I Belong To You escrita por Shorty Kate


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Depois de 11234567890 anos, eu voltei a escrever pra aqui!

Espero que gostem e comentem!



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Já faz três meses desde que deixei Nova Iorque para trás. Do avião, nessa noite, a única coisa que recordo é de olhar da janelinha e ver um mar de luzes reluzentes, brilhando lá em baixo.

Deixei também meus amigos, e deixei Castle. Não posso censurar a forma como ele falou para mim depois que recusei o pedido dele e lhe falei que estava de malas prontas para viajar para DC. Aquilo pelo que a gente passou foi óptimo, mais que isso até, algo como nunca antes tinha tido na vida, mas pra onde estava nossa relação indo? O que poderia esperar mais? Como ele dizia, a gente vive recebendo as respostas às nossas perguntas, mas que nem sempre essa resposta chega a tempo.

É verdade. Se eu soubesse mais cedo que rumo a nossa relação tomava, talvez, talvez tivesse conseguido recusar o emprego. Mas, era uma proposta aliciante, me dava a oportunidade de experimentar novas coisas e de provar do que sou capaz. Eu, sem anel no dedo, era e sou mulher solteira. Ele tem uma filha lá na cidade e não pode largar tudo assim para estar comigo. Nem eu nunca me perdoaria se lhe pedisse isso.

Mas também já faz três meses desde que estou em casa, de férias forçadas.

Estou considerando me despedir deste emprego, não vou poder voltar pra ele tão cedo, ou algum dia. Mas também não posso voltar para Nova Iorque. Não posso enfrentar Castle. Ele não entenderia os meus motivos. Conhecendo ele como conheço, poderia começar uma história dramática só pra falar bobagem.

A verdade é que, sim, se passaram três meses, eu morro de saudades dele todo o dia e choro, sim, também por culpa dos hormônios, e queria tanto que ele estivesse perto de mim nesta hora. Mas ele era bem capaz de me magoar e dizer que eu engravidei de outro homem e depois vim chorar pra ele, só pra ele me aceitar de volta.

Eu daria tudo pra voltar atrás, e mesmo que recusasse seu pedido, pelo menos poder ficar do lado dele. É estranho porque nunca nada em mim tinha despontado para a maternidade, e nem eu mesmo estranhava que já estava grávida um mês antes de me ter mudado. Todos estes sentimentos são novos pra mim, mas sabem bem. Castle me ensinou a amar e me sentir amada.

Beckett abriu a porta logo que ouviu um leve bater. Levantou do sofá onde estava sentada, pensando de mão pousada na pequena barriga de 18 semanas.

-Oi, garota. – Jim falou, dando um abraço na filha, e deixando um beijo nos cabelos dela. – Como você está?

-Estou bem, papai. Entra.

-Uhm, - Jim murmurou enquanto pousava o casaco na beira do sofá. – pra você me ligar pra eu vir ver você, alguma coisa está mal. E, além disso, são quatro da tarde numa quarta-feira, você não devia estar trabalhando?

-Olha pra mim, papai. Note o que está diferente em mim.

Jim olhou a filha dos pés à cabeça, mas os olhos dele pararam sobre a barriga da filha. A camisola um pouco mais justa realçava a pequena barriga dela.

-Katie… - A expressão de Jim variou entre felicidade e choque. – Quem… quem foi o sacana que fez isso com você e a deixou sozinha?

Beckett fungou as lágrimas, olhando o chão. A voz saiu como um murmuro. – É dele, papai… do Castle…

Jim suspirou fundo, estava explicado todo o problema da filha. – Mas porque você não volta para Nova Iorque? Fala com ele-

-Não é fácil assim, papai. Eu não contei pra você, mas antes de eu falar pra ele que vinha para DC, ele me pediu em casamento, e eu falei que não. A imaginação dele é muito grande, e ele poderia vir inventado história que eu engravidei de outro homem-

-Entendo, Katie. É difícil, mas você não pretende esconder dele o facto que ele tem um bebé, ou vai fazer isso?

-Não quero, papai. Mas, é difícil.

-Katie, muita coisa na vida é difícil, mas você tem que lidar com isso. Ter um bebé é das maiores responsabilidades que alguém pode tomar. Não obrigue você mesma a carregar a mágoa e arrependimento do que não fez. Não quer falar com ele agora, muito bem, mas há-de falar um dia. Por agora, aceita voltar para Nova Iorque. Depois do bebé nascer, você não querendo deixar ele com babás pra andar aos tiros pra defender uns homens ricos. A ter que trabalhar, prefiro você na NYPD.

Kate acenou, também já tinha pensado nisso. Ela não quereria ficar trabalhar e arriscando a sua vida com um bebé. – Mas, eu vendi meu apartamento quando me mudei. Pra onde vou viver?

-Ora, - Jim gargalhou, abraçando a filha. – sou seu pai, né?

-Não, pai, não vou ficar vivendo com você-

Jim sabendo como é a filha é teimosa e independente falou logo. – Só nos primeiros tempos, Katie. Logo você arranja casa pra você e continua sua vida. Eu só não quero você aqui, tão longe de mim, viu?

-Tá bom, papai. – Ela deu um abraço forte nele, esquecendo as tristezas. – O que faria se eu não tivesse você?

-Mas me fala, - Jim sentou no sofá e logo Kate se acomodou também. – como está correndo a gravidez? Tem ido ao médico? Já sabe se é menino ou menina?

Kate sorriu e falou. – Tudo tem ido perfeito, papai. Estar grávida é algo diferente, nem sempre é fácil, mas acaba sempre por ser uma graça. E sim, já sei o sexo do bebé. É um meninão!

-Oba, um garoto Beckett! – Jim falou como avô babado.

-Você está de quanto tempo?

-Aí por volta das 18 semanas.  O parto está previsto ser em Dezembro ou Janeiro. – Kate levantou-se e falou. – Quer alguma coisa? Eu vou pegar algo pra comer. Virei muito comilona, sabe!

Jim riu e disse. – Um café era óptimo agora, pode ser?

-Claro. – Kate foi até à cafeteira, dizendo. – É só voltar a aquecer, sobrou ainda do meu pequeno-almoço.

-Você não pode abusar do café, sabe disso?

Kate sorriu e disse. – Sei, papai. Mas eu só tomo um café ao dia mesmo. – Enquanto enchia uma caneca com café e caminhava para o sofá, ela falou. – Sabe, no outro dia dei comigo pensando o que mamãe pensaria de mim agora, e sabe o que pensei? Que ela estaria orgulhosa de mim por não me ter rendido e por ter lutar, não só hoje, mas todos os estes anos.

Jim sorriu, dizendo. – Mas era mesmo isso que ela pensaria, não tenha dúvida, Katie. E saiba que eu estou sempre orgulhoso de você a cada dia que passa.

Kate esboçou um sorriso, garantindo. – Eu sei, papai. E eu também sempre me orgulhei do que você conseguiu vencer.

E assim os dois continuaram, saindo para um passeio pelo parque perto do apartamento de Beckett. Voltaram quando escureceu, jantaram e Jim disse ficar com a filha até que ela partisse para Nova Iorque com ele.

No dia seguinte Kate saia para comunicar o seu despedimento enquanto Jim tratava de comprar as passagens. Nessa mesma tarde embarcaram no avião de volta a Nova Iorque.

Beckett sentia um frio na barriga. Só pensava de como seria ter que falar com Gates pra ter o emprego dela de volta, como seria cruzar-se com Ryan, Esposito e Lanie, e pior, como seria ter que falar com Castle.


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Notas finais do capítulo

Título da fic saiu da música "I Belong To You (+Mon Cur S'ouvre a ta Voix)" dos Muse. Amo Muse, podem ouvir a música e as demais deles. Eles são demais!