em dançar com seu pai, e eu estava feliz ao lado do meu.

—Precisávamos disso.- Disse para meu pai quando terminei de beber uma garrafa, ele pegou e tomou o resto. Conseguímos nos distrair um pouco de tudo o que acontecia.

—Eu preciso concordar que não comemorávamos uma boa festa assim há muito tempo.- Ele disse.

Dei um sorriso para ele e olhei em volta, até mesmo tio Elijah sorriu quando Jackson puxou minha mãe para dançar. Tia Rebekah estava se divertido, mesmo sabendo que algo estava acontecendo entre ela e Nate, pois os dois não trocaram uma palavra até agora. Marcel também estava por lá, mas não acredito que ele tenha a ver com isso, pois ele estava bem acompanhado com uma mulher.

Ao que parecia estava tudo normal, mesmo que apenas por uma noite.

Mas a minha felicidade durou por pouco tempo quando eu senti o cheiro dela.

E o mundo parou para mim. Tudo em volta se congelou.

Senti sua respiração ofegante, senti seus passos fortes e fracos ao mesmo tempo, senti o seu sangue escorrendo. Meu pai franziu o cenho quando percebeu que eu havia congelado. Ele sabia que algo não estava certo e olhou para onde eu estava olhando.

Seus olhos se arregalaram e ele também congelou quando a viu chegando em passos lentos e necessitados. 

—Lina...-Ele sussurrou.

 Era ela! E estava péssima, sua roupa estava suja de sangue, amarrotada e rasgada,  estava  com muitos machucados e ainda sangrando muito. Todos ainda estavam dançando e cantando, ninguém ainda havia notado sua presença. E ela notou isso, por um momento ela ficou confusa mas depois pareceu ficar bem irritada, seus olhos foram automaticamente para a fogueira.

—Estão comemorando ao invés de... - Ela não terminou de falar, pois tossiu cuspindo sangue.

Tommy derrubou um barril de cerveja que se desfez molhando tudo em volta. Tio Elijah estava perto e rapidamente se levantou justamente em direção á Lina. Ele parou no mesmo instante em que a viu.

Lina ainda estava olhando para  fogueira, ela viu a cerveja escorrer. E então sorriu mostrando seus dentes ensanguentados e foi levantando sua mão trêmula até eles.

—Lina não! - Gritei quando eu soube o que ela faria. Corri até ela, mas não deu tempo. 

—Incendea. - Ela disse e um houve um enorme clarão no quintal. 

  

 


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Notas finais do capítulo

Parece que nossa diva não gostou nada nada da família dar uma festa enquanto ela estava... "perdida" "escondida""raptada" o que será que aconteceu com ela? Deixe nos comentários o que gostaram!
Vamos desvendando este mistério nos próximos capítulos!
Beijos ♥



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