Whatcha Say escrita por Lady
Notas iniciais do capítulo
Primeiro: eu NÃO ia postar esse capítulo hoje. Vocês, leitores fantasmas, não estão merecedores disso. PORÉM, quando se recebe uma recomendação linda como a da Owl e vê comentários de leitores que te acompanham desde o inicio da fanfic, você acaba deixando isso de lado por um instante e pensando neles, principalmente por que estamos na reta final de Whatcha Say.
Muito obrigada Owl, pela bela recomendação! Isso é mais que mega importante para mim, e eu agradeço MUITO à ela. De verdade. Do coração.
Bem, se acharem que a fanfic merece, eu realmente gostaria de receber reviews e talvez, se acharem que mereço, recomendações.
Espero que gostem e tem surpresa nas NOTAS FINAIS!
Capítulo 12 - Born This Way
Deitada de qualquer maneira no grande sofá de couro de sua casa, Clarisse assistia o jornal nacional com uma sobrancelha erguida. Já era final de tarde e do lado de fora da casa chovia e trovoava muito, sendo claramente resultado de uma longa discussão entre os deuses Poseidon e Zeus (o que já não era lá uma grande surpresa). Na opinião de Clarisse, era quase cômico ver o que os mortais acreditavam ser a causa da grande tempestade.
Distraída com o que a repórter falava a filha de Ares mal percebeu a aproximação de uma pequena garotinha, que aparentemente não parecia passar de seus sete anos de idade. Seu nome era Catherine e dos três filhos que Chris e Clarisse tiveram, ela era a mais nova e a única menina.
Quieta, ela estava encarando a mãe de longe, apenas a pensar. Após alguns minutos, levantou-se decidida e marchou em direção ao sofá, parando em frente a sua mãe.
– Mãe – falou, erguendo o queixo – Precisamos conversar tipo, urgente.
Clarisse esboçou uma careta, sentando-se no sofá.
– Por que eu tenho a leve impressão de que essa conversa não vai me agradar? – a filha de Ares arregalou levemente os olhos.
– Mãe – repetiu a menininha – eu ‘to falando muito sério com você – ela fez uma pausa e encarou sua mãe, que não mudara nem um pouquinho a expressão do rosto. Suspirou. Teria que apelar para a “pobre garotinha desesperada” - Por favor! Eu quero muito conversar com você! É importante! Você nem vai ficar irritada, eu te juro! É só uma perguntinha super simples e...
– Cath – Clarisse a interrompeu, um sorriso de canto iluminando seu rosto – chega de drama e vá direto ao assusto.
Catherine respirou profundamente e olhou bem no fundo dos olhos de Claire.
– Mãe, como foi que eu nasci?
Bastou a pequena terminar de pronunciar a última palavra da frase para Clarisse se engasgar com a própria saliva, tossindo desesperadamente enquanto levantava-se do sofá em um pulo. Sem entender, Catherine mirava a mãe com seus olhos verdes quase transparentes. Era fato que a filha mais nova de Clarisse era a exata cópia da mãe da mesma, Mary La Rue, com a mesma tonalidade de cabelo e olhos e o mesmo jeito animado e destemido de ser.
– Hã... Querida – Clarisse ajeitou sua postura e colocou a mão na cabeça, tentando falhamente esconder seu desconforto – Você... Hum... Quer mesmo saber disso? Não acha que é uma coisa meio insignificante e... Hã... Inútil?
– Mãe! Eu quero muito saber! – sorriu ela, como se estivesse prestes a descobrir a cura do câncer.
Clarisse, tentando não aparentar desespero, começou a caminhar em direção a filha, acidentalmente tropeçando no tapete e se desequilibrando.
– Filhinha linda – Clarisse forçou um sorriso – Você pode esperar um segundinho? Acho que seu papai vai amar te explicar isso junto comigo! – ela fez uma pausa, levantando-se e correndo até a escada – Ô CHIRS! VEM AQUI.
– AGORA NÃO DÁ! ‘TÔ AJUDANDO O ALEXANDER! – gritou em resposta.
Clarisse bufou nervosa.
– VEM LOGO SEU PAMONHA, O ASSUNTO É ÚRGENTE.
No andar de cima, Clarisse ouviu o barulho de alguns sapatos batendo no piso de madeira. Logo, seu marido Chris Rodriguez e seus filhos Alexander e Caleb estavam no pé da escada.
– O que houve Claire? – perguntou Chris, ao ver o nervosismo de Clarisse.
– É mãe, por que ‘cê ‘tá desespera? – Alexander, que estava no auge de seus 14 anos questionou.
Clarisse suspirou e sussurrou:
– Catherine está querendo saber de uma coisinha.
– Que “coisinha”? – Caleb, de 15 anos, pronunciou-se.
– Como é que eu nasci? – de repente a pequena estava ao lado de seu pai, que também pareceu surpreso com a pergunta.
Enquanto Alexander desatava a rir desesperadamente, Caleb tentava não rir. Logo ambos receberam o que chamavam de “o olhar” de Clarisse, porém este não foi o bastante para controlar Alex.
– Meu amor – Chris dirigiu-se a sua filha, apesar de encarar sua esposa com os olhos arregalados - você não acha que...
– Ei! – interrompeu a garotinha, colocando sua mão direita no rosto de seu pai – Nem vem, pai! Eu só quero saber disso, você não precisa tentar me enrolar!
– Mas querida, eu não estou tentando te enrolar... – ele olhou desesperado para Clarisse, que olhava desesperada para Caleb, que encarava com uma sobrancelha erguida Alexander, que ria descontroladamente deitado no chão. Não tinha jeito. Teria que improvisar – Ok, ok. Eu vou te contar. Aconteceu o seguinte, uma garça branca...
– Nem me venha com essa, pai! – irritou-se Catherine, falando como se fosse muito mais velha – Essa historinha de garça sequelada nem cola mais! Meus amigos já me falaram que é tipo um processo meio doido que acontece entre vocês dois, só que eu não saquei direito. Eu só quero que vocês me expliquem! Isso é pedir muito?
– Onde é que essa menina aprendeu tantas gírias? – murmurou Clarisse, sua sobrancelha direita erguida.
Um estranho silêncio incômodo pairou pelo ar, e para completar a desgraça, Alexander resolveu levantar-se do chão e bancar uma de professor.
– Então querida irmãzinha, eu vou te explicar o que acontece de uma maneira simples – sorriu, recebendo um olhar de pavor de seu pai – Acontece que o papai e a mamãe fazem um negócio chamado... Ai!
E de repente Alexander estava novamente no chão. Chris encarava Clarisse, que acabara de dar um empurrão no filho.
– É que tinha uma mosca no braço dele – foi sua desculpa.
– Então, eu posso continuar a explicar? – perguntou com irritação.
Claire revirou os olhos.
Caleb bateu a mão na cabeça.
Cath cruzou os braços.
E sobrou para Chris explicar para a filha como ela tinha nascido.
– Meu amor, vamos dizer que eu meio que plantei uma semente na barriga de sua mãe...
– Ei, espera! – interrompeu ela – como assim você planta uma semente? Você abre a barriga da mamãe por acaso?
– Não!
– Não?
– Isso!
– Mas como assim não? Então como você planta?
– Hum... Vamos dizer que um bichinho invade sua mãe para que você possa nascer.
– Um bichinho? Mas eu não tinha nascido de uma semente? Eu sou uma espécie de bicho feijão mutante?
– Não!
– Então como eu nasci de um bicho e de um feijão? Só pode ser uma mutação ninja, como o Bob.
– Bob?Que Bob?
– O meu amigo imaginário... Mas voltando ao lance do feijão evoluído, me explica isso direito. Eu não estou entendendo.
– Filha, esquece o feijão!
– Tá, então se eu não nasci de um feijão eu nasci de um arroz. Ou uma batata. Foi isso que você plantou? Uma batata? Ou foi uma ervilha?
– Não!
– Então o que foi?
– Eu não sei!
Catherine bufou, encarando seu pai, e logo após sua mãe.
– Sabe de uma coisa, eu não quero mais saber. Vocês são totalmente doidos, não entendi nada do lance da batata e do feijão. Eu vou dormir, estou cansada. Boa noite.
E subiu, deixando Clarisse, Chris, Caleb e Alexander se entreolhando.
– Eu acho que não fui muito bem... – Chris murmurou.
– Sério pai? Você acha? – Caleb perguntou com uma sobrancelha erguida.
E dito isso, Alex e Caleb subiram para seus quantos, rindo da desgraça de seus pais.
– Bem, vejamos pelo lado bom – Chris passou um de seus braços ao redor de Claire – Agora, além de lindo, perfeito e ladrão nato, eu também sou um ótimo improvisador.
Clarisse revirou os olhos, rindo.
– É Rodriguez, sonhe alto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bem, estou pensando em fazer o seguinte: deixar vocês escolherem qual tema será o penúltimo capítulo da fanfic (no caso o 14). Vocês podem mandar quantas ideias quiserem, pois eu irei fazer uma sorteio!
Bjos e não esqueçam de comentar!