Bem, eu estou namorando a Annabeth. Tudo bem... Não estamos namorando, mas sim ficando, e nem é sempre. Já levei trocentos foras essa semana e ainda acabei beijando a parede. Nem queiram saber! Mas, bem, ficar é melhor que nada, e... Uau! Ela beija muito! Os seus lábios são tão doces como morangos, macios e viciantes. Passo a maior parte do dia os desejando. E quando eu a vejo, mas não posso beijá-la é uma tortura. Mas, nas palavras dela: ninguém pode saber, pois é algo sem importância, não significa nada, somos apenas amigos. Bem... Talvez um pouco mais que amigo, mas não muito. O problema nisso tudo, é que eu estou cada dia mais louco por ela, e é difícil não poder beijá-la ou abraçá-la na frente de outros. Ela não quer nada, NADA, comigo. Mas isso não entra na minha cabeça.

Eu tenho que fazê-la se apaixonar por mim, fazê-la voltar a acreditar no amor. Sim, eu vou torná-la minha, só minha! Vai ser difícil, muito! Mas... Não consigo mais vê-la e saber que ela pode encontrar outra pessoa. Alguém melhor do que eu. Vou fazê-la esquecer aquele babaca. Mas como? Ela parece gostar dele, mesmo depois de tudo que o imbecil a fez. Mas eu vou tentar de tudo para que ela o esqueça.

É, eu tenho uma missão oficial: fazer a Annabeth se apaixonar por mim! Vejo apenas uma pequena falha no meu plano: eu sou apenas... Eu! Quem em sã consciência e apaixonaria por mim? Segundo a minha priminha "amada", eu sou: lerdo, desordeiro, desleixado, problemático, preguiçoso, atrasado sempre para tudo, falo demais, e sou um zero á esquerda. Bem, isso são apenas detalhes que eu posso consertar. Posso... Certo? Ah! Não importa, eu tenho que ao menos tentar.

- Percy Jackson! - gritou, a minha professora de matemática. Ela parecia já ter chamado o meu nome, mas eu estava tão perdido em pensamentos, que nem ouvi. - O seu trabalho. Ou será que você não o fez? O que não seria nenhuma surpresa.

- Ah! É, claro! - Eu a entreguei o meu trabalho. Não sei porquê, mas ela não é uma das minhas maiores fã, na verdade ela me odeia. E eu sei que ela não vai ficar nada feliz com a nota que me dará. Eu tive ajuda da sabidinha, com certeza eu tiro pelo menos um B.

Depois de aturar a criatura de outro mundo, finalmente bateu o sinal para o almoço.

- Ei, cara! - disse Grover. Ele parecia mais feliz e eufórico que o normal. Ah, Claro! O almoço de hoje: enchiladas. - Então, como estão as coisas com a loira?

Sim, eu contei para ele. O cara é o meu melhor amigo, não tem como esconder nada dele. Tá... Também contei para o Nico, e par o Jason... Okey, e para Reyna. Mas só! Quase ninguém, não é? Tudo bem, se a Annabeth descobrir, eu serei um cara morto.

- Bem, eu acho que... - Comecei. Grover me olhou com os olhos semicerrados. - Tá! Eu sou louca por aquela garota. Não sei o que está acontecendo comigo.

- AH! - Ele gritou. Grover levantou-se tão rapidamente que por pouco não caí no chão. - Você então está mesmo apaixonado pela Annabeth? Ah cara... Que demais!

- Isso Grover, grita! Não quer um megafone, não? - Perguntei ironicamente. Puxei ele de volta para o banco. - Cala a boca, menino bode.

Não, ele não é um bode, claro! Isso é só um apelido que demos para ele. Quando o Grover ri, parece mais que ele está balindo, então, colocamos o apelido de menino bode nele.

- Mas espera... Você disse que ela não quer namorar ninguém, certo? - assenti com a cabeça e ele continuou. - E... O que te faz pensar que ela vai se apaixonar por... Você? Logo... Você? Sem ofensas, cara.

- Muito obrigada! - respondi o fuzilando com os olhos. - Bem, eu não sei como. Ainda. Mas vou precisar de ajuda.

- Pode contar comigo! O que você tem em mente? Uma serenata, quem sabe?

- Não! Cara, serenata é coisa de...

- Ei! Não ofende, não! Se você não é romântico, apenas respeite quem ainda acredita que o romantismo exista. - Ele fingiu estar chateado... Eu acho! - Mas então, flores? Cartão?Carro de mensagem? - neguei, neguei e... Neguei, com certeza!

Ficamos em silêncio por alguns minutos, até o Grover me olhar com cara de quem tinha uma ótima ideia:

- Enchiladas! 

- O que? - perguntei totalmente perdido. 

- Sim! Cara, é perfeito. Você pode dar para ela cestas enormes, e cheias de enchiladas. - Ele falava com com muita empolgação, e cara de sonhador, que eu nem acreditei que ele estivesse falando sério. - Tenho certeza de que ela vai adorar. Vai ser como... - ele então afinou a voz e tentou imitar a Annabeth. - "Minha nossa! Eu não acredito. Percy, eu te amo!" Sim, sim, cara, isso sim é que é uma verdadeira prova de amor, e...

- Grover! - Eu o interrompi. Ele não podia estar falando sério, não é? - Nada de enchiladas.

Depois de discutir com ele sobre enchiladas ser uma forma perfeito de fazer com que Annabeth me desse uma chance, fui para casa do Nico.

Deixei a minha mochila em um canto qualquer, joguei-me no sofá, e coloquei os pés na mesa de centro. 

- Você acha que está na casa de mãe Chica? - Bianca bateu na minha perna com o controle remoto da tevê. - Eu sei que não, mas vou perguntar assim mesmo. Eu e uma amigas vamos no cinema, - tentei falar algo, mas ela me interrompeu. - Sim Percy, minhas amigas "estranhas", eu realmente não sei porquê você as chamam de estranhas, elas não são estranhas, já vocês... Enfim, vocês querem ir? Acho que o Luke e o Jason também irão.

- Não... - me interrompi no mesmo momento em que algo passou pela minha cabeça. - Espera, amigas do Half-Blood?

- Sim, além da Thalia, Piper, Rachel, e Silena, também irão algumas amigas do Half-Blood, a Megan, Lucy e Annie. Então, vocês vão, ou não?

- Não! - disse Nico. Dei um tapa em seu tórax e apressei-me em dizer:

- Claro que sim!

- O que? - perguntou Nico, alisando o tórax. - E isso doeu.

- Nós iremos, claro!

- Por que? - perguntou Bianca, desconfiada. - Vocês nunca querem ir a lugar algum conosco.

- Por que? Porque você é minha priminha que eu amo e insistiu tanto pela minha companhia, eu sei que sou muito importante para você. Nos vemos daqui a pouco.

- Mas eu não... - disse Bianca, mas eu já havia saído.

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Depois de um banho bem demorado, saí do chuveiro e vesti uma roupa.

O meu pai ainda estava trabalhando e o Tyson na escola.

Peguei uma escova para pentear o meu cabelo, mas a campainha tocou. Viram? Eu não tenho culpa se todas as vezes o meu cabelo está bagunçado. Sempre que penso em penteá-lo, algo acontece.

Desci rapidamente as escadas. Abri aporta.

- Vamos logo, Thalia disse que se você demorasse, iria sem você - disse Nico, parado na porta. - cara, o que foi aquilo que aconteceu mais cedo? E para sua informação, ainda está doendo.

Thalia buzinou.

- Foi mal pelo tapa, cara - fechei a porta, e caminhei até o carro com Nico. - é que... Annie. Annabeth, sacou?

- Ah.. - ele respondeu depois que a sua ficha caiu. - Agora eu entendi. Mas espera.... A sua Annabeth é a mesma que a Annabeth amiga da Bianca e Thalia? Então eu a...

- Anda logo seus molengas. - gritou Thalia interrompendo Nico, que logo entrou no carro e... Depois do grito da Thalia, ele até esqueceu o que iria falar. Fiz o mesmo entrei no carro.

Thalia estava escutando She, do green day no último volume. Eu curto o som dos caras, mas a Thalia exagera. 

Havíamos finalmente chegado ao shopping. Bianca que já estava lá, assim como Piper, Rachel, Silena, uma garota de cabelos uma mistura de loiro, azul, vermelho e cor de abóbora e uma outra loira, que eu deduzir ser Annabeth, já que elas estavam de costas para mim. Na verdade, não deduzi que era ela pelo seu cabelo,mas sim pelo seu corpo que... Quer dizer... Porque eu reconheceria a sabidinha mesmo que a quilômetros de distância. Sim, isso!

- Até que enfim. - disse Bianca ao virar-se. - Achei que não viriam mais. Bem... Essa é a Megan - ela apontou para garota de cabelo multi colorido, que acenou. - Megan, esses são meu primo, Percy e o meu irmão Nico.

Nico então apertou a mão da tal garota, ele aproximou-se de Annabeth e eu achei que Bianca os apresentaria também, mas ele a abraçou, não da forma como eu gostaria de abraçá-la, mas sim de forma que fez perceber que eles eram amigos a longa data.

- Percy essa é a... - começou Bianca.

- Garota que me fez gastar 26 dólares em um livro que eu não vou ler. - continuei. Annabeth ergueu as sobrancelhas e deu um leve sorriso.

- Então... Essa é a sua Annabeth? - perguntou Nico, baixo, mas o suficiente para que Annabeth pudesse ouvir. - a Annie, Annie, é sua Annabeth?

- Nico! - gritou Annabeth, violentamente corada. - eu não sou de ninguém!

- Vocês já se conhecem? - perguntou Bianca. 

- É, ele me atropelou na livraria algumas semanas atrás.

- A lerdeza pode ser contagiosa - disse Thalia, ficando ao lado de Annabeth. -  não se mistura muito.

- Tarde demais. - Annabeth piscou para mim. 

- O que? - perguntou Piper, que estava tao calada que eu já havia esquecido que ela estava ali.

- Nada. - respondeu Annabeth, mudando de assunto. - Cadê esses garotos com as entradas?

Mágica ou coincidência, não sei, mas assim que ela calou a boca, Luke e Jason apareceram segurando as entradas.

- Então, vamos entrar? - perguntou Luke.