Assim que saíram do cinema Ligéia simplesmente não conseguia parar de falar do filme que assistiram, ela estava encantada com a estória do homem mascarado. Regulus levara a garota para assistir ao filme A MARCA DO ZORRO, e também teve de confessar que a estória era fantástica. Mas não conseguia entender por que todas as moças saíram eufóricas do cinema falando sem parar sobre o tal do Zorro.

- Ah ele é simplesmente perfeito Regulus! –dizia Ligéia. – Um homem super charmoso e misterioso! Nós mulheres gostamos disso... –ela não parava de sorrir e isso o deixa feliz e ao mesmo tempo enciumado.

- Estou com ciúmes, você também ficou encantada com aquele ator? –ele disse fazendo um tipo de biquinho.

- É Ty Power! Ele é um ótimo ator...

- Quantos filmes você já assistiu com ele?

- Ah... –ela parou para pensar. –Não importa eu já ouvi a critica falar muito bem sobre ele! E além do mais ele é... –ela pensou bem ates de continuar.

- Vai lá, pode dizer... –Regulus riu. – Lindo não é?

- É... –ela sorriu.

- Estou perdido, será que dá pra competir com um Zorro?

- Você não precisa competir com o Zorro! –ela riu tocando o ombro de Regulus.

- Tambem acha que eu sou lindo? –ele deu um sorriso torto.

- Hum! Talvez... –ela olhou para o céu depois continuou andando.

- Talvez? –ele riu e seguiu-a pela calçada.

- É acho que sim!

- Você acha que tenho alguma chance ou tenho que me vestir com uma roupa justa preta e uma mascara e sair por ai riscando as pessoas com a minha inicial?

- Não! –ela riu espontaneamente. – Não precisa de nada disso pra ter uma chance comigo!

- Então me diga o que é preciso pra ter uma chance com você Ligéia! –ele disse parando diante dela e tocando sua cintura.

- Só precisa ser você mesmo! –ele disse tocando seu rosto.

- Isso basta?

- Sim! –ela sorriu.

- Então de hoje em diante eu serei Regulus Black e nada mais! –ele riu.

- Seja apenas o Regulus!

- Então eu serei! –ele disse baixando o tom e se aproximando mais da moça.

- Regulus!

- Hum?

- Estamos na rua...

- Ah! Desculpa... –ele sorriu e se afastou ficando ao lado dela.

- Mas pode segurar a minha mão. –ela disse sorridente.

Regulus estendeu a mão para a garota e logo segurou seus dedos delicados. Ambos seguiram pela calçada rumo a sorveteria. Trocaram casquinhas, colherinhas com sabores diferentes de sorvetes, e depois voltaram para Hogwarts. Enquanto vagavam pelo pátio sem desejo de terminar com aquela tarde tão agradável, o casal se sentou embaixo do salgueiro onde poderia ficar mais a vontade, então entre uma conversa e outra Regulus se aproximou um pouco mais de Ligéia e tocou a face da moça.

- Você é linda Ligéia... –disse ele com os lábios próximos aos dela. – Você... Gostaria de ser minha namorada?

- Sério? –ela sorriu. – Quer mesmo namorar comigo?

- Nada me deixaria mais feliz.

- Eu...

- Não precisa responder agora se não quiser... –ele acariciou seus cabelos.

- Mas eu quero...

- E então?

- Sim Regulus! –ela sorriu. – Eu aceito namorar com você...

- Verdade? –ele sorriu tentando segurar a euforia interna.

- Sim!

- Não sabe como isso me deixa contente Li...

A garota sorriu mais uma vez e sequer teve tempo de dizer mais alguma coisa tão rápido que os lábios do rapaz tocaram os seus. Finalmente Regulus teve coragem de beijar a garota que ele tanto desejava desde o primeiro momento em que a viu subindo aquelas escadas na entrada principal da Universidade. Ele sentiu os lábios quentes de Ligéia se entrelaçando com os seus e adorou a sensação que tomou conta de todo seu corpo. Ele quase podia sentir borboletas em seu estomago a cada vez que movia os lábios e sentia o movimento dos lábios dela retribuindo o beijo. Regulus manteve a palma da mão sobre a bochecha da moça aquecendo-a enquanto ambos trocavam aquele beijo lento e carinhoso. Ligéia por sua vez também estava apreciando bastante o beijo do rapaz, que era extremamente delicado e carinhoso embora estivesse lutando contra certas lembranças que aconteceram debaixo daquela mesma árvore. Enquanto sentia o toque macio da boca de Regulus, a moça acabou pensando por alguns segundos nos lábios quentes e apressados do irmão mais velho. Regulus tinha um toque completamente oposto ao de Sirius que era mais afobado e atrevido. Ao contrario Regulus era paciente e movia seus lábios como se quisesse descobrir cada centímetro da boca dela bem devagar. Era saboroso e envolvente não deixava nada a desejar, mas por um lado não fez com que o coração da garota acelerasse a ponto de quase sair pulando do peito. Na ocasião em que teve os lábios furtivamente enlaçados pela boca travessa de Sirius, a moça chegou a pensar que teria um infarto pela rapidez com que seu coração acelerou no peito. Era um misto de desejo com negação. Ligéia apertou os olhos tentando cortar os pensamentos que vinham a sua mente sobre Sirius, ela não queria estar pensando em outro rapaz enquanto beijava Regulus, afinal ela acabara de aceitar seu pedido de namoro e deveria pensar absolutamente nele e em mais ninguém a partir daquele sim. Ela bloqueou tais pensamentos e lembranças e continuou beijando Regulus até que ambos ficassem se fôlego e se afastassem para buscar o ar. Assim eles se entre olharam e sorriram. Regulus recostou a testa na testa da morena e depois deitou sua cabeça no colo da mesma sentindo as caricias que ela fazia em seus cabelos. O casal permaneceu o restante da tarde naquele local apreciando o verde e o ar puro enquanto conversavam sobre tudo e sobre nada...

Mais tarde Regulus acompanhou a atual namorada até seu dormitório e se despediu da mesma com outro beijo, dessa vez mais pessoal enquanto segurava a nuca dela e envolvia sua cintura com o outro braço apertando-a contra si. Naquele momento o único pensamento de Ligéia era o corpo de Regulus prensado contra o seu, então ela envolveu seus braços ao redor do pescoço do rapaz e se rendeu ao beijo bem menos tímido.