Um Destino A Dois escrita por Laura Marie


Capítulo 14
Dama de Copas




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Assim que estacionou a sua moto na garagem, Vampira foi às pressas para o seu quarto, a fim de pegar o seu material para dar aula. Apesar de estar muito atrasada, e meramente encrencada, Vampira estava feliz.

No entanto, quando ela estava tomando todo o cuidado para não ser vista por ninguém, ela se deparou com a Ororo em meio a um dos corredores.

- Vampira, o que aconteceu? A sua aula já era para ter começado uma hora atrás! – Apesar de ser sua amiga, Ororo parecia muito zangada com Vampira.

- Desculpe-me Ororo! Eu perdi a hora...

- Perdeu a hora? Eu sei que você estava com o Gambit, mas o que aconteceu desta vez? Outro assalto em uma joalheria?

Vampira ficou um pouco chateada com a bronca da amiga.

- Olha Vampira, eu sei que é legal ter um namorado, mas você também não pode se esquecer de suas outras responsabilidades – Tempestade, ao ver que Vampira tinha ficado sem jeito, preferiu pegar mais leve com ela.

- Eu entendo, Ororo. Você está certa. Eu não queria ter perdido a hora... – Vampira começou a ficar intimidada ao perceber que Ororo já imaginava o que tinha acontecido entre ela e Gambit na noite anterior. 

- Tudo bem. Desta vez você está perdoada – Ororo se acalmou e começou a sorrir levemente – Já que estamos sem professores substitutos, eu dispensei os seus alunos agora pela manhã. Mas depois do almoço você irá dar aula!

- Obrigada, Ororo! Prometo que isso não vai acontecer de novo! – Vampira se sentiu aliviada. E após se despedir de Tempestade, ela continuou o seu trajeto até o quarto.

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Ao chegar ao quarto, Vampira mergulhou em sua cama, abraçada em um travesseiro. Ela não conseguia se lembrar qual tinha sido a última vez que ela se sentiu tão feliz como naquele dia. Ela sorria quando se lembrava dos momentos da noite passada com Gambit. Tudo foi tão novo e mágico para Vampira, o que fez a sua paixão por Gambit aumentar ainda mais. Após os sorrisos e suspiros, Vampira preferiu dormir mais um pouco até o horário do almoço.

Assim que despertou de seu cochilo, Vampira se arrumou antes de ir para o refeitório. Quando chegou lá, o refeitório estava lotado, e parecia que não havia mais nenhuma mesa disponível. No entanto, Vampira decidiu ir pegar o seu almoço antes de decidir onde se sentaria.

Quando Vampira ia pegar uma bandeja, ela sentiu que alguém também a pegou pelo outro lado. Ao levantar a cabeça, ela viu Bobby segurando a mesma bandeja que ela.

- Me desculpe... – Vampira desviava o olhar.

- Tudo bem! Pode ficar com essa! – Bobby soltou a bandeja e pegou outra em seguida.

Desde que terminaram o namoro, Bobby e Vampira ainda não se falava muito bem. Agora eles eram apenas amigos, mas Vampira ainda não tinha se esquecido da traição. Assim que pegou a bandeja, Vampira passou à frente para pegar o seu almoço. Mas assim que terminou, ela percebeu que todas as mesas ainda estavam ocupadas.

- Você quer almoçar com a gente? – Disse Bobby, que apareceu novamente atrás de Vampira.

- Oi? – Vampira se surpreendeu um pouco com a pergunta de Bobby.

- Kitty, Pete e o Kurt estão em uma mesa por aí. Acho que tem mais um lugar vago lá. Se você quiser vir...

- Eu adoraria! – Vampira não pensou duas vezes para aceitar o convite. Aliás, já tinha se passado um bom tempo, e ela queria mostrar que já tinha superado tudo.

Na mesa estavam todos aqueles que Bobby tinha mencionado. Após se cumprimentarem, Vampira se sentou e começou a almoçar em silêncio, enquanto os outros conversavam. Mas de repente, o seu almoço silencioso foi interrompido por Kurt.

- Faz um bom tempo que não a vejo por aqui, Vampira.

- Pois é, tenho estado muito ocupada com as aulas, e não costumo mais passar os fins de semana por aqui – Vampira conversava enquanto olhava para a sua refeição.

- Soube que você está namorando. Como está indo?

Vampira olhou rapidamente para Bobby e pôde perceber que ele ficou um pouco incomodado com a última pergunta do Kurt. Kitty, que estava sentada ao lado de Bobby, também sentiu que ele havia ficado sem jeito.

- Estamos indo bem. Já faz quase dois meses que estamos juntos – Vampira preferiu responder abertamente.

- Também soube que ele é um mutante. Ele não quis se juntar aos X-Men? - Pete entrou na conversa.

- Ele tem os seus motivos...

- E é a mutação dele que permite vocês se tocarem sem... Você sabe! – Desta vez foi Kitty que se intrometeu na conversa, e começou a encarar a Vampira, à espera de uma resposta.

- Sim... – Vampira estranhou o jeito em que Kitty a perguntou – Aliás, já está na hora de todos vocês saberem. Gambit pode manipular energia cinética, podendo a transferir e transformar qualquer coisa em explosivos. E por causa disso, o corpo dele é totalmente imune aos poderes mutantes que se dão pelo contato físico e mental.

Todos olhavam impressionados enquanto Vampira explicava os poderes de seu namorado.

- Ele deve ser um mutante bastante poderoso... – comentou Kurt.

- Sim, ele é. Talvez algum dia todos vocês tenham a oportunidade de conhecê-lo melhor. Agora, se vocês me dão licença, eu preciso me retirar. Tenho aula daqui a pouco – Vampira se levantou e foi embora do refeitório. Ela ainda não tinha terminado o seu almoço, mas acabou perdendo a fome devido ao interrogatório dos amigos, e também pela frieza de Bobby, que não disse uma palavra durante o almoço.

Vampira também não entendeu a atitude de Kitty. Certamente, ela sentiu ciúmes, mas não há motivos para isso. Vampira ama Gambit, e gosta do Bobby apenas como um amigo e colega do instituto. Ela ainda sente pela traição, mas decidiu perdoar para que não guardasse mágoas em seu coração.

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Conforme o combinado com a Ororo, Vampira deu aula durante o horário da tarde. Assim que a campainha tocou, finalizando a aula, Vampira permaneceu sentada em sua mesa, enquanto os alunos lhe entregavam um exercício escrito, e em seguida, iam embora.

- Tchau, professora! Até segunda-feira! – Disse uma aluna enquanto entregava o seu exercício.

- Tchau, Amara! Até semana que vem! – Vampira recebeu os papeis, e assim que o último aluno foi embora, ela voltou a se concentrar no que estava fazendo em sua mesa.

De repente, quando Vampira começou a organizar toda a papelada, ela ouviu alguém batendo na janela. Ela olhou em direção à janela e viu Gambit do lado de fora. Assim que a viu, ele sorriu e mandou um leve aceno. Vampira também sorriu e foi em sua direção.

- Oi! O que você está fazendo aqui? – Disse ela enquanto abria a janela.

- Olá, chérie! Eu vim te ver – Gambit entrou na sala pela janela, e em seguida deu um leve beijo em sua namorada.

- Alguém sabe que você entrou aqui?

- Na verdade, eu vi os alunos saírem pelo portão, então aproveitei a oportunidade.

Vampira sorria. Ela estava muito feliz em revê-lo, mas não podia esquecer totalmente de seu trabalho.

- Você tem mais algum trabalho agora, chérie?

- Acho que não... Eu estou livre por hoje – Vampira voltou à sua mesa e continuou arrumando os papeis.

- Bon! É que pensei que podíamos fazer alguma coisa juntos hoje...

- E o que você está planejando? – Após recolher os papeis, Vampira se virou para ele.

- Eu pensei que podíamos passar o fim de semana juntos

- Mas nós sempre passamos os fins de semana juntos!

- Sim, chérie. Mas, eu pensei que você poderia dormi em meu apartamento durante este fim de semana. Assim podíamos ter mais tempo juntos.

- Claro! É uma boa idéia! – Vampira realmente gostou da idéia. O que ela mais queria era passar mais tempo com o namorado – Então venha comigo até o meu quarto. Preciso deixar estas coisas lá e também arrumar uma mochila para levar.

- D'accord!

Em seguida, eles foram rumo ao quarto de Vampira de mãos dadas. E conforme o esperado pela Vampira, enquanto caminhavam pelos corredores, algumas alunas encaravam Gambit, e ele apenas as correspodia com um leve sorriso.

Vampira deixou as coisas do trabalho em cima de sua escravinha, e foi arrumar uma mochila de roupas para passar o fim de semana na casa de Gambit. Não demorou muito e ela já estava pronta. No entanto, no momento exato em que eles saíram do quarto, eles se encontraram com Logan.

- Logan! – Vampira se assustou um pouco com aquela presença repentina.

- Você está de saída, Vampira?

- Oi, Logan! – Gambit o cumprimentou sarcasticamente.

Wolverine apenas o encarou por um breve momento e retornou o olhar à Vampira.

- Sim... Aliás, eu já ia avisar. Eu vou passar o fim de semana inteiro com o Remy.

- Você já vai passar a noite de novo com esse cara?

- Logan, por favor! – Vampira se sentiu envergonhada pelo tom de Logan.

- Eu pensei que teríamos uma sessão de treino amanhã de manhã. Já faz um bom tempo que você não pratica...

- Sinto muito Logan. Mas eu não sabia disto... Podemos fazer isto em outro dia?

- Tudo bem... – Logan parecia um pouco desapontado.

- Então... Eu volto na segunda de manhã, tudo bem?

- Ok, mas não se atrase no trabalho de novo!

- Não se preocupe, Logan. Até mais! – Após se despedir, Vampira voltou a segurar a mão de Gambit e foram embora.

Antes de saírem do corredor, Gambit acenou para Logan, mas ele apenas ficou apenas os observando com um olhar preocupado.

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Assim que chegaram ao apartamento, Gambit pegou a mochila de Vampira e a levou para o seu quarto. Enquanto isso, Vampira andava pela sala e percebia que tudo estava muito bem arrumado e limpo, em comparação às outras vezes que ela tinha estado lá.

- Isso tudo foi por minha causa? – Disse Vampira quando viu que Gambit retornava para a sala.

- Ouí, chérie – Gambit sorria com a brincadeira de Vampira – Geralmente não tenho muito tempo para arrumar a casa, e você sempre me pegou desprevenido por aqui.

Vampira sorriu, se aproximou de Gambit, e o beijou. Eles ficaram se beijando por um breve momento na sala, até que ele decidiu parar.

- Tem uma coisa que quero te mostrar!

- O que é?

- Venha! – Gambit segurou a mão de Vampira e a levou até a cozinha.

Remy havia preparado um jantar à luz de velas para Vampira. Ao ver a mesa preparada para o jantar, Vampira sorriu. Aliás, ela nunca tinha tido um jantar assim.

- Então era isso que você estava tramando? E qual é a ocasião especial? – Disse ela enquanto envolvia os seus braços ao redor do pescoço de Gambit.

- Nós estamos juntos, chérie. Isso é especial – Gambit a encarava apaixonadamente.

- Você é tão fofo! – Vampira o beijou suavemente.

- Já está escurecendo, você quer jantar agora?

- Sim. Aliás, eu estou faminta!

Eles foram até a mesa, e como de costume, Gambit arrastou uma cadeira para Vampira se sentar. Em seguida, ele foi até o fogão pegar a comida.

- Não me diga que foi você quem cozinhou! – Brincou Vampira.

- Ouí! Espero que goste, chérie.

- Eu não sabia que você tinha estes dotes culinários...

- Modéstia a parte, eu até que cozinho muito bem – Disse Gambit enquanto se sentava.

- É o que veremos!

Após as brincadeiras, Gambit acendeu as velas e eles começaram a se servir. Realmente Gambit sabia cozinhar muito bem. Ele havia preparado uma refeição típica do sul, pois já sabia que era um prato que agravada muito a Vampira.

- Cajun, você realmente me surpreendeu hoje! – Disse Vampira, após beber um pouco de água.

- Fico feliz por você ter gostado, Marie!

- O quê? – Vampira estranhou ao ouvir o seu verdadeiro nome.

- Marie é o seu nome, non? – Gambit percebeu rapidamente a causa do estranhamento de Vampira.

- É Sim! É que faz anos que ninguém me chama assim, então eu achei isso um pouco bizarro... – Vampira sorria timidamente – Aliás, só você e o Logan sabem do meu verdadeiro nome.

- É um lindo nome! Se quiser, eu posso te chamar assim apenas quando estivermos sozinhos...

- Tudo bem... – Vampira sorriu. Ela ficou feliz ao saber que Remy compreendia o significado por trás de sua verdadeira identidade.

Eles continuaram a refeição até o fim. Ao terminarem, Remy começou a se levantar.

- Eu tenho mais uma coisa para você.

- Mais surpresas? O que é? – Vampira sorria e começou a ficar curiosa.

- Espere um pouco! Já volto! – Gambit foi em direção ao seu quarto. Com certeza, aquela seria uma noite de surpresas para Vampira.

Assim que Remy retornou à mesa, ele entregou à Vampira uma caixa de veludo.

- O que é? – Disse Vampira assim que recebeu a caixa.

- Abra!

Vampira abriu a caixa, e os seus olhos não acreditavam no que viam. Era um lindo e delicado colar com um pingente de esmeralda. Ela jamais tinha recebido um presente assim, muito menos uma jóia.

- Remy... É lindo!!! – Vampira começou a ficar sem ar.

- Você gostou?

- É magnífico! Eu adorei! – Vampira ainda não acreditava no que estava segurando.

- É um presente para você, chérie! – Gambit sorria ao ver a felicidade da namorada.

- Nossa! Poxa... Obrigada! Eu nem sei o que dizer...!

- Não precisa me agradecer, chérie. Posso colocá-lo em você?

- Claro! – Vampira se levantou e entregou o colar a ele.

Eles foram até o quarto para ficarem de frente ao espelho. Vampira jogou o seu cabelo para o lado, e Gambit colocou o colar em seu pescoço. Assim que terminou, ele deu um suave beijo em seu pescoço.

- O que achou? – Disse ele, olhando os seus reflexos no espelho.

- É lindo...! – Vampira ainda não acreditava no presente que acabara de ganhar.

- Bon! Eu sabia que ele ia combinar com os seus olhos...

Vampira se virou para Gambit e o beijou.

- Obrigada, Remy!

Gambit sorriu e a beijou novamente. Mas, em seguida, eles fizeram uma pausa.

- O que você quer fazer agora, chérie?

- Eu não sei... O que você propõe? – Disse ela envolta em seus braços.

- Você quer assistir algum filme?

- Seria ótimo!

Então, eles saíram do quarto e foram para a sala. Gambit já imaginava que ela aprovaria essa sugestão. Ele tinha preparado uma série de filmes para eles assistirem após o jantar. Assim que escolheram o filme, eles se deitaram abraçados no sofá. Por azar de Gambit, Vampira escolheu um de seus filmes preferidos, então ela quis prestar mais atenção na televisão. Mas de vez em quando, ela se virava para ele e o acariciava.

Assim que o filme terminou, eles não perderam tempo para voltarem ao quarto.

- Obrigada por tudo, Remy! – Disse Vampira, após uma pausa entre os seus beijos.

- Je t’aime, chérie!

Eles continuaram se beijando e, em seguida, se deitaram na cama, à espera do novo dia de amanhã.

No dia seguinte, Vampira acordou enrolada entre os lençóis, e logo se deparou com Gambit acariciando os seus cabelos.

- Bonjour, chérie!

- Bom dia! – Vampira, ainda um pouco sonolenta, lhe deu um leve beijo – Faz muito tempo que você já está acordado?

- Não muito... Eu gosto de te ver dormindo. Você parece um anjo!

Vampira sorriu de volta e o respondeu com um beijo. Enquanto se beijavam, uma das mãos de Vampira acariciava o abdômen definido de Gambit. Assim que fizeram uma pausa, ela continuou a tocá-lo, percorrendo os seus dedos por cada músculo definido.

- Você gosta? – Disse Gambit ao perceber que o olhar de Vampira viajava pelo seu corpo.

- Uhum! – Vampira respondeu timidamente.

Gambit se aproximou mais, abraçando-a fortemente contra o seu corpo.

- Você pode tocar em qualquer parte do meu corpo, chérie – Gambit sussurrou bem próximo aos lábios delas.

- Mas vá com calma aí, cajun! – Vampira brincou, o afastando levemente.

Gambit gostava de quando ele a deixava sem graça com as suas insinuações. Em seguida, após rirem, ele voltou a envolvê-la em seus braços. Mas, de repente, ele se lembrou de algo que estava em cima da cômoda ao lado. Ele se virou e pegou um baralho de cartas.

- O que é isso? – Vampira ficou curiosa

- Para você, chérie – Disse ele, mostrando-a uma das cartas do baralho.

- Dama de copas?

- Ouí. É a minha favorita. Sempre me deu sorte.

Vampira não entendeu muito bem aquele presente, mas resolveu aceitar.

- Hum... Obrigada! – Disse ela ao pegar a carta – Você realmente é imprevisível!

Gambit a respondeu com um sorriso e um beijo. E após passarem mais um tempo na cama, eles perceberam que já estava ficando tarde, então resolveram se levantar.

- Acho que vou tomar um banho. Quer se juntar a mim, chérie? – Gambit lançou um olhar sedutor enquanto se levantava com um lençol enrolado em sua cintura.

- Talvez outra hora... – Vampira sentiu o seu rosto corar. Por mais que eles já estivessem íntimos agora, ela ainda ficava um pouco sem jeito.

- Tudo bem. Então eu já volto – Gambit ficou um pouco desapontado com a recusa de Vampira, mas preferiu não insistir. Ele também se despediu com um beijo, e foi, em seguida, para o banheiro.

Vampira decidiu ficar mais um pouco na cama, mas não demorou muito para que ela se espreguiçasse e se levantasse. Ela foi até a sua mochila, pegou uma roupa para se vestir e guardou a carta. Desta vez, ela preferiu usar um simples vestido preto, acompanhado por um par de luvas e um all stars. Em seguida, ela penteou e amarrou o seu cabelo, colocando as mechas brancas para trás das orelhas. Ela se sentou na cama um pouco impaciente. Gambit ainda não tinha saído do banho, então ela decidiu caminhar pelo apartamento.

Vampira percebeu que não havia nenhum retrato pela casa. Com isso, ela pensou que Gambit não possui muitos laços afetivos. Talvez a sua única afeição fosse o seu relacionamento.

 De repente, Vampira se assustou com o toque de um celular. O celular de Gambit, que estava em cima de uma mesa na sala, começou a tocar. Vampira foi até ele, e viu que alguém chamado “Henri” estava ligando. Gambit ainda não tinha saído do banho, e ela não sabia se poderia atender. A pessoa continuou ligando incansavelmente, e Vampira não sabia o que deveria fazer. Mas quando ela tinha decidido ir chamar Gambit, o celular finalmente parou de tocar. Vampira ficou curiosa, mas tinha medo de se intrometer nos assuntos de Remy.

- Está tudo bem, chérie? – Gambit chegava à sala usando apenas uma calça jeans e secando o seu cabelo com uma toalha.

- É... Sim... – Vampira ficou um pouco surpresa com a aparição de Gambit – O seu celular estava tocando, eu não sabia se poderia atender... Acho que um tal de “Henri” queria falar com você.

Gambit ficou sério. Ele pegou o celular e viu as chamadas perdidas.

- Quem é? – Vampira não pôde conter a sua curiosidade.

- Meu irmão... – Gambit a respondeu enquanto mexia no celular.

- Seu irmão!?

- Ouí...- Gambit jogou o seu celular em cima da mesa e foi em direção à Vampira, envolvendo-a entre os seus braços.

- Você não deveria ligar de volta?

- Agora não. Depois eu resolvo isso – Gambit voltou a sorrir e lhe deu um beijo – Vamos tomar o café da manhã?

- Uhum! – Vampira não ficou muito convencida. Ela não entendeu porque Gambit não queria falar com o irmão perto dela. Poderiam ser assuntos de negócios e familiares. Apesar de seus mistérios, ela preferiu não insistir.

Após tomarem o café da manhã, Gambit e Vampira decidiram dar uma volta pelo centro da cidade. Eles foram ao shopping, e Gambit até se lembrou do dia em que ele perseguiu o táxi de Vampira.

- Eu acho que vi você por aqui uma vez...

- Sério? Quando foi isso? – Vampira ficou curiosa, já que ela não tem o costume de ir a shoppings.

- Foi mais ou menos uma semana depois que nós nos conhecemos. Você estava com uma amiga em um ponto de táxi, mas quando eu fui falar com você, você já tinha entrado no carro – Gambit sorria enquanto se lembrava – Eu até tentei te seguir, mas acabei perdendo o taxi de vista

- É sério que você fez isto?  - Os olhos de Vampira se arregalaram.

- Ouí. Eu sentia a sua falta, chérie.

Vampira o respondeu com um sorriso e se agarrou em seu braço. Naquela época, Vampira estava desiludida, achava que ele já tinha se esquecido dela, após o flagrar com outra mulher naquele bar. Agora ela teve mais certeza de que ele realmente pensava nela por todo este tempo.

O horário do almoço chegou, e eles decidiram fazer uma pausa no passeio. Após almoçarem, eles foram tomar um sorvete como sobremesa. Apesar de ainda serem jovens, Gambit e Vampira pareciam um casal em plena adolescência. Gambit tirou uma cereja de seu sorvete e colocou na boca de Vampira. Ela aceitou, apesar de que não gostava muito de cerejas.

Assim que terminaram os sorvetes, Gambit e Vampira continuaram o seu passeio pelo shopping. Eles caminhavam de mãos dadas, e pareciam muito felizes. Havia tanta alegria que eles até se esqueceram de suas preocupações, principalmente o fato de que eram mutantes.

Já era manhã de domingo quando Gambit acordou e sentiu falta de Vampira em sua cama. Ele ainda estava de olhos fechados, mas quando esticou o seu braço, ele percebeu que a sua namorada não estava ao seu lado.

- Marie? – Perguntou ele ainda um pouco sonolento.

Não houve resposta. Após se despreguiçar, Gambit se levantou e vestiu um roupão. Ele foi até ao banheiro, mas Vampira não estava lá. Mas quando ele estava saindo do quarto, ele ouviu um barulho vindo da cozinha.

Gambit foi até a cozinha, e chegando lá, ele viu a Vampira vestida apenas com uma de suas camisas, enquanto mexia no fogão.

- Oi! Bom dia! – Vampira sorriu ao notar a presença de Gambit. Ela foi até ele e o beijou.

- Bonjour! Acordou cedo hoje...

- Sim. Eu quis preparar o café da manhã! – Disse Vampira enquanto voltava para o fogão.

- E o que está fazendo, chérie?

- Ovos mexidos e um pouco de bacon. Fiz um suco de laranja também. Espero que goste!

Gambit apenas sorriu e se aproximou mais. Ele começou a repará-la dos pés à cabeça. A sua camisa havia caído bem nela, pois o corpo delicado de Vampira ficava mais à mostra.

- Ela ficou bem em você, chérie!

- O que? A camisa? – Vampira colocava as refeições nos pratos.

- Ouí!

- Obrigada! Eu não sei aonde que minhas roupas foram parar ontem à noite. Mas quando acordei, eu achei primeiro a sua camisa. Espero que não se incomode!

- Sem problemas, chérie! Ela ficou melhor em você do que em mim! – Disse ele enquanto desabotoava um botão da camisa, fazendo com que o decote de Vampira ficasse mais à vista.

Vampira sorriu e o beijou suavemente. Em seguida, eles se sentaram e começaram a tomar o seu café da manhã.

- Nem acredito que hoje já é domingo! – Vampira estava um pouco chateada pelo fato de que ela já teria que ir embora cedo no dia seguinte.

- Eu vou sentir a sua falta – Gambit segurou a mão de Vampira em cima da mesa.

- Eu também... Eu adorei este fim de semana. Já não posso esperar para te ver de novo!

- Eu também, chérie...

De repente os dois ficaram em silêncio, e um clima de saudade já batia sobre eles. O fim de semana foi realmente ótimo para eles. Afinal, Gambit e Vampira nunca tinham passado tanto tempo juntos, e isso serviu para aumentar a sua paixão ainda mais.

Assim que terminaram as suas refeições, Vampira imediatamente se levantou. Ela foi até Gambit e se sentou em seu colo, e o beijou fortemente.

- A idéia de tomarmos banho juntos ainda está de pé? – Vampira disse maliciosamente.

- Como quiser, chérie! – Gambit, obviamente, não pensou duas vezes para respondê-la.


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