Boneca De Pano 2 escrita por Daniella Rocha


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

ÚLTIMO CAPÍTULO! D:
Espero que vocês gostem!
BOA LEITURA xD



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— O que você está esperando garota? — Tony perguntou com o tom de voz impaciente. — Se manda daqui.

Nicole estava paralisada.

— Ei! Acorda! Nicole! — Os brados de Tony conseguiram chamar a atenção dela, mas ela continuou imóvel.

Ela já havia perdido muitas pessoas importantes em sua vida e justamente a única que lhe restou estava em suas mãos e com certeza ela não iria causar a morte dela.

— Eu não vou te perder, se você não resolver sair daqui iremos morrer os dois. — Foi firme em suas palavras.

— Agora não é o momento de ser altruísta.

— Não é questão de ser altruísta! Eu te amo e eu não vou te matar pra me salvar. — Nicole poderia ter feito um discurso para convencer Tony de que não faria nada, mas apenas aquelas três palavras já o havia convencido de que ela não o deixaria ali para morrer enquanto se salvava.

— Eu também te amo e se você não vai tentar se salvar, então vamos os dois morrer. — Disse por fim.

— Eu sinto muito.

— Pelo o que?

— Por qualquer coisa que eu tiver feito que você não gostou ou que te magoou, pelo meu irmãozinho não poder conhecer o pai maravilhoso que você é e por eu não poder te abraçar agora. — De seus olhos as lágrimas jorraram, era inevitável não chorar naquele momento. A sensação que ela tinha era que alguém estava com seu coração na mão e o apertava sem compaixão. — Eu só sinto muito.

— Shhh. — Tony engoliu o nó em sua garganta. Christian, esse nome brilhava em sua mente. Ele não pôde participar da gestação e infância de Nicole e do mesmo modo iria ocorrer com Christian. — Daqui alguns minutos vamos poder nos abraçar. — Ele tentou tranqüilizá-la, mas logo de seus olhos as lágrimas estavam brotando também. — Eu te amo muito mesmo Nicole e nunca se esqueça que independente das broncas e de tudo o que eu te disse, você foi à melhor coisa que me aconteceu. A melhor. Eu te amo!

Dois minutos e três segundos...

— Eu também! — Ela soluçava de tanto chorar. Em seu intimo ela queria gritar que não queria perdê-lo e tão pouco morrer, mas no momento em que ela entregou sua vida a Jesus ela não tinha mais o comando sobre a mesma, o que era um alivio, pois agora, o dono da sua vida sempre teria o melhor para ela e se aquilo era para acontecer seria por vontade d’Ele, ela apenas confiaria n’Ele.

O barulho do relógio estava enlouquecendo ao Tony. Será que aquilo não poderia explodir de uma vez por todas? O fim seria rápido e indolor, mas os minutos, o minuto, que estava antecedendo sua morte era mais doloroso do que qualquer coisa experimentada por ele antes.

De repente algo passou pelo ar e cortou o fio que estava conectado no pulso de Nicole e a jaula sobre o Tony. Os dois olharam para o lado e viram o escudo do Capitão América voltando para ele.

— Steve!

— Por que vocês demoraram tanto? — Tony se irritou e saiu de debaixo da jaula.

— Nós viemos, não foi? — Bruce perguntou caminhando até Nicole, assim como Steve e Tony.

— É, mas demoraram. Esse lugar vai explodir em menos de um minuto. — Comunicou a eles.

— Daqui a pouco vamos sair daqui. — Steve disse dando seu escudo para Tony segurar e em seguida forçou as correntes, que seguravam à loura, a se soltarem.

— ‘ta difícil assim? — Tony perguntou com a demora de Steve.

— Ele sabia que eu tinha uma força sobrenatural e deve ter feito algo com essas correntes. — Ela olhou para Tony, que concluiu o mesmo que ela. Rupert não queria se vingar de Tony o matando, mas sim fazendo com que ele vivesse o resto da vida com a consciência pesada por ter matado a filha, pois dos dois apenas ele conseguiria escapar dali com vida. — E já que temos a mesma força. — Nicole suspirou.

— Talvez nós dois juntos consigamos. — Sugeriu e os dois tentaram, mas ainda assim fora inútil.

— Não adianta. — Ela engoliu em seco e suspirou. Sua testa estava úmida pelo suor. — Falta trinta segundos. — Umedeceu os lábios. — Vão vocês. — Ela sorriu fracamente como se estivesse os incentivando a irem, mas Tony entregou o escudo a Steve e tocou no rosto dela, mas ela sentiu apenas a armadura gélida contra sua bochecha.

— Eu não vou te deixar.

— Pai. — Seu sorriso morreu e ela fechou os olhos, deixando mais algumas lágrimas rolarem.

— Saiam da frente. — Bruce disse empurrando os dois para o lado e no mesmo instante se transformou na fera verde e com um grito que causou um arrepio em Nicole e obrigou Tony e Steve a tamparem os ouvidos ele socou a barra de ferro a deslocando do galpão e em seguida impulsionou seu corpo para baixo e depois se jogou para cima e com um grande salto saiu do galpão, destruindo o teto e com Nicole ainda na barra de ferro, a carregando debaixo de seu braço.

Tony e Steve olharam um para outro e depois para a bomba.

— É sempre muito bom contar com o Hulk. — Tony Comentou sarcasticamente e depois saiu voando dali. Steve olhou para ele e rolou os olhos.

— Digo o mesmo de você. — Dito isso ele correu com toda sua velocidade dali e quando ele estava a alguns metros de distancia do galpão o mesmo explodiu e seu corpo foi jogado para frente, mas antes que ele pudesse cair ao chão, o Homem de Ferro o pegou e vôo para longe dali com o mesmo.

~*~*~

O moreno já não usava mais sua armadura e assim Nicole conseguia sentir o quente do corpo dele. Depois que o Hulk soltou a barra de ferro do galpão, as correntes acabaram se afrouxando e Nicole conseguiu se soltar. Aquele estava sendo o abraço mais forte e cheio de sentimentos que Tony e Nicole trocavam.

— Você nunca mais vai se afastar de mim e eu prometo que vou fazer de tudo pra te proteger. — Ele beijou o alto da cabeça dela e depois se afastou.

— Você não sabia que eles iam nos salvar, né? — Ela perguntou e Tony sorriu de canto.

— Eu só posso dizer que aconteceu um milagre e que não foi da vontade do Senhor que partíssemos hoje. — Deu uma piscadela e Nicole devolveu o sorriso.

— Obrigada por tudo. — Ela agradeceu e voltou a abraçá-lo.

— Obrigado você. — Ele a apertou em seus braços mais uma vez.

— Tony! — Uma voz familiar soou e eles se separaram para olharem a ruiva que se aproximava. — Graças a Deus vocês estão bem! — Ela os abraçou e depois olhou para cada um deles como se estivesse checando se os braços e as pernas estavam nos lugares certos. — Onde está quem fez isso? Eu quero ter uma conversinha com ele. — Ameaçou.

— A policia conseguiu pegar ele. — Tony disse apontando na direção de uma viatura e depois puxou Pepper pela cintura e manteve Nicole colada ao seu lado. — Vocês são minha família e eu peço que vocês nunca duvidem do meu amor. Não prometo que vamos ser uma família perfeita, porque não seremos, mas no final de cada dia meu amor por vocês estará imutável. O que estiver ao meu alcance eu farei para protegê-las. — Prometeu a elas, que sorriram e apenas o abraçaram, pois não havia palavras para dizer após aquela declaração.

— Você está bem? — Bruce perguntou após alguns segundos que eles se mantiveram no abraço, mas logo Nicole trocou os braços de seu pai pelos do cientista que usava uma calça folgada e uma manta por cima dos ombros.

— Estou! Obrigada senhor verde! — Bruce sorriu.

— Não foi nada. — Eles se separaram.

— Ah! Com certeza foi sim e diga ao Hulk da próxima vez que você o vê-lo que foi um prazer conhecer ele.

— Espero que demore bastante até que ele volte a aparecer. — Disse vacilante e Nicole, Tony e Pepper riram.

— Nicole? — Por fim Steve apareceu.

— Pronto, agora não falta ninguém. — Ironizou Tony.

— Ah! A propósito, obrigado por ter me salvado. — Steve respondeu com os olhos semicerrados.

Disponha. — Respondeu no mesmo tom.

— Podem ir parando os dois, acho que vocês não vão querer provocar uma mulher grávida. — Pepper ameaçou, mas ainda era possível sentir os raios saindo dos olhos de Tony para Steve e vice versa. — Parem! — Bradou à ruiva e os dois desviaram os olhares.

Nicole ia intervir, mas já que Pepper se antecipou o que restara para ela fazer fora apenas rir discretamente.

— Tony, ali tem uma lanchonete onde vende shawarma. Eu não sei o que é, mas eu quero.

Shawarma? — Tony e Bruce perguntaram ao mesmo tempo.

— Ah! Que bom! Vocês conhecem, vamos lá. — Ela puxou o braço dos dois e Steve riu.

— O que eu perdi? — Nicole perguntou confusa.

— Nada. — Respondeu sorrindo e os dois se sentaram na traseira da ambulância que tinha ali próximo. Eles estavam no centro de Nova York — onde Hulk havia “deshulkado”. O lugar estava cheio de viaturas, com algumas ambulâncias e com repórteres e fotógrafos.

— Pegamos o Rupert. — Comentou Steve.

— É. Meu pai me disse.

— Ele pediu pra mim te entregar uma coisa. — Ele tirou do bolso do paletó preto uma carta e entregou a ela.

— O que é isso? — Perguntou com a testa franzida.

— Parece que é uma carta do John. — Respondeu e Nicole olhou para ele com as sobrancelhas arqueadas.

— Uau! — Ela voltou sua atenção para a carta.

— Eu vou... — Ele se preparou para sair, mas Nicole o impediu, segurando em seu braço.

— Fica. — Ela pediu e ele assentiu. Depois ela abriu a carta e leu em voz alta:

Querida Nicole,

Desculpe-me por ter ido embora. Saiba que para mim fora uma grande surpresa o reaparecimento do meu irmão, no primeiro momento eu havia ficado feliz, mas depois que eu soube das razões dele, foi como se meu mundo desabasse. Ele me chantageou dizendo que faria coisas terríveis a você e a sua família caso eu não fosse para Washington com ele, mais uma vez eu lhe peço perdão, eu realmente não tive alternativa.

Saiba também que você foi uma parte muito importante da minha vida, mas parece que não era para ficarmos juntos. Eu tive momentos bons em Nova York, eu conheci o Cho que foi uma pessoa que me apresentou ao meu melhor amigo, Jesus, e conheci você, um diamante em meio a pedras.

Já se passaram três semanas e nós estamos morando em um apartamento, tudo está ocorrendo muito bem e a promessa de Rupert de que não voltará à Nova York está sendo mantida e eu oro para que continue assim. Nos primeiros dias eu pensei que não conseguiria te esquecer, pois eu sabia que isso dependia de sua segurança, mas eu conheci uma pessoa, Angel, e ela se tornou uma pessoa especial para mim, acho que da mesma forma que Steve é para você.

Angel é linda e compreensível. No primeiro momento se tornou uma amiga, confidente, mas depois algo aconteceu e acho que estou gostando dela e ela de mim bem, pelo menos assim espero. Eu a vejo como alguém colocada em minha vida como um anjo (assim como o seu próprio nome diz) por Deus, para amenizar a dor que foi te perder, mas durante esse tempo eu pude compreender melhor que sim, foi necessário termos aparecido um na vida do outro, mas foi apenas para que pudéssemos crescer e ser o apoio um do outro. Se podia ter dado certo? Eu acredito que sim, mas tudo bem não ter dado, pois agora eu tenho a Angel e você ao Steve (eu tenho certeza que vocês serão muito felizes) e claro, eu tenho a sua amizade assim como você sempre terá a minha.

Nicole, obrigado por ser essa pessoa que você é. Eu dou graças a Deus que Ele a colocou em minha vida.

Escrevo esta carta na esperança de que algum dia você a leia e saiba que eu te desejo toda a felicidade desse mundo, pois você merece anã.

Com amor,

John.

Nicole terminou de ler a carta e umedeceu os lábios, ainda a fitando, depois abriu um pequeno sorriso, como se estivesse olhando para o John ao olhar para aquela folha.

— Eu também te desejo toda a felicidade do mundo... Don Juan. — Ela dobrou a carta e colocou no bolso do paletó que Tony a havia feito vestir (ele ficara absurdamente grande nela, mas a aquecia do vento gélido de Nova York).

— Está tudo bem? — Steve perguntou e ela o olhou. Ele a observava com cuidado e gentileza, só daquela forma que unicamente ele conseguia fazer com que ela se sentisse e apenas com um mero olhar.

— Está sim. — Ela se inclinou para ele e encostou os lábios rosados, e com a cicatriz no superior, sobre os dele.

— Eu te amo. — Disse sorrindo, fazendo o coração de Nicole se aquecer.

— Acho que eu te amei desde o primeiro momento. — Respondeu e os dois se levantaram. Steve passou o braço por cima dos ombros dela e ela passou o seu ao redor da cintura dele.

— Sério?

— Aham, no Quinjet e não quando você quase me matou com aquela maquina mortífera que você chama de motocicleta.

— E por que você não me disse isso antes? — Perguntou fingindo impaciente. — Você teria me poupado muitos ensaios em frente ao espelho. — Nicole riu.

— Queria ter visto isso.

— Não, não queria não. — Respondeu causando apenas mais risos em Nicole. E sorrindo ele disse a si mesmo que iria fazer de tudo para sempre poder escutar aquele som. O som do riso de sua amada, o riso de sua boneca de pano.


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Notas finais do capítulo

DDD:
#acabou-se
No proximo eu posto o epí­logo e o prólogo da minha nova história, ok?
Essa madrugada eu vou fazer uma viajem missionária com a igreja e só volto no domingo, então semana que vem posto o epílogo, ok?
Espero que vocês tenham gostado e desde já eu agradeço pelo carinho e pelo apoio de vocês! Vocês são leitoras fofas e lindas! ♥
Se der pra mim responder aos reviews que me faltam responder antes de eu viajar eu respondo, é que eu tenho que escrever um capítulo de 70X7 ainda e avisar as leitoras de lá o mesmo que eu estou avisando a vocês (sobre a minha ausencia durante tantos dias), mas se der eu respondo antes, ok?
Beijooos e fiquem com Deus! ♥