Whatcha Say escrita por Lady


Capítulo 3
Capítulo 3 - Mine


Notas iniciais do capítulo

Poxa, eu tenho sete leitores e apenas dois comentaram? Eu quero reviews gente, e apenas farei mais capts se comentarem... De qualquer jeito, enjoy!



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Já se fazia mais de quatro meses que Chris Rodriguez fora salvo do labirinto de Dédalo, mas infelizmente havia um problema – ele enlouquecera.

Clarisse estava assustada e com medo. Já havia sido lhe informado que assim que Dionísio, o deus do vinho, chegaria em breve no acampamento Meio-Sangue, e assim ele poderia curá-lo de sua loucura. Mesmo com a felicidade de poder ver Chris Rodriguez bem novamente , o que fazia Clarisse ficar muito alegre, também havia todo o medo de não saber o que Chris pensaria a respeito dela depois da operação. Será que ele sequer lembrar-se-ia dela?

Enquanto pensava, Clarisse olhava o filho de Hermes deitado em sua cama. Seus olhos estavam fechados e sua respiração estava acelerada, o que preocupava a menina. Lentamente, ela se aproximou e tocou a testa dele, logo percebendo que Chris queimava de febre.

O copo de plástico com néctar estava em uma mesinha de cabeceira ao lado da cama onde o menino dormia. Assim que Clarisse tocou no copo, Chris Rodriguez abriu os olhos e levantou- se em um pulo.

– Quem é você? – arfou ele, mantendo-se distante de Clarisse.

– Fique calmo, Chris – pediu ela, pacientemente – Por favor, fique calmo. Eu não farei nada de ruim com você, apenas tome um pouco de néctar para...

– Onde está Mary? Onde está ela? – Chris olhou em volta assustado, procurando Mary – Você é Mary?

Clarisse negou com a cabeça um pouco chateada. Quem seria essa Mary que Chris tanto falava? Por que ele não se lembrava dela?

– Eu sou Clarisse, sua... Amiga. Agora beba um pouco de néctar – ela lhe estendeu o copo, mas Chris o jogou longe.

– MARY! MARY! – Chris começou a gritar, fazendo Clarisse recuar.

Quíron abriu a porta do quarto e entrou, e junto com ele, o Sr. D vina carregando uma latinha de Diet Coke.

– Clarisse, eu agradeço sua ajuda até o momento, mas agora precisamos que saia para que Dionísio possa curar Chris Rodriguez.

Clarisse assentiu com a cabeça e olhou para Dionísio.

– Tente curá-lo, Sr. D. – pediu a menina olhando para o deus do vinho.

– Não pense que pode mandar em mim, Clara – falou o deus meio rabugento – mas farei o possível.

– Meu nome é Clarisse...

– Da na mesma, Cassandra.

Antes de deixar o lugar, Clarisse olhou Chris. Seu rosto estava contorcido de dor e em vez de aparentar ter dezoito anos, que era sua atual idade, ele aparentava ter trinta.

Clarisse deixou o cômodo, e diferente do que muitos campistas que esperavam na sala as Casa Grande, ela correu para a floresta.

Não importava se lá monstros poderiam matá-la ou algo do tipo, Clarisse apenas queria acreditar que tudo daria certo. Ela precisava acreditar.

***

Depois de um longo procedimento, Chris voltou ao normal. Claro que em sua memória estariam gravadas todas as batalhas, guerras e crueldades que passou enquanto estava ao lado de Cronos, porém ele ainda estava vivo, e bastante por sinal.

Todos do acampamento cumprimentaram Chris, que apesar de um pequeno mal estar, estava bem mentalmente.

Mas faltava uma coisa. Onde estaria ela, a menina que o ajudou? Onde estaria a menina que ele sempre implicou, mas ainda assim a menina que ele sempre amou?

Chris perambulou o acampamento em busca da menina, porém não achou nem sinal dela. Decidiu perguntar, e depois de muito tempo finalmente falou com um campista de Apolo que disse tê-la visto correr em direção à floresta.

Mesmo sabendo dos riscos de entrar na floresta a noite, não se importou, e correu pelas árvores, até avistá-la de pé, apoiada em uma árvore com os braços cruzados sobre o peito.

Assim que Clarisse viu Chris Rodriguez ali, a cerca de dois metros de distância dela, sentiu o sangue congelar. Ela sabia pelo olhar dele que ele voltara ao normal.

– Posso saber por que minha princesa não estava naquela sala de espera junto dos outros campistas? – perguntou ele. Seu tom era sério.

A menina levantou a cabeça, e lançou-lhe seu natural olhar penetrante.

– Achei eu que você preferiria passar seus primeiros momentos ao lado de Mary, já que ela é tão especial – ela falou. Por fora ela parecia indiferente, mas na realidade o que ela mais queria era correr e abraçar Chris.

Chris sorriu e caminhou até Clarisse, que olhava o mesmo com um misto de felicidade e nervosismo. Suas bochechas estavam coradas, e mesmo aparentando não se importar com Chris, ele a conhecia bem demais para dizer o contrário. E além do mais ela teria que ser louca para cuidar dele por todo este tempo se não se preocupasse com ele.

– Pena que isso não é verdade, não é Honey? – o menino sorriu. Seu rosto estava a centímetros do de Clarisse – Minha princesa é sempre a mais especial.

Suas testas se tocavam.

– Eu não sou nenhuma princesa, Rodriguez, e muito menos sua – falou ela com os braços cruzados.

– Você pode até não ser uma princesa, mas você ainda é minha.

Ele beijou a testa de Clarisse, e depois voltou a colar sua testa na dela. Eles ficaram assim por muitos minutos, mas o que importava? Eles tinham tempo, muito tempo.


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Notas finais do capítulo

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