Surpresa escrita por Lolita, purple kitten


Capítulo 2
Capítulo Extra


Notas iniciais do capítulo

Bom, resolvi fazer mais um capitulo, espero que gostem.



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Hoje resolvi sair cedo de casa para comprar um presente para o Edward. Hoje é o nosso aniversario de um ano de namoro e eu quero presenteá-lo com algo muito especial por essa ser uma data tão importante.

Eu não sei o que Edward poderá me dar, mais mesmo assim vou gostar de qualquer coisa que ele me der. Ele pode aparecer na minha frente com um bode embrulhado que eu vou amar de qualquer jeito, mas isso não significa que vai acontecer... Pelo menos eu acho.

Peguei um táxi e pedi para ele me levar ao shopping Tacoma Mall. Quando chegamos lá paguei o taxista e entrei no shopping. Andei por todas as lojas até encontrar uma que vendia globos de vidro. Fiquei rondando aquela loja maravilhada com o que via, até que um chamou a atenção de meus olhos; era um pequeno globo, com uma praia e havia um casal sentado na areia e me lembrei da primeira vez em que vi Edward. Perfeito.

Observei o globo por vários minutos até que senti mãos grandes e quentes em meus ombros. Virei-me e me deparei com Jacob. Ele estava diferente, o cabelo repicado, seu corpo estava mais musculoso. Estava usando uma calça jeans preta e muito mais muito apertada, uma blusa da mesma cor da calça e um casaco da cor marrom.

– Oi Bella. – Ele disse com um sorriso idiota no rosto.

– Se você ainda acha que tem o direito de falar comigo depois daquela palhaçada... – Disse pegando o globo e me direcionando para o caixa. – Ta muito enganado.

– Olha, eu sei que eu errei, e faz tipo... Um ano que agente não se vê. – Ele falou olhando em meus olhos. – Me desculpe, não foi minha intenção te magoar.

– Mas magoou, e muito. – Falei pagando ao caixa.

– Me desculpe.

– Eu já te desculpei faz muito tempo, Jacob Black. – Disse e ele olhou para mim. – Mas perdoar é diferente de esquecer.

– Não me chame assim. – Falou sério.

– Olha, eu já vou indo antes que o meu namorado fique preocupado. – Dei ênfase no “namorado” e saí.

Como ele ainda tem coragem de falar comigo depois de tudo? Eu o vi com uma cara na cama e ainda quer que eu o chame de Jake, ele que vá para a casa do car... Ok, meninas delicadas não falam palavrões. (Sentiu a ironia?)

– Acho que não da para piorar.

Quando sentei em uma mesa da cafeteria do shopping, uma garçonete veio me atender. Pedi um café expresso e pães de queijo. Quando dei o primeiro gole no café um cara doidão entrou com uma espingarda e gritou:

– Todo mundo pro chão, isso aqui é um assalto!

Cuspi todo o café da minha boca. É o que?Assalto? Droga, eu e minha boca gigante. E agora, como é que eu vou sair desse inferno? Maldita hora que eu parei para tomar café. Meu Deus me ajuda!

–Eu tenho que sair daqui. – Disse para mim mesma.

Saí da cadeira devagar e fui engatinhando até um balcão quando vi um telefone, peguei e digitei o número da policia. Ao colocar no ouvido eu senti algo tocar o topo da minha cabeça, olhei para cima e dei o sorriso mais amarelo da minha vida.

– O que a mocinha pensa que está fazendo? - O homem perguntou para mim.

– Eu? – Fiz-me de desentendida.

– Sim, você! – Ele respondeu.

– Er... Eu, nada. – Disse dando outro sorriso.

– É melhor você soltar esse telefone antes que eu estoure seus miolos. – Ele falou com tanta calma que me deu um arrepio.

Choraminguei e coloquei o telefone no lugar na hora em que a atendente falou “Alô”. Droga, mais que droga. Como eu vou sair daqui? Tenho que dar um jeito.

***

Horas se passaram e o shopping ainda estava sendo roubado. Tinha muitos repórteres e policiais do lado de fora. Os balconistas e os seguranças do prédio estavam amarrados assim como eu. É eu estava amarrada.

– Hey, Senhor ladrão. – Falei e ele riu.

– Senhor ladrão? – Ele repetiu e deu uma gargalhada assim como os seus comparsas – Gostei de senhor ladrão, ninguém tinha me chamado desse jeito antes. Você garota, é muito engraçada

– É, ta, ta. Mas que horas esse assalto vai durar? Eu tenho um jantar para ir e meu... – Ele não deixou continuar. Já mencionei que já fiz essa pergunta umas três vezes? Não? Ok.

– Olha garota, você além de engraçada é muito irritante, sabia?

– É, sabia. Mas é que meu namorado e eu estamos comemorando um ano de namoro e eu não posso me atrasar. – Disse e ele gargalhou alto e depois olhou para mim sério.

– Olha aqui, se você não calar essa sua boca, acho que seu namorado irá vê-la só morta e estirada no chão desse lugar de merda. – Ele disse e eu engoli seco.

– Ta, eu vou me calar. – Eu disse e ele me olhou feio.

Depois de alguns minutos eu senti vontade de fazer xixi e não agüentava mais segurar, eu tinha que pedir para ir ao banheiro, mas se ele atirar em mim? Não, ele não vai.

– Er... Senhor ladrão, eu preciso ir ao banheiro. – Falei e ele olhou pra mim.

– Você precisa ir ao banheiro?

– Sim, eu estou muito apertada. – Eu disse e ele riu da minha cara de dor.

– Victoria, leva a garota para o banheiro antes que eu mate-a.

– Sim James. – Ela disse se levantando.

A mulher de cabelo ruivo, chamada Victoria me desamarrou e me levou ao banheiro. O banheiro tinha duas pias e cinco cabines, entrei em uma dela e fiz xixi. Depois que acabei não saí, e ela bateu na porta me mandando sair antes que ela mesma abrisse, mas era isso o que eu queria e ela fez. Quando ela abriu dei um chute no seu rosto e ela caiu com tudo, batendo a cabeça.

Fiquei olhando ao redor mais não tinha uma só janela, que droga de banheiro não tem janela? Droga, porque eu não olhei antes se tinha ou não janela, se eu sair daqui sem a ruivinha eles me matam, se eu sair com ela, ela conta o que eu fiz e eles me matam, concluindo, eu estou ferrada de qualquer jeito.

Fiquei ali esperando minha mente funcionar até ouvir batidas na porta.

– Victoria, esta tudo bem? – Engoli seco.

– Er... Ela não está se sentindo bem e está vomitando. – Falei e ouvi apenas silêncio.

Depois de algum tempo a ruiva começou a se mexer, eu não sei por que fiz isso mais fiz, dei um soco no rosto da coitada e ela voltou a desmaiar.

– Oh meu Deus! O que eu fiz? Eu acho que vou acabar matando a coitada. – Falei sussurrando.

Respirei fundo e lavei meu rosto na pia, olhei para o espelho e...

– É isso, claro, por que eu não pensei antes? – Falai olhando ainda para o meu reflexo.

Peguei minha bolsa e fiquei procurando o walkie talkie que o Edward me deu no mês passado, que foi o meu aniversario não tão desastrado. Mas isso é outra história.

– Aqui é águia branca. Águia azul responda. Câmbio. – Falei e não obtive resposta.

– Por favor, Edward, liga esse troço.

– Oi Bella. Você já viu o canal 12? Aquele shopping que você adora ir, ta sendo roubado ou sei lá o que.

– Edward escuta, eu to no shopping... – Não consegui fala mais nada porque ele me interrompeu.

– O que, você ta no shopping? Você ta bem? Alguém te machucou? Eu to indo ai, eu vou te tirar... – Ele não parava de falar então o interrompi.

– Cala a boca! Eu tô bem, mas eu acho que não vai ser por muito tempo, por favor, Edward eu preci... – Não consegui continuar, senti um puxão no meu cabelo e gritei. Pessoalzinho mais indelicado, eu heim.

– BELLA! O QUE FOI ISSO? – Edward gritou.

– EDWARD ME AJUDA!

Depois disso senti uma dor muito grande e cai no chão. Acordei e estava amarrada novamente.

– O que aconteceu? – Falei meio baixo mais deu para o tal James escutar perfeitamente.

– Você pediu ajuda para o seu namoradinho e agora você vai morrer. – Falou apontando a arma na minha cabeça

Eu fechei meus olhos esperando a dor vir. Alguns segundos passaram, abri meus olhos e ele estava sorrindo.

– Mas não agora. – Ele falou retirando a arma da minha cabeça.

Fechei novamente meus olhos e respirei bem fundo e voltei a abri-los, ao fazer isso recebi um soco no meio do meu rosto o que me fez cair e não poder mais levantar por conta de estar amarrada.

– Por... Que? – Falei pausadamente.

– Esse foi por causa do soco que você me deu. – Falou a ruivinha água de salsicha.

– Tudo bem. – Disse olhando para ela – Mais da para me ajudar aqui, o meu nariz... Ele ta meio... Que... Que sangrando. – Falei gesticulando com os dedos, pois as mãos estavam amarradas.

– Não. – James falou apontando a arma novamente em minha cabeça. – Acho que é agora que eu vou te matar, o que acha?

– Eu acho que da para esperar mais um bocado. – Disse com os cílios serrados e balançando a cabeça.

– Acho que sim, só que não.

– Er... Você que sabe. – Disse.

Respirei fundo e fechei novamente os olhos. Antes do tiro eu me lembrei de cada pessoa que eu amava incondicionalmente. Meus pais que já se foram, o amor da minha vida que é o Edward, a minha querida amiga Alice, do drogado do Jasper, o brincalhão do Emmett, a fofa da Rose e os meus queridos sogros.

Eu sei que errei muito... Demais. Mas eu sempre sofri. Desde pequena sofri bullying na escola, tudo por que eu era eu mesma, perdi meus pais aos 13 anos, eu sempre fui um desastre ambulante, minha vida era uma bagunça e ai quando eu dou a volta por cima vem um cara doidão e loiro do cabelo até os ombros e mete uma bala na minha cabeça.

Quando eu tinha sete anos eu costumava pensar que meu príncipe encantado iria chegar montado em um cavalo branco e iria me levar para um lugar cheio de flores perfumadas e com lagos com água cristalina. Eu estava totalmente errada com esses pensamentos, não serviram para nada, apenas para me iludir.

A vida não tem sentido em nada, em nadica de nada mesmo. As pessoas dizem que depois de um tempo vai melhorar, que você vai ser feliz para todo o sempre, mas isso não existe, isso simplesmente não existe. Um dia você vai crescer e vai ver que sua vida ainda continuar uma merda desde o começo, pode mudar um pouco mais ainda vai ser uma merda, mesmo que você a ame vai continuar a ser uma baita de uma merda. Olha, eu acho que já to pensando merda demais.

Um barulho muito alto me fez sair dos meus devaneios sentimentais e abri os olhos, o cara chamado James estava no chão com um tiro em seu ombro, olhei para trás e era Victoria que tinha dado o tiro. Abri minha boca em um perfeito “O” surpresa.

– Por que você fez isso? Por que não deixou atirar em mim? – Perguntei assustada.

Não que eu não quisesse viver, mas ele era o namorado dela, tipo eu não daria um tiro no Edward por nada nessa vida... Só se ele... Se ele...

– Você merece viver – Falou chorando. – Eu sabia que isso daria merda. Eu sabia que... Eu sabia.

Depois de alguns minutos vendo a ruivinha chorar, eu a pedi que se entregasse para a policia, ela resistiu e disse que eu era uma vadia que dava para o mundo todo, mais eu simplesmente não liguei, eu sabia que ela estava sofrendo e porque estava, então, apenas deixei ela me xingar para valer.

Acho que já era umas quatro da tarde quando ela se entregou. Os policiais entraram e desamarraram os seguranças, os balconistas, os outros reféns e eu. Sai de lá aliviada e comecei a procurar o rosto tão conhecido por mim.

– Edward! – Gritei quando o vi.

Corri para abraçá-lo. Foi um abraço singelo, calmo e doce. Ele se afastou um pouco e me deu um longo beijo que também foi singelo, calmo e bastante doce.

– Eu estava com tanto medo de perde você, Bella. – Ele falou quando se afastou.

– Eu também fiquei com muito medo.

– Nunca mais eu saio de perto de você. – Ele disse, e eu ri.

–Promete? – Disse sorrindo.

– Prometo. – Edward disse também sorrindo.

Recuperei-me da quase morte daquele dia. Nos primeiros dias eu não andava sozinha, Edward me acompanhava para tudo que é lugar, depois de dois meses ele me deixou em paz.

Bom, hoje eu fui ao banco pra fazer um empréstimo para comprar um presente para o chá de bebê da Rose. Eu estou completamente perdida, não tive tempo para comprar e a festa seria dali a dois dias, estava pensando em compra um berço já que eu sou a madrinha.

Enfim, cheguei e fui atendida pelo dono que era um velho amigo da família. Ele cuidou de mim na mim até eu ser adotada pelos Wilson, mas nunca mudei o meu nome.

Ficamos conversando sobre como estava nossas vidas por horas e horas até eu percebi que estava tarde. Edward deveria esta preocupado comigo.

– Bom, já vou indo, Edward deve esta preocupado. – Falei pegando minha bolsa que estava no chão. – Foi um prazer revê-lo, Sam.

– Tudo bem Isabella, tenha um bom dia. – Falou sorrindo.

– Para você também, nos vemos amanha então? – Falei retribuindo o sorriso.

– Claro, iria adorar mais uma visita.

– Sim claro, mas que tal almoçar na minha casa?

– Tudo certo então, adoraria conhecer o seu namorado. – Falou se levantando

– Vocês irão se dar muito bem. – Falei me levantando também.

– TODO MUNDO ABAIXADO, ISSO AQUI É UM ASSALTO!

Olhei para trás e eram três caras de preto com o rosto coberto por uma touca preta, olhei para o Sam e ele estava assustado, coloquei minha bolsa no chão e sentei desanimada na cadeira novamente.

– E lá vamos nós de novo.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews :)